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Maio 2007               Índice Geral do BLOCO

O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão  Celld-group e WirelessBR. Participe!


 
23/05/07

• Série sobre "Rádio Digital" (16) - Os padrões - 1ª parte


Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
 
"Rádio Digital": mais uma "Série" de mensagens para reciclagem e ambientação. 
 
O Rádio Digital tem sido um tema recorrente em nossos fóruns, por iniciativa dos Coordenadores e Moderadores dos Grupos.
O assunto tem estado na mídia espaçadamente e também é polêmico como a "irmã" TV Digital. Mas não tem dado ibope.  :-)
 
Como tem acontecido "neste país", o padrão já esta escolhido, estações já estão operando e agora é preciso fazer "consultas públicas" e "reunir comissões" para sacramentar o fato consumado.
 
Nesta "Série" estamos registrando matérias recentes e mais antigas - estas ainda muito atuais - e que contêm a argumentação fundamental para o debate que ainda não ocorreu. Vamos transcrever também os artigos técnicos sobre os "padrões" de Rádio Digital
 
Aqui está o "sumário" das transcrições de hoje, com ênfase nos "padrões": 

Fonte: JC Online
[09/05/07]   Os padrões de Rádio Digital
Um ótimo resumo num texto de Marcelo Alencar, professor titular da UFCG e Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Telecomunicações (SBrT)
 
Fonte: Teleco
[04/07/05]   Tutorial Rádio Digital  por Juarez Quadros do Nascimento, ex-Ministro das Comunicações e engenheiro eletricista.
 
Artigos e Notícias referenciados nas mensagens anteriores:

Fonte: TelecomOnline
[16/05/07]   Entidades manifestam preocupação quanto à adoção do padrão americano de rádio digital - Da redação
Fonte: Observatório da Imprensa
[11/08/05]  RÁDIO DIGITAL - A um passo da democracia nas ondas sonoras
Entrevistado: engenheiro eletrônico Higino Germani
Fonte: TIInside
[11/05/07]   Subcomissão discutirá implantação de rádio digital no país 
Fonte: IDGNow!
[13/09/05]   Anatel autoriza primeiros testes de rádio digital   (link descontinuado)
 
Fonte: IDGNow!
[21/09/05] Brasil entra na era do rádio digital por Daniela Braun  (link descontinuado)

O site TELECO possui uma Seção Radio Digital no Brasil.
O site comunitário WirelessBR também possui uma Seção Rádio Digital e uma Seção DAB - Digital Audio Broadcasting com dois trabalhos do nosso participante Gilmar Gomes da Cruz Júnior.
 
Estas mensagens estão sendo registradas no BLOCO - Blog dos Coordenadores da Comunidade.
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson

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Fonte: JC Online
[09/05/07]   Os padrões de Rádio Digital - 1ª parte
 
MARCELO ALENCAR é Professor titular da UFCG e Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Telecomunicações (SBrT) 
 
Há diversos sistemas de rádio digital no mercado mundial. Os Estados Unidos têm o HD Radio, um sistema proprietário aprovado pelo governo americano para radiodifusão local, que opera tanto na faixa de AM, entre 525 kHz e 1705 kHz, quanto de FM, entre 87,8 MHz e 108 MHz, segundo as normas brasileiras, publicadas pela Anatel.
 
Ele está sendo promovido pela empresa iBiquity Digital Corp., que insiste em não associar HD com High Definition apesar da sigla ser evidente. Ela teve apoio inicial da Lucent Technologies, além da CBS e Gannet Co. Há mais de 600 emissoras transmitindo em HD nos Estados Unidos.
 
O sistema HD usa a técnica In-Band On-Channel (IBOC), que realiza a transmissão em bandas laterais e pode ser multiplexado com os canais analógicos existentes, o que permite às emissoras manter as freqüências atuais e realizar a transmissão simultânea de programas analógicos e digitais (simulcast).
 
Evidentemente, isso ocorre com prejuízo para a transmissão AM convencional, porque o sinal IBOC aparece como ruído de fundo no receptor analógico. Como o espectro destinado à transmissão em amplitude modulada tão congestionado nas grandes cidades, com elevada interferência entre estações, e se escuta AM principalmente no carro, o ouvinte típico de rádio não deve notar alterações sensíveis na qualidade da recepção.
 
O HD utiliza Orthogonal Frequency-Division Multiplexing (OFDM), que é a técnica de multiplexação dos padrões de televisão digital da Europa, Japão e Brasil. Há muitos críticos do padrão adotado pela Federal Communications Commission (FCC), principalmente entre os Engenheiros de Rádio, e o custo do receptor está entre US$ 100 e US$ 200.
 
As emissoras de rádio que optarem pelo sistema IBOC, como ficou conhecido no Brasil terão que pagar US$ 5 mil por ano para ter o direito de usar o padrão. A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) solicitou ao Ministério das Comunicações autorização para que emissoras possam utilizar o sistema americano para testes e duas dezenas delas já testam o IBOC com autorização da Anatel.

Ler mais: Os padrões de Rádio Digital - 2ª parte  

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Fonte: Teleco
[04/07/05   Tutorial Rádio Digital  por Juarez Quadros do Nascimento 
 
Juarez Quadros do Nascimento:
 
"Ex-Ministro das Comunicações, é Engenheiro Eletricista.
Sócio da Orion Consultores Associados.
Ascendeu a várias posições de destaque no setor e tem sido regular colaborador de jornais, livros e revistas especializadas.
Foi Presidente do Conselho de Administração da Telebrás e do Conselho Curador do CPqD. 
No Ministério das Comunicações foi também Secretário Executivo e Secretário de Fiscalização e Outorgas. Dentre outras posições, foi Diretor da Telebrás e Conselheiro dos Correios, Telerj, Telesp e Embratel. Atua também no setor aeronáutico."
 
 
Introdução 
Com a comprovação da existência das ondas eletromagnéticas pelo alemão Heinrich Hertz, em 1886 e a invenção do rádio transmissor pelo italiano Guglielmo Marconi, em 1895 - que lhe valeu o prêmio Nobel em 1909 - onze anos mais tarde, as primeiras estações de rádio iniciaram transmissões. Diante da evolução dos sistemas rádios transmissores, a partir dos anos 80, a tecnologia digital começou a substituir a analógica permitindo inovações nas rádios, fazendo com que o áudio AM (Amplitude Modulation) fique com qualidade de FM (Frequency Modulation) e o áudio de FM com qualidade de CD (Compact Disk). 
 
Mas na verdade, tais inovações tecnológicas no setor de radiodifusão proporcionam muito mais que qualidade de som, ao permitir uma fantástica diversificação de novos serviços no mundo das rádios. Com isso, poderiam ir além das músicas e notícias, ao poder receber dados com os mais diversos tipos de informações. Com a tecnologia digital, novos planos de negócios seriam possíveis, mas não parece ser esta a intenção dos empresários de rádio no Brasil, até porque falta regulamentação a respeito.
 
Uma Breve Abordagem Científica 
Para facilidade de entendimento é interessante uma breve abordagem científica da questão.
Os sons, que são variações de pressão, propagam-se no ar e quando captadas por um microfone e amplificadas por um dispositivo eletrônico transformam-se em variações de tensão.
A tensão é então amostrada em um certo número de vezes por segundo pelo quantizador a fim de digitalizar o sinal. 
 
Com a utilização conjunta das tecnologias MPEG (Motion Pictures Expert Group) e COFDM (Coded Orthogonal Frequency Division Multiplexing) no rádio digital é possível oferecer programas de áudio com excelente qualidade sonora, livre de interferências e grande capacidade de transmissão de dados. 
 
A tecnologia MPEG possibilita a compressão de dados de áudio por um fator maior que sete vezes a capacidade de transmissão utilizada por um CD.
Com isso, é reduzida a quantidade de dados para a transmissão com qualidade de CD (em torno de 1,4 Mbps) a uma taxa mais baixa (na faixa de 192 Kbps).
A compressão utiliza recursos da ciência “Psico-Acústica” – estudo da forma como o ouvido humano percebe o som - que é de fundamental importância para a alocação de bits necessária à quantização e codificação das freqüências, pois a partir do modelo do sistema auditivo determinam-se as características necessárias para eliminar as fontes de ruídos e freqüências não-audíveis.
 
A modulação OFDM (Orthogonal Frequency Division Multiplexing) em conjunto com a codificação COFDM é responsável pela transmissão de grande quantidade de dados, utilizando as características de um sistema multiportadoras, em que cada subportadora possui uma taxa de transmissão tão baixa quanto maior o número delas empregada, possibilitando uma diminuição da sensibilidade à seletividade em freqüência, eliminando os efeitos de multipercurso. 
 
Com essas técnicas de codificação e transmissão de dados, é possível associar o rádio digital aos serviços de valor adicionado (SVA) tais como: informações sobre trânsito, viagens, tempo, localização, notícias e serviços de transmissão de dados em geral, independentemente dos dados fornecidos pelos provedores de serviços, sendo que alguns destes serviços podem alcançar velocidades de transmissão de até 1,7 Mbps, com possibilidade de acesso via terrestre SFN ( Single Frequency Network ), via satélite, híbrido terrestre/satélite e via Internet.
 
O Sistema Europeu  - Ler mais em  Rádio Digital 

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