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13/11/12
• "Marco Civil da Internet" e a "Neutralidade da Rede" (11) - Crisitina de 
Luca: "Entidades enviam carta aberta ao relator do Marco Civil" + Convergência: 
Carta Aberta da entidade "Softawe Livre" à presidente Dilma
Olá, WirelessBR e Celld-group!
01.
A sociedade se mobiliza sobre o Marco Civil da Internet.
Além das "cartas abertas" da ABRANET e ABERT ("post" 
anterior), novas entidade se manifestam.
Independente das posições e dos questionamentos é muito bom ver a sociedade em 
ebulição...  :-)
02.
Transcrevo do blog Circuito de 
Luca este "post" de ontem:
Leia na Fonte: IDGNow! / Blogs / Circuito de Luca
[12/11/12] 
Entidades enviam carta aberta ao relator do Marco Civil - por Cristina de 
Luca
Trecho inicial:
"Em meio às discussões sobre os pontos polêmicos do Marco Civil da Internet, 
que deve voltar à pauta do Plenário da Câmara dos deputados nesta terça-feira, 
13 de novembro, entidades e grupos civis enviaram hoje ao deputado Alessandro 
Molon (PT/RJ), relator do PL, uma carta aberta propondo alterações no que diz 
respeito à remoção de conteúdo e também da neutralidade da Internet.
As entidades defendem que as exceções à neutralidade sejam regulamentas por 
decreto presidencial, conforme o texto anterior ao apresentado na semana 
passada, e que provocou novo adiamento da votação. E que a exigência de 
apresentação de ordem judicial para a remoção de conteúdo não contemple nenhuma 
exceção. O último texto apresentado pelo relator incluiu um parágrafo que exime 
pedidos de remoção por violações de direito de autor e de diretos conexos da 
ordem judicial para remoção de conteúdo e penaliza. (Ler mais)
03.
Leia na Fonte: Convergência Digital
[13/11/12] 
Software Livre: Marco Civil caminha para "segregação econômica da rede" 
(matéria não transcrita)
Em "Carta Aberta" à presidente Dilma Rousseff, Associação Software Livre. org 
alerta que o texto do Marco Civil da Internet abre caminho para um modelo de 
exploração econômica da rede que beneficiará ricos em detrimento dos pobres. "É 
inaceitável que um país que trava com imenso sucesso uma guerra contra a 
desigualdade social seja pioneiro em aprovar que legislação que promova a 
desigualdade digital", declara.Software Livre: Marco Civil caminha para 
"segregação econômica da rede"( 
Ler mais na fonte)
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
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Leia na Fonte: IDGNow! / Blogs / Circuito de Luca
[12/11/12] 
Entidades enviam carta aberta ao relator do Marco Civil - por Cristina de 
Luca
Em meio às discussões sobre os pontos polêmicos do Marco Civil da Internet, que 
deve voltar à pauta do Plenário da Câmara dos deputados nesta terça-feira, 13 de 
novembro, entidades e grupos civis enviaram hoje ao deputado Alessandro Molon 
(PT/RJ), relator do PL, uma carta aberta propondo alterações no que diz respeito 
à remoção de conteúdo e também da neutralidade da Internet.
As entidades defendem que as exceções à neutralidade sejam regulamentas por 
decreto presidencial, conforme o texto anterior ao apresentado na semana 
passada, e que provocou novo adiamento da votação. E que a exigência de 
apresentação de ordem judicial para a remoção de conteúdo não contemple nenhuma 
exceção. O último texto apresentado pelo relator incluiu um parágrafo que exime 
pedidos de remoção por violações de direito de autor e de diretos conexos da 
ordem judicial para remoção de conteúdo e penaliza.
Diz o texto da carta:
Assunto: Considerações sobre o texto do Marco Civil da Internet apresentado 
no substitutivo do dia 07/11/12 ao PL 5.403/2001
Excelentíssimo deputado Alessandro Molon,
As entidades e grupos abaixo assinados vêm expressar a importância do Marco 
Civil da Internet como lei garantidora dos direitos e liberdades civis na rede. 
Reforçam, através desta carta, o apoio ao processo de construção desse projeto 
de lei, tão bem conduzido pelo seu relator e pelos demais deputados e órgãos do 
Executivo relacionados. Submetido a anos de consultas e audiências públicas, com 
participação direta da sociedade na sua elaboração, inclusive por estas 
entidades signatárias, o Marco Civil é uma das mais importantes e avançadas 
propostas sobre o uso da Internet no mundo. É ele quem vai estabelecer os 
princípios, valores, direitos e responsabilidades sobre o uso da rede no nosso 
país. Por isso, é um projeto de lei essencial para garantir a democracia e a 
liberdade na Internet e deve ser votado imediatamente.
Contudo, a última versão de seu substitutivo, apresentada no dia 07/11/12, 
trouxe modificações pontuais extremamente negativas para os direitos dos 
usuários na rede. Para evitar que sua aprovação gere consequências distintas dos 
objetivos pretendidos, vimos solicitar as seguintes alterações no projeto:
1) Supressão do § 2 do artigo 15
O parágrafo segundo anula indevidamente a regra disposta no caput do artigo 15. 
O artigo estabelece, como regra, que os provedores de aplicações na Internet 
somente serão responsabilizados civilmente se não retirarem um conteúdo após 
receberem um ordem judicial.
A exceção do parágrafo segundo prevê que a regra não é válida para infrações 
relativas a conteúdos protegidos por direitos autorais.
O novo dispositivo traz vários danos aos usuários da Internet. Dando margem à 
interpretação de que não é necessária a avaliação judicial para a remoção de 
conteúdos que violem direito autoral, o dispositivo traz o risco desses 
conteúdos prescindirem da decisão de um juiz para serem removidos. Com isso, uma 
simples notificação poderá ser suficiente para que os provedores, com medo de 
serem responsabilizados, retirem o conteúdo do ar, mesmo que não seja constatada 
qualquer ilegalidade. O julgamento não será feito pela Justiça, mas pelo próprio 
provedor, em âmbito privado, configurando censura prévia, que é 
inconstitucional.
Essa possibilidade institucionalizará uma indústria de notificações, já 
existente na prática, que não precisará comprovar titularidade de direitos 
tampouco ilegalidade dos conteúdos para conseguir as remoções. Aos usuários 
restará apenas o ônus de tentar na Justiça a reinserção dos seus conteúdos 
previamente retirados. O parágrafo segundo, em suma, fere a liberdade de 
expressão na Internet em benefício de interesses privados sem autenticidade ou 
legitimidade comprovadas.
2) Alteração no § 1 o do artigo 9: regulamentação da neutralidade por decreto
O § 1 o do artigo 9 versa sobre a regulamentação da neutralidade e seus 
critérios de exceção. Cumpre ressaltar que o princípio da neutralidade é a 
garantia da não discriminação de tráfego na rede. À neutralidade se devem a 
igualdade de condições na Internet e o respeito à privacidade na navegação dos 
usuários. Sua importância, portanto, é indiscutível e estratégica.
Por isso, a regulamentação da neutralidade deve ser realizada pela mais alta 
instância do Poder Executivo: a Presidência da República. Assim, é 
imprescindível que o texto do Marco Civil preveja literalmente que um decreto 
presidencial será o instrumento apto a estabelecer os parâmetros de aplicação da 
neutralidade. Essa é maior garantia que se pode dar aos usuários da Internet, 
que têm o direito a uma rede neutra, de que a regulamentação será guiada pelos 
mais corretos princípios da Administração Pública, na esfera de maior submissão 
à visibilidade e ao controle público, dentro dos requisitos técnicos necessários 
e afastados quaisquer interesses
econômicos privados capazes de contaminar o processo.
Dessa maneira, sugere-se a seguinte redação para o § 1o do artigo 9o: “A 
discriminação ou degradação do tráfego será regulamentada por decreto e somente 
poderá decorrer de:(…)”
Congratulando V. Excelência pelo excelente trabalho na relatoria desse projeto, 
esperamos com esta proposta colaborar para o aprimoramento do Marco Civil da 
Internet, que apoiamos substancialmente, julgamos absolutamente necessário para 
melhor garantir direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil e para o 
qual reivindicamos a maior celeridade possível em sua aprovação.
Assinam:
- Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec)
- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)
- Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação da 
Universidade de São Paulo (GPOPAI – USP)
- Coletivo Intervozes
- Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararéoletivo Fora de Eixo
- Núcleo de Estudos e Pesquisa em Direitos Autorais e Culturais da Universidade 
Federal do Rio de Janeiro (NEDAC – UFRJ)
- Instituto Nupef
- Artigo 19
- Grupo de Pesquisa em Direitos Autorais e Acesso à Cultura da Universidade 
Federal Rural do Rio de Janeiro (GP Cult – UFRRJ)
- Coletivo Digital
- Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd)
- Instituto Bem Estar Brasil
- Instituto Telecom
- PROTESTE – Associação de Consumidores
- Movimento Mega (Mega Não/Mega Sim)
- Associação das Rádios Públicas do Brasil (Arpub)
- Laboratório Brasileiro de Cultura Digital
- Pontão de Articulação da CNPdC
- União Latina de Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura, 
capítulo Brasil (ULEPICC-BR)
Assinaturas individuais:
- Sergio Amadeu da Silveira (professor da Universidade Federal do ABC)
- Pablo Capilé (produtor cultural)
- Pena Schmidt (produtor cultural)
Em seu Twitter oficial, o deputado Alessandro Molon respondeu. Disse que falou 
com vários líderes partidários hoje e está trabalhando para garantir o melhor 
texto possível para o Marco Civil.