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06/12/12

• Rádio Digital - O retorno (28) - Minicom reprova testes e adia decisão: "Os resultados foram ruins, especialmente no FM de alta potencia"

Olá, WirelessBR e Celld-group!

01.
Está prevista para amanhã, dia 7 dez, a terceira reunião do Conselho Consultivo de Rádio Digital, que contém na agenda um debate com representantes dos sistemas DRM e IBOC (HD Radio).

02.
Ontem aconteceu a audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, com pouca repercussão na mídia, até o momento.

Mas vale registrar duas manifestações importantes, contidas nas matérias transcritas mais abaixo.

A primeira é de Genildo Lins, secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica do Minicom:

(...) “O ministério realizou nos últimos três anos testes com duas tecnologias de radio digital – DRM e HDRadio – em 15 estações AM e FM. E, falo com pesar, os resultados foram ruins, especialmente no FM de alta potencia. O sinal digital cobriu 70% do que cobre o sinal analógico. Ouvintes que recebiam o sinal analógico simplesmente vão deixar de receber”, afirmou o secretário."(...)
"Diante de resultados frustrantes, o Ministério das Comunicações já decidiu que não fará tão cedo uma escolha sobre o padrão de rádio digital a ser adotado no Brasil. (...)

Este posicionamento de Genildo Lins confirma este outro:

(...) Antes dele, o gerente-geral de Tecnologia do Sistema Globo de Rádio (SGR), Marco Túlio Nascimento, ponderou que uma eventual migração precisa ser coordenada e estruturada, da forma como já viria fazendo o Ministério das Comunicações.
Nascimento acrescentou que testes feitos pela Globo em São Paulo mostraram que não há diferença significativa entre os desempenhos das duas tecnologias em estudo para as rádios digitais. O resultado não foi bom em nenhum dos casos, explicou.

03.
Tenho repetido à exaustão que, na gestão do Minicom na "era Helio Costa", que escandalosamente quase conseguiu decidir pelo padrão americano coadjuvado pela ABERT, muitas emissoras, provavelmente almejando alguma vantagem na corrida pela implantação, conseguiram autorização da Anatel e efetivamente importaram transmissores IBOC para a realização de testes.

Vejam esta espantosa confirmação na última notícia de ontem transcrita neste "post":

(...) Já o grande trunfo do sistema americano HD Radio é a adoção oficial pela agência de telecomunicações dos Estados Unidos (FCC) e por mais de 1.500 emissoras na América do Norte, na Europa, na China e mesmo no Brasil que já fazem transmissões no sistema regularmente – e que não estão dispostas a trocar o equipamento de transmissão adquirido recentemente, considerado caro por especialistas do setor.(Da redação, com Agência Câmara).

Na oportunidade, lembro este registro no website Rádio Digital: "Seja qual for a tecnologia escolhida, Slaviero, da Abert, diz que as emissoras que se adiantaram não têm razões para se preocupar. "Eles podem ficar tranquilos, nenhuma emissora terá prejuízo." [Abin]

04.
Na sequência, apesar da posição sensata do Minicom, transmitida pelo secretário Genildo Lins, deverá ocorrer uma "briga de foice" (com certeza nos bastidores) entre o governo e os lobistas.
Os atores interessados na "decisão já" provavelmente continuam não se preocupando com falhas nos "padrões".
De 2009 para cá os padrões são os mesmos e, certamente, a opinião de alguns "radiodifusores" continua a mesma.

Lembro este trecho de notícia que já repeti exaustivamente:
(...) Além de confrontar os sistemas Ibiquity (americano) e DRM (europeu), um dos principais objetivos será verificar se as emissoras nacionais estão dispostas a tolerar uma "falha" da nova tecnologia para entrar na era digital: tido como favorito e mais moderno que o europeu, o padrão americano ainda tem "áreas de sombra" em concentrações urbanas, devido ao elevado número de edifícios e construções, o que simplesmente impede que o sinal AM seja detectado.
"Se houver um interesse generalizado para a implantação da rádio digital, mesmo com essas limitações, tudo bem. Só não podemos tomar uma decisão sabendo que a ferramenta ainda não está totalmente adequada", disse ao Valor o ministro das Comunicações, Hélio Costa. Caso os radiodifusores decidam tolerar as atuais restrições, a decisão ocorreria até o fim do ano.(...) [Fonte].

05.
Continuar a vigilância é preciso!  :-)

06.
Transcrevo mais abaixo:
Leia na fonte: Convergência Digital
[05/12/12]  Rádio digital: Minicom reprova testes e adia decisão - por Luís Osvaldo Grossmann

Leia na Fonte: Tele.Síntese
[05/12/12]  Emissoras pedem prioridade para digitalizar rádios AMs

Leia na Fonte: Jus Brasil - Origem: Agência Câmara de Notícias
[05/12/12]  Parecer sobre rádio digital deve ficar pronto no início do ano, diz relator

Boas Festas e um ótimo 2013!

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL

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Leia na fonte: Convergência Digital
[05/12/12]  Rádio digital: Minicom reprova testes e adia decisão - por Luís Osvaldo Grossmann

Diante de resultados frustrantes, o Ministério das Comunicações já decidiu que não fará tão cedo uma escolha sobre o padrão de rádio digital a ser adotado no Brasil. Foi o que garantiu nesta quarta-feira, 5/12, em audiência na Câmara dos Deputados, o secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica, Genildo Lins.

“O ministério realizou nos últimos três anos testes com duas tecnologias de radio digital – DRM e HDRadio – em 15 estações AM e FM. E, falo com pesar, os resultados foram ruins, especialmente no FM de alta potencia. O sinal digital cobriu 70% do que cobre o sinal analógico. Ouvintes que recebiam o sinal analógico simplesmente vão deixar de receber”, afirmou o secretário.

“Não temos como tomar uma decisão considerando essa realidade. Tem um fato que o Ministério vem amadurecendo desde que teve conhecimento dos resultados dos testes. Vamos continuar os testes e não tomar uma decisão sobre rádio digital”, completou.

Lins destacou que os testes precisam verificar as situações reais do mercado. “Não podemos tomar uma decisão com base nos testes teóricos. Precisamos ter um modelo de negócio que sustente uma tecnologia”, sustentou. Além disso, é imperativo que os equipamentos sejam nacionais.

“Para que o governo brasileiro tome uma decisão, precisamos aprimorar os testes e trabalhar tanto com a nacionalização da produção, a garantia que tanto o transmissor quanto o receptor serão fabricados no Brasil, e a análise de um sistema de negócio que sustente aquele sistema”, disse o secretário. Que concluiu: “o rádio digital é o futuro do rádio, mas esse futuro ainda não chegou”.

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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[05/12/12]  Emissoras pedem prioridade para digitalizar rádios AMs

Audiência pública na CCT da Câmara discutiu o futuro da digitalização da radiodifusão no Brasil

O diretor-geral da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) Luiz Antonik defendeu a rápida digitalização de todas as rádios AM do Brasil. Ele explicou que essas emissoras vêm perdendo constantemente lucros com publicidade, devido à sujeira no espectro, o que dificulta a conquista de novos anunciantes.

“Se demorarmos muito para digitalizarmos as rádios AMs, pode ser que não tenhamos nenhuma emissora para digitalizar”, afirmou Antonik. Ele participou, nesta quarta-feira (5), da audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) da Câmara para discutir o futuro da rádio AM e a digitalização da radiodifusão no Brasil.

Também presente ao debate, o engenheiro de Comunicações da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), André Felipe Seixas Trindade, defendeu a migração das rádios AMs para os canais 5 e 6, como pretende o Ministério das Comunicações. O problema, no caso, é que esses dois canais ainda são ocupados pela televisão analógica, que deverá ser removida para os canais de 1 a 3.

Canais

O secretário de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Genildo Lins, anunciou na audiência que os canais de número 5 e 6 do espectro digital serão reservados para a radiodifusão no Brasil. De acordo com ele, essa reserva tem sido debatida com a Anatel. Os demais canais serão divididos. Enquanto as televisões analógicas existirem, elas ficarão com os canais de 1 a 3. Já as televisões digitais deverão ficar com os canais do 7 em diante.

Genildo Lins informou ainda que, apesar do futuro do rádio estar atrelado à tecnologia digital, pelos serviços que acompanham esse tipo de tecnologia, os resultados foram ruins para todos os testes que foram feitos em 15 estações de rádio entre AMs, e FMs de baixa e de alta frequência. “O futuro do rádio é o modelo digital, mas esse futuro ainda não chegou”, disse. O secretário informou que o sinal digital cobriu apenas 70% da área hoje coberta pelo analógico.

Mais testes

O secretário de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Genildo Lins, afirmou também que antes do governo tomar uma decisão quanto ao melhor modelo a ser adotado é preciso aprimorar os testes e avaliar a viabilidade de mercado. Segundo o deputado Sandro Alex (PPS-PR), que solicitou o debate, a digitalização é inevitável, mas é preciso discutir as estratégias para construção de políticas nacionais de transição para o padrão digital.

Em 2010 o Ministério das Comunicações publicou a Portaria 209 para estabelecer a criação do Sistema Brasileiro de Rádio Digital (SBRD), mas não houve até o momento a definição de qual tecnologia será usada. Existem pelo menos cinco padrões já em uso, mas o Brasil está em dúvida entre os modelos europeu e norte-americano.

O Digital Radio Mondiale, também chamado DRM, é um padrão aberto criado por um consórcio de emissoras e fabricantes de eletrônicos, que engloba a BBC, a Rádio França Internacional, a Deutsche Welle, a Telefunken e a Thomcast.

Já o grande trunfo do sistema americano HD Radio é a adoção oficial pela agência de telecomunicações dos Estados Unidos (FCC) e por mais de 1.500 emissoras na América do Norte, na Europa, na China e mesmo no Brasil que já fazem transmissões no sistema regularmente – e que não estão dispostas a trocar o equipamento de transmissão adquirido recentemente, considerado caro por especialistas do setor.(Da redação, com Agência Câmara)

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Leia na Fonte: Jus Brasil - Origem: Agência Câmara de Notícias
[05/12/12]  Parecer sobre rádio digital deve ficar pronto no início do ano, diz relator

O relator da Subcomissão Especial de Rádio Digital, deputado Sandro Alex (PPS-PR), afirmou, em audiência pública, encerrada há pouco, que pretende apresentar seu relatório o mais tardar até o início do próximo ano e, se possível, ainda neste mês. A questão é urgente, especialmente pelo problema das emissoras Mas, mas infelizmente nosso trabalho foi atrapalhado pelas eleições, explicou.

Antes dele, o gerente-geral de Tecnologia do Sistema Globo de Rádio (SGR), Marco Túlio Nascimento, ponderou que uma eventual migração precisa ser coordenada e estruturada, da forma como já viria fazendo o Ministério das Comunicações.

Nascimento acrescentou que testes feitos pela Globo em São Paulo mostraram que não há diferença significativa entre os desempenhos das duas tecnologias em estudo para as rádios digitais. O resultado não foi bom em nenhum dos casos, explicou.

Em 2010 o Ministério das Comunicações publicou a Portaria 209 para estabelecer a criação do Sistema Brasileiro de Rádio Digital (SBRD), mas não houve até o momento a definição de qual tecnologia será usada. Existem pelo menos cinco padrões já em uso, mas o Brasil está em dúvida entre os modelos europeu e norte-americano.

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Leia na Fonte: Cenário MT - Origem: Agência Câmara
[05/12/12/]  País fará mais testes para definir padrão de rádio digital, diz secretário

Começou há pouco audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática para discutir o futuro da rádio AM e a digitalização da radiodifusão no Brasil. Na abertura da reunião, o secretário de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Genildo Lins, afirmou que antes do governo tomar uma decisão quanto ao melhor modelo a ser adotado é preciso aprimorar os testes e avaliar a viabilidade de mercado.

Segundo o deputado Sandro Alex (PPS-PR), que solicitou o debate, a digitalização é inevitável, mas é preciso discutir as estratégias para construção de políticas nacionais de transição para o padrão digital.

Em 2010 o Ministério das Comunicações publicou a Portaria 209 para estabelecer a criação do Sistema Brasileiro de Rádio Digital (SBRD), mas não houve até o momento a definição de qual tecnologia será usada. Existem pelo menos cinco padrões já em uso, mas o Brasil está em dúvida entre os modelos europeu e norte-americano.

O Digital Radio Mondiale, também chamado DRM, é um padrão aberto criado por um consórcio de emissoras e fabricantes de eletrônicos, que engloba a BBC, a Rádio França Internacional, a Deutsche Welle, a Telefunken e a Thomcast.

Já o grande trunfo do sistema americano HD Radio é a adoção oficial pela agência de telecomunicações dos Estados Unidos (FCC) e por mais de 1.500 emissoras na América do Norte, na Europa, na China e mesmo no Brasil que já fazem transmissões no sistema regularmente – e que não estão dispostas a trocar o equipamento de transmissão adquirido recentemente, considerado caro por especialistas do setor.

A audiência pública prossegue no plenário 13.