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Maio 2008               Índice Geral do BLOCO

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27/05/08

• Traffic Shaping (06) e Neutralidade (03) - IDG Now!: "Aprenda a contornar as restrições" + "Obama e a Neutralidade"

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, May 27, 2008 3:33 PM
Subject: Traffic Shaping (06) e Neutralidade (03) - IDG Now!: "Aprenda a contornar as restrições" + "Obama e a Neutralidade"
 
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
 
01.
Este o "Serviço ComUnitário" sobre "Traffic Shaping".
E também sobre Neutralidade da Internet. :-)

02.
Neutralidade:
Como recordação e ambientação transcrevemos mais abaixo um "post" do ano passado, ainda atual:
01/10/07
Internet: Governança e Neutralidade
 
(...) O tema "Governança" envolve o "controle de fato" exercido pelos Estados Unidos que é o principal administrador da internet desde que a web foi criada como um projeto militar nos anos 60. E a contestação que paises como Brasil, China, Índia e, mais recentemente, a União Européia, fazem sobre este controle.

(...) Em jogo está a preservação do princípio da "neutralidade da rede", que nasceu com a internet e deu-lhe o caráter aberto e democrático que teve até agora. Ainda vigente, a "neutralidade" proíbe as grandes empresas telefônicas e operadoras de cabo, que são donas das redes físicas pelas quais trafegam as informações, de discriminar os usuários, garantindo o fluxo livre e rápido das informações online, sem privilégios quanto à velocidade dos serviços oferecidos. (...)

03.
Transcrevemos hoje duas matérias:

Fonte: Blog de Ranato Cruz, jornalista do Estadão
[21/05/08]   CFP08: Neutralidade de rede por Renato Cruz

Fonte: RTS - Rede de Tecnologia Social
Ações do documento  Neutralidade da internet em debate Por Daniel Denvir 
 
04.
Traffic shaping:
Simplificamos uma "definição", adaptando um trecho de matéria já divulgada:

"Traffic Shaping é a prática supostamente aplicada por todos os provedores de banda larga no país para, como sugere a própria tradução do inglês, moldar o tráfego usado pelo usuário, determinando quais programas ou protocolos podem ter acesso a determinada quantidade de banda em diversos períodos do dia."

E aqui vai um recorte do mesmo texto:
(...) "O uso ostensivo de alguns tipos de aplicações acabam prejudicando outros usuários. (O Traffic Shaping) é uma solução de engenharia para se trazer um certo equilíbrio para todos os usuários. Em qualquer rede, você tem recursos limitados, principalmente em uma tecnologia de transporte baseada em pacotes", explica Frederico Neves, diretor de serviços e tecnologia do Núcleo de Informação e Coordenação (NIC.br), ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). (...)
 
05.
Transcrevemos hoje esta matéria:

 
Fonte: IDG Now!
 
Numa mensagem anterior transcrevemos uma ótima matéria do Guilherme Felitti, editor assistente do IDG Now!, com opiniões de leitores, de Eduardo Tude, diretor do Teleco e de Horácio Belfort, presidente e fundador da Associação Brasileira dos Usuários de Acesso Rápido (Abusar).
Fonte: IDG Now!
[17/04/08]   Traffic shaping: entenda a polêmica sobre restrição de banda larga por Guilherme Felitti, editor assistente do IDG Now!
 
06.
Uma informação.
Na web encontramos diversos "velocímetros" para avaliar a correria dos bits.  :-)
Eu tenho usado o velocímetro gratuito encontrado na página da A Beltrônica que fornece, rapidamente, as velocidades instantâneas de download e upload.
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa

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Fonte: Blog de Ranato Cruz, jornalista do Estadão
[21/05/08]   CFP08: Neutralidade de rede por Renato Cruz
 
A neutralidade de rede é uma qualidade da internet. Ela garante que qualquer conteúdo que trafegue pela rede seja tratado da mesma forma. Aqui nos Estados Unidos é um dos grandes temas da política tecnológica do próximo presidente.
 
Hoje (21/5), participaram do evento Computers, Freedom, and Privacy 2008, em New Haven, representantes dos candidatos Barack Obama e John McCain. Ambos defenderam a neutralidade de rede, mas mostraram suas propostas sobre o tema foram bem diferentes.
Na visão de Chuck Fish, assessor de McCain, as forças do mercado resolvem o assunto, e a regulamentação tem que ser mais leve do que é hoje. Daniel Weitzner (foto), representante da campanha de Obama, defendeu uma intervenção da administração pública nesse tema, para que as empresas não possam privilegiar conteúdo de parceiros comerciais e companhias do mesmo grupo.

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Fonte: RTS - Rede de Tecnologia Social
Ações do documento  Neutralidade da internet em debate Por Daniel Denvir 
 
As grandes empresas de cabo e telecomunicações querem se transformar em guardiãs que gravam com um “imposto” os provedores de conteúdos para garantir uma conexão rápida para seus dados. Também querem acelerar o acesso dos seus próprios websites e atrasar o acesso de seus concorrentes.
 
Um crescente movimento em prol da "neutralidade da Rede" —fator chave para preservar uma Internet livre e aberta— deu um passo significativo, no dia 13 de fevereiro, quando o representante democrata de Massachussets, Edward Markey, apresentou na Câmara de Representantes um projeto de lei destinado a impedir que os provedores de serviços de Internet de banda larga possam retardar o tráfego da Internet ou cobrar tarifas adicionais aos provedores de conteúdo para diferenciar a velocidade de acesso aos websites. O representante republicano Chip Pickering, do Missouri, é co-patrocinador do projeto de lei.
 
O "Internet Freedom Preservation Act" (projeto de lei de preservação da liberdade da Internet) seria uma emenda à Lei de Comunicações de 1934, que define o marco jurídico das telecomunicações norte-americanas. Segundo o resumo do projeto de lei: "O Internet Freedom Preservation Act tem como propósito avaliar e promover a liberdade da Internet para os consumidores e os provedores de conteúdos. A liberdade da Internet abrange, de modo geral, a noção de que os consumidores e os provedores de conteúdo deveriam ter a liberdade de enviar, receber, ter acesso e usar as aplicações legais, conteúdos, e serviços que eles escolham nas redes de banda larga... e que os produtores de conteúdo não tenham que pagar tarifas adicionais nem discriminatórias aos provedores de acesso de banda larga. Estes princípios gerais também são freqüentemente conhecidos como ' neutralidade da rede'".
 
O projeto de lei também dispõe que a Comissão Federal de Comunicações — FCC na sua sigla em inglês — convoque pelo menos oito "cúpulas de banda larga" em todo o país. Timothy Karr, de Free Press, comenta: "Este projeto de lei leva o tema para fora de Washington — e longe das influências corruptoras do lobby das telecomunicações — e permite envolver comunidades do país que desejam usufruir das enormes vantagens econômicas e sociais de uma Internet aberta".
 
A neutralidade da Rede remete ao princípio de que todo o tráfego da Internet deve ser tratado com igualdade, descartando que os provedores de Internet possam interferir ou discriminar o tráfego na Web por critérios como origem, destinatário, conteúdo ou propriedade. O movimento pela neutralidade da Rede é liderado pela coalizão Save the Internet (Salvar a Internet), coordenada pelo grupo de direitos midiáticos Free Press. Save the Internet argumenta que "com a neutralidade da internet, a única função da rede é movimentar dados e não escolher quais dados são privilegiados com um serviço de mais alta qualidade".
 
As grandes empresas de cabo e telecomunicações querem se transformar em guardiãs que gravam com um “imposto” os provedores de conteúdos (por exemplo, websites, ou seu blog) para garantir uma conexão rápida para seus dados. Também querem acelerar o acesso dos seus próprios websites e atrasar o acesso de seus concorrentes. De acordo com Save the Internet, elas têm um novo enfoque sobre a auto-estrada da informação: "desejam reservar as vias rápidas para seus próprios conteúdos e serviços — ou para as grandes corporações, que podem se permitir o luxo de pagar os caros pedágios — deixando o resto de nós em um precário caminho de pedras".
 
Save the Internet é uma coalizão composta por uma surpreendente gama de organizações e setores, que vão desde o ACLU (União Americana de Liberdades Civis) até a Coalizão Cristã — profundamente conservadora; desde sindicatos como SEIU e Teamsters até associações de jogadores na Internet. A coalizão também incorpora grupos progressistas — feministas, ambientalistas e grupos de direitos civis ou de educação.
 
O trabalho organizativo de Save the Internet e de outros grupos de consumidores conseguiu, inclusive, introduzir o tema da neutralidade da Rede na campanha presidencial. A maioria dos democratas apóia a proposta e a maioria dos republicanos opõe-se a qualquer nova "regulamentação governamental", como gostam de chamá-la. Barack Obama é quem mais claramente apóia a neutralidade da Rede e já ofereceu dar ao tema uma alta prioridade em sua administração.
 
Os grandes grupos empresariais que se opõem à neutralidade da Rede argumentam que Save the Internet e outros tentam "regulamentar" a Internet. Os defensores respondem que são as empresas como Comcast e outras gigantes da banda larga que estão tentando controlar a Internet e que tentam operar uma reengenharia da atual “arquitetura aberta” da Internet, para transformar este meio em um feudo privado de acesso rápido. Segundo Save the Internet, "apesar de todo o seu discurso sobre a “desregulamentação”, os gigantes do cabo e das telecomunicações não desejam uma concorrência real. Desejam regras especiais escritas a seu favor".
 
Um sistema escalonado não é nenhuma eventualidade longínqua. O Washington Post aponta: "William L. Smith, chefe de tecnologia da BellSouth Corp., com sede em Atlanta, disse a jornalistas e analistas que um provedor de serviços de Internet, tal como sua empresa, deveria poder, por exemplo, cobrar mais do Yahoo Inc. pela oportunidade de que seu website de buscas seja carregado mais rapidamente que o do Google Inc." Mais do que isso, dado que grande parte do tráfego mundial da Internet passa pelos EUA, os consumidores de todo o mundo também sofreriam as conseqüências de um sistema escalonado.
 
Para lutar contra a neutralidade da Rede, as empresas de cabo e telecomunicações vêm investindo milhões de dólares em esforços de lobby no Congresso e, inclusive, criaram e financiaram organizações "Astroturf" (ou seja, grupos de "base" artificiais, financiados por grupos industriais), como Hands Off the Internet (Mãos Fora da Internet) e NetCompetition.org. Scott Cleland, representante deste último e consultor em telecomunicações, apresentou recentemente o estranho argumento de que os defensores da neutralidade da Rede são "antipropriedade": "Todo o mundo se vangloria da palavra 'aberto'; dizem que o que é aberto é maravilhoso. Mas 'aberto' significa comunitário. Significa sem proprietários". Cleland não explicou por que as grandes empresas de cabo e telecomunicações deveriam ter um controle exclusivo sobre uma propriedade que durante muito tempo esteve em mãos de pessoas, no mundo todo.
 
Uma Internet de “velocidade paga” teria um impacto particularmente negativo para as organizações políticas de base, muitas das quais aproveitam a Internet para difundir suas mensagens. Segundo Save the Internet, “aumentarão rapidamente os custos para colocar e compartilhar vídeos e clips de áudio; seriam silenciados os bloggers e cresceriam as grandes empresas midiáticas. As atividades de organização política poderiam ser dilatadas, devido ao punhado de provedores dominantes de Internet que pedem aos grupos promotores dos candidatos o pagamento de uma tarifa para utilizar a 'via rápida'".
 
Outra notícia relacionada, é que os defensores dos consumidores já arquivaram queixas contra Comcast, diante da FCC, alegando que este gigante da banda larga provoca atrasos ou bloqueia certos tipos de conteúdo, como a troca de arquivos "peer-to-peer" (entre pares). Em seus comentários à FCC, na terça-feira passada (12), Comcast argumenta que o manejo do tráfego da rede exige certas ações razoáveis, para garantir que os usuários de programas de troca de arquivos, como BitTorrent, não retardem o acesso de outros usuários. As políticas da FCC apóiam a neutralidade da Rede, mas este será o primeiro caso que ponha a prova sua atuação na matéria. Sendo que a maioria dos votos na FCC está em mãos de republicanos designados por Bush, este caso estará na mira, tanto dos partidários, quanto dos opositores da neutralidade da Rede.
 
Em conjunto, a lei proposta e a queixa apresentada à FCC são um indicador de que o movimento pela neutralidade da Rede tomou a ofensiva. Mas para que ele tenha sucesso, todos aqueles nos beneficiamos de uma Internet livre precisamos estar unidos e fazer ouvir nossas vozes.

Para mais informação: http://savetheinternet.com/=act
 
*Daniel Denvir, jornalista norte-americano, é colaborador de ALAI.
Tradução: Naila Freitas / Verso Tradutores
Fonte: Envolverde/Agência Brasil
© Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
 
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Fonte: IDG Now!
[26/05/08]   Aprenda a contornar as restrições do traffic shaping na banda larga por PC World/EUA (Recomendação: visitar a fonte para acessar os links do texto)

São Paulo – Mais provedores de acesso rápido vêm freando ou bloqueando o tráfego de protocolos P2P ou torrent. Aprenda a driblar as restrições.
 
Não chega a ser um segredo de Estado que provedores de banda larga utilizam técnicas para moldar o tráfego online gerado por seus usuários. É uma maneira de impedir que um pequeno grupo de heavy users consuma tanta banda que torne a experiência em geral insatisfatória para a grande maioria.
 
A desculpa oficial dos bastidores do mercado tem nome: traffic shaping. Certos protocolos ou programas são bloqueados ou têm velocidade de acesso à internet reduzida como forma de não consumir banda demais. Não chega a ser uma surpresa constatar que redes P2P e torrent estão entre os mais atingidos pelo traffic shaping.
 
Oficialmente, nenhuma prestadora de serviços de acesso em banda larga brasileira assume e justifica o uso das técnicas. Mas, em uma espécie de força-tarefa gigantesca ao redor de um mesmo tema, usuários juntaram indícios suficientes para implicar o nome de grandes provedores de banda larga do País.
 
Ainda assim, vale lembrar que a maioria dos provedores coloca em contrato uma garantia de velocidade mínima ofertada - na maioria, 10%.
 
Como todas delas jurem de pés juntos que não interferem no próprio tráfego, nenhuma vai ficar chateada se juntarmos as principais dicas para evitar que sua velocidade de download seja afetada pelas "interferências técnicas" de suas redes, não?
 
Um método usado pra determinar se há bloqueio de protocolos ou programas é verificar a velocidade da própria conexão à internet. O Glasnost testa se seu provedor está interferindo no seu tráfego de torrent. A ferramenta, criada pelo Max Planck Institute for Software Systems, não exige download e faz os testes nas conexões em até 7 minutos.
 
Para entusiastas que querem ir mais fundo, a Electronic Frontier Foundation criou uma ferramenta chamada Pcapdiff que testa se seu provedor está mexendo com seu tráfego de torrent.
 
Ainda, o criador do cliente BitTorrent Vuze criou um plug-in para o programa que determina se seu provedor está interferindo no tráfego, o que ajudou a Vuze a criar um ranking mundial de traffic shaping que, sem surpresas, inclui as grandes provedoras de banda larga no Brasil.
 
Se as estratégias indicarem que, sim, seu provedor mexe no seu tráfego sem sua autorização, várias medidas podem ser tomadas como contra-ataque. Algumas destas técnicas podem funcionar com um provedor, mas não com outro. Teste-as à vontade.
 
Primeiro, tente usar encriptação no seu tráfego P2P. Programas como BitComet, BitTorrent, uTorrent, e Vuze oferecem a encriptação. Ao habilitar a função, fica muito mais difícil (impossível, em alguns casos) que seu provedor detecte o uso de softwares de P2P.
 
As explicações para os quatro programas seguem abaixo:
 
BitComet: vá ao menu Option, clique em Preferences, Advanced, Connection, e selecione a opção Protocol encryption.
 
BitTorrent e uTorrent: vá ao painel Preferences e selecione a aba BitTorrent. Clique em Protocol encryption e selecione Enabled.
 
Vuze: antes, mude seu perfil do modo iniciante para o avançado. Vá ao menu Tools, abra o Configuration Wizard e selecione o Advanced. Em seguida retorne à função Tools e clique em Options, Connection e Transport Encryption. Selecione Require encrypted transport, vá ao menu Minimum encryption e escolha encriptação RC4.
 
Um segundo método de driblar a restrição de tráfego é mudar a maneira como o protocolo de torrent age. Este método funciona em provedores que tentam frear velocidades baseadas nas configurações padrão dos clientes torrent.
 
Para reconfigurar o software, procure as instruções de suporte oferecidas pelo responsável pelo cliente de torrent que você está usando. Uma maneira simples, porém efetiva de experimentar configurações alternativas, é simplesmente mudar de programa. Diferentes softwares usam diferentes protocolos, e um pode se sair melhor na rede do seu provedor que outro.
 
A porta de comunicação padrão usada no tráfego de torrent é a 6681. Provedores sabem disto e vigiam esta porta. Caso um provedor freie ou bloqueie o tráfego de P2P por esta porta, sua velocidade cairá consideravelmente.
 
Já sabendo disto, muitos programas de torrent já vêm com funções para mudar ou alternar a porta de tráfego de torrent, com alguns deles tentando até mesmo configurar o firewall automaticamente para agilizar o tráfego. O excelente site Port Forward lhe dará dicas valiosas sobre como configurar seu roteador para fazer o trabalho manualmente.
 
Um método mais avançado é usar um túnel encriptado que, como sugere o nome, blinda seu tráfego de supostas manipulações do seu provedor.
 
Serviços gratuitos como o The Onion Router e o I2P foram criados para enviar mensagens anônimas e encriptadas, mas alguns usuários os adaptaram para usar em conexões torrent. O Vuze tem suporte nativo para rotear o tráfego pelo Onion Router ou o I2P.
 
Por cerca de 5 dólares por mês, fornecedores de redes privativas virtuais (do inglês, VPN) como Relakks e SecureIX podem evitar que seu provedor identifique o tráfego de torrent e P2P.
 
A SecureIX, por exemplo, promete que seu produto "desabilitará problemas com P2P" e oferece uma versão gratuita para conexões com até 256 Kbps.
 
Os provedores, no entanto, estão ficando mais espertos quanto às técnicas usadas. Alguns, inclusive, chegam ao extremo de bloquear qualquer aplicação que pareça usar tráfego torrent. Caso isto aconteça contigo, ou você deve trocar de provedor ou testar um novo software torrent.
 
Se você espera que órgãos de regulamentação como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), corram atrás do traffic shaping, em curto prazo, é bom não criar muitas expectativas. Ainda assim, há novidades tecnológicas que podem facilitar nos próximos anos o uso de aplicações torrent.
 
Nos EUA, entidades como a Electronic Frontier Foundation pediram que a Comissão Federal de Comunicações (FCC) investigasse os casos trazidos pelos usuários, mas admitem que não pretendem adotar uma nova regulamentação para forçar provedores a desistir de qualquer prática que atrapalhe o tráfego alheio.
 
No Brasil, o problema está na Justiça brasileira, com processos iniciados há mais de seis anos e parados por falta de averiguação técnica.
 
Uma nova tecnologia P2P, chamada de P4P, pode facilitar a vida tanto de provedores como dos que usam clientes torrent. A nova tecnologia pode melhorar em até 600% a velocidade de download simultâneo facilitando a vida tanto dos provedores para gerenciar suas redes como dos usuários para baixar conteúdo mais rapidamente.
 
A Pando Networks, que testou a tecnologia e é membro do P4P Working Group, afirma que o protocolo envia requisições para arquivos específicos dentro da própria rede do provedor, antes de se conectar às redes de outras companhias.
 
Esta abordagem reduz o custo de banda ao conectar a redes de terceiros e permite que as companhias gerenciem seus protocolos com maior eficiência. Essencialmente, quanto mais perto o arquivo está, menos banda o provedor usa para baixá-lo.
 
Pode haver um problema neste meio, porém. Já que os provedores serão os responsáveis por instalar redes P4P, eles poderão decidir quais tecnologias poderão usá-las.
 
Caso um provedor acredite que uma aplicação é geralmente usada para downloads ilegais, ele pode bloquear sua conexão à rede P4P.
 
Tom Spring, editor da PC World, de São Francisco.

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