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Novembro 2009               Índice Geral do BLOCO

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12/11/09

• PLC (15) - Banda larga pela rede elétrica: Página comunitária + Matérias recentes

de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br,
wirelessbr@yahoogrupos.com.br
data 12 de novembro de 2009 22:01
assunto PLC (15) - Banda larga pela rede elétrica: Página comunitária + Matérias recentes

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!

Ontem "falamos" em "Smart Grid" e, no embalo, em PLC.
Aproveito o texto básico de uma mensagem anterior e acrescento matérias recentes sobre PLC.

01.
Este é o "Serviço ComUnitário" sobre "Power Line Communication (PLC) ou "Banda larga pela rede elétrica".
O "Serviço" se completa com o debate do tema.

Para variar há uma
Seção PLC no site comunitário WirelessBR. Mais abaixo transcrevemos parte do conteúdo.
 
02.
Perguntas:
a. Alguém já envolvido com PLC ou estudando o tema para dar maiores informações e visões pessoais?

b. Como usuários sabemos da importância desta tecnologia na oferta de banda larga e na inclusão digital.
E como "profissionais"?
Quais são as perspectivas de mercado de trabalho para técnicos e engenheiros de telecom?
 
c. É realmente uma boa oportunidade de negócios para os pequenos provedores?
 
d. Alguém já utilizando adaptadores (chamados de ‘‘bridges’’, ou ‘‘pontes’’) para distribuição da internet via rede elétrica no interior da residência? Depoimento?  :-)

Ao debate!

03.

Matérias transcritas nesta mensagem: 

Fonte: Convergência Digital
[12/11/09]   Aneel já trabalha no regulamento para Smart Grid - por Luís Osvaldo Grossmann

Fonte: Teletime
[11/11/09]   Distribuidoras de energia continuam indecisas sobre licitação

Fonte: Teletime
[11/11/09]   Falta de padronização internacional é obstáculo

Fonte: Convergência Digital - Cobertura Futurecom
[13/10/09]   Será a hora e a vez da banda larga via rede elétrica? - por Luis Oswaldo Grossman

Fonte: Convergência Digital
[01/09/09]   Banda Larga via rede elétrica: Para ter competição, área técnica da Aneel admite rever regra - por Luís Osvaldo Grossmann

Fonte: Convergência Digital
[31/08/09]   Banda Larga via rede elétrica: Copel diz que regulamento enterra oferta do serviço

Fonte: Convergência Digital
[18/08/09]   Banda Larga via rede elétrica: Dúvida sobre receita adia decisão da Aneel - por Luís Osvaldo Grossmann

04.
Transcrição parcial da Seção PLC:
 
O Teleco possui um Tutorial sobre o assunto:
PLC - Power Line Communications por  Edson Rodrigues Duffles Teixeira
 
E também uma página especial:
PLC - Power Line Communications
 
No Portal da ABUSAR também encontramos um página especializada:
Redes PLC - Internet via Rede Elétrica
 
Vale visitar o Guia das Cidades Digitais e ler mais dois textos:
-
Um estado inteiro ligado por PLC (sobre o Pará)
-
Pilotos indicam necessidade de aprimoramento  
 
Artigos da nossa participante e Coordenadora-adjunta da ComUnidade, Thienne Johnson  (thienne@datamazon.com )
PLC Funciona?
Redes de Controle e PLC 

Estes artigos destacam-se pelo conteúdo informativo e valem como "resumos" informais da tecnologia:
Fonte: e-Thesis
[16/09/08] 
Banda larga na rede elétrica: mitos e verdades por Jana de Paula (transcrição nesta página)

Fonte: Telebrasil
[12/08/03] 
PLC de nova geração para a última milha  (transcrição nesta página)

Trabalhos Acadêmicos

[Nov 2008]
Power Line Communicantions (PLC) por Túlio Ligneul Santos, Engenharia de Computação e Informação, 6º período - UFRJ
Resumo: Power Line Communicantions (PLC) é um sistema que permite a transmissão de sinais de telecomunicações através dos mesmos condutores usados na rede elétrica. Apesar de esta tecnologia ser, de certo modo, antiga, atualmente ela vem ganhando grande destaque em virtude da possibilidade de resolver o problema da chamada ‘última milha’ da internet, ou seja, conseguindo levar o acesso à internet a todas as pessoas. Além dessa forma de utilização as PLC’s também mostram aplicabilidade nas áreas de vídeo sob demanda, telefonia IP, serviços de monitoração e vigilância, monitoramento de transito, automação residencial, etc.
Neste trabalho, propõe-se definir os conceitos básicos e o funcionamento desta tecnologia, ao mesmo tempo em que se faz uma análise sobre os benefícios e desafios de sua efetiva implementação.

[Nov 2008] Análise sobre a tecnologia PLC (Power Line Communicantions)  por André Umberto Faccioni (andreumberto@yahoo.com.br)  (Download .pdf)
Resumo: Este artigo tem o intuído de apresentar uma analise sobre a tecnologia que emprega a comunicação de dados que utiliza a rede elétrica como meio de ransmissão chamada de Power Line Communication (PLC). Esta tecnologia é utilizada desde 1920 por muitas companhias de energia elétrica para efetuar telemedição e telecomando de equipamentos em subestações. Atualmente com novas técnicas de modulação e barateamento de sistemas de telecomunicações, se torna possível a aplicação em massa desta tecnologia para ser implantada em sistemas de telemetria, automação e até mesmo disponibilizar o acesso a internet banda larga para usuários finais. Portando, este artigo irá abordar algumas aplicações da tecnologia PLC no Brasil, alguns aspectos regulatórios sobre esta nova tecnologia e destaca o projeto em desenvolvimento na pré-incubadora do SENAI-Florianópolis.  

[26/02/08]
Power Line Communication - PLC: A informação que vem pela tomada por Alessandro F. Cunha
É apresentado neste artigo um sistema de transmissão em banda larga onde o custo de implantação para o usuário final é muito mais baixo do que os sistemas tradicionais, uma vez que aproveita uma infra-estrutura existente em quase 100% dos lares mundiais: a rede de energia elétrica.´
Para ler mais é preciso cadastro gratuito no link acima.
 
 
De novo: Ao debate!  :-)

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson

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Fonte: Convergência Digital
[12/11/09]    Aneel já trabalha no regulamento para Smart Grid - por Luís Osvaldo Grossmann

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), já tem um cronograma para implementar mudanças na rede de energia para transformá-la no que se convencionou chamar de smart grid (rede inteligente, em inglês). O primeiro passo foi a aprovação, em agosto, das regras do PLC (comunicação pela rede de energia). O próximo, já em análise pelo Conselho Diretor da agência, é a adoção da medição eletrônica.

Com a adoção do PLC, existe condições das empresas utilizarem a rede de energia para comunicações, especialmente porque boa parte das linhas de transmissão já traz fibras óticas embutidas – o que ajuda muito o monitoramento à distância de toda a rede.

Os passos seguintes vão ampliar as informações que podem ser capturadas por essa rede de comunicação. No caso da medição eletrônica, trata-se essencialmente de uma mudança de equipamentos que permitam identificar essas informações extras.

Na prática, as regras para a medição eletrônica tratam da substituição de 63 milhões de relógios instalados por toda a rede de baixa tensão – ou seja, nas residências brasileiras. Significa sair da leitura atual dos relógios, que medem o consumo de eletricidade em kilowatts/hora, e poder ler mais informações. A expectativa da Aneel é que a substituição de todos os medidores aconteça em 10 anos – ou cerca de 10% por ano.

Assim, além do consumo em KW/h, será possível saber o horário desse consumo – o que leva ao terceiro passo das mudanças em direção ao smart grid, que é a modificação na forma como a energia é cobrada atualmente. Há interesses das distribuidoras de energia, porém, que esse equipamento permita também a detecção de fraudes, comunicação bidirecional e que permita cortar o fornecimento à distância.

O passo seguinte, portanto, é mudar as regras de tarifação. Isso porque hoje em dia não faz nenhuma diferença na conta se os consumidores tomaram banho no horário de pico (em geral considerado das 18h às 21h,) ou às 3h da manhã. Como o consumo é medido em KW/h, essa informação de horário não existe.

Mas pode fazer muita diferença no bolso. O horário de pico tem esse nome justamente porque é o período de utilização mais intensa da carga de energia elétrica. Por isso mesmo, é o período em que os custos são maiores – afinal, as redes precisam estar preparadas para quando todos a utilizarem ao mesmo tempo.

Com a mudança na tarifação, será possível cobrar menos daqueles consumidores que utilizam eletricidade nos horários de menor demanda. Mas a expectativa é de que a Aneel transforme isso em regra somente no segundo semestre do próximo ano.

Com esse conjunto de medidas regulatórias, além da infraestrutura que existe e permite dar esse salto, o grau de confiabilidade nas informações da rede elétrica será maior. Consequentemente, o sistema como um todo se torna mais seguro. Como sustentou o presidente da Associação de Empresas Proprietárias de Infraestrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações (APTEL), Pedro Jatobá, “smart grid não impediria falhas no sistema, mas minimizaria os efeitos”.

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Fonte: Teletime
[11/11/09]   Distribuidoras de energia continuam indecisas sobre licitação

As distribuidoras de energia brasileiras ainda não estão decididas se realizarão licitações para abrir suas redes para a oferta comercial de PLC por terceiros. "Isso está em discussão na Copel", disse o coordenador de PLC da Copel Telecom, Orlando Cesar. Representantes da Celg informaram o mesmo a este noticiário. Vale destacar que Copel e Celg estão entre as distribuidoras que mais testes realizaram com PLC até o momento.

Pela regulamentação brasileira, a exploração de redes elétricas para oferta comercial de banda larga via PLC deve ser feita por terceiros, e não pelas distribuidoras de energia diretamente. Para tanto, é necessário realizar licitações. A abertura da rede a terceiros pode ser negada, desde que acompanhada de uma justificativa. O sonho de muitas distribuidoras era explorar banda larga via PLC através de suas subsidiárias de telecomunicações. Isso ainda pode acontecer, desde que elas sejam as vencedoras das licitações.

Cesar, da Copel, criticou a exigência da exploração da rede por terceiros. Ele entende que isso irá encarecer o serviço, pois a distribuidora precisará ser remunerada pela rede. O executivo reclama que no caso das redes de telefonia e de cabo as próprias concessionárias exploram diretamente o serviço. Na sua opinião, a exploração por terceiros tira competitividade do PLC. "Em nenhuma parte do mundo é assim", reclamou.

O assunto foi debatido durante a décima edição do seminário Powerline Communications, realizado nesta quarta-feira, 11, no Rio de Janeiro.
Fernando Paiva

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Fonte: Teletime
[11/11/09]   Falta de padronização internacional é obstáculo

Uma das maiores barreiras enfrentadas pela tecnologia de Powerline Communications (PLC) é a sua falta de padronização internacional. Hoje, os fabricantes trabalham com padrões proprietários que não se comunicam entre si. Há, porém, duas iniciativas internacionais que buscam resolver o problema: uma liderada pelo IEEE (Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos) e outra pela UIT (União Internacional de Telecomunicações). As duas, contudo, têm características distintas e disputam a preferência mundial dos fabricantes e das distribuidoras de energia. O projeto do IEEE, chamado P1901, engloba três padrões diferentes de PLC e alcança velocidades de até 200 Mbps usando 30 MHz. Por sua vez, a iniciativa da UIT, chamada G.9960, procura integrar o PLC a outras redes de telecomunicações, como as de telefonia fixa e de cabo, e atinge velocidades de até 500 Mbps em 50 MHz. "Preferimos o padrão da UIT porque é totalmente interoperável", disse o vice-presidente de vendas e desenvolvimento de negócios da DS2, Víctor Richards, em palestra nesta quarta-feira, 11, durante a décima edição do seminário Powerline Communications, no Rio de Janeiro.

Smart grid

No que tange o desenvolvimento das chamadas redes elétricas inteligentes (smart grids) também falta um consenso mundial. "Há iniciativas nos EUA, na Europa, na China e na Coréia para padronizar as smart grids, mas não há diálogo entre elas", disse Richards. Ele próprio participa do projeto europeu de padronização de smart grids.

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Fonte: Convergência Digital - Cobertura Futurecom
[13/10/09]   Será a hora e a vez da banda larga via rede elétrica? - por Luis Oswaldo Grossman

A banda larga virou prioridade nacional e não faltam candidatos a levar o acesso à internet de alta velocidade – pelo menos para os padrões brasileiros – a todo o país.Como a discussão de um plano nacional de banda larga foi aberta pouco depois da regulamentação do uso das redes elétricas para transmissão de dados, não é de surpreender que a própria Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) esteja participando do esforço do governo.

Nas contas de distribuidoras de energia interessadas em prover acesso, o PLC (Power Line Communications) tem qualidades naturais no trabalho de levar a internet para o interior do país. Para aquelas que espalharam fibras óticas por sua rede – o meio mais comum é levá-la no interior do cabo pára-raio – além do acesso virtualmente já existir, o custo será, prometem, mais baixo que o DSL.

As distribuidoras de energia interessadas em utilizar a rede de eletricidade para transmitir dados – e, portanto, oferecer acesso à internet em banda larga – já podem fazê-lo, ainda que não diretamente. A Aneel aprovou, no fim de agosto, o regulamento do PLC, a sigla em inglês para comunicações pela rede de energia.

Na prática, porém, a regra acabou desagradando o setor elétrico – ou, pelo menos, a parte do setor que já pensava em vender acesso à rede. Isso porque as regras definidas pela Aneel obrigam as distribuidoras a oferecerem o compartilhamento da rede a terceiros – elas têm fazer ofertas públicas da rede e aceitar a melhor proposta.

A Copel, por exemplo, era a distribuidora mais preparada para lançar o serviço de acesso à internet – via uma subsidiária – mas suspendeu os planos. Teme que as operadoras de telefonia façam propostas vitoriosas nessas ofertas públicas, ainda que mais tarde não utilizem plenamente a infraestrutura.

Mas para a Eletropaulo Telecom, por exemplo, a regulamentação atendeu os objetivos, já que a empresa tinha como principal objetivo 'vender' infraestrutura para as teles. A questão é: O custo valerá a pena? Há interesse, de fato, de investir nessa tecnologia no Brasil? A realidade mostra que ainda há muitas dúvidas com relação ao futuro do PLC.

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Fonte: Convergência Digital
[01/09/09]    Banda Larga via rede elétrica: Para ter competição, área técnica da Aneel admite rever regra - por Luís Osvaldo Grossmann

Apesar do interesse de parte das distribuidoras de energia no uso da tecnologia PLC - que permite comunicações pela rede elétrica - a prestação do serviço, especialmente o de Internet, não foi o foco da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Na perspectiva da agência, o fundamental no regulamento aprovado há uma semana é a modicidade tarifária, ou seja, de que maneira a atividade extra será revertida no preço cobrado pela energia aos consumidores.

Daí a determinação para que as distribuidoras dêem publicidade ao interesse do uso da rede para o PLC e, com isso, façam uma espécie de oferta pública para o compartilhamento da rede. Como as regras também determinam que 90% da receita com o serviço via PLC seja revertida como ganhos de produtividade – e, assim, colaborando para reduzir a tarifa de energia – o objetivo da Aneel é que o compartilhamento da rede se dê mesmo pelo maior preço possível.

Essa obrigação, porém, esfriou os planos de distribuidoras como a Copel, do Paraná, que está pronta para ampliar a prestação, hoje em caráter experimental, de acesso banda larga à internet. “A regra permite que uma grande empresa de telecom, que tem muito mais recursos e é mais ágil, apresente um lance vencedor, mesmo que depois utilize apenas 1% da rede e engavete o resto”, reclama o coordenador de PLC da Copel, Orlando Cesar Oliveira.

Ou seja, o temor aí é que o poder financeiro das teles seja utilizado para impedir a entrada de novos competidores no mercado de banda larga, já que as concessionárias fixas são praticamente monopolistas na prestação do serviço por ADSL. Nesse caso, a oferta pública exigida pela Aneel afeta os planos daquelas distribuidoras que gostariam de prestar o serviço de banda larga através de uma subsidiária, como é o caso da Copel. Já as que preferem “alugar” a rede às próprias teles – caso da Eletropaulo Telecom – não vêem problemas.

Ainda assim, a área técnica da Aneel admite rever parte da resolução 357 da Aneel, aquela com as regras para uso do PLC. Segundo a equipe que subsidiou os termos da resolução, a possibilidade da oferta pública se transformar num instrumento de barreira a novos competidores não chegou a ser analisada, nem houve qualquer contribuição sobre esse ponto na consulta pública aberta pela Aneel durante a elaboração das regras.

Nesse sentido, a Aneel vai estudar uma forma de impedir esse problema. Isso pode ser evitado, de acordo com a área técnica da agência, com a inclusão de regras sobre os contratos a serem assinados entre as distribuidoras – “donas” das redes de energia – e o prestador de serviço de comunicação, que utilizarão essa rede. Bastaria, por exemplo, determinar que esses contratos prevejam a obrigação de implantação do serviço pela empresa que vencer a oferta pública para o compartilhamento da rede.

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Fonte: Convergência Digital
[31/08/09]    Banda Larga via rede elétrica: Copel diz que regulamento enterra oferta do serviço

Pioneira no uso do PLC (Power Line Communications) no Brasil e a mais adiantada no uso da tecnologia para levar o serviço de acesso à Internet aos consumidores de energia elétrica, a Copel (Companhia Paranaense de Energia) freou o projeto de fornecer internet banda larga aos clientes. O motivo: as regras definidas pela Aneel que obrigam as distribuidoras a oferecer o compartilhamento da rede a terceiros.

O regulamento, aprovado na semana passada pela Agência Nacional de Energia Elétrica, atingiu em cheio os planos da distribuidora de prover acesso à web através de uma subsidiária, a Copel Telecomunicações. É que, pela resolução da Aneel, as distribuidoras precisam oferecer publicamente o “aluguel” da rede e devem aceitar a melhor proposta.

“No mundo inteiro, quem usa PLC é uma empresa ligada à distribuidora de energia. Todo o planejamento, a engenharia, a operação e manutenção da rede tem que ser integrados, algo impossível com uma empresa não associada", reclama o coordenador de PLC da Copel, Orlando Cesar Oliveira.

"Além disso, a regra permite que uma grande empresa de telecom, que tem muito mais recursos e é mais ágil, apresente um lance vencedor, mesmo que depois utilize apenas 1% da rede e engavete o resto”, complementa.

As regras parecem mais adequadas ao modelo de negócios da Eletropaulo Telecom, que não tem interesse em oferecer acesso à internet aos consumidores. A empresa testa o sistema desde 2007 em três bairros paulistanos – Cerqueira César, Moema e Pinheiros – e já investiu R$ 20 milhões, mas o foco é no compartilhamento da rede.

“Vamos oferecer as soluções para os nossos clientes, as operadoras e prestadoras de serviços de telecomunicações, para que elas sim cheguem até o usuário final”, diz a gerente geral, Teresa Vernaglia.

Já a Copel começou a testar o sistema ainda em 2001, em 50 domicílios de Curitiba. Mais recentemente, iniciou um projeto-piloto em Santo Antônio da Platina, com 300 casas conectadas gratuitamente – com acessos de até 20 Mbps.

A empresa esperava a regulamentação do PLC para começar uma exploração comercial em até 10 mil lares e, com essa experiência – inclusive para modelar custos e preços – partiria para um plano de negócios de US$ 400 milhões, necessários para conectar um terço do estado.

“O regulamento afasta o uso do PLC como negócio. A Aneel foi influenciada pela Anatel e piorou a regulação depois da consulta pública, de forma a não perturbar as teles", lamenta Oliveira, da Copel.

" Conseguiram enterrar uma oportunidade para o país, o centésimo no mundo em acesso à internet. Dependemos, agora, de uma decisão da distribuição. Mas você acha que a Copel vai se meter num investimento de US$ 400 milhões para entregar para quem já é monopolista?”, conclui o coordenador do projeto na distribuidora de energia do Paraná.

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Fonte: Convergência Digital
[18/08/09]    Banda Larga via rede elétrica: Dúvida sobre receita adia decisão da Aneel - por Luís Osvaldo Grossmann

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adiou, mais uma vez, agora, para a próxima semana a votação do regulamento para a utilização da infraestrutura das distribuidoras de energia para transmissão de sinais de telecomunicações, sistema mais conhecido pela sigla PLC, do inglês Power Line Communications (ou, comunicações pela rede de energia). Na hora da votação, os diretores tiveram dúvidas sobre a periodicidade da apropriação dos ganhos com o novo serviço no cálculo das correções de tarifa de eletricidade.

A proposta da relatora, Joísa Campanher, foi no sentido dos ganhos serem incorporados anualmente, a cada reajuste. Mas uma ponderação levada à reunião de diretoria da Aneel pela Eletropaulo acabou encaminhando o caso para uma reavaliação da área jurídica.

A distribuidora lembrou que em muitos contratos de concessão de distribuidoras de energia, a incorporação de recursos extras à atividade principal - venda de energia - à modicidade tarifária só é prevista nos períodos de revisão – que variam de caso a caso, mas em geral acontecem a cada quatro anos.

"Nossa ideia é que a cada reajuste fosse calculado o valor do compartilhamento (da infraestrutura)", defendeu a diretora Joísa Campanher. No mérito, teve apoio dos colegas, mas a dúvida jurídica permaneceu. Por isso, a relatora tirou o processo de votação – pelo regimento, deve reapresentá-lo na próxima reunião.

Desde a última apresentação do relatório, a diretora fez pequenas modificações no texto. No artigo 15, explicitou que 90% das receitas resultantes do compartilhamento da infraestrutura – ou seja, o “aluguel” da rede – será revertido para a modicidade tarifária.

O mesmo artigo, porém, trouxe para os reajustes anuais a verificação desse percentual. A versão anterior da proposta remetia cada caso a seu contrato. Assim, o valor referente à modicidade seria verificado a cada ano, nos casos onde fosse possível, e a cada período de revisão, nos demais.

No mais, foi mantida a proibição da distribuidora de energia atuar diretamente no novo serviço – basicamente, a oferta de banda larga pela rede elétrica – mas existe a possibilidade de fazê-lo através de uma subsidiária. Ou “alugar” a rede a uma outra empresa interessada.

Abradee

Outra ponderação levada à reunião da Aneel foi da Abradee, que representa as distribuidoras de energia. A entidade queria que o tema fosse discutido durante mais tempo – ficou até de apresentar uma proposta das empresas à Aneel – pois teme que haja colisão com outro tema em discussão na agência reguladora: a medição eletrônica da rede.

Para o representante da entidade, as duas regras – PLC e monitoramento da rede – deveriam caminhar juntas. Do contrário, as empresas podem ficar na dúvida e preferir não compartilhar a infraestrutura. “A distribuidora vai preferir não abrir mão [da rede] para usar quando quiser”, argumentou o diretor da Abradee, José Gabino Matias.

A área técnica da Aneel, no entanto, não acredita que isso seja um problema. Primeiro porque as distribuidoras não são obrigadas a compartilhar a rede – as regras valem para quem se interessar pelo novo negócio. Além disso, nada impede que as empresas reservem parte do espaço da rede para o monitoramento remoto, enquanto o excedente pode ser oferecido para a transmissão de sinais de telecomunicações.
 


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