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Julho 2009               Índice Geral do BLOCO

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12/07/09

• PLC (13) - Banda larga pela rede elétrica: Resolução na reta final + Oportunidade para pequenos provedores? + Mercado de trabalho para telecom?

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To:
Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, July 12, 2009 6:59 PM
Subject: PLC (13) - Banda larga pela rede elétrica: Resolução na reta final + Oportunidade para pequenos provedores? + Mercado de trabalho para telecom?
 
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!

01.
Este é o "Serviço ComUnitário" sobre "Power Line Communication (PLC) ou  "Banda larga pela rede elétrica".
O "Serviço" se completa com o debate do tema.

Para variar há uma
Seção PLC no site comunitário WirelessBR.
 
"No dia 13 de abril, a ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) homologou a tecnologia PLC - Power Line Communication, ou BPL - Broadband Power Line.
Essa tecnologia permite o tráfego de voz, dados e imagens através da rede elétrica, o que abre um leque enorme de possibilidades na área de tecnologia."
 
"A resolução que definirá as regras para o uso da Internet pela rede elétrica deve ser votada pela diretoria da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) ainda neste mês".
 
02.
Perguntas:
a. Alguém já envolvido com PLC ou estudando o tema para dar maiores informações e visões pessoais?

b. Como usuários sabemos da importância desta tecnologia na oferta de banda larga e na inclusão digital.
E como "profissionais"?
Quais são as perspectivas de mercado de trabalho para técnicos e engenheiros de telecom?
 
c. É realmente uma boa oportunidade de negócios para os pequenos provedores?
 
d. Alguém já utilizando adaptadores (chamados de ‘‘bridges’’, ou ‘‘pontes’’) para distribuição da internet via rede elétrica no interior da residência? Depoimento?  :-)

Ao debate!

03.

Matérias transcritas nesta mensagem:
 
Fonte: Monitor Mercantil
[10/07/09]  
Uso da rede elétrica pela Web pode reduzir tarifa de energia
 
Fonte: Teletime
[07/07/09]  
Pequenos provedores veem oportunidade de negócio com o PLC por Helton Posseti
 
Fonte: Convergência Digital
[03/07/09]  
Banda Larga via rede elétrica: Fechadas as regras para a oferta do serviço por Luís Osvaldo Grossmann
 
Fonte: Portal Fator Brasil
[30/06/09] 
Aptel defende direito de concessionária de energia explorar tecnologia PLC
 
Fonte: Revista InCorporativa
[19/06/09]  Internet pela rede elétrica já é realidade no Brasil por Almir Meira Alves
 
04.
Transcrição parcial da Seção PLC:
 
O Teleco possui um Tutorial sobre o assunto:
PLC - Power Line Communications por  Edson Rodrigues Duffles Teixeira
 
E também uma página especial:
PLC - Power Line Communications
 
No Portal da ABUSAR também encontramos um página especializada:
Redes PLC - Internet via Rede Elétrica
 
Vale visitar o Guia das Cidades Digitais e ler mais dois textos:
-
Um estado inteiro ligado por PLC (sobre o Pará)
-
Pilotos indicam necessidade de aprimoramento  
 
Artigos da nossa participante e Coordenadora-adjunta da ComUnidade, Thienne Johnson  (thienne@datamazon.com )
PLC Funciona?
Redes de Controle e PLC 

Estes artigos destacam-se pelo conteúdo informativo e valem como "resumos" informais da tecnologia:
Fonte: e-Thesis
[16/09/08] 
Banda larga na rede elétrica: mitos e verdades por Jana de Paula (transcrição nesta página)

Fonte: Telebrasil
[12/08/03] 
PLC de nova geração para a última milha  (transcrição nesta página)

Trabalhos Acadêmicos

[Nov 2008]
Power Line Communicantions (PLC) por Túlio Ligneul Santos, Engenharia de Computação e Informação, 6º período - UFRJ
Resumo: Power Line Communicantions (PLC) é um sistema que permite a transmissão de sinais de telecomunicações através dos mesmos condutores usados na rede elétrica. Apesar de esta tecnologia ser, de certo modo, antiga, atualmente ela vem ganhando grande destaque em virtude da possibilidade de resolver o problema da chamada ‘última milha’ da internet, ou seja, conseguindo levar o acesso à internet a todas as pessoas. Além dessa forma de utilização as PLC’s também mostram aplicabilidade nas áreas de vídeo sob demanda, telefonia IP, serviços de monitoração e vigilância, monitoramento de transito, automação residencial, etc.
Neste trabalho, propõe-se definir os conceitos básicos e o funcionamento desta tecnologia, ao mesmo tempo em que se faz uma análise sobre os benefícios e desafios de sua efetiva implementação.

[Nov 2008] Análise sobre a tecnologia PLC (Power Line Communicantions)  por André Umberto Faccioni (andreumberto@yahoo.com.br)  (Download .pdf)
Resumo: Este artigo tem o intuído de apresentar uma analise sobre a tecnologia que emprega a comunicação de dados que utiliza a rede elétrica como meio de ransmissão chamada de Power Line Communication (PLC). Esta tecnologia é utilizada desde 1920 por muitas companhias de energia elétrica para efetuar telemedição e telecomando de equipamentos em subestações. Atualmente com novas técnicas de modulação e barateamento de sistemas de telecomunicações, se torna possível a aplicação em massa desta tecnologia para ser implantada em sistemas de telemetria, automação e até mesmo disponibilizar o acesso a internet banda larga para usuários finais. Portando, este artigo irá abordar algumas aplicações da tecnologia PLC no Brasil, alguns aspectos regulatórios sobre esta nova tecnologia e destaca o projeto em desenvolvimento na pré-incubadora do SENAI-Florianópolis.  

[26/02/08]
Power Line Communication - PLC: A informação que vem pela tomada por Alessandro F. Cunha
É apresentado neste artigo um sistema de transmissão em banda larga onde o custo de implantação para o usuário final é muito mais baixo do que os sistemas tradicionais, uma vez que aproveita uma infra-estrutura existente em quase 100% dos lares mundiais: a rede de energia elétrica.´
Para ler mais é preciso cadastro gratuito no link acima.
 
 
De novo: Ao debate!  :-)

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson
 
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Fonte: Monitor Mercantil
[10/07/09]  
Uso da rede elétrica pela Web pode reduzir tarifa de energia
 
O uso da rede elétrica para a distribuição de serviços de Internet em alta velocidade poderá baratear as tarifas de energia. Proposta da área técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que examina o assunto, prevê que 90% da receita obtida pelas distribuidoras de energia com o aluguel dos fios para as empresas de Internet terá de ser empregada na redução de tarifas de eletricidade.
 
A resolução que definirá as regras para o uso da Internet pela rede elétrica deve ser votada pela diretoria da Aneel ainda neste mês. O assessor da Superintendência de Regulação da Distribuição, Carlos Mattar, disse que o critério já é utilizado no aluguel de postes para passagem dos cabos da telefonia. "A distribuidora não tem custo nenhum (com isso)." Ele explicou que, se houver necessidade de investimento na rede, a empresa de telecomunicações é que arcará com o custo. O mesmo ocorre com os postes. "Ela (a distribuidora) não vai investir um centavo e ainda vai ganhar 10%."
 
A resolução da Aneel, segundo Mattar, deixará claro que a locação não pode comprometer nem alterar o fornecimento de energia elétrica. Pela legislação, as distribuidoras não poderão operar diretamente os serviços de Internet. Se estiverem interessadas em entrar no negócio, terão de criar uma subsidiária específica. Para definir as regras, a Aneel estudou a experiência internacional, que mostra que vários países já têm utilizado a tecnologia de PLC (Power Line Communication), para prestar serviços de internet em alta velocidade.
 
Cobrança
"Já que a tecnologia existe, e há muitas empresas interessadas, vamos disponibilizar a rede de distribuição para que esse serviço seja prestado, conforme algumas regras estabelecidas por nós." O relatório da área técnica foi concluído no mês passado, mas foi feita uma alteração a pedido do diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, no artigo que trata da oferta das redes. Hubner quer que as empresas sejam obrigadas a dar publicidade ao aluguel da infra-estrutura, para que os interessados saibam que a rede está disponível e possam competir em condições de igualdade.
 
Até o fim do ano a Aneel deve fixar o valor que as distribuidoras poderão cobrar pelo aluguel dos postes para as empresas de telefonia. Hoje, como não há uma regra, cada uma cobra o que quer. Os preços variam de R$ 1 a R$ 16 por mês por poste, a média é de R$ 3. A AES Eletropaulo, distribuidora que atende a Região Metropolitana de São Paulo, tem 2,37 milhões de postes, o que gera uma receita estimada de cerca de R$ 7 milhões mensais com cada companhia de telefonia que utiliza sua infra-estrutura para passar os cabos. A definição do valor fixo vai ajudar a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no cálculo das tarifas das concessionárias de telefonia fixa, uma vez que será possível saber quanto cada empresa pagou pelo aluguel.
 
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Fonte: Teletime
[07/07/09]  
Pequenos provedores veem oportunidade de negócio com o PLC por Helton Posseti
 
Mesmo sem a regulamentação da Aneel que dará sinal verde para a oferta do PLC - serviço de acesso à Internet pela rede elétrica -, os pequenos provedores já vislumbram um enorme mercado potencial para os seus serviços. Hoje os pequenos provedores atuam basicamente alugando capacidade das concessionárias de telecomunicações. Na medida em que as concessionárias de energia (ou as suas subsidiárias de telecomunicações) possam alugar sua rede para terceiros, os pequenos provedores surgem como opção natural para levar o serviço ao usuário final. Dentro da Aneel, entretanto, ainda não há consenso sobre esse ponto. "A cessão de infraestrutura é o ponto de interrogação no setor. Na visão da Aneel esse é o ponto mais complicado do processo", diz o consultor Edmundo Matarazzo.
 
Ricardo Sanchez, presidente do Conapsi (Conselho Nacional dos Provedores de Serviços de Internet) e membro do conselho consultivo da Anatel, acredita que dificilmente a regulamentação sairá de forma que os pequenos provedores fiquem fora desse negócio. "Não acredito que a regulamentação queira novamente levar a falta de competição na infraestrutura a todos os outros serviços", diz ele.
 
Vencida a barreira regulatória é possível questionar qual seria o interesse da subsidiária de telecom da concessionária de energia em permitir que o pequeno provedor preste o serviço para o usuário final ao invés de ela própria, afinal boa parte dessas empresas têm licença de SCM.
Pedro Jatobá, presidente da Aptel, explica que as empresas de energia não têm interesse em prestar serviços de telecomunicações, o que significaria gerenciar clientes, construir call center e etc. "Esse não é o negócio delas".
 
As concessionárias de energia estão trabalhando no conceito de smart grid, que basicamente, consiste em dar uma comunicação de dados à rede elétrica de ponta a ponta. Assim, os medidores poderão ser lidos de maneira remota, novos serviços poderão ser criados - como a oferta customizada de energia - fraudes poderão ser evitadas e etc. A idéia do setor, que está em discussão na Aneel, é como permitir a cessão para terceiros da infraestrutura ociosa de dados. "O objetivo principal da smart grid é melhorar a oferta de energia e reduzir os custos. Mas se não existir outra forma de acesso à Internet naquela localidade, faz sentido do ponto de vista comercial e de país oferecer essa capacidade para exploração de terceiros", diz Jatobá.
 
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Fonte: Convergência Digital
[03/07/09]  
Banda Larga via rede elétrica: Fechadas as regras para a oferta do serviço por Luís Osvaldo Grossmann
 
Na próxima semana, o Conselho Diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) começa a analisar o relatório sobre o uso da rede elétrica para a transmissão de dados, ou seja, a possibilidade dos consumidores utilizarem serviços de banda larga de internet pelo sistema elétrico. O regulamento do PLC (Power Line Communications), sigla em inglês para comunicação por linha de energia, está pronto e, a julgar por projetos já em andamento, promete uma mexida no mercado atualmente dominado pelas operadoras de telecom.
 
As distribuidoras de energia não poderão tocar o serviço diretamente. Pela regra proposta devem oferecer a infraestrutura de rede para quem quiser operar a banda larga pela tomada. A Aneel manterá a proibição de que as empresas do setor ofereçam o serviço diretamente, contrariando a posição das distribuidoras, mas há uma flexibildidade. Isso porque essas empresas poderão entrar no mercado de internet através de uma pessoa jurídica criada especificamente para isso.
 
Nesse ponto, por sinal, está o ajuste pedido pelo presidente da Aneel, Nelson Hubner, à área técnica da agência: a exigência de ampla publicidade, por parte das distribuidoras, de que há oferta de infraestrutura para a transmissão de dados. Mas pelo ânimo já demonstrado por parte dessas empresas, o 'aluguel' da rede não deve ser o foco do negócio e sim, como mencionado, a oferta de banda larga pelo setor elétrico, numa concorrência para as operadoras de telecomunicações.
 
Daí uma regra que não estará expressa no novo regulamento, mas que segue o padrão já adotado no setor - a receita extra da concessão do serviço de energia elétrica deverá ser majoritariamente destinada à modicidade tarifária. Assim, de cada R$ 10 arrecadados com a prestação de serviços de internet, R$ 9 entrarão como ganho de produtividade na fórmula que define a tarifa de energia. O R$ 1 restante é que será a receita com a banda larga.
 
Ainda que sejam necessários investimentos para a prestação do serviço de internet, a leitura da Aneel é de que os equipamentos que permitem o PLC estão cada vez mais baratos e eficientes, além do fato das redes de energia em si estarem amortizadas. Daí a visão de que mesmo com o privilégio à modicidade tarifária, a partilha da receita ainda deixará o negócio Internet interessante para as empresas.
 
A proibição de oferecer internet diretamente criará, porém, um entrave legal para as distribuidoras - os contratos dessas empresas, donas da rede elétrica, com a prestadora de banda larga deverão, obrigatoriamente, passar pelo crivo da Aneel quando se der entre firmas do mesmo grupo. Ou seja segue a regra de contratos entre partes relacionadas, que precisam de autorização do órgão regulador do setor, como previsto na resolução 334/08 da agência.
 
Modelo de custos
Após a regulamentação do PLC, a Aneel passa a se debruçar sobre um assunto que até pouco tempo era tabu na agência: o estudo de um modelo de custos para a oferta da infraestrutura. A Anatel já tinha tentado que a reguladora de energia entrasse nessa seara e definisse um teto para o que as distribuidoras podem cobrar pelo 'aluguel' da rede, mas a Aneel alegava não ter competência para tal.
 
Essa interpretação mudou dentro da agência, que agora entende ser possível elaborar um modelo de custos. Estudos técnicos sobre isso já estão sendo analisados, mas a definição desse modelo ainda é uma incógnita. Há interesse em que seja definida uma faixa de custos pelo aluguel da rede, mas a agência pode acabar concluindo ser inviável determiná-la.
 
Caso isso aconteça será uma regra a ser expedida depois da definição do marco legal do PLC – assunto em condições de ser votado pelo conselho diretor da Aneel já nas próximas semanas. Se for por esse caminho, a Aneel definirá um prazo para que os contratos que já tenham sido assinados se adaptem à faixa de preços definida. A grande mudança, nesse caso, está na postura da Aneel que, até pouco tempo, não queria sequer falar no assunto.
 
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Fonte: Portal Fator Brasil
[30/06/09] 
Aptel defende direito de concessionária de energia explorar tecnologia PLC
 
Uma deficiência para a regulamentação do PLC (Power Line Communications) no Brasil proposta no texto apresentado pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) na audiência pública sobre o assunto é a figura de concessionária de PLC criada para representar a empresa que explorará comercialmente o serviço, o que excluiria do processo as distribuidoras de energia elétrica.
 
O texto proposto para regular o assunto aborda o tema com o enfoque de compartilhamento de infraestrutura, e isso coloca em risco a distribuição de energia além de criar problemas futuros, dada a possibilidade futura de reversibilidade dos bens ao final dos contratos de concessão.
 
Segundo a APTEL (Associação de Empresas Proprietárias de Infraestrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações), o investimento na tecnologia PLC é inevitável em função do contexto das redes inteligentes (smart grid) e o que pode ocorrer é uma antecipação deste investimento por parte das empresas de energia. “A evolução tecnológica das redes terá impacto na melhoria da oferta de energia e apenas o excedente da capacidade será usado para a comercialização de outros serviços, como banda larga, por exemplo. Mas para isso viabilizar-se, as empresas precisam vislumbrar um retorno, como a possibilidade de vender o excedente para empresas de telecomunicações. Para isso, até admite-se repassar uma parte deste ganho para a redução tarifária de energia elétrica”, afirma o presidente da entidade Pedro Jatobá. “O que não pode ocorrer é as distribuidoras de energia elétrica serem meras fornecedoras de infraestrutura”, completa ele.
 
Esse foi um dos temas discutidos pela APTEL e Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) na recente reunião que tiveram com a Aneel. Segundo o presidente da APTEL, o PLC é o pontapé inicial para a criação de um setor elétrico digital. “A tecnologia PLC futuramente será parte de uma smart grid, ou seja, uma rede convergente de telecom sobre a rede elétrica que pode impulsionar o setor de energia e transformar a rede em uma importante plataforma de convergência de serviços”, diz Jatobá.
 
No encontro com a Aneel, a APTEL e a ABRADEE receberam a solicitação de elaborar uma proposta de plano nacional de transição tecnológica no ramo de energia (nos mesmos moldes do que foi feito quando da implantação da televisão digital no País), promovendo a digitalização em toda cadeia de distribuição.
 
O que é
PLC - PLC (Power Line Communications) ou BLP (Broadband Over Powerline) é o sistema de telecomunicações que utiliza a rede elétrica como meio de transporte para a comunicação digital de banda larga de sinais, tais como, internet, vídeo, voz, entre outros.
 
A informação pela rede elétrica 
A transmissão de sinais pela rede elétrica não é nenhuma novidade. Desde os primórdios da existência das redes de transmissão de energia elétrica, os fios utilizados para a condução da energia foram utilizados para a transmissão de sinais analógicos de voz a longas distâncias, através de um antigo sistema chamado OPLAT (Onda Portadora em Linha de Alta Tensão). O que diferenciava as transmissões de energia e informação eram as suas frequências (muito baixa para a energia e bem mais alta para a informação). Esta tecnologia era usada principalmente no desenvolvimento de acampamentos e no início da consolidação de comunidades no entorno de empreendimentos hidroelétricos.
 
Um dos grandes empecilhos para um maior desenvolvimento desta tecnologia era que a transmissão analógica da informação tinha o seu alcance determinado pela potência dos transmissores instalados em cada um dos terminais da linha, portanto os sistemas operavam com um baixo número de portadoras discretas e altíssimas potências de transmissão.
 
A era das comunicações digitais de alta velocidade através das redes elétricas, denominada de tecnologia PLC (Power Line Communication) ou BPL (Broadband Over Powerline), teve início em 1991, quando a empresa Norweb Communications – sediada em Manchester na Inglaterra – iniciou uma etapa de testes em campo, no sentido de investigar o uso destas estruturas para a transmissão de sinais.
 
A utilização de técnicas de telecomunicações digitais na transmissão de sinais de informação através da rede elétrica abriu um novo horizonte de aplicações até então inacessíveis pela tecnologia anteriormente adotada.
 
As redes de transmissão e de distribuição de energia elétrica em todos os níveis – transmissão, sub-transmissão ou distribuição – são projetadas de forma a permitir o fluxo da energia da forma mais eficiente possível, ou seja, com os menores índices de perdas. Deste modo, estas estruturas não foram concebidas visando à transmissão de sinais de alta freqüência. Do ponto de vista do uso como um canal para comunicação, as redes elétricas representam um meio extremamente instável e hostil.
 
A solução encontrada para superar os problemas encontrados neste canal baseou-se na utilização de um robusto esquema de modulação. Além de prover uma importante ferramenta para combater os principais obstáculos apresentados pelo canal, como o efeito de multipercurso ou o desvanecimento seletivo em freqüência, uma técnica de modulação bem empregada pode minimizar o impacto de outros efeitos impostos pelo meio de comunicação, como a atenuação e as variações de fase, simplificando a estrutura do receptor.
 
Smart Grid
A indústria de energia elétrica se encontra na iminência de uma transformação. Os clientes de energia estão demandando maior confiabilidade, mais escolhas e um fluxo constante de informação – tudo em preços constantes, ou mesmo menores.
 
Sem uma visão unificada, no entanto, os aspectos associados ao sistema de energia serão aplicados individualmente pelas concessionárias, agências governamentais e organizações ligadas ao setor de energia. O conjunto de resultados de atividades de desenvolvimentos isolados será um sistema de energia cercado por “ilhas de separação”, onde o sistema de energia do futuro é realizado apenas em áreas limitadas ou em pequena escala. A Arquitetura SmartGrid vence este desenvolvimento isolado e é o primeiro passo para unir as organizações de energia elétrica em sua jornada rumo ao futuro.
 
São vários os motivadores que levam a esta busca por uma revolução tecnológica no sistema de energia elétrica:
- O mercado que, a cada dia mais liberalizado, exige maior competitividade, com preços mais baixos e maior eficiência, o que exige inovações tecnológicas;
- Os requisitos cada vez maiores quanto à segurança e qualidade da energia fornecida, comprometidos com o consumo crescente de energia e a não disponibilidade de energia primária na mesma ordem, exigindo que se obtenha maior “capacidade” de atendimento na rede atual;
- As exigências cada vez maiores de preservação das condições ambientais, para redução da poluição e em virtude das grandes mudanças climáticas decorrentes, com o objetivo de preservação da natureza e da vida animal, e que dificultam a implantação de grandes usinas geradoras de energia.
 
A visão desta Arquitetura SmartGrid da rede elétrica do futuro é a seguinte:
- Um sistema de energia construído a partir de numerosos sistemas de transmissão e distribuição automatizados, todos operando de uma maneira eficiente e confiável;
- Um sistema de energia que trata condições emergenciais com ações de “auto-recuperação” e que busca atender as necessidades do mercado de energia e das concessionárias;
- Um sistema de energia que atende milhões de usuários e tem uma infra-estrutura de comunicação inteligente possibilitando um fluxo de informação oportuno, seguro e adaptável necessário para prover energia confiável e segura à economia digital em evolução.
 
Os benefícios específicos esperados desta Arquitetura SmartGrid são:
- Possibilitar aplicações avançadas que requererem infra-estrutura de elevada capilaridade
- Economias de capital pelo uso de componentes padronizados
- Reduções de custo de ciclos de vida em virtude de menores custos de manutenção, devida a padronização
- Redução em ativos obsoletos, com sistemas que podem ser integrados -
- Custos de desenvolvimento reduzidos pelo emprego de componentes da Arquitetura SmartGrid
- Maior robustez da rede pela abordagem estruturada da gestão dos sistemas
- Implementação da rede de forma escalonada e incremental.
 
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Fonte: Revista InCorporativa
[19/06/09] Internet pela rede elétrica já é realidade no Brasil por Almir Meira Alves
 
Anatel homologou tecnologia PLC
 
No dia 13 de abril, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) homologou a tecnologia PLC - Power Line Communication, ou BPL - Broadband Power Line. Essa tecnologia permite o tráfego de voz, dados e imagens através da rede elétrica, o que abre um leque enorme de possibilidades na área de tecnologia.
 
A tecnologia PLC já existe há cerca de dez anos, sendo comercializada em 16 países da Europa. Nestes países, estão disponíveis links de até 4,5Mbps, devendo chegar ao final deste ano aos 14Mbps.
 
No Brasil, o desenvolvimento da PLC começou no Paraná, na fornecedora de energia elétrica, no final da década passada. Desde então, foi desenvolvida uma tecnologia compatível com o Sistema Elétrico Brasileiro, que foi testado nos últimos dois anos, até ser homologado.
 
Em São Paulo, já existem três bairros onde esta tecnologia está sendo utilizada: Pinheiros, Cerqueira César e Moema. Para os demais bairros, a tecnologia deverá estar disponível a partir de 2010. Com o PLC, a tomada elétrica vira o ponto principal de comunicação da residência ou da empresa.
 
O QUE MUDA PARA O USUÁRIO?
 
Para ter acesso a esta tecnologia, o usuário deverá contratar o serviço da operadora credenciada para comercializá-lo e adquirir um modem compatível com a tomada elétrica. Esse modem vai filtrar o sinal elétrico e disponibilizar os sinais de voz, dados e imagens em saídas específicas, funcionando como central de mídia.
 
Pensando em termos de facilidades oferecidas, esse modem poderá vir com uma antena de rede Wireless, oferecendo mobilidade para equipamentos de informática, como notebooks e desktops.
 
Outra possibilidade é portar o modem e usar a sua internet em qualquer lugar, bastando plugá-lo na tomada. Além disso, a montagem das redes vai ser simplificada, não necessitando de cabeamento de dados - que hoje é um problema, devido à dificuldade de passagem dos cabos.
 
Para as empresas, o PLC pode ser uma tecnologia que irá facilitar a interligação de unidades distantes através da rede elétrica, diminuindo a necessidade de links dedicados de dados, que são caros.
 
O QUE É PRECISO FAZER NA REDE ELÉTRICA?
 
Para adaptar a rede elétrica para o PLC, as concessionárias de energia devem instalar uma grande quantidade de repetidores e roteadores junto aos transformadores, para amplificar o sinal de dados e evitar as oscilações nos pontos de segmentação da rede elétrica.
 
COMO O PLC SERÁ COMERCIALIZADO?
 
A Eletropaulo divulgou que não deverá comercializar o PLC diretamente para o consumidor final, devendo fazer uma aliança com as operadoras de telecomunicações para atender o novo serviço.
 
CAPILARIDADE DA REDE
 
Como a rede elétrica chega a quase todas as residências, o potencial de penetração desta tecnologia é enorme, podendo chegar a lugares onde hoje não existe banda larga pela linha telefônica, por rede de TV a cabo ou, ainda, por rádio.
 
Somente este aspecto já torna o PLC atrativo para o público em geral. Basta agora saber como será o modelo comercial e o que vai ser oferecido para os consumidores finais.
 
* Almir Meira Alves é professor de Redes de Computadores e Telefonia IP da FIAP e da Faculdade Módulo. Engenheiro Eletrônico, pós-graduado em Gestão Empresarial. Possui curso de extensão em Criptografia e Segurança de Redes pela UFF/EB - Universidade Federal Fluminense e Exército Brasileiro. É também Técnico em Telecomunicações pela Escola Técnica Federal - CEFET/SP.
 

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