WirelessBRASIL - Bloco TECNOLOGIA

Janeiro 2012             


29/01/12

• "Nova numeração" para S. Paulo (4) - Mariana Mazza: "Mais um dígito nos telefones paulistas"

Olá, WirelessBR e Celld-group!

01.
"A partir do dia 29 de julho deste ano, os telefones com DDD 11 passarão a ter nove dígitos, tanto os fixos quantos os móveis. A ampliação será feita com a inclusão do número 9 no início do código telefônico. Por exemplo: o número fictício 5555-5555 passará a funcionar com o código 95555-5555.
Para muitos, a mudança pode ser inconveniente, mas a história podia ser bem pior. Em 2010, quando a Anatel decidiu usar o método de incluir mais um dígito nos telefones, a tese que prevalecia até então era a criação de um novo DDD sobreposto ao código de área 11. Nesse método, usado em países como os Estados Unidos, a região metropolitana de São Paulo teria dois DDDs, o 11 e o 10. Chamadas entre estes códigos seriam cobradas como ligações locais. Mas o povo não gostou da ideia." (...)

O texto acima é o início desta Coluna recente da jornalista Mariana Mazza:
Leia na Fonte: Portal da Band - Colunas
[27/01/12]  Mais um dígito nos telefones paulistas - por Mariana Mazza

02.
Para quem quiser lembrar ou conhecer os "antecedentes" deste tema, indico estes "posts" de 2010:
11/12/10
"Nova numeração" (1) - Reviravolta na Anatel: Sai o "código 10" e entra o "nono dígito" nos celulares de S. Paulo
22/07/10
"Código 10 para S. Paulo" (1) - Msg de Flávia Lefèvre: "Consulta Pública 13 da ANATEL e sua fragilidade no papel de reguladora"
23/07/10
"Código 10 para S. Paulo" (2) - Sobre os beneficiários e os prejudicados...

03.
Destes "posts" antigos, transcrevo estas matérias, algumas da própria Mariana Mazza quando estava no Teletime (para variar, a "Oi" não estava bem na fita...):
Fonte: Teletime
[09/12/10]   Nova numeração será implementada até 2012; entenda as etapas - por Mariana Mazza
Fonte: Teletime
[09/12/10]   Fim da Unicel contribuiria com "estoque" de números em São Paulo
Fonte: Convergência Digital
[10/12/10]   Inclusão do nono dígito em São Paulo custará R$ 300 milhões - por Luís Osvaldo Grossmann
Fonte: Teletime
[22/07/10]   Oi conta com código 10 para cumprir metas comerciais - por Mariana Mazza
Fonte: Teletime
[21/07/10]   Entidades civis querem suspender entrada do código 10 em SP - por Mariana Mazza
Fonte: Yahoo! Notícias - Origem: Estadão
[22/07/10]   Criação de novo código para celular em SP recebe críticas
Fonte: Sinacouro  - Origem: Folha
[21/07/10]   Entidades atacam mudança no celular - por Júlio Wiziack
Íntegra da Contribuição da Pro Teste à
CONSULTA PÚBLICA 13 - 2010

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
BLOCOs Tecnologia e Cidadania


Leia na Fonte: Portal da Band - Colunas
[27/01/12]  Mais um dígito nos telefones paulistas - por Mariana Mazza (foto)

Hoje a Anatel resolveu reforçar que vem ai uma mudança importante na forma de telefonar dos clientes que vivem em São Paulo. A partir do dia 29 de julho deste ano, os telefones com DDD 11 passarão a ter nove dígitos, tanto os fixos quantos os móveis. A ampliação será feita com a inclusão do número 9 no início do código telefônico. Por exemplo: o número fictício 5555-5555 passará a funcionar com o código 95555-5555.

Para muitos, a mudança pode ser inconveniente, mas a história podia ser bem pior. Em 2010, quando a Anatel decidiu usar o método de incluir mais um dígito nos telefones, a tese que prevalecia até então era a criação de um novo DDD sobreposto ao código de área 11. Nesse método, usado em países como os Estados Unidos, a região metropolitana de São Paulo teria dois DDDs, o 11 e o 10. Chamadas entre estes códigos seriam cobradas como ligações locais. Mas o povo não gostou da ideia.

A maioria da população que se manifestou na consulta pública feita pela Anatel em 2010 disse preferir um número maior (com nove dígitos) do que a coexistência de dois DDDs. O presidente da Anatel na ocasião, embaixador Ronaldo Sardenberg, acabou convencido pelas contribuições e mudou o rumo do projeto. As teles não gostaram muito do desfecho: a inclusão de mais um dígito custará R$ 300 milhões para as companhias, valor bem acima do estimado para a criação de um novo DDD.

O mais interessante desta história é o motivo de estarmos ampliando mais uma vez (já é a terceira) os códigos telefônicos usados no país. A facilidade de comprarmos um novo chip para celular ou uma banda larga móvel faz a gente esquecer que as combinações numéricas são finitas. E, em São Paulo, elas estão prestes a acabar.

Cada área do país usa uma sequência específica de telefones, definida pela Anatel, em um bem sucedido modelo de distribuição de códigos numéricos. Antes da permissão para a portabilidade numérica, conseguíamos até mesmo identificar a empresa pelo início do número chamado. Mas houve uma falha neste modelo.

Quando a banda larga móvel começou a ser comercializada no Brasil, a Anatel não estabeleceu uma sequência própria para este serviço. Com isso, as operadoras móveis começaram a "gastar" sua numeração em chips que jamais serão usados para receber chamadas, porque são utilizados em equipamentos para conexão com a Internet apenas. Combinações nobres são desperdiçadas no Brasil em serviços chamados de M2M (Machine to machine), onde sequencias mais complexas - usando caracteres como # e * - poderiam ser usadas sem problemas. Afinal, são máquinas se comunicando e não gente ligando para gente.

O processo de mudança dos números da capital paulista - que pode se estender no futuro para todo o país - inclui uma política de revisão do próprio modelo de negócios das companhias, enquanto a Anatel não define o plano de numeração dos serviços de Internet. Acabará, por exemplo, aquela história de chegarmos na loja da operadora móvel e escolhermos o chip pelo número telefônico, já estampado no envelope.

Nesse modelo, os SIMCards já vêm de fábrica com o número, o que acaba desperdiçando combinações. O sistema que as empresas passam a adotar agora é chamado de "alocação dinâmica". Os chips não vêm marcados. O cliente compra o SIMCard e, ao habilitá-lo na rede, a companhia manda uma mensagem com alguns códigos telefônicos para o cliente escolher o seu preferido. Assim não há desperdício, mesmo que os clientes mais exigentes acabem chateados por não poder escolher o número que mais lhe agrada de todas as combinações possíveis.

Para isso funcionar, tem sido feito um recall dos chips espalhados pelas companhias em lojas e quiosques de todo o país. Em 2010, a Anatel estimava a existência de mais de 3 milhões de SIMCards na cadeia logística sem habilitação. Outra mudança importante é que o tempo para recolocar um número no mercado está mais curto.

Até 2010, quando desabilitávamos um telefone celular ou modem, o número passava por uma quarentena de 180 dias antes de ser revendido a outro cliente. Esse período passou a ser de 90 dias após a resolução da Anatel. Com isso, outros 3 milhões de códigos foram recolocados no mercado.

Essas pequenas mudanças no modelo são essenciais para garantir espaço para a expansão dos telefones no Brasil. Mas o ponto-chave continua sem solução: a falta de um sistema numérico específico para os equipamentos que não fazem chamadas telefônicas, mas apenas se conectam à Internet.

No futuro próximo, teremos geladeiras, bicicletas, carros e toda sorte de equipamentos úteis à vida moderna conectados à web. Pode parecer coisa de ficção científica, mas muitos países já estão avançados nos serviços M2M. Para que isso seja realidade no Brasil, a questão dos planos de numeração precisa ser urgentemente equacionada. Se isso não acontecer, no ritmo em ampliamos a planta de telefonia móvel, chegará o dia em que teremos um número telefônico tão longo, que vai ficar impossível telefonar no Brasil.


Fonte: Teletime
[09/12/10]   Reviravolta na Anatel: São Paulo terá nove dígitos nos telefones - por Mariana Mazza

O Conselho Diretor da Anatel mudou radicalmente seu direcionamento para garantir a continuidade da expansão da telefonia móvel na região metropolitana de São Paulo. Depois de meses defendendo que a melhor solução para o aumento das combinações numéricas na capital era a adoção de um novo código de área na região, o 10, sobreposto ao atual DDD 11, os conselheiros voltaram atrás e escolheram colocar mais um dígito nos números telefônicos dos paulistas e, futuramente, em todo o Brasil.

A mudança foi provocada pela análise do presidente, embaixador Ronaldo Sardenberg, apresentada na reunião desta quinta-feira, 9. Após analisar o processo, o embaixador concluiu que a adoção de um nono dígito nos números telefônicos da área de numeração 11 é o método com menor impacto para os cidadãos. A conclusão de Sardenberg está alinhada com boa parte das manifestações na consulta pública sobre o assunto, em que representantes da sociedade civil e cidadãos individuais pediram a adoção do nono dígito ao invés da sobreposição de DDDs.

A Anatel, anteriormente, insistia que o código 10 seria a opção mais econômica para as empresas e para a própria administração pública. Mas o mesmo processo já previa inicialmente a adoção do novo dígito como solução definitiva para a ampliação das combinações numéricas.

A necessidade de alterar os códigos paulistas veio do crescimento acelerado da telefonia móvel na capital do estado. A crescente procura por serviços de banda larga móvel acelerou o uso dos códigos telefônicos, colocando a capital paulista no limiar de simplesmente não ter mais números para habilitar telefones na área. Sem uma ação da Anatel, as empresas móveis já poderiam enfrentar problemas neste Natal, época onde aumenta a habilitação de telefones celulares no país.

-------------------------------

Fonte: Teletime
[09/12/10]   Nova numeração será implementada até 2012; entenda as etapas - por Mariana Mazza

A decisão da Anatel pela introdução do nono dígito nos telefones móveis de São Paulo deverá ser implementada gradualmente até 31 de dezembro de 2012. A medida valerá para todo o estado de São Paulo, mas apenas para os telefones móveis, que são os que estão com falta de numeração. O novo número será acrescentado à frente do atual código telefônico, como já ocorreu em anos anteriores.

A Anatel é quem decidirá que número será acrescentado nos códigos telefônicos. A decisão só deve ser tomada depois, por um grupo técnico que cuidará do processo de transição e da implementação da medida. A escolha deve ficar entre o numero 8 e o 9, que tradicionalmente são usados para a telefonia móvel. Assim, o consumidor continuará podendo identificar os números móveis pelo início da sequência numérica.

A telefonia móvel no Brasil também usa os números 6 e 7. O 7 costuma identificar o serviço de trunking (mix de rádio com telefonia móvel), onde a maior prestadora é a Nextel. O 6 tem sido utilizado recentemente para habilitação de números novos por algumas empresas.

A agência estima que a adoção do nono dígito custará o dobro do previsto com a escolha do código 10: R$ 300 milhões. O alto custo deve-se especialmente à necessidade de adoção de políticas de esclarecimento dos consumidores. Enquanto as empresas se preparam para a inclusão do novo dígito, a Anatel definiu uma série de medidas temporárias que deverão ser iniciadas nos próximos meses para garantir que não faltarão números para a telefonia móvel em São Paulo.

Transição

O processo de transição até a ampliação completa dos números em São Paulo é composto por quatro medidas. A primeira delas é a que pode ter impacto mais forte no consumidor. Em 90 dias, a Anatel ditará diretrizes para permitir o uso do número 5 também pela telefonia móvel. Atualmente, as sequencias iniciadas com o número 5 são utilizadas apenas pela telefonia fixa em São Paulo.

A Anatel identificou que, dos quatro números utilizados para iniciar telefones fixos (2, 3, 4 e 5), o 5 é o que está sendo menos utilizando, restando 690 prefixos que nunca foram habilitados. As sequências com menor habilitação são as que começam com 53, 54 e 57.

A ideia da Anatel é autorizar gradualmente que essas sequências também possam ser usadas na habilitação de telefones móveis mas, para evitar confusões pelo consumidor, uma política de esclarecimento será adotada. Tão logo a estratégia seja iniciada, as chamadas para telefones móveis habilitados na série 5 serão interceptadas pelas empresas para a divulgação de um aviso de que o número chamado é o de um telefone móvel. O aviso é importante porque as chamadas entre telefones fixos são normalmente mais baratas do que a de um fixo para um móvel. Sem o comunicado eletrônico, o consumidor poderia achar que está ligando, na verdade, para um telefone fixo iniciado com o número 5.

Quarentena e alocação dinâmica

As demais medidas terão impacto no modelo de negócio das empresas. Uma delas reduz de 180 dias para 90 dias o tempo em que os números desabilitados pelos clientes têm que ficar em quarentena, ou seja, não podem ser recolocados no mercado. Com essa medida, a Anatel espera colocar no mercado 2,619 milhões de combinações que, na regra atual, não poderiam ser comercializados temporariamente. Essa nova regra entrará em vigor tão logo a Anatel publique o novo regulamento.

Outra mudança importante para as empresas é a adoção compulsória do sistema de alocação dinâmica dos números. A alocação dinâmica consiste na liberação do número para o cliente apenas no momento em que o telefone for, de fato, habilitado. No modelo usado hoje pelas empresas, os chips vendidos pelas móveis (SIMCards) já recebem a numeração quando saem das fábricas. Esse modelo acaba "desperdiçando" as combinações, pois consome os números telefônicos possíveis em chips que sequer estão em uso.

Recall de SIMCards

Essa medida deverá exigir um grande esforço logístico das empresas para ser implementada. A começar pela exigência de um recall de todos os chips espalhados em revendas na cidade. A Anatel estima que mais de 3,4 milhões de números estão na "cadeia logística" sem habilitação. O novo modelo comercial definido pela agência também exigirá que as empresas adotem sistemas de seleção dos números no momento da compra dos chips. Há diversos modelos no mercado mundial, que vão da seleção do número pelo revendedor à escolha do código preferido pelo próprio cliente no primeiro uso do chip, por meio do aparelho celular. A alocação dinâmica deve ter início em 180 dias.

Também começará em seis meses uma política de migração dos números usados em comunicações machine to machine (M2M), como modems, chips de localização de frotas e os utilizados por máquinas de cartão de crédito. Como o uso desses chips nesses equipamentos não exige que o consumidor conheça o número de identificação usado na chamada, praticamente qualquer combinação numérica pode ser usada nesses equipamentos, inclusive utilizando caracteres com * e #.

O novo modelo de numeração para as chamadas M2M ainda não foi definido pela agência e deve ser tratado pelo grupo de trabalho que cuidará da transição. Com essa mudança, mais 1 milhão de combinações, aproximadamente, devem ser liberadas para habilitação de novos consumidores na telefonia móvel.

----------------------------------------

Fonte: Teletime
[09/12/10]   Fim da Unicel contribuiria com "estoque" de números em São Paulo

Uma das curiosidades sobre a introdução do nono dígito nos números dos telefones celulares é que o estoque de numeração possível deve crescer com a cassação da licença de operação da Unicel, que opera com a marca Aeiou na cidade de São Paulo, e tem cerca de 20 mil clientes. A agência já deu início ao processo de cobrança dos valores devidos pela outorga, o que deve levar, no final, à cassação da própria outorga da empresa. Com isso, estima a agência, outros 479 mil números também poderiam ser liberados em breve para a inclusão de novos clientes na rede móvel de São Paulo. Se a licença da empresa for realmente extinta, os números liberados para a aeiou serão automaticamente recuperados pela Anatel para distribuição a outras empresas.

-------------------------------------

Fonte: Convergência Digital
[10/12/10]   Inclusão do nono dígito em São Paulo custará R$ 300 milhões - por Luís Osvaldo Grossmann

Apesar do custo mais elevado, estimado em R$ 300 milhões pelos estudos técnicos do órgão regulador, a escolha da Anatel pela adição de um nono dígito nos telefones celulares levou em conta se tratar de uma solução mais facilmente assimilada pelos consumidores, o que por si tem impacto nos investimentos em publicidade para esclarecimentos à sociedade. A adoção do DDD 10 tinha estimativa de custo de R$ 150 milhões.

Ou seja, entendeu a agência que a inclusão de mais um dígito nos telefones, até por já ter sido adotada anteriormente, é amplamente conhecida dos brasileiros. Além disso, é o primeiro passo para que o nono dígito seja, mais tarde, estendido a todo o país – ainda que a Anatel não tenha fixado um prazo para que isso aconteça.

A julgar por manifestações de operadoras junto à Anatel, a Oi, última a entrar no mercado paulistano, é a única contrariada pela decisão. As demais defenderam a adoção de medidas complementares que darão tempo para a adoção do que todos tratam como “solução definitiva” para a escassez de numeração na região do DDD 11.

A Anatel, de fato, determinou a adoção de paliativos que devem liberar entre 14 milhões e 17 milhões de novas combinações numéricas a serem utilizadas pelos celulares da região nos próximos dois anos, prazo previsto para a implementação do nono dígito, o que deverá ser concluído até 31 de dezembro de 2012.

Prevê a agência que cerca de 2,6 milhões de números serão liberados com a redução da quarentena; 1 milhão com a migração dos equipamentos máquina-a-máquina, como modems móveis, para um sistema de numeração próprio; e entre 7 milhões a 10 milhões com o uso do dígito 5, hoje exclusivo da telefonia fixa, também para a móvel.

Além disso, outros 3,4 milhões de números poderão ser liberados com a adoção do sistema de alocação dinâmica dos números. Essa solução implica em uma modificação na forma como os números são atualmente atribuídos a cada chip e, pelo que foi aprovado, deve ser adotada em até 180 dias.

Atualmente, ao distribuir números para uso das operadoras, a associação de um determinado número a um chip específico se dá no início da cadeia. Com a mudança, os chips deverão vir sem um número pré-definido, sendo designados no momento da compra.

Fonte: Teletime
[22/07/10]   Oi conta com código 10 para cumprir metas comerciais - por Mariana Mazza

A recém concluída consulta pública sobre a implantação de um novo código de área em São Paulo, sobreposto ao atual DDD 11, chamou atenção pelas críticas quase generalizadas das empresas e entidades civis sobre a viabilidade de execução do projeto em um curto período que pretende a Anatel. Mas uma contribuição em especial destacou-se das demais, exatamente por ser a única a defender completamente a ideia da agência reguladora, inclusive o prazo exíguo sugerido pelos técnicos para a implantação do DDD 10. A declaração foi feita pela Oi, que já vinha destoando das demais empresas nas audiências públicas realizadas sobre o assunto.

Após elogiar a iniciativa da Anatel, a operadora "alerta" a agência sobre as "implicações negativas de um eventual não cumprimento do prazo inicialmente proposto" para a implantação do código 10. Mas quem pensa que os problemas de uma possível ampliação de prazo seriam sobre todo o setor, engana-se. A principal "implicação negativa" descrita pelos representantes da empresa seria sobre os negócios da própria Oi.

"Na ausência de outras alternativas, um eventual adiamento do prazo previsto pela CP (consulta pública), inviabilizaria o cumprimento das metas de comercialização no estado da Oi, frustrando as expectativas e necessidades da população e debilitando gravemente a dinâmica competitiva nesta região", afirmam os representantes da empresa. De fato, a Oi é potencialmente a mais afetada por uma escassez de códigos numéricos, pois é a entrante no mercado paulistano. Isso acontece porque a operadora é "entrante" em São Paulo, ou seja, está à mercê da captura de clientes de outras operadoras para aumentar sua carteira de assinantes.

Sem uma base de clientes já consolidada, a Oi possui, em tese, um churn (índice de troca de operadora) menor do que o de suas concorrentes, reduzindo o saldo de números reutilizáveis por terem sido devolvidos pelos clientes. Assim, sem dúvida a liberação de uma nova série de combinações numéricas beneficia a Oi de forma mais contundente do que outras empresas, apesar de a escassez de números atingir todas elas.

Mesmo com a defesa franca à proposta da Anatel de sobreposição de códigos de área, a contribuição da Oi sugere que mesmo a operadora tem dúvidas sobre eventuais impactos medida sobre o mercado e os consumidores e se, realmente, essa é a melhor saída para a ampliação dos números. A empresa sugere que a agência reguladora crie um "grupo permanente de trabalho" envolvendo operadoras e técnicos da Anatel, "já pensando em futuras propostas sobre o tema e visando mitigar os impactos das alterações propostas para todo o mercado e principalmente aos usuários dos serviços".

A Anatel, em princípio, fixou em 31 de outubro deste ano o prazo para a implantação do código 10 sobreposto ao DDD 11 na região metropolitana de São Paulo. Mas a maioria das empresas insiste que o prazo proposto é inviável.

Fonte: Teletime
[21/07/10]   Entidades civis querem suspender entrada do código 10 em SP - por Mariana Mazza

Três entidades civis uniram-se nesta quarta-feira, 20, para encaminhar uma carta à Anatel pedindo a suspensão do processo de implantação de um novo código de área, o 10, na região metropolitana de São Paulo. As entidades de defesa do consumidor ProTeste e Indec Telecom, além da Associação dos Engenheiros de Telecomunicações (AET) reclamam da falta de estudos que comprovem a urgência da duplicação dos DDDs em São Paulo e, especialmente, que detalhe os impactos econômicos, regulatórios e sociais da medida.

A Anatel concluirá amanhã a consulta pública em que propõe a implantação do código 10 sobreposto ao atual DDD 11 na capital paulista. Segundo informações apresentadas na consulta, a medida é necessária para assegurar a continuidade das vendas de telefones celulares na região, uma vez que as combinações numéricas possíveis no DDD 11 estariam perto do fim. A projeção apresentada na análise é de que os números acabarão em novembro desse ano. Daí a proposta da Anatel de implantar o novo código até 31 de outubro de 2010.

As entidades questionam o controle das linhas sem uso pelas operadoras - números em quarentena ou não habilitados. Para as associações, esse "estoque" poderia assegurar uma sobrevida para o comércio de chips em São Paulo, dando mais tempo para que uma solução de menor impacto para os consumidores seja encontrada. Na carta são apresentados questionamentos à diretoria da Anatel sobre a disponibilidade de números ainda não habilitados.

A tese das entidades é que a agência reguladora pode estar executando a mudança "de forma açodada e sem os devidos elementos decisórios". "Embora a alteração do regime de numeração tenha sido apresentada como urgente pela Anatel, o certo é que não houve a disponibilização de qualquer estudo capaz de respaldar a alegada urgência", alegam os signatários da carta.

Suspensão do processo

Além de pedir que a Anatel responda às dúvidas sobre o estoque de números, as entidades solicitam que a agência suspenda completamente o processo de implantação "até que os devidos e imprescindíveis estudos de impacto regulatório sejam realizados, viabilizando a adoção de medidas definitivas e de caráter nacional". Apesar de não assinarem a carta outras entidades como Telcomp e Procon seriam favoráveis ao pedido apresentado pelas associações nesta quarta.

As associações sugerem ainda que a Anatel acabe com o prazo de quarentena dos números da telefonia móvel usados por máquinas e modems e a migração de todos esses equipamentos para um novo lote numérico, que poderia utilizar uma identificação específica começando, inclusive, com caracteres especiais como "*" e "#".

Outro apelo é que a agência exija a alocação dinâmica da numeração, exigindo que as empresas apenas atribuam os números no momento da habilitação da linha. Pelos cálculos da entidade, isso liberaria até 4,4 milhões de códigos para as operadoras. A prática atual das empresas é fixar os números nos chips expostos nos pontos de venda, mesmo que eles jamais sejam habilitados. Assim, existiriam números contados como "em uso", mas que na verdade estão disponíveis simplesmente porque os clientes não os habilitaram.

Por fim, as associações pedem a redução do prazo de quarentena, hoje fixado em 180 dias. Durante esse tempo, as empresas são impedidas de revender códigos já utilizados por outros clientes como forma de proteger o consumidor do incômodo de receber ligações do antigo dono do telefone. Segundo os cálculos das entidades, cada mês de redução na quarentena significaria a liberação de 1 milhão de códigos para reabilitação.

-----------------------------------------

Fonte: Yahoo! Notícias - Origem: Estadão
[22/07/10]  Criação de novo código para celular em SP recebe críticas

A proposta de criação do código de área 10 para os celulares da Região Metropolitana de São Paulo, cuja consulta pública terminou ontem, recebeu críticas de associações de consumidores e engenheiros. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) propõe criar a área 10 sobreposta à atual área 11, porque os números disponíveis, segundo a agência, estão terminando.

A mudança entraria em vigor em outubro. A região com dois códigos incluiria a cidade de São Paulo e mais 63 municípios vizinhos. Segundo a proposta da agência, quando acabarem os números do código 11, serão distribuídos os do código 10. Para ligar para esses novos celulares, será preciso digitar 010 antes do número do telefone.

Apesar do formato, as ligações serão locais. Para chamar de um desses novos números para um celular antigo, será preciso digitar 011 antes. O código 10 valerá somente para telefones móveis.

Uma carta assinada pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste), pela Associação dos Engenheiros em Telecomunicações (AET) e por outras entidades pede suspensão da medida.

Segundo as associações, "embora a alteração do regime de numeração tenha sido apresentada como urgente pela Anatel, o certo é que não houve a disponibilização de qualquer estudo capaz de respaldar a alegada urgência". As entidades cobram da Anatel informações como a quantidade de linhas habilitadas pelas operadoras e sem uso, o número de chips inativos que foram distribuídos pelas operadoras e a quantidade de números utilizados no serviço de dados.

A AET defende a criação de códigos de área com três dígitos. "No passado, a Telesp Estatal chegou a estudar abrir na Grande São Paulo as áreas 133, 135, 136 e 137 para os núcleos de Osasco, Cotia, Jundiaí, Mogi das Cruzes e Região do ABC, para deixar a área 11 apenas para as cidades de São Paulo e Guarulhos", explicou Ruy Bottesi, presidente da AET. "Se a Anatel quiser inventar, teremos problemas daqui a dez anos, novamente."

Transparência.
A Fundação Procon-SP, em outra carta à Anatel, defendeu que as consultas públicas da agência sejam mais transparentes. Na visão do Procon, a agência não oferece prazo adequado para a discussão e usa termos técnicos que dificultam o entendimento.

"O Procon-SP pretende que a Anatel dê mais transparência às discussões, evitando o tecnicismo na apresentação dos assuntos, e ajuste os períodos dessas consultas públicas, aumentando os prazos de contribuição para permitir efetiva participação dos órgãos de defesa do consumidor, bem como da sociedade", argumentou a entidade.

Sobre a consulta para a criação de um novo código de área para São Paulo, o Procon pediu a concessão de um prazo de 60 dias para novas discussões sobre a proposta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

---------------------------

Fonte: Sinacouro  - Origem: Folha
[21/07/10]  Entidades atacam mudança no celular - por Júlio Wiziack

Institutos de defesa do consumidor dizem que proposta de criação de prefixo novo para SP não beneficia cliente
Sugestão seria modelo dos EUA, que derruba preço de chamadas; teles são contra, pois receitas seriam afetadas

Associações de defesa do consumidor enviam hoje à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) carta em que condenam a criação de um prefixo adicional para os celulares em São Paulo.
No documento, a que a Folha teve acesso, elas afirmam que a medida não beneficiará o consumidor e estudam uma alternativa.
Contudo, a consulta pública que busca contribuições da população às mudanças termina hoje. A proposta da Anatel é a de criar o código 10 na Grande São Paulo.
Esse código funcionaria paralelamente ao código 11, que está prestes a ter saturado o número de linhas disponíveis. Além disso, seria adicionado um novo algarismo a cada celular que já está habilitado na praça.
"Há outras medidas possíveis enquanto discutimos o assunto com mais profundidade para que a mudança possa depois ser usada pelos outros Estados", diz Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor).

Para a AET (Associação dos Engenheiros de Telecomunicações), o cancelamento de celulares que ficam mais de um mês inativos liberaria 1 milhão de linhas por mês imediatamente.
A cada seis meses as operadoras costumam fazer essa "limpeza" de sua base de clientes inativos. A proposta dos signatários da carta é que a Anatel passe a autorizar esse cancelamento a cada três meses.

Para a AET, o ideal seria dividir a Grande São Paulo em regiões, como ocorre nos Estados Unidos. Cada região seria uma "central".
Um mesmo número de telefone (com oito dígitos) poderia ser usado em cada uma das regiões por consumidores diferentes.
Na hora de fazer a chamada, bastaria digitar o código da região seguido do número do celular. Esse modelo poderia ser repetido em outros Estados quando ocorrer o esgotamento de linhas.

INVESTIMENTOS
A Folha apurou que a Anatel não chegou a considerar o modelo americano porque ele exigiria investimentos pesados das operadoras. O modelo atual fará com que elas gastem R$ 135 milhões para adaptar suas centrais.
Além disso, seria preciso calcular quanto da receita das teles seria reduzida porque as chamadas entre municípios distantes dentro da mesma região seriam locais, e não mais de longa distância (que custam mais).
Por isso, as teles resistem. Uma chamada entre Juquitiba e Cotia seria local pela proposta da AET. Segundo a associação, pelo modelo da Anatel, essa chamada continuaria sendo cobrada como longa distância.
Assinam a carta a Pro Teste, o Procon-SP, o Indec Telecom (Instituto Nacional de Defesa do Consumidor em Telecomunicações), a AET e a TelComp (Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas).

------------------------

Íntegra da Contribuição da Pro Teste à CONSULTA PÚBLICA 13 - 2010 (download pdf)

A PRO TESTE – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DEFESA DO CONSUMIDOR , vem apresentar as seguintes contribuições à Consulta Pública nº 13, que tem como objeto “alterações propostas ao Regulamento de Numeração do Serviço Móvel Pessoal (SMP), aprovado pela Resolução n.º 301, de 20 de junho de 2002, ao Regulamento de Numeração do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC), aprovado pela Resolução n.º 86, de 30 de dezembro de 1998, em razão da solução a ser adotada para garantir a oferta de Recursos de Numeração para o
Serviço Móvel Pessoal - SMP na Área 11 do Plano Geral de Códigos Nacionais – PGCN”.

I - INTRODUÇÃO

1. Trata-se de proposta de norma que tem como objeto a regulação de bem de natureza pública, qual seja, os recursos de numeração utilizados para a prestação e utilização dos serviços de telecomunicações, nos termos do art. 151, da Lei Geral de Telecomunicações e art. 9º, do Regulamento de Numeração, recursos esses essenciais para a continuidade do serviço público
de telefonia móvel.

2. De acordo com a proposta submetida à consulta pública, as mudanças medidas deverão ser implementadas a partir de 31 de outubro deste ano, o que autoriza a conclusão de que há intensa urgência.

3. Importante destacar que, de acordo com os arts. 2º, incs. I, II, III e IV e 3º, inc. I, da LGT, a ANATEL deve atuar no sentido de garantir o desenvolvimento seguro do setor, fortalecendo o papel regulador do Estado e garantindo condições adequadas de serviços.

4. A despeito do importante papel atribuído a ANATEL pelo legislador, o certo é que esta Consulta Pública, feita de forma incontestavelmente açodada, revela, junto com outros graves atrasos na atuação regulatória – até hoje não há modelo de custos e regras para o compartilhamento das redes – que a omissão Page 2
tem marcado a existência da agência, comprometendo a segurança do setor e a prestação de serviços adequados para a sociedade brasileira.

5. Corrobora a afirmação acima, a seguinte ponderação inserta na Exposição de Motivos correspondente à Consulta Pùblica nº 13: “Com o aumento na demanda pelos serviços de telefonia móvel e pelos diversos serviços de dados sobre a plataforma do SMP – como acesso à internet em banda larga, por exemplo –, a cidade de São Paulo presenciou, nos últimos anos, forte aumento na utilização de Recursos de Numeração”.

6. Ora, se a demanda de serviços sobre a plataforma do SMP vem crescendo nos últimos anos, como, aliás, já vem ocorrendo há muito mais tempo em diversos outros países do planeta, por que a ANATEL conferiu apenas dois meses para debater o tema com a sociedade brasileira e, mais, três meses antes do prazo limite para a implantação das medidas propostas para evitar o alegado – mas não provado – risco de descontinuidade do SMP?

7. Aduzimos, ainda, que o desenvolvimento dos serviços prestados no protocolo de internet, como consta da mesma Exposição de motivos, já se anuncia há muitos anos, mas mesmo assim a ANATEL vem assistindo inerte este fato, deixando de atribuir planos de numeração específicos para a comunicação entre máquinas.

8. Tanto é assim, que os acessos no 3G vêm sendo feitos com base no mesmo plano de numeração do SMP, há anos – a Resolução 272, que regulamenta o Serviço de Comunicação Multimídia é de 2001 – assim como a comunicação entre máquinas de cartão de crédito e as respectivas administradoras, sem que a agência tenha planejado uma numeração própria. Também o Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos - SINIAV, baseado em tecnologia de identificação por rádio-freqüência, que brevemente estará implantado, utilizará o plano de numeração do SMP, mas a ANATEL nada fez para evitar o problema que se anuncia.

9. Apesar do quadro acima, ao invés da adoção de medidas definitivas e adequadas à evolução dos serviços, especialmente os prestados sob o protocolo IP, a agência está apresentando duas alternativas que, segundo especialistas, não significam solução ao problema e submeterão os consumidores a transtornos e prejuízos injustificados, pelas razões a seguir
expostas.

II – A CONTRIBUIÇÃO

10. A participação da sociedade nesta Consulta Pública estará comprometida pois, entre a documentação disponibilizada à sociedade para que sejam feitas as contribuições não se encontram estudos com o levantamento de outras alternativas de solução para o problema, e nem dos impactos regulatórios econômico e social relativos aos possíveis efeitos da implantação das alternativas apresentadas pela agência.

11. Vale ressaltar, ainda, que há questões fundamentais ligadas ao objeto da Consulta Pública 13 até agora não respondidas pela ANATEL e que funcionam como pressupostos para respaldar a significativa mudança proposta, quais sejam:

a) Qual o número de linhas dos serviços pós e pré-pago, por operadora, habilitadas e sem uso pelo consumidor por mais de 120 dias?

b) Qual o número de chips distribuídos, por operadora, que ficam inativos?

c) Qual a quantidade de números utilizados para a comercialização do serviço de 3G, de máquinas de cartões de crédito, sistemas de rastreamento de veículos e outras operações de M2M, por operadora?

d) Hoje, de um potencial de 80 milhões de números na área de numeração 011, somente 25 milhões estão em uso. Sendo assim, é imprescindível a identificação de ações que possam maximizar o potencial de utilização da numeração hoje disponível. Sendo assim, antes de adoção de qualquer medida, fundamental dar-se início à discussões sobre a viabilidade de serem implantadas as seguintes propostas, apresentadas por especialistas em telecomunicações, parceiros da PRO TESTE:

  • Supressão total do período de quarentena para os recursos de numeração do SMP utilizados por máquinas/modems (números que não recebem e só geram chamada intra-
rede – M2M);

  • Migração de todos os recursos de numeração do SMP utilizados por máquinas/modems para numeração diferenciada, como, por exemplo, utilizando algo como “#”
ou “*” seguido por DDD NNNN NNNN”;

  • Adotar alocação dinâmica dos recursos (somente no momento da venda efetiva da linha), o que poderia liberar parte significativa dos 4,4 milhões de códigos na cadeia
logística das prestadoras;

  • Reduzir o tempo de quarentena para recursos atribuídos a voz, o que corresponde a uma liberação de cerca de um (1) milhão de terminais para cada mês reduzido (reduzir de
180 para 90 dias significa aproximadamente, três (3) milhões de recursos)

12. Tais questões são fundamentais na medida em que, a depender das respostas, é plausível a conclusão de que a alteração proposta está sendo realizada de forma açodada e sem os devidos elementos decisórios.

13. Forçoso reconhecer que a solução apresentada pela ANATEL, além de ter a implantação prevista para curtíssimo prazo, também está prevista para ter duração de curto prazo – outubro de 2015, quando novas adequações deverão ser implantadas, sujeitando os agentes do setor – operadoras e consumidores a transtornos injustificados.

14. Destacamos, por fim, que se trata de mudança limitada ao Estado de São Paulo, para o qual convergem negócios realizados por empresas de todos os demais estados, com um volume grande de consumidores de outros estados do país e que, consequentemente causará impactos às outras unidades da federação, fato este indicativo de que a melhor solução seria promover a mudança a nível nacional, o que demandaria mais discussão sobre outras alternativas além das que estão sendo apresentadas pela agência e, consequentemente, mais tempo.

15. Pelo exposto e para evitar a adoção de medidas sem lastro nos estudos regulatórios imprescindíveis, que demonstrem a necessidade e urgência da implantação das medidas propostas, bem como transtornos injustificados para a sociedade como um todo é que a PROTESTE entende que esta Consulta Pública está prejudicada, uma vez que está em desacordo com os princípios da eficiência e transparência, garantidos pelo art. 37, da Constituição Federal, bem como violando o inc. VII, do art. 4º, do Código de Defesa do Consumidor,
em razão do que propõe:

Seja suspensa a decisão de implantar a medida de alteração da numeração, até que os devidos e imprescindíveis estudos de impacto regulatório sejam realizados, viabilizando a adoção de medidas definitivas e de caráter nacional.

Sejam respondidas as questões descritas no item 11, para respaldar a urgência alegada pela ANATEL assim como a viabilidade de outras soluções, sugeridas acima.

Esperando estar contribuindo para o aperfeiçoamento do setor de telecomunicações com vistas à garantir o direito dos consumidores, aguarda a PROTESTE resposta da ANATEL sobre as propostas apresentadas.

FLÁVIA LEFÈVRE GUIMARÃES
OAB∕SP 124.443