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22/12/12
• "Bens Reversíveis" - "Proteste quer que Anatel cumpra decisão judicial e dê 
clareza sobre bens reversíveis" + Coleção de matérias
Olá, WirelessBR e Celld-group!
01.
O "post" anterior sobre o tema está aqui:
15/12/12
•
De 
novo, os "Bens Reversíveis": Oi aliena imóveis por R$ 300 milhões, sem anuência 
prévia da Anatel e Mariana Mazza descobre que os bens são reversíveis
02.
Anoto no Blog da Flávia Lefèvre 
algumas 
matérias que contam a história e as manchetes já "resumem a opera" 
(transcrições mais abaixo):
Leia na Fonte: Convergência Digital
[19/12/12] 
Proteste quer que Anatel cumpra decisão judicial e dê clareza sobre bens 
reversíveis - por Luís Osvaldo Grossmann
Leia na Fonte: Exame
[19/12/12]
 Imóveis vendidos pela Oi serão locados por ela própria - por Helton Posseti, 
do Teletime
Leia na Fonte: Teletime
[19/12/12]  
Ofício da ProTeste sobre a venda de bens reversíveis da Oi (Íntegra)
Leia na Fonte: Convergência Digital
[17/12/12] 
Anatel proibe Oi de vender qualquer bem sem autorização prévia - por Luís 
Osvaldo Grossmann
Leia na Fonte: Portal da Band /Colunas
[14/12/12] 
Oi, mais uma vez, tenta vender bens reversíveis - por Mariana Mazza
Leia na Fonte: Teletime
[12/12/12] 
Oi aliena três imóveis por R$ 300 milhões
Leia na Fonte: Teletime
[02/12/12]  
Oi planeja turbinar caixa com venda de imóveis
03.
Veja coleção de matérias desde 2008 e um "resumão" aqui:
Bens Reversíveis 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
Leia na Fonte: Convergência Digital
[19/12/12] 
Proteste quer que Anatel cumpra decisão judicial e dê clareza sobre bens 
reversíveis - por Luís Osvaldo Grossmann
Em ofício ao presidente da Anatel e à Superintendência de Serviços Públicos, a 
Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor encaminhou à Anatel 
pede que a agência dê maior clareza às listas de bens reversíveis em poder das 
concessionárias de telefonia, inclusive com informações sobre as redes e os 
endereços dos imóveis que integram a relação.
Segundo a entidade, apesar de sentença judicial que determinou a divulgação dos 
inventários dos bens reversíveis de cada uma das concessionárias, 
correspondentes aos contratos celebrados em junho de 1998 e dezembro de 2005, “a 
Anatel publicou no site da agência uma lista incompleta e bastante hermética 
quanto aos bens reversíveis e suas características e elementos identificadores”.
A Proteste quer, também, que “sejam divulgados especificamente os dados sobre o 
backhaul, com a especificação quanto a estas redes informando as já existentes 
em 1998, implantadas pelas concessionárias até a edição do Decreto 6.424/2008 e 
as instaladas no contexto desta norma, por concessionária. O Decreto, apelidado 
no setor de PGMU 2,5, por tratar de metas de universalização, determina que até 
o fim de 2010 todos os municípios deveriam contar com infraestrutura de backhaul.
O ofício da entidade vem na esteira de mais um episódio relativo a venda de bens 
– no caso, três imóveis anunciados como vendidos pela Oi, no valor conjunto de 
R$ 299,7 milhões. A concessionária já tinha tentado vender, por leilão, em maio 
deste ano, cerca de R$ 58 milhões em bens – operação que acabou suspensa quando 
tornada pública. Na ocasião, porém, a empresa firmara um compromisso com a 
Anatel de informar previamente qualquer nova tentativa de alienação de 
patrimônio.
Como a Oi não cumpriu aquele combinado, a Superintendência de Serviços Públicos 
informou que determinará medida cautelar contra a operadora, desta feita 
tornando obrigatório o acerto até então apalavrado. O destino dos três imóveis 
vendidos pela Oi, no entanto, ainda é incerto. A agência ainda avalia se as 
alienações terão que ser desfeitas ou se a concessionária será apenas multada 
pela alienação sem aviso ao regulador.
A Oi sustenta que os imóveis vendidos não fazem parte da lista de bens 
reversíveis – embora um deles seja a antiga sede da Telebrasília na capital. 
Mas, como ressaltou o superintendente de Serviços Públicos, Roberto Pinto 
Martins, o argumento tem duas falhas: não é a empresa e sim a Anatel quem indica 
o que é ou não reversível; além de que, como o inventário da Oi ainda não foi 
concluído, não há nenhuma clareza sobre a validade da lista apresentada pela 
empresa.
Essa falta de clareza é generalizada no setor e ficou evidenciada depois que uma 
auditoria da agência identificou irregularidades nas listas apresentadas pelas 
concessionárias – um dos motivos para a realização de inventário nos bens. A 
situação é ressaltada no ofício da Proteste, ao lembrar que “ficou provado no 
curso do processo que a Anatel não manteve ao longo de anos, desde a 
privatização, qualquer controle sobre os bens reversíveis, como está expresso no 
Relatório de Auditoria realizado em 2007 pela própria agência”.
Não por menos, a Proteste também pede no documento que “sejam informados e 
amplamente divulgados pela Anatel os atos da agência adotados para reverter a 
venda dos bens reversíveis pela Oi, sem a devida autorização da agência”. Veja 
os pedidos encaminhados pela entidade ao órgão regulador:
A) A adequação das listas de bens reversíveis disponibilizadas pela Anatel em 
seu site para que passem a constar:
i) os endereços dos imóveis relacionados;
ii) informações sobre as redes de telecomunicações, pois hoje não há qualquer 
referência.
B) Sejam divulgadas as listas de bens reversíveis nos termos como constou na 
sentença proferida na Ação Civil Pública referida: os bens relativos aos 
contratos firmados em 1998 e os bens existentes, quando da celebração dos 
contratos em dezembro de 2005;
C) Sejam divulgados especificamente os dados sobre o backhaul, com a 
especificação quanto a estas redes informando as já existentes em 1998, 
implantadas pelas concessionárias até a edição do Decreto 6.424/2008 e as 
instaladas no contexto desta norma, por concessionária.
D) Sejam informados e amplamente divulgados pela Anatel os atos da agência 
adotados para reverter a venda dos bens reversíveis pela Oi, sem a devida 
autorização da agência.
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Leia na Fonte: Exame
[19/12/12]
Imóveis vendidos pela Oi serão locados por ela própria - por Helton Posseti, 
do Teletime
"Documentos internos da Oi" mostram que a empresa está vendendo os imóveis 
para serem posteriormente locados pela própria Oi 
Presidente da (Anatel), João Rezende: Anatel publicou uma lista dos bens 
reversíveis das concessionárias que para a ProTeste é "bastante hermética"
São Paulo - A ProTeste enviou um ofício à Anatel nesta quarta, 19, em que requer 
medidas mais efetivas da agência no controle dos bens reversíveis. O ofício da 
entidade foi motivado pela notícia divulgada na semana passada de que a Oi 
vendeu três imóveis em que arrecadou R$ 299,705 milhões, sendo que pelo menos um 
deles pertencia ao patrimônio do Sistema Telebras.
O que chama a atenção no documento da ProTeste é a informação de "documentos 
internos da Oi" mostram que a empresa está vendendo os imóveis para serem 
posteriormente locados pela própria Oi.
"Este fato, entre outros que causam bastante perplexidades, implica em que se 
questione a razoabilidade da venda, já que a concessionária continua a precisar 
dos imóveis para o desempenho de suas funções, bem como a oneração da concessão, 
em prejuízo da modicidade tarifária", diz o ofício assinado pela advogada Flávia 
Lefèvre.
A advogada também menciona a sentença em ação civil pública movida pela ProTeste 
que abrigou a Anatel a disponibilizar as listas dos bens correspondentes aos 
contratos de 1998 e de 2005 e que essas listas fossem anexadas aos respectivos 
contratos.
Para cumprir a sentença a Anatel publicou uma lista dos bens reversíveis das 
concessionárias que para a ProTeste é "bastante hermética", já que não contém 
informações importantes como os endereços dos imóveis e informações sobre as 
redes associadas ao STFC. A Anatel, consciente dessa falha, exigiu das empresas 
a apresentação de um inventário mais detalhado o que ainda não foi concluído 
pela Oi.
A ProTeste também lembra que desde outubro de 2012 circularam notícias na 
imprensa dando conta de decisões do conselho de administração da Oi que 
autorizavam a venda de imóveis como forma de reforçar o caixa da empresa.
"A despeito do anúncio público e notório, divulgado amplamente tanto pela mídia 
especializada quanto pela grande mídia, tudo indica que a Anatel deixou de 
adotar as providências necessárias para evitar os prejuízos hoje já ocorridos".
Tais providência para a ProTeste, na verdade, deveriam ter sido adotadas desde 
maio, quando através de um leilão eletrônico a Oi colocou a venda 89 imóveis, 
cujos preços mínimos somados atingiam R$ 58 milhões. O leilão foi cancelado pela 
empresa em razão da publicidade e da repercussão que os fatos tiveram.
O ofício da ProTeste está disponível na home page de TELETIME
---------------------------------------------
Leia na Fonte: Teletime
[19/12/12]  
Ofício da ProTeste sobre a venda de bens reversíveis da Oi 
São Paulo, 19 de dezembro de 2012
A 
ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações
SAUS Quadra 06 Blocos E e H
Brasília – DF
CEP 70.070-940
Att.: João Batista de Rezende
Presidente do Conselho Diretor
Roberto Pinto Martins
Superintendência de Universalização
REF.: VENDA ILEGAL DE BENS REVERSÍVEIS PELA OI – ART. 101 DA LGT
Prezados Senhores
A PRO TESTE – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, pessoa jurídica de 
direito privado, sem fins lucrativos, inscrita no CNPJ/MF sob nº
04.591.034/0001-59, com sede na Av. Lucio Costa, 6420, Barra da Tijuca, no Rio 
de Janeiro – RJ, instituída em 16 de julho de 2001, membro da Euroconsumers e 
integrante da Consumers International, hoje com mais de 270 mil associados, vem 
a essa Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL, requerer sejam adotadas 
providências com relação aos fatos descritos abaixo, nos seguintes termos:
1. Como é de conhecimento dessa agência, a PROTESTE vem acompanhando as 
circunstâncias que envolvem os bens reversíveis correspondentes aos contratos de 
concessão do Serviço de Telefonia Fixa Comutada – STFC, de forma institucional, 
desde a edição do Decreto 6.424/2008.
2. Em julho de 2011, a PROTESTE ajuizou Ação Civil Pública, cujo objeto diz 
respeito ao controle pela ANATEL do acervo de bens vinculados aos referidos 
contratos do STFC, que já tem sentença recorrida pela União Federal e ANATEL, 
que julgou parcialmente procedente o pedido nos seguintes termos:
Posto isso julgo parcialmente procedente o pedido 
para determinar que as rés, no prazo de 180 dias, a contar da publicação desta 
sentença, disponibilizem seus inventários de bens reversíveis de cada uma das 
concessionárias, correspondentes ao contatos celebrados em junho de 1998 e 
dezembro de 2005, anexando-os aos respectivos contratos, assim como apresentem o 
inventário de todos os bens afetados aos serviços públicos de telecomunicações, 
cuja posse tenha sido transferida automaticamente para a União.
Tais informações, se protegidas por sigilo, deverão ficar restritas ao 
conhecimento das partes e do MPF.
3. Ficou provado no curso do processo que a ANATEL não manteve ao longo de anos, 
desde a privatização, qualquer controle sobre os bens reversíveis, como está 
expresso no Relatório de Auditoria realizado em 2007 pela própria agência.
4. A ANATEL juntou aos autos daquela ação cópias de diversos rocedimentos por 
descumprimento de obrigações pelas concessionárias, que demonstram já terem sido 
alienados milhões em bens reversíveis, em desacordo com o art. 101 da LGT, sem a 
prévia autorização da ANATEL e devida contabilização.
5. Depois de proferida a sentença na Ação Civil Pública mencionada, a ANATEL 
publicou no site da agência uma lista incompleta e bastante hermética quanto aos 
bens reversíveis e suas características e elementos identificadores.
6. Isto porque a lista publicada, além de não trazer informações relativas as 
redes de telecomunicações associadas aos contratos de concessão, não indica 
endereço dos imóveis classificados como bens reversíveis.
7. Este fato impede que a sociedade possa participar do controle social desses 
bens e propicia condutas ilícitas por parte das concessionárias.
8. Tanto é assim que, neste ano de 2012, conforme notícia divulgada no Portal da 
Band em 15 de maio, a OI iria levar à leilão eletrônico mais de R$ 58 milhões em 
bens reversíveis, o que só não ocorreu em virtude da publicidade que os fatos 
ganharam, pois a agência, se tinha conhecimento da conduta da concessionária, 
não havia tomado qualquer providência
para impedir o vultoso prejuízo.
http://noticias.band.uol.com.br/colunas/podcast.asp?colunista=189&podcast=593396
9. Desde setembro deste ano, a imprensa passou a divulgar que a OI, diante de 
sua grave situação financeira, teria aprovado internamente a venda de milhões em 
bens para “turbinar o caixa”. 
http://www.teletime.com.br/Imprimir.aspx?ID=303768 
Oi planeja turbinar caixa com venda de imóveis
terça-feira, 2 de outubro de 2012, 18h49
Tudo indica que a Oi tomará o mesmo rumo da Telefônica/Vivo no que diz respeito 
aos seus ativos, vendendo parte de seus imobiliários e infraestrutura, como as 
torres de telecomunicações. Ao menos é nisto que analistas de mercado ouvidos 
por TELETIME apostam.
Na última reunião do conselho de administração da empresa, o primeiro passo já 
foi dado com a aprovação da alienação de diversos imóveis do grupo de 
telecomunicações por venda direta. A tendência é de que o negócio gere aos menos 
R$ 643,1 milhões.
Para o analista Pedro Galdi, da corretora SLW, esta captação ajudaria a 
companhia num momento em que a Oi mostra um plano agressivo de dividendos, ao 
mesmo tempo que a demanda por investimentos em redes se torna fator 
preponderante, ainda mais com a iminente chegada do 4G. “O mercado ainda tinha 
alguma dúvida sobre a capacidade da empresa de cumprir com sua meta”, disse ao 
referir-se ao plano de remunerar seus acionistas em quase R$ 8 bilhões entre 
2012 e 2015.
Outro analistas que preferiu não ter seu nome revelado, disse acreditar que a Oi 
pretende fazer caixa e atuar na mesma linha do grupo Telefônica, deixando ativos 
de áreas que não são o foco da empresa. “É algo mais estratégico, para gerar 
alavancagem e fazer caixa. Vai ajudar, mas não vejo como um desespero para 
cumprir com o plano”.
Outro analista que também preferiu o anonimato afirmou que esta iniciativa pode 
ser o início de um programa maior de venda de ativos. “E com esta alavancagem, a 
empresa fica mais atrativa para quem busca dividendo”.
De acordo com a ata da reunião, devem ser alienados imóveis no Rio de Janeiro, 
Brasília e Belo Horizonte. Dos que devem ser submetidos à venda direta, há três 
imóveis distintos e um estabelecimento, composto de oito imóveis. O valor destes 
ativos chega a R$ 455 milhões.
Segundo o site da revista Exame, também devem ser alienados 37 imóveis do grupo 
em vários Estados pelo valor total estimado de R$ 188,1 milhões para um Fundo de 
Investimento Imobiliário, o qual irá alugar tais imóveis para empresas do grupo.
Procurada, a empresa não se pronunciou sobre o assunto. Da Redação
10. A despeito do anúncio público e notório, divulgado amplamente tanto pela 
mídia especializada quanto pela grande mídia, tudo indica que a ANATEL
deixou de adotar as providências necessárias para evitar os prejuízos hoje já
ocorridos.
11. Neste último dia 14 do mês de dezembro, nova denúncia surgiu na imprensa, 
divulgando que a OI vendeu mais de R$ 300 milhões em bens reversíveis.
Veja-se o que foi divulgado na Coluna da jornalista Mariana Mazza, no Portal da 
Band:
http://noticias.band.uol.com.br/colunas/podcast.asp?colunista=189&podcast=638337
Oi, mais uma vez, tenta vender bens reversíveis Ontem a 
Diretoria de Relações Institucionais da Oi divulgou um fato relevante na Bolsa 
de Valores de São Paulo (Bovespa) comunicando aos acionistas que a empresa 
arrecadou nada menos do que R$ 299,705 milhões com a venda de três imóveis. A 
informação foi bem recebida mercado afora por inaugurar o plano da empresa de 
reduzir sua dívida – que está na casa dos R$ 24 bilhões, de acordo com o último 
balanço apresentado nesta sexta. A ideia é reduzir o rombo negociando os imóveis
da companhia. O projeto de capitalização por meio da venda do patrimônio 
imobiliário prevê a negociação de 48 imóveis, arrecadando ao todo R$ 643,1 
milhões.
12. É certo que, 3 dias depois, foi publicada matéria no site Convergência 
Digital, com o seguinte teor:
http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=32670&sid=8
Anatel proibe Oi de vender qualquer bem sem autorização 
prévia
:: Luís Osvaldo Grossmann
:: Convergência Digital :: 17/12/2012
A Anatel vai baixar uma medida cautelar contra a Oi, determinado que a empresa 
está proibida de vender qualquer bem imóvel sem a anuência prévia do órgão 
regulador. A reação acontece por conta do anúncio da operadora, na semana 
passada, de que alienou três imóveis – sendo que a agência só ficou sabendo da 
venda após consumada. A Oi avisou à
Comissão de Valores Mobiliários que vendeu os três imóveis por R$ 299,7 milhões 
e que já recebeu o pagamento.
“No início do ano, quando houve um episódio com a Oi tentando vender alguns 
bens, tínhamos feito um acordo de que futuras alienações seriam previamente 
tratadas com a Anatel. Mas o que aconteceu é que fizeram o pleito à agência 
sendo que concomitantemente avisaram que já tinham vendido”, explica o 
superintendente de Serviços Públicos da Anatel, Roberto Pinto Martins. 
Paralelamente à cautelar, a Superintendência de Serviços Públicos vai encaminhar 
cartas tanto à operadora quanto à Comissão de Valores Mobiliários advertindo-as 
de que os negócios estão ainda sob análise do regulador. Afinal, se forem bens 
reversíveis, as vendas podem ser declaradas nulas.
13. Vale destacar que, segundo a matéria acima, a ANATEL irá adotar providências 
que, aliás, já deveriam ter sido tomadas desde maio, quando a OI só deixou de 
vender irregularmente milhões em bens reversíveis por conta da publicidade que 
os fatos tiveram.
14. Frisamos, ainda, que as matérias dão conta de que não é só a OI que tem como 
estratégia pública e notória a de resolver problemas de caixa com a venda de 
bens reversíveis; a Telefonica também tem feito fortes investidas contra o 
patrimônio público.
15. Esta estratégia das empresas, somadas a outras relativas ao backhaul e ao 
tratamento que as concessionárias vêem adotando quanto às redes associadas aos 
contratos do STFC e que também dão acesso ao serviço de comunicação de dados, de 
modo a se apropriarem da infraestrutura pública, demonstra que está havendo um 
esvaziamento da concessão, com a já
realização de lesões graves e potencial de mais prejuízos bilionários para a 
União e toda a sociedade brasileira, que tem comprometido as finalidades de 
universalização e continuidade dos serviços de telecomunicações, pela perda de 
controle pelo Poder Concedente.
16. Os documentos internos da OI, dos quais constam, entre outros aspectos, a 
autorização do Conselho de Administração para a venda dos bens, dão conta de 
que, curiosamente, os imóveis vendidos serão objeto de locação, onde funcionará 
como locatária a própria OI.
17. Este fato, entre outros que causam bastante perplexidades, implica em que se 
questione a razoabilidade da venda, já que a concessionária continua a precisar 
dos imóveis para o desempenho de suas funções, bem como a oneração da concessão, 
em prejuízo da modicidade tarifária.
18. Pelo exposto, a PROTESTE requer:
A) A adequação das listas de bens reversíveis disponibilizadas pela ANATEL em 
seu site para que passem a constar:
i) os endereços dos imóveis relacionados;
ii) informações sobre as redes de telecomunicações, pois hoje não há qualquer 
referência.
B) Sejam divulgadas as listas de bens reversíveis nos termos como constou na 
sentença proferida na Ação Civil Pública referida: os bens relativos aos 
contratos firmados em 1998 e os bens existentes, quando da celebração dos 
contratos em dezembro de 2005;
C) Sejam divulgados especificamente os dados sobre o backhaul, com a 
especificação quanto a estas redes informando as já existentes em 1998, 
implantadas pelas concessionárias até a edição do Decreto 6.424/2008 e as 
instaladas no contexto desta norma, por concessionária.
D) Sejam informados e amplamente divulgados pela ANATEL os atos da agência 
adotados para reverter a venda dos bens reversíveis pela OI, sem a devida 
autorização da agência.
19. Colocando-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos, aguardamos a 
resposta da ANATEL no prazo legal.
Termos em que,
Pede-se deferimento.
Flávia Lefèvre Guimarães
Conselho Consultivo da PROTESTE
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[17/12/12] 
Anatel proibe Oi de vender qualquer bem sem autorização prévia - por Luís 
Osvaldo Grossmann
A Anatel vai baixar uma medida cautelar contra a Oi, determinado que a empresa 
está proibida de vender qualquer bem imóvel sem a anuência prévia do órgão 
regulador. A reação acontece por conta do anúncio da operadora, na semana 
passada, de que alienou três imóveis – sendo que a agência só ficou sabendo da 
venda após consumada. A Oi avisou à Comissão de Valores Mobiliários que vendeu 
os três imóveis por R$ 299,7 milhões e que já recebeu o pagamento.
“No início do ano, quando houve um episódio com a Oi tentando vender alguns 
bens, tínhamos feito um acordo de que futuras alienações seriam previamente 
tratadas com a Anatel. Mas o que aconteceu é que fizeram o pleito à agência 
sendo que concomitantemente avisaram que já tinham vendido”, explica o 
superintendente de Serviços Públicos da Anatel, Roberto Pinto Martins.
Paralelamente à cautelar, a Superintendência de Serviços Públicos vai encaminhar 
cartas tanto à operadora quanto à Comissão de Valores Mobiliários advertindo-as 
de que os negócios estão ainda sob análise do regulador. Afinal, se forem bens 
reversíveis, as vendas podem ser declaradas nulas.
“Vamos tratar do pleito feito pela Oi [sobre a venda dos imóveis] e analisá-lo. 
Para isso, já pedimos a fiscalização dos bens, para verificar se eles são ou não 
reversíveis. Se for constatado que são, restarão dois caminhos: anular a venda 
ou autorizar e multar a empresa”, completa Martins.
A anulação se dará caso os bens sejam reversíveis e ainda necessários à 
concessão da telefonia fixa. O superintendente adianta, no entanto, que caso os 
bens sejam considerados não mais essenciais aos serviços, a alternativa é 
confirmar o negócio já feito, mas aplicar multa pelo não pedido de anuência 
prévia.
Sem alarde, no início do ano a Oi tentou fazer um leilão de diversos bens – em 
lista que incluiria bens reversíveis, ou seja, aqueles que devem retornar à 
União após o prazo da concessão. Pela regra bens reversíveis não podem ser 
alienados sem anuência prévia do órgão regulador.
A Oi sustenta que os bens não são reversíveis, mas como lembra o superintende 
Martins, a lista real do que é ou não reversível ainda está sendo objeto de uma 
verificação mais profunda. As listas costumeiramente usadas sobre esses bens são 
apresentadas pelas próprias empresas – mas depois de uma auditoria da Anatel e a 
verificação de discrepâncias, a Anatel determinou que fosse feito um inventário 
completo dos bens.
Como o inventário da Oi ainda não está concluído, não há absoluta confiança no 
que é ou não reversível – daí a suspensão do leilão pretendido pela Oi no início 
de 2012 e o acordo com a Anatel para que outros não fossem vendidos sem 
comunicação prévia.
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Leia na Fonte: Teletime
[12/12/12] 
Oi aliena três imóveis por R$ 300 milhões
A Oi começou seu projeto de capitalização através da venda e alienação de bens e 
já levantou R$ 300 milhões com a alienação de três imóveis de sua propriedade.
Em fato relevante divulgado nesta quarta-feira 12, a operadora informou que esta 
é a primeira etapa de seu projeto de monetização, aprovado pelo Conselho de 
Administração da companhia em setembro.
Os três imóveis que serão alienados, segundo a empresa, não fazem parte dos bens 
reversíveis. O montante arrecadado já foi recebido à vista pela Oi.
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Leia na Fonte: Portal da Band /Colunas
[14/12/12] 
Oi, mais uma vez, tenta vender bens reversíveis - por Mariana Mazza
Ontem a Diretoria de Relações Institucionais da Oi divulgou um fato relevante na 
Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) comunicando aos acionistas que a empresa 
arrecadou nada menos do que R$ 299,705 milhões com a venda de três imóveis. A 
informação foi bem recebida mercado afora por inaugurar o plano da empresa de 
reduzir sua dívida que está na casa dos R$ 24 bilhões, de acordo com o último 
balanço apresentado nesta sexta. A ideia é reduzir o rombo negociando os imóveis 
da companhia. O projeto de capitalização por meio da venda do patrimônio 
imobiliário prevê a negociação de 48 imóveis, arrecadando ao todo R$ 643,1 
milhões.
Obviamente, o mercado viu com bons olhos a transação, embora as ações da Oi S/A 
tenham fechado em leve queda nesta sexta-feira. Desde que comprou a Brasil 
Telecom, a Oi não vai bem das pernas. Os lucros têm ido para o pagamento do 
negócio, que até hoje não foi completamente concluído do ponto de vista 
financeiro. Em busca de uma forma de equilibrar as contas, a companhia seguiu o 
exemplo da rival Telefônica e passou a olhar a venda de imóveis como um método 
rápido de conseguir o dinheiro que está faltando.
De acordo com o fato relevante, assinado pelo diretor Alex Zornig, esses imóveis 
não são reversíveis à União, o que significaria que a empresa pode geri-los 
livremente, sem necessidade de aval da Anatel. Mas é ai que a coisa fica 
estranha. A curta notificação ao mercado não incluiu os endereços dos tais 
imóveis negociados. Fui consultar a ata da reunião realizada pelo Conselho de 
Administração da companhia no dia 26 de setembro de 2012, quando foi decidida a 
venda desses imóveis para tentar descobrir que patrimônio é esse. E, em uma 
análise superficial, fica claro que ao menos dois dos três estabelecimentos 
vendidos fazem parte da lista de bens reversíveis à União.
Para quem não está familiarizado com a polêmica sobre a reversibilidade, este é 
um dos assuntos que mais causa arrepios nas empresas e na Anatel atualmente. Os 
bens reversíveis são, basicamente, os equipamentos de telecomunicações e 
instalações prediais que pertenciam à antiga Telebrás e que foram repassados às 
concessionárias após a privatização. É obrigação das companhias manter esses 
equipamentos atualizados e zelar pelas instalações, que servem como base para a 
oferta do serviço de telefonia fixa. Esses bens são chamados de reversíveis 
porque, quando as concessões expirarem, em 2025, todo esse patrimônio deve ser 
colocado à disposição da União.
Bom, voltando aos prédios negociados nesta semana pela Oi, um deles chamou a 
minha atenção em especial por tratar-se da sede da antiga Telebrasília, 
subsidiária da Telebrás que operava a telefonia fixa aqui na capital federal. 
Trata-se de um enorme complexo de prédios localizado no Setor de Indústrias e 
Abastecimento (SIA), a pouco mais de 10 km de distância da Anatel. O complexo é 
um dos mais conhecidos na região em que está instalado, servindo até mesmo de 
ponto de referencia para muitas pessoas que frequentam a região pela primeira 
vez.
Como brasiliense, não tinha nenhuma dúvida de que o imóvel recém-vendido fazia 
parte da lista de bens ligados à concessão, mas ainda assim resolvi encontrar 
provas de que se tratava do mesmo prédio. Não demorei para achar várias atas de 
reuniões realizadas antes do leilão da Telebrás que citam o mesmo endereço como 
sede social da Telebrasília. Ou seja, se o complexo foi comprado, no passado, 
pela Telebrás, obviamente o imóvel é reversível até que a Anatel diga o 
contrário.
Outra sede de uma das subsidiárias do Sistema Telebrás está na lista de venda. 
Trata-se da prédio da antiga Telemig, localizado na Avenida Afonso Pena, 4001, 
em Belo Horizonte. O terceiro imóvel negociado, segundo a Ata da Oi, fica no Rio 
de Janeiro e é o único em que a dúvida sobre a reversibilidade não paira 
imediatamente. Mas isso não significa que ele poderia ter sido vendido sem 
autorização expressa da Anatel.
O ponto importante aqui é que cabe apenas à Anatel dizer se um imóvel é 
reversível ou não. A empresa não pode simplesmente supor que se esse patrimônio 
pode ser vendido. Não encontrei em lugar nenhum indícios de que a Oi pediu 
anuência prévia para vender esses imóveis, como manda a lei do setor e os 
contratos. Também não achei nenhuma referência de que a agência reguladora tenha 
aprovado essa venda. Posso estar enganada, mas um aval à um negócio de R$ 300 
milhões não passaria desapercebido. Tentei falar com os responsáveis pela 
Superintendência de Serviços Públicos (SPB) da Anatel responsável por essas 
análises mas não tive resposta. Ainda assim, vasculhei o site da agência e os 
noticiários em busca de qualquer informação que confirmasse que esse aval foi 
concedido. Não achei nada.
Em maio deste ano, denunciei na coluna que a Oi havia colocado à venda 89 
imóveis em um site de leilões na Internet, sem qualquer autorização da Anatel. 
Entre eles estava o Centro de Treinamento da Telebrás, prédio claramente 
reversível por fazer parte do patrimônio transferido na privatização e, 
portanto, vinculado à concessão. Após a denúncia, a Oi tirou o leilão do ar e 
ligou para a Anatel pedindo desculpas. Na época, conversei com o superintendente 
de Serviços Públicos da agência, Roberto Pinto Martins, que me assegurou em 
entrevista gravada que a Oi estava proibida de vender qualquer imóvel, 
reversível ou não, até que a empresa apresentasse um inventário completo dos 
bens que possui. Segundo a própria Anatel, apenas parte desse inventário já foi 
entregue.
Apesar de os responsáveis diretos pelo assunto não terem me atendido, fiquei 
sabendo que a venda dos imóveis caiu como uma bomba dentro da superintendência. 
Uma fonte contou que Roberto Pinto Martins ficou furioso com a ousadia da 
companhia de vender os imóveis sem qualquer aval da agência reguladora. A 
empresa teria apenas enviado uma comunicação à Anatel, alegando que venderia os 
prédios por eles não serem reversíveis. Martins teria esbravejado na presidência 
da Anatel que quem decide o que é e o que não é reversível é ele e não a Oi.
De fato, é a Anatel quem deve tomar essa decisão. O superintendente analisou os 
imóveis e constatou que, SIM, ELES SÃO REVERSÍVEIS. O que tornava esse 
patrimônio indiscutivelmente reversível seria a presença de centrais telefônicas 
nos prédios que seriam negociados. Essa conclusão foi comunicada à Oi, que não 
se deu por vencida. Mais uma vez a empresa apenas notificou a Anatel que havia 
retirado os equipamentos telefônicos das instalações e que daria prosseguimento 
à venda. A essa altura, a Oi já havia comunicado ao mercado a venda dos imóveis. 
Mas parece que, desta vez, a impertinência da companhia não passará em branco.
A área técnica da Anatel já ganhou o aval da presidência para oficiar a empresa 
de que o negócio não pode ser concluído. Também será aberto um Procedimento de 
Apuração por Descumprimento de Obrigação (Pado) contra a companhia. Mas a medida 
que deve abalar mais profundamente a Oi é que a agência irá encaminhar um ofício 
também à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que rege os negócios no 
mercado financeiro brasileiro, deixando claro que a venda dos imóveis ainda está 
sob análise do órgão regulador e, portanto, não é um fato consumado como a 
empresa sugeriu em seu comunicado aos acionistas.
Esse duro golpe pode, enfim, mostrar para as concessionárias que a Anatel não 
irá mais tolerar a venda indiscriminada do patrimônio público necessário à boa 
prestação da telefonia. Já estava passando da hora de as autoridades públicas 
darem um basta nessa bagunça.
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Leia na Fonte: Teletime
[02/12/12]  
Oi planeja turbinar caixa com venda de imóveis
Tudo indica que a Oi tomará o mesmo rumo da Telefônica/Vivo no que diz respeito 
aos seus ativos, vendendo parte de seus imobiliários e infraestrutura, como as 
torres de telecomunicações. Ao menos é nisto que analistas de mercado ouvidos 
por TELETIME apostam.
Na última reunião do conselho de administração da empresa, o primeiro passo já 
foi dado com a aprovação da alienação de diversos imóveis do grupo de 
telecomunicações por venda direta. A tendência é de que o negócio gere aos menos 
R$ 643,1 milhões.
Para o analista Pedro Galdi, da corretora SLW, esta captação ajudaria a 
companhia num momento em que a Oi mostra um plano agressivo de dividendos, ao 
mesmo tempo que a demanda por investimentos em redes se torna fator 
preponderante, ainda mais com a iminente chegada do 4G. “O mercado ainda tinha 
alguma dúvida sobre a capacidade da empresa de cumprir com sua meta”, disse ao 
referir-se ao plano de remunerar seus acionistas em quase R$ 8 bilhões entre 
2012 e 2015.
Outro analistas que preferiu não ter seu nome revelado, disse acreditar que a Oi 
pretende fazer caixa e atuar na mesma linha do grupo Telefônica, deixando ativos 
de áreas que não são o foco da empresa. “É algo mais estratégico, para gerar 
alavancagem e fazer caixa. Vai ajudar, mas não vejo como um desespero para 
cumprir com o plano”.
Outro analista que também preferiu o anonimato afirmou que esta iniciativa pode 
ser o início de um programa maior de venda de ativos. “E com esta alavancagem, a 
empresa fica mais atrativa para quem busca dividendo”.
De acordo com a ata da reunião, devem ser alienados imóveis no Rio de Janeiro, 
Brasília e Belo Horizonte. Dos que devem ser submetidos à venda direta, há três 
imóveis distintos e um estabelecimento, composto de oito imóveis. O valor destes 
ativos chega a R$ 455 milhões.
Segundo o site da revista Exame, também devem ser alienados 37 imóveis do grupo 
em vários Estados pelo valor total estimado de R$ 188,1 milhões para um Fundo de 
Investimento Imobiliário, o qual irá alugar tais imóveis para empresas do grupo.
Procurada, a empresa não se pronunciou sobre o assunto