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Março 2010               Índice Geral do BLOCO

O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão  Celld-group e WirelessBR. Participe!


02/03/10

• "Março com 4G" (04) - "WiMAX e LTE: um caso de coexistência na 4G" + "WiMax e LTE podem acabar com cobrança de chamadas de voz no celular"

de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br,
wirelessbr@yahoogrupos.com.br,
Jana de Paula <jana@e-thesis.inf.br>
data 2 de março de 2010 12:53
assunto "Março com 4G" (04) - "WiMAX e LTE: um caso de coexistência na 4G" + "WiMax e LTE podem acabar com cobrança de chamadas de voz no celular"

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!

01.
Olá,
Felipe Carvalho Alves!
Obrigado pelo pronto e gentil retorno após o ataque do vampiro!  :-)
Ficamos salivando sua participação!

02.
Olá, "Engenheirada"!
Eu, engenheiro jurássico, aposentado e desatualizado, só sei ler o noticiário da web e mesmo assim não entendo nada...  :-)
Mas quem está na ativa ou na Academia, esta é a hora de participar dos nossos fóruns de modo mais técnico!
E lembro: perguntar também é participar! Vamos esclarecer as dúvidas!

02.
Quase 10 anos em nosso fóruns... meus neurônios estão devidamente alinhados no norte ComUnitário... :-)
Uma explicação veiculada em nossos fóruns - no meu caso muito particular - tem mais valor que um artigo inteiro da mídia.
Os resumos feitos por alguns participantes são muito preciosos e alguns, até guardo na carteira para as emergências... coisas de véio... :-)

No momento, estou necessitado (creio que muitos estamos) de um "resumo-resumido" para recordar e entender:
- as gerações dos celulares;
- as tecnologias envolvidas nestas gerações;
- os "ramos" da evolução das tecnologias 3G;
- que tecnologias usamos hoje nos celulares 3G sem saber? :-)
- em que pé andam os diversos "sabores" do WiMAX (as tais letrinhas "d", "e", "m", etc...)?
- 4G? LTE? Quequéiiissô? :-)

Please, resumo resumido mas didático, para nivelamento e para "incluir" mais participantes (de outras áreas) nos debates, OK? 
Vale resumir cada item para depois fazermos uma "juntada".  :-)

03.
Transcrevo abaixo uma matéria recente do e-Thesis e outra, indicada há pouco pela Jana de Paula (vale conferir!):

Fonte: e-Thesis
[06/01/10]   WiMAX e LTE: um caso de coexistência na 4G - por Pyramid Research

Fonte: PC World
[24/02/10]  WiMax e LTE podem acabar com cobrança de chamadas de voz no celular - por Brad Reed, da Network World/EUA

Comentários?
Ao debate!

Animação, ComUnidade!  :-)

Chegando agora? Aqui estão os "posts" anteriores:

"Março com 4G" (03) - Artigo da diretora de Comunicações de Marketing do WiMAX Forum: "WiMAX: abra o seu mundo"
"Março com 4G" (02) - José Smolka indica dois artigos: "Sprint and Verizon head-to-head in '4G' " e "Clearwire's Mexican alliance in doubt after regulator decision"
"Março com 4G" (01) - Início do evento virtual, fechando o verão... + Jana de Paula: "WiMAX ingressa numa nova etapa, mais complexa"
Chamada Geral (2) - Evento comunitário "Março com 4G"
Chamada Geral (1) para um Evento Comunitário sobre WiMAX, 4G, Etc...

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa

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Fonte: e-Thesis
[06/01/10]   WiMAX e LTE: um caso de coexistência na 4G - por Pyramid Research

Embora o ‘hype' em torno de WiMAX esteja se dissipando rapidamente, o Pyramid Research acredita que o padrão ganhou apoio e volume suficientes para servir como alternativa no provimento de acesso em banda larga móvel. Embora o WiMAX tenha começado por esculpir um nicho restrito, ligado às oportunidades com destino certo, ele tem inspirado um novo modelo de negócios sem fio, é flexível, confortável e tem arquitetura de rede all-IP, características mais adequadas do que o HSPA para fornecer serviços baseados na Internet.

Em contrapartida, o padrão LTE ganhou impulso substancial, velozmente. Desde que os padrões WiMAX 802.16e e LTE Release 8 proporcionem desempenho semelhante no mundo real, em última análise, as decisões das maiores operadoras de WiMAX podem determinar o destino de WiMAX.

Por exemplo, a Clearwire tem sido sincera em sua intenção de escolher a tecnologia que fornece o melhor case do negócio de dados do momento e supre a demanda dos usuários finais com qualidade dos serviços e dispositivos, embora seu compromisso com o WiMAX seja pouco claro.

O WiMAX terá a oportunidade de atingir um ponto crítico para impulsionar o apoio dos fornecedores na próxima geração, do WiMAX, 802.16m, que espera-se seja finalizada em 2010? A arquitetura OFDMA tanto no WiMAX quanto na LTE irá pavimentar o caminho para redes 4G, que, tal como definido pela UIT-R, deve alcançar 1Gbps ou mais Por isso é possível que vejamos uma mistura dos dois padrões.

O novo relatório "WiMAX and LTE - The Case for 4G Coexistence" analisa as operações de WiMAX em todo o mundo atual, avaliando os modelos de negócios das operadoras, economia de rede e as oportunidades de mercado global em relação ao UMTS / HSPA e LTE. O objetivo é avaliar qual a tecnologia oferece o case mais popular e lucrativo de voz móvel, banda larga e serviços de vídeo no contexto das condições específicas do mercado, ou seja, os casos da UQ Communications (Japão), a Clearwire (EUA), Mobily (Arábia Saudita), Digicel (Caribe), Tata (Índia), Umniah (Jordânia) e Yota (Rússia).

Outras constatações do estudo:

• O número de implementações de WiMAX - atualmente mais de 500 em 145 países - é maior do que qualquer outra tecnologia 3G convencional e mais de 50% maior que o número de autorizações de rede HSPA. No entanto, a maioria das implantações de WiMAX até à data foram pequenas, servindo as comunidades-alvo, empresas e instituições privadas. Como resultado, o WiMAX cobre apenas 6% da população do mundo, o que está muito aquém do que 85-90% que as redes móveis convencionais cobrem. O Pyramid esperamos que cobertura de WiMAX a aumente, embora muito lentamente em âmbito de base global, com com penetração em 10-12% da população até o final do ano de 2010. Muitas das maiores implantações de WiMAX ainda estão em andamento, e os governos de muitos grandes países, como Índia, Indonésia e Vietnam apenas começam a emitir licenças de WiMAX. Algumas das maiores operadoras de WiMAX no mundo em termos de cobertura serão Clearwire (E.U.), HC Communications (Japão), Globe Telecom (Filipinas), Yota (Rússia) e Safaricom (Quênia).

• Mais de 80% de todas as implementações de WiMAX fixo são em redes que utilizam 802.16d, padrão no qual que grandes fabricantes como Alvarion e Huawei já não produzem. Num futuro próximo, o Pyramid espera que todos os operadores de WiMAX de 802.16e partam pra a oferta de serviços, mesmo que as agências reguladoras os restrinja de oferecer serviços móveis. Os primeiros dispositivos já disponíveis são os cartões WiMAX para PC e dongles USB, seguidos por notebooks com modem incorporado, o que se leva a crer que as operadoras não têm escolha, a não ser ir atrás dos clientes de banda larga. Os mercados com as mais baixas taxas de penetração da banda larga representam a maioria e o Pyramid estima que 70% das implementações de WiMAX nos mercados emergentes, liderados pela África e Oriente Médio, detenham um quarto das implementações globais.

• Os fatores que conduzirão as operadoras a implantar WiMAX são a velocidade por novos serviços exigida do mercado, as oportunidades atualização e implantação de rede, mobilidade, vários cenários de uso, sua arquitetura IP e os custos de espectro e implantação. Operadoras de WiMAX em mercados competitivos querem se diferenciar das opções de dados fixos e móveis de banda larga através da promoção de uma combinação dos seguintes benefícios: portabilidade, mobilidade, preços flexíveis nos planos oferecidos, inexistência de contratos, melhorias nas aplicações, simplicidade de ativação do serviço, qualidade de serviço e segurança, melhor atendimento ao cliente e maior rendimento. Operadores de rede móvel virtual (MVNO), serão peça instrumental nos modelos de muitos operadores do negócio de WiMAX .

• Em média, os preços WiMAX tendem a ser mais caros que os de DSL, mas a diferença já começa a diminuir, e os dois se tendem a se misturar ainda mais em 2014. Em contrapartida, os preços para serviços de banda larga baseados em WiMAX nos EUA são, em geral entre US$ 15-25 inferiores à oferta convencional de 3G (UMTS/HSPA, EVDO) e apresentam velocidades de download semelhantes. Em geral, as operadoras de WiMAX têm mercados-alvo diferentes dos outros operadores 3G, que possuem um mercado endereçável substancialmente maior de clientes de voz.

• Se uma MNO está preocupada com a qualidade do serviço dos seus serviços centrais, devido à uma rede sobrecarregada, uma atualização 3Gé mais adequada do que a adição do WiMAX como uma rede de dados em paralelo, porque os clientes de voz móvel representam uma oportunidade maior em termos de clientes-alvo de banda larga fixa. A voz móvel ainda é o piloto mais importante de receitas para as operadoras móveis em todo o mundo, e representam 75% da receita total do serviço.

• Algumas operadoras de mercados emergentes se beneficiariam de contornar a 3G a favor da mudança para a LTE, em poucos anos. Mas essa decisão depende de recursos do espectro, do cenário competitivo e da necessidade de uma melhor eficiência espectral, que é impactado por voz e os níveis de tráfego de dados.

• Os volumes crescentes de equipamentos WiMAX nas dependências do cliente (CPE), as transferências e as melhorias de redução dos custos de produção dos dispositivo dão ao WiMAX disponibilidade crescente. Apenas alguns anos atrás, o custo CPE superior a 300 dólares, mas, atualmente, ele já, é supostamente inferior à metade desse valor - entre US$ 50-150. Nas Ilhas Cayman, da Malásia e nos EUA, por exemplo, as operadoras de WiMAX oferecem CPEs WiMAX por US $60-100 com subsídios mínimos.

• O WiMAX é uma tecnologia melhor para fornecer acesso de banda larga do que o HSPA e goza de maior eficiência espectral e menor custo por bit, bem como custos mais baixos do espectro e dos direitos de propriedade intelectual (IPR). Apesar da maior escala do HSPA, os dongles de WiMAX têm preços competitivos e até muito mais baratos em alguns casos, com outros dongles USB de 3G. O WiMAX se beneficia de possuir um dos ecossistemas mais centralizados, onde a interoperabilidade não tem de ocorrer num operador de base para outro operador como ocorre com o HSPA. Apesar desses aspectos positivos para o WiMAX, a escala da cobertura, potencial do roaming e o ecossistema dos dispositivos, ainda sem forte desempenho, determinam a popularidade das tecnologias de acesso móvel de banda larga.

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Fonte: PC World
[24/02/10]  WiMax e LTE podem acabar com cobrança de chamadas de voz no celular - por Brad Reed, da Network World/EUA

Os donos de celular que já não aguentam pagar pelos minutos excedentes podem descansar tranquilos. A ajuda está a caminho e pode chegar em poucos anos. A salvação, nesse caso, serão as novas tecnologias de redes sem fio de quarta geração (4G), como WiMax e LTE. As duas vão possibilitar a oferta de chamadas de voz via IP, em vez de usar a rede celular tradicional.

Isto significa que os usuários não terão qualquer limite na quantidade de minutos; em vez disso, pagarão uma taxa única por um plano mensal de dados, que cobrirá serviços de voz e de internet.

"Se você olhar para as comunicações cabeadas dentro de uma empresa, a voz já foi migrada em grande parte para o IP", diz o analista do Gartner, Phil Redman. "Em termos de wireless, as operadoras de celular não tem hoje banda suficiente para oferecer voz sobre IP. Mas, com o desenvolvimento da LTE, será tudo sobre IP".

Fase de transição
Redman destaca que as operadoras ainda terão que se apoiar nos planos de minutos durante os estágios iniciais de instalação das redes LTE e WiMax, já que levará algum tempo até que esTas tecnologias estejam amplamente disponíveis. Além disso, usuários que vivem longe das grandes áreas urbanas vão depender da conexão celular para serviços de voz por pelo menos três anos ou mais, depois que as novas redes chegarem.

Mas, uma vez que as redes sem fio IP estiverem funcionando, não fará mais sentido pagar por minutos, e mesmo que as operadoras queira cobrar por minutos, irão descobrir que as conexões de banda larga em redes 4G vão atrair, para seus serviços, os usuários de serviços como Skype e TruPhone.

Em outras palavras, as operadoras sem fio estarão migrando para serviços totalmente baseados em IP, quer elas queiram, quer não.

"Nós já vemos operadoras nas quais a receita com voz está diminuindo, enquanto a receita com dados cresce", conta Phillip Solis, da empresa de pesquisas ABI Research. "Os smartphones estão se tornando menos high end e mais um produto de massa, e os planos de dados estão se tornando mais comuns. As operadoras já começaram a se apoiar menos nas receitas de voz".

Isso coloca um problema à parte para operadoras que, por muito tempo, temeram ganhar o status de "dumb pipes", que só transmitem dados e não oferecem nenhum serviço de valor agregado a seus clientes.

As operadoras têm perdido o sono com a possibilidade de que sua maior fonte de receita no futuro venha de taxas que cobrarão de seus usuários para acessar suas redes. Apesar de as operadoras ainda poderem fazer dinheiro assim, seria pouco se comparado às somas que elas obtêm hoje. Isso tem levado a uma especulação de que as operadoras poderão oferecer, no futuro, mais serviços baseados em anúncios, onde os usuários baixariam um aplicativo no celular e teriam de assistir a um anúncio de 30 segundos enquanto esperam pelo fim do download, por exemplo.

Independentemente de como as operadoras farão dinheiro no futuro, está bem claro que não será com tarifação de voz. "O fato econômico é que é mais barato fazer voz sobre IP", resume Redman.


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