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Julho 2010               Índice Geral do BLOCO

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18/07/10

• Telebrás, Eletronet e PNBL (280) - Começou a lambança: "Telebrás aluga, sem licitação, imóvel de R$ 2,3 mi ao ano"

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!

Esta é a mensagem nº 280 sobre a reativação da Telebrás.
O acompanhamento deste tema está registrado nos arquivos dos Grupos, no BLOCO - Blog Comunitário e no website Telebrás, Eletronet e PNBL.
Considero que quem está há mais tempo na ComUnidade e se interessa pelo assunto está bem informado.

O Sr. Rogério Santanna, ungido ao cargo de presidente da presidência da Telebrás por sua própria obra e graça parece um homem fora de controle: alugou, com dispensa de licitação, o 3.º andar do Edifício Parque Cidade Corporate, no setor Comercial Sul de Brasília, com 57 vagas de garagem, por 03 anos!
Se alguém tinha a ilusão que este funcionário privilegiado pudesse fazer uma boa administração certamente está decepcionado.

Uma Telebrás como está prevista no PNBL, para começar com seriedade, precisaria, no mínimo, de uma gestão altamente competente, com profissionais contratados no mercado, mesmo que a peso de ouro: valeria a pena! Afinal, está na ambição do governo que seja uma empresa que vai competir com as teles!

Qual será o próximo passo do deslumbrado Santanna? Comprar carrões para os executivos? Contratar nova decoração? Fazer convênios com agências de viagem? Esta é a sequência normal na cartilha dos administradores públicos "destepaís".
Começou muito mal, mas muito messsmo, o Sr. Santanna!

Entendo que, há um ano, a "banda larga" passou a ser considerada como tema de campanha a ser utilizado no palanque. Assessores mal informados da complexidade do assunto venderam esta idéia ao governo que pensou em "iluminar" centenas de cidades antes do início do período eleitoral.
Tal perspectiva não se concretizou e, se houvesse seriedade no trato da coisa pública, o PNBL deveria ser congelado, no mínimo, até as eleições.
Não tem cabimento implementar este Projeto sem garantias de continuidade numa eventual derrota eleitoral do governo atual.

Continuo no meu ativismo para que cada um se disponha a interagir com a mídia e as autoridades.
Reunimos em nossa ComUnidade, hoje com mais de 5000 participantes, uma boa parcela da elite técnica pensante com discernimento para avaliar estes problemas, que certamente terão forte influência no futuro do mercado de trabalho em nossa área de atuação.

Preocupo-me, certamente, com aqueles que insistem em discutir este assunto projetando uma utópica estatal enxuta e eficiente.
É preciso levar em conta a realidade dos nossos governos: a cúpula das estatais, ministérios e órgãos da administração está completamente loteada entre os partidos políticos e isto não vai mudar tão cedo qualquer que seja o resultado das eleições.

Transcrevo mais abaixo notícia que passou despercebida em nossos fóruns sobre a área de TI do Banco do Brasil e adianto um recorte para ilustrar o comentário anterior:
(...) Dezena foi nomeado pelo presidente do BB por sugestão feita pelo vice-presidente de Negócios de Varejo, Paulo Rogério Caffarelli. Ele também recebeu apoio do vice-presidente de Governo, Ricardo Antonio de Oliveira.
Este último, inclusive, teria sido o responsável pela manobra política que referendou o nome de Geraldo Dezena para o cargo em substituição a Salinas, até então apoiado por parte da bancada do PT. Ricardo Oliveira teria se encontrado em Ribeirão Preto (SP) com o ex-ministro Antonio Palocci para solicitar o apoio dele à nomeação de Dezena, assim como, para apaziguar eventuais ânimos exaltados dentro do PT com a saída de Salinas.(...)

Infelizmente não vai ser diferente com a Telebrás e tomo a liberdade de repetir este comentário do blog Insight citado numa mensagem anterior:
(...) Além da provável indicação de Barbosa para a ANATEL, há notícias da ocorrência de um "pente fino" nos nomes ligados ao PMDB que ainda se encontram na Telebrás. A idéia seria deixar o PNBL e, principalmente, a Telebrás livres de qualquer "ruído" político, ou seja, orientados unicamente pelo partido majoritário do governo, sem qualquer possibilidade de interferência política dos demais partidos da coligação. (...)

Volto a opinar que o funcionário público Rogério Santanna prestaria uma enorme serviço ao país se, neste segundo semestre de eleições, desnudasse as entranhas da atual Telebrás, com seriedade e honestidade, assim como relacionasse com exatidão todas as dificuldades para a reativação da Telebrás e execução do PNBL.

Continuo parabenizando o jornalista Ethevaldo Siqueira, praticamente voz isolada na mídia, pela sua perseverança e coragem na luta contra a reativação da Telebrás.
Ethevaldo volta ao tema na sua coluna no Estadão de hoje: Um festival de ilegalidades

Abaixo transcrevo várias matérias cuja leitura certamente vai ajudar na formação da opinião sobre as dificuldade de implantação do PNBL:

Fonte: Estadão
[17/07/10]  Telebrás aluga, sem licitação, imóvel de R$ 2,3 mi ao ano - por Karla Mendes

Fonte: Estadão - Colunas
[18/10/10]  Um festival de ilegalidades - por Ethevaldo Siqueira

Fonte: Teletime
[22/06/10]  Anatel finaliza relação de 60 funcionários que retornarão à Telebrás - Mariana Mazza

Fonte: Convergência Digital
[13/07/10]  Governo estuda prazo de transição para funcionário da Telebrás - por Luiz Queiroz*

Fonte: Convergência Digital
[28/06/10]  Cai a cúpula de Tecnologia e Logística do Banco do Brasil - por Luiz Queiroz

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa

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Fonte: Estadão
[17/07/10]  Telebrás aluga, sem licitação, imóvel de R$ 2,3 mi ao ano - por Karla Mendes

Estatal usou dispositivo legal para apressar a locação de andar em edifício de Brasília, que abrigará 120 funcionários

A Telebrás vai gastar R$ 2,35 milhões por ano com a locação da nova sede da estatal. A empresa alugou o 3.º andar do Edifício Parque Cidade Corporate, no setor Comercial Sul de Brasília, com 57 vagas de garagem.
A despesa mensal com as instalações será de R$ 196 mil. O contrato de aluguel, com duração de três anos, foi assinado com dispensa de licitação, baseado no inciso X do artigo 24 da Lei 8.666/93, que prevê essa modalidade "para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração", cujas necessidades de instalação e localização "condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado". A contratação foi publicada no Diário Oficial da União.
Fontes do mercado questionam a forma como foi firmado o contrato de aluguel. "Por que essa insistência em uma interpretação da lei para a liberação de licitação?", questiona um advogado especializado no setor. Ele argumenta que o objetivo da licitação é fazer uma seleção, em busca de melhores condições. "Se faz licitação, não aluga assim tão fácil. Qual é a pressa? O quadro da empresa já está completo?", questionou. "O administrador público não tem de ter essa pressa, pois está fazendo uso do dinheiro público", reforçou.
Na quarta-feira, o DEM ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), com pedido de liminar, questionando a legalidade da reativação da Telebrás. O especialista observa que, se a liminar for concedida, a estatal terá de parar todo o processo do aluguel da nova sede.

O governo, porém, não está preocupado com a ação do DEM. "A chance de a Telebrás ser extinta é menor que o DEM ser extinto como partido", afirmou Rogério Santanna, presidente da Telebrás, ao Estado. Segundo Santanna, antes de a estatal ganhar novas funções, foi feita uma profunda análise jurídica por diversas instâncias do governo. "Agora, a Advocacia-Geral da União (AGU) vai contestar (a ação no Supremo)", disse. Segundo Santanna, as novas instalações têm capacidade para abrigar 120 funcionários e a previsão é que a estatal volte a operar em 30 dias.

Quanto à dispensa de licitação, a Telebrás informou que este não é um privilégio da estatal, mas uma regra que vale para todo o governo. A necessidade de locação de um novo imóvel, segundo a empresa, é consequência das limitações físicas das instalações atuais, que são insuficientes para abrigar os funcionários que foram cedidos à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e retornarão à estatal.

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Fonte: Estadão - Colunas
[18/10/10]  Um festival de ilegalidades - por Ethevaldo Siqueira

Chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira a ação proposta pelo DEM visando à declaração de ilegalidade do decreto que reativou Telebrás e mudou sua atividade-fim. A ação é uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF).

O decreto do presidente Lula que ressuscita a Telebrás e cria o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) é, na opinião de vários juristas, um festival de ilegalidades, como temos demonstrado aqui. O governo federal não apenas reativou a empresa, mas mudou também suas finalidades, para que a estatal possa atuar como empresa pública responsável pela massificação da banda larga no Brasil e como operadora de todos os serviços de telecomunicações, em caráter exclusivo, do governo federal e de suas repartições.

Tais mudanças, no entanto, só poderiam ser efetivadas por meio de lei federal aprovada pelo Congresso Nacional. Nunca por decreto presidencial. Por outras palavras: uma empresa estatal criada por lei não pode ter sua finalidade, objeto ou atividade-fim modificados por simples decreto, mas apenas por nova lei, aprovada pelo Congresso Nacional. E mais: a Telebrás nunca foi operadora de telecomunicações, mas, sim, uma empresa holding que controlava as 27 subsidiárias estaduais (teles).

Esses são alguns dos pontos fundamentais que deverão ser examinados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgar a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) proposta pelo DEM àquela corte na semana passada.

Caminhos ilegais

Não se contesta ao governo o direito de reativar a estatal, desde que o faça dentro da legalidade. Ou ainda: a recriação da Telebrás tem de ser feita segundo o formalismo e as regras legais. Afinal, ninguém está acima da lei neste País.

Da mesma forma, não se propõe a discussão do mérito ou da conveniência da decisão governamental de ressuscitar uma estatal privatizada há quase 12 anos, mesmo que esse projeto contrarie o interesse nacional ou seja considerado um erro político de grandes proporções.

A última ilegalidade da Telebrás ocorreu há poucas semanas, para contornar o obstáculo da lei 5.792, de 11/07/1972, que criou a estatal e que não lhe permite operar serviços, a não ser por intermédio de subsidiárias. Diante dessa barreira, a nova diretoria da Telebrás convocou uma assembléia geral extraordinária e lhe propôs, com a maior naturalidade do mundo, aprovar a mudança dos estatutos da empresa, de modo a autorizá-la a criar subsidiárias. Do ponto de vista legal, só uma mudança da lei 5.792, aprovada pelo Congresso, poderia criar ou autorizar a Telebrás a criar subsidiárias.

Trapalhadas

Quase tudo que o governo Lula tem feito na área de telecomunicações, ao longo de quase oito anos, tem sido uma sucessão de trapalhadas e ações marcadas pela falta de transparência. Os exemplos mais recentes e mais chocantes foram a elaboração do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e a reativação da Telebrás.

Por sua importância e seu impacto na vida brasileira, um plano da envergadura do PNBL teria de ser debatido pelo Congresso Nacional. Mas foi decidido apenas dentro do círculo palaciano de assessores e ministros, num grupo de “pensamento único”.

Com o máximo de ousadia, esse grupo de poder – liderado por Cézar Alvarez, ex-assessor do presidente Lula para inclusão digital, e Rogério Santanna, ex-secretário de Logística do Ministério do Planejamento – conseguiu sobrepor-se ao próprio trabalho do Ministério das Comunicações, ao qual a Telebrás sempre esteve vinculada, por determinação legal.

Na disputa política nos bastidores do governo, o grupo de assessores enfrentou e venceu até o ex-ministro Hélio Costa, que se opunha à ideia de reativação ou recriação da Telebrás. O Ministério das Comunicações chegou a preparar um estudo de mais de 200 páginas, enviado à Casa Civil e ao Ministério do Planejamento, mas que foi simplesmente engavetado e ridicularizado pelo grupo petista.

Por fim, vale recordar que, ao longo de quase oito anos, o governo Lula ignorou a questão da banda larga e só a poucos meses das eleições descobriu que o tema tem grande apelo popular, ainda mais com promessas de difícil cumprimento, como a massificação do acesso de alta velocidade à internet a preços variáveis de R$ 10 a 35 por mês.

É difícil entender como o governo federal pode pensar em universalizar a banda larga a partir de sua rede de fibras ópticas, que não alcança mais do que 30 mil quilômetros de cabos, enquanto as operadoras privadas têm mais de 250 mil quilômetros.

Na realidade, o melhor caminho para levar banda larga às camadas de menor renda não é por meio da fibra óptica, por sua baixa capilaridade e por exigir elevados investimentos na infraestrutura. Para universalizar ou massificar a banda larga, o melhor caminho para o Brasil são as soluções sem fio, a começar do celular 3G, das redes WiFi e WiMax. Vale lembrar que o Brasil tem hoje mais de 185 milhões de celulares em serviço, 20 milhões dos quais de terceira geração. Dentro de três anos, quando o Brasil deverá superar os 250 milhões de acessos sem fio em serviço, pelo menos 50% deles serão celulares 3G. Desse modo, será possível oferecer banda larga a mais de 100 milhões de pessoas.

Copyright 2010 – O Estado de S. Paulo – Todos os direitos reservados

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Fonte: Teletime
[22/06/10]   Anatel finaliza relação de 60 funcionários que retornarão à Telebrás - Mariana Mazza

Em breve a Telebrás voltará a ter um quadro mínimo de servidores para retomar efetivamente suas operações no mercado de telecomunicações. A Anatel finalizou a análise da lista contendo 60 nomes de funcionários que deverão retornar à estatal. Segundo fontes, a lista encaminhada pela empresa foi aceita na íntegra pela agência reguladora, sem contestação de nenhum dos nomes solicitados. Uma reunião já foi feita com os servidores que prestam serviço na sede da Anatel e que deverão retornar à estatal.

A lista é separada em três lotes de funcionários, muitos com cargos comissionados na Anatel. No grupo de engenheiros, 21 servidores foram escolhidos para retornar à estatal. Outros 19 servidores classificados na Telebrás com cargos de "Nível Técnico - Fiscal e Apoio" também serão chamados de volta. Neste grupo constam técnicos de telecomunicações, assistentes técnicos e analistas de sistemas. Por fim, outros 20 servidores em cargos de "Nível Superior - Administrativo e Nível Médio - Administrativo" deverão retomar seus postos na Telebrás. Neste grupo estão administradores, economistas, assistentes administrativos e auxiliares administrativos.

Considerando as áreas de atuação dentro da estrutura da agência, a maior parte dos servidores requisitados de volta pela Telebrás está lotada atualmente em unidades regionais da agência em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Pará e Paraíba. Ao todo, são 17 servidores das regionais. Segundo fontes ouvidas por este noticiário, a intenção da estatal é mantê-los nos estados e não transferi-los para a sede em Brasília. Caso haja transferência, pelas regras da administração pública os salários desses servidores devem ser acrescidos em 30%.

Entre as áreas técnicas da Anatel, a que mais deverá perder pessoal é a Superintendência de Serviços Privados (SPV), onde 10 servidores serão devolvidos. A Superintendência de Administração (SAD) deverá devolver nove servidores e a Superintendência de Serviços Públicos (SPB), quatro. Tanto a Superintendência de Serviços de Comunicação de Massa (SCM) quanto a Superintendência de Fiscalização (SRF) devolverão seis funcionários cada uma. Já a Assessoria de Relação com Usuários (ARU) devolverá dois servidores, assim como a auditoria da agência. Também aparecem na lista a Superintendência de Universalização (SUN), a Assessoria Parlamentar e de Comunicação (APC), a Superintendência-Executiva (SUE) e o próprio Gabinete da Presidência, cada um devolvendo um funcionário para a Telebrás.

A data de rescisão dos contratos de cessão desses funcionários ainda não está definida, mas os preparativos para a transferência já começaram. Em princípio, os funcionários que retornarão à estatal não devem receber nenhum benefício a mais pelo regresso, mas a expectativa é que seja feita uma reforma no plano de cargos e salários agora que a Telebrás voltará a operar. Ainda de acordo com fontes que participam do processo de transferência, a sensação na agência é que os funcionários presentes na lista estão realmente dispostos a retornar à Telebrás e não irão "pispar", jargão que tem sido utilizado entre os servidores da estatal para classificar os funcionários que pedem demissão para poder receber os benefícios do Plano de Indenização por Serviços Prestados (PISP) da empresa.

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Fonte: Convergência Digital
[13/07/10]  Governo estuda prazo de transição para funcionário da Telebrás - por Luiz Queiroz*

O governo e a direção da Telebrás estudam a possibilidade de conceder um prazo de no máximo 12 meses para que os funcionários avaliem se querem ou não retornar aos quadros da estatal ou se pedem a demissão.

Quem decidir deixar a empresa receberá, imediatamente, os recursos do "Programa de Indenização por Serviços Prestados (PISP)", criado na época das privatizações para incentivar as demissões na Telebrás. Os que permanecerem terão de abrir mão desse pagamento.

O novo prazo que está sendo negociado pelo governo deverá favorecer aos 60 funcionários, já chamados para dar início ao proceso de reativação da Telebrás, em função do Plano Nacional de Banda Larga. Seria uma espécie de garantia para que o funcionário tenha tempo de avaliar se o retorno, depois de mais de 10 anos, à nova estatal é positivo ou não.

Esse período de transição pode se tornar uma solução para um problema que tem ocorrido desde o anúncio da reativação da companhia: a desconfiança que existe entre os antigos funcionários com relação à reativação da estatal.

Depois da privatização do setor de telefonia, muitos foram chamados para compor os quadros da Anatel e de alguns órgãos da Administraçção Federal, como é o caso do Ministério das Comunicações. Todo o pessoal que permaneceu em atividade sempre contou com a possibilidade de receber o PISP, bastando para isso, comunicar o seu desligamento da Telebrás.

Só que neste novo cenário, os funcionários terão compulsoriamente de retornar aos quadros da companhia quando forem chamados. Neste caso, só existem duas opções: pedir demissão e levar o dinheiro do PISP, ou retornar, mas abrir mão deste benefício.

O governo não poderá incorporar nos salários esse dinheiro nem pagar por algo que não ocorreu: a extinção da Telebrás, prevista para ocorrer após a privatização do setor.

Transição

A possibilidade de contar com um prazo para que o funcionário decida sobre a sua vida profissional está sendo cogitada dentro do governo como uma fórmula para se evitar que a reativação da Telebrás termine interrompida por ações trabalhistas.

O que se debate agora é o prazo desta transição. O presidente da Telebrás, Rogério Santanna, estaria defendendo um período de seis meses, a contar da comunicação para retornar a empresa. Mas há quem acredite que o ideal seria conceder 12 meses para o trabalhador pensar na decisão que irá tomar.

Entretanto, isso não impediria que o funcionário retornasse imadiatamente ao trabalho na Telebrás. O prazo vale tanto para os que já foram chamados, quanto para aqueles que ainda serão convocados a retornar para a companhia.

Os que defendem prazo mais longo entendem que os funcionários terão condições de avaliar melhor a permanência na empresa porque poderiam tomar tal decisão vendo a Telebrás operando no mercado de banda larga com eficiência e perspectiva de crescimento.

Mas a questão não é meramente social. Há também o fato de que o governo, gostaria de economizar com o pagamento de indenizações aos funcionários que aceitarem abrir mão do PISP para retornar aos quadros da companhia.

A Telebras tem cerca de 223 funcionários. Deste total, 179 ainda estão cedidos para o quadro da Anatel. Outros 12 trabalham na Presidência da República, 10 no Ministério das Comunicações e 17 em outros órgãos da administração federal. Cinco funcionários permaneceram na Telebrás.
*Colaborou Luis Oswaldo Grossmann

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Fonte: Convergência Digital
[28/06/2010]   Cai a cúpula de Tecnologia e Logística do Banco do Brasil - por Luiz Queiroz

O vice-presidente de Tecnologia e Logística do Banco do Brasil, José Luiz Prola Salinas, foi exonerado na última sexta-feira, 25/06, das funções pelo presidente da instituição, Aldemir Bendine. O substituto indicado para ocupar a vaga na Vitec é ex-diretor de Tecnologia da BB Seguros (Aliança do Brasil), Geraldo Dezena.

Dezena foi nomeado pelo presidente do BB por sugestão feita pelo vice-presidente de Negócios de Varejo, Paulo Rogério Caffarelli. Ele também recebeu apoio do vice-presidente de Governo, Ricardo Antonio de Oliveira.

Este último, inclusive, teria sido o responsável pela manobra política que referendou o nome de Geraldo Dezena para o cargo em substituição a Salinas, até então apoiado por parte da bancada do PT. Ricardo Oliveira teria se encontrado em Ribeirão Preto (SP) com o ex-ministro Antonio Palocci para solicitar o apoio dele à nomeação de Dezena, assim como, para apaziguar eventuais ânimos exaltados dentro do PT com a saída de Salinas.

Na outra ponta do tabuleiro político, O vice Ricardo Oliveira também foi buscar apoio petista na Bahia. E esse veio do próprio governador Jaques Wagner. O motivo seria o fato de Geraldo Dezena ter trabalhado em Salvador como Superintendente do Banco do Brasil e não ter sofrido restrições do governador baiano.

Com isso, estava sacramentada a dobradinha Palocci / Jaques Wagner para minar qualquer resistência dentro do PT contra a saída de José Salinas.

Ditec

Também já se comenta que está definida a exoneração de José Raya do cargo de Diretor de Tecnologia. A saída dele parece inevitável em função das mudanças que Bendine gostaria de empreender dentro desta área do banco. Já se comenta nos bastidores do Banco do Brasil, que Raya teria sido convidado a assumir uma 'função' na Cobra Tecnologia.

Entretanto, a informação é conflitante com outras versões sobre o desenrolar dos últimos acontecimentos dentro do BB. Segundo os comentários de bastidores, toda a atual direção da Cobra teria sido confimada no cargo pela cúpula do BB, o que impediria, então, de Raya de assumir alguma função que fosse relevante nesta companhia.

Outras funções gerenciais da área de TI e Logística também correm o risco de sofrer mudanças nos próximos dias, em mais um capítulo de uma disputa política interna entre as facções do PT que se arrasta há anos e parece não ter fim.


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