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20/11/12
• "Marco Civil da Internet" e a "Neutralidade da Rede" (15) - Hoje, mais uma 
tentativa de votação do "Marco": matérias recentes sobre a polêmica
Olá, WirelessBR e Celld-group!
Está prevista para hoje mais uma tentativa de votação do polêmico "Marco Civil 
da Internet".
Para formação de opinião, transcrevo algumas matérias ainda não veiculadas aqui:
Leia na Fonte: Teletime
[16/11/12] 
Eduardo Cunha, do PMDB, diz que proposta atual seria "lei do Google e da Globo"
Leia na Fonte: ClippinMP - Origem: O Globo
[20/11/12]  
Marco Civil da Internet: relator negocia para tentar salvar votação do projeto 
hoje - por Cristiane Jungblut
Leia na Fonte: Tele.Síntese
[19/11/12] 
Planalto sinaliza apoio ao Marco Civil da Internet, diz Molon - por Lúcia 
Berbert 
Leia na Fonte: O Globo
[18/11/12]
 Votação marcada para amanhã poderá ser adiada. Relator Alessandro Molon pedirá 
ajuda ao Planalto
Leia na Fonte: Convergência Digital 
[14/11/12] 
UIT não terá acerto sobre neutralidade de rede - por Luís Osvaldo Grossmann
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
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Leia na Fonte: Teletime
[16/11/12] 
Eduardo Cunha, do PMDB, diz que proposta atual seria "lei do Google e da Globo"
Em artigo publicado em seu blog e na rede social Twitter, o deputado do PMDB do 
Rio de Janeiro, Eduardo Cunha, vice-líder do PMDB na Câmara, questiona a 
necessidade de um projeto como o Marco Civil da Internet, tal como submetido à 
votação, e chega a afirmar que o texto do projeto atende apenas aos interesses 
"da Globo e do Google". O deputado foi um dos principais opositores da votação 
do Marco Civil na sessão da última terça, 13. Segundo Cunha, teria causado 
estranheza "a excessiva preocupação dos repórteres da Globo acerca do tema, e 
com perguntas incisivas sobre o interesse das operadoras de telefonia sobre os 
ditames do Marco Civil". Ele também cita, em artigo, o editorial publicado pelo 
jornal O Globo na quinta, dia 15, defendendo a proposta do deputado Alessandro 
Molon (PT/RJ), relator da matéria.
O deputado, depois de "decidir estudar o tema", constatou que o projeto traria 
mecanismos de "controle da navegação pela Rede". Mais grave, diz Cunha, é a "é a 
guerra da Globo contra as teles e os provedoras de conexão. Um dos pomos da 
discórdia é a neutralidade na rede para acesso de conteúdo. Reconheço ser 
correta a descrição do PL para essa neutralidade, mas garantir a tal 
neutralidade não pode significar um cerceamento da oferta de serviços 
diferenciados para quem quiser e puder pagar por eles". Segundo a interpretação 
do deputado, "simplesmente os provedores de conteúdo querem garantir o seu 
monopólio de acesso à rede e, com isso, evitar o aumento de concorrência". 
Segundo ele, "se não seguirmos uma linha democrática, passará pela Casa uma 
pouco ortodoxa 'lei do Google e da Globo'”. Para o parlamentar, "é preciso 
garantir a neutralidade, mas sem afetar a livre concorrência e tampouco permitir 
monopólios reais de conteúdo já existentes". Cunha chega a dizer que a 
contratação do ex-secretario da Câmara Mozart Vianna de Paiva pela Globo para 
acompanhar o andamento legislativo teria como foco o Marco Civil da Internet. 
"As teles e outros também estão representados na Câmara exercendo o direito de 
alertarem aos parlamentares sobre as incoerências da proposta. Em resumo, o 
assunto virou guerra".
"Devemos buscar a neutralidade da Internet, assim como a neutralidade dos 
interesses comerciais dos que querem viver da Internet, como empreendimento e 
negócio. Caso contrário, nós, na Câmara, viraremos agentes comerciais e não 
defensores da sociedade", diz ele. "Não consigo ver o PT, por exemplo, 
defendendo os interesses da Globo, como muito se especula", provoca. 
"Definitivamente, o que querem levar da votação não traduz o perfil democrático 
que desenha o Brasil de hoje", conclui o deputado.
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Leia na Fonte: ClippinMP - Origem: O Globo
[20/11/12]  
Marco Civil da Internet: relator negocia para tentar salvar votação do projeto 
hoje - por Cristiane Jungblut
Deputados, no entanto, não acreditam que o texto entre na pauta
BRASÍLIA Apesar da resistência de aliados de peso como PMDB e PSD, além das 
próprias teles, o relator do projeto que trata do Marco Civil da Internet, 
deputado Alessandro Molon (PT-RJ), disse ontem que é preciso ter a coragem para 
votar a proposta esta semana e garantiu que o governo tem interesse na aprovação 
da matéria. Nos bastidores, a avaliação é que, se não for votado hoje, o projeto 
fica para 2013. A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, se reúne 
pela manhã com os líderes do governo para tentar "salvar" a votação, considerada 
improvável por deputados da própria base aliada e da oposição.
Para evitar um desastre
Além das conversas com Ideli, os líderes da base aliada devem se reunir na tarde 
de hoje e avaliar a situação com o próprio presidente da Câmara, deputado Marco 
Maia (PT-RS). O problema, segundo interlocutores do governo, é que Ideli estaria 
agindo sozinha, sem articulação com o Palácio do Planalto. A ministra esteve 
ontem com Molon e com o presidente em exercício, Michel Temer, sobre a 
necessidade de se votar o projeto esta semana, mas o ministro das Comunicações, 
Paulo Bernardo, por exemplo, nem procurou o relator.
Molon fez ontem um apelo para que os deputados "tenham coragem" de votar o Marco 
Civil. Ele admitiu que existem dificuldades e que dois pontos geram impasses: a 
questão da neutralidade das redes na transmissão dos dados e a privacidade dos 
dados do internauta.
- Que tenhamos a coragem para aprovar essa matéria. Adiar a votação (de hoje) 
seria colocar em risco a aprovação do projeto do Marco Civil. À medida que o 
tempo passa, aumentam as resistências.
Hoje, há ainda a previsão de votação do relatório preliminar do Orçamento Geral 
da União de 2013 na Comissão Mista de Orçamento (CMO), o que pode ser usado como 
desculpa para suspender a sessão da Câmara. Por outro lado, aliados defendem que 
o governo invista na votação do Marco Civil como forma de evitar a inclusão na 
pauta de propostas consideradas "um desastre", como o projeto do fim do fator 
previdenciário. A liberação da pauta da Câmara para outras matérias abria espaço 
para esse tipo de projeto, explicam.
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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[19/11/12] 
Planalto sinaliza apoio ao Marco Civil da Internet, diz Molon - por Lúcia 
Berbert 
Deputado fez apelo no plenário da Câmara para evitar novo adiamento na votação 
do projeto marcada para amanhã
O relator do Marco Civil da Internet, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), ainda 
vai fazer pequenos ajustes no texto do substitutivo no intuito de votar o 
projeto nesta terça-feira (20). Segundo ele, não haverá mudanças significativas, 
especialmente nos artigos 9º e 12, que tratam da neutralidade de rede e da 
guarda de logs. Molon afirmou que já recebeu sinalização de apoio da Presidência 
da República.
“Não é possível adiar mais uma vez e deixar essa votação para o ano que vem 
porque nós corremos o risco de não fazê-la mais”, apelou Molon, em discurso no 
plenário da Câmara nesta segunda-feira (19). O deputado pediu também que os 
parlamentares rejeitem as emendas que ameaçam deformar o projeto, em especial 
emendas que modificam o artigo 9º, que garante a neutralidade da rede.
“De outro lado, também é fundamental preservar o artigo 12 do jeito que está, 
evitando que os provedores de conexão guardem todas as informações sobre a 
navegação de todos os brasileiros”, pediu Molon. O deputado, que chegou hoje a 
Brasília, continua em conversa com diversos interlocutores, em busca de consenso 
para a votação.
O texto atual do substitutivo ao Marco Civil da Internet determina, no artigo 
9º, que a neutralidade de rede será regulamentada por decreto. O relator que 
evitar que a tarefa seja dada à Anatel, como defende o ministro das 
Comunicações, Paulo Bernardo. As teles também querem a agência reguladora 
apontando as exceções que permitirão o uso do gerenciamento do tráfego na rede.
Já no artigo 12, Molon impede que as informações sobre a navegação dos usuários 
sejam guardadas pelas teles. “Já há emendas que se cogitam apresentar ao projeto 
que acabariam com essa vedação e que, no fundo, colocariam em risco toda a 
privacidade do internauta brasileiro”, sustenta o deputado.
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Leia na Fonte: O Globo
[18/11/12]
 Votação marcada para amanhã poderá ser adiada. Relator Alessandro Molon pedirá 
ajuda ao Planalto
BRASÍLIA Marcada para amanhã, a votação do substitutivo ao projeto de lei do 
Marco Civil da Internet está ameaçada. Segundo o relator da proposta, deputado 
Alessandro Molon (PT-RJ), duas emendas apresentadas ao projeto desvirtuam a 
neutralidade de redes e acabam com a privacidade dos internautas. Na terça-feira 
passada, após um longo dia de negociações, a votação do substitutivo foi adiada 
porque não houve acordo sobre a neutralidade de redes, princípio que prevê a 
ausência de privilégios na transmissão de dados.
Muitos parlamentares consideram esta semana vital para a votação do Marco Civil 
e temem que, se não for votado, ficará para 2013. Nas próximas semanas, disse um 
deputado governista, entram na pauta da Câmara a reforma política e o Orçamento 
do próximo ano.
— O projeto é excelente, é bom para a sociedade, para a inovação e para a livre 
concorrência, mas os grandes provedores de conexão têm os seus interesses 
contrariados — disse ontem Alessandro Molon.
A emenda que deve ser apresentada pelos deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e 
Ricardo Izar (PSD-SP) acrescenta um parágrafo no artigo nono, que garante a 
neutralidade de redes. Ela permitiria que os provedores cobrassem pacotes 
específicos de tráfegos de dados, dependendo da velocidade ou da quantidade de 
acessos. Cobrar essas taxas pode significar ganhos extras de bilhões de dólares, 
disse Molon:
— Essa emenda viola o espírito da lei de neutralidade.
Outra emenda polêmica permite que provedores de conexão guardem dados dos 
internautas. É como se as teles grampeassem todas a ligações, compara Molon. Ele 
explica que as empresas poderiam vender essas informações,sobre os interesses do 
usuário.
Na semana passada, Molon se reuniu com o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), 
líder do governo, para articular uma forma de barrar a aprovação das emendas. 
Ele pretende chegar hoje a Brasília, vai tentar convencer os deputados em favor 
do substitutivo e pedir ajuda ao Planalto.
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Leia na Fonte: Convergência Digital 
[14/11/12] 
UIT não terá acerto sobre neutralidade de rede - por Luís Osvaldo Grossmann
Na turbulenta tramitação do Marco Civil da Internet, um dos argumentos para 
postergar o projeto é de que o Brasil deveria esperar o resultado da Conferência 
Mundial de Telecomunicações, promovida pela União Internacional das 
Telecomunicações (UIT) em Dubai, entre os dias 3 e 14 de dezembro.
A UIT é um órgão da Organização das Nações Unidas e o objetivo do encontro é 
revisar o Regulamento de Telecomunicações Internacionais, que é um tratado 
mundial. Parte da conferência deve discutir temas ligados às “redes 
internacionais”, e pode envolver questões ligadas à Internet.
À primeira vista a ideia de aguardar a conferência parece ser razoável. Mas o 
fato é que esse argumento tem, pelo menos, uma falha importante: não haverá 
acordo sobre a questão que poderia ter implicações sobre o cerne dessa discussão 
no Marco Civil, a neutralidade de rede.
E não é porque as posições dos países membros da UIT inviabilizem uma conclusão 
– o que é parcialmente verdadeiro. O principal motivo, porém, é que entre as 
cerca de 200 nações que participam da entidade, apenas uma tem propostas sobre a 
questão. Para todos os demais, inclusive o Brasil, o tema não deve constar do 
tratado internacional.
Os administradores da UIT até gostariam de ver a entidade inserida na governança 
da Internet, ainda que para isso apelem para um eventual “colapso” da rede 
mundial devido ao crescimento do tráfego de dados. Mas a ideia não foi adiante.
No mais, a origem do que seria um debate com impacto significativo na Internet é 
uma proposta de modificar o regulamento internacional feita pela Associação 
Europeia das Operadoras de Redes de Telecomunicações, conhecida pela sigla em 
inglês ETNO. Pela proposta, o tratado internacional sofreria mudanças em três de 
seus artigos (2, 3 e 4):
No artigo 2, seriam incluídas três definições: 2.11) Interconexão IP se refere a 
soluções e regras técnicas e de negócios para garantir a entrega de tráfego IP 
através de diferentes redes. 2.12) Entrega por ‘qualidade de serviço’ fim a fim 
se refere à entrega de PDU (inglês para Unidade de Pacotes de Dados) com 
performance pré-definida; e entrega por ‘melhor esforço’ se refere a entrega de 
PDU sem performance pré-definida.
No artigo 3, sobre a rede internacional, seria inserido que “Estados membros 
devem facilitar o desenvolvimento de interconexões IP internacionais que 
provejam tanto entrega por ‘melhor esforço’ como por ‘qualidade de serviço’ fim 
a fim”.
Também nesse artigo, haveria um complemento: “Para esse propósito, e para 
garantir um adequado retorno do investimento em infraestruturas de largura de 
banda, operadoras podem negociar acordos comerciais para alcançar um sistema 
sustentável de compensação justa por serviços de telecomunicações e, onde 
apropriado, respeitando o princípio de pagamento de rede pelas partes 
emissoras”.
Finalmente, a proposta prevê que “operadoras devem cooperar para o 
desenvolvimento de interconexões IP internacionais, entregas por ‘melhor 
esforço’ e ‘qualidade de serviço’. Entrega por ‘melhor esforço’ deve continuar a 
formar a base da troca internacional de tráfego IP. Nada deve impedir o 
desenvolvimento de acordos comerciais com ‘qualidade de serviço’ diferenciada”.
Resumindo, a proposta da ETNO inclui no tratado internacional sobre 
telecomunicações a previsão de que os dados na Internet estarão sujeito a 
discriminação de tráfego, de forma que acordos comerciais permitam a oferta de 
serviços diferenciados, a começar pelo pagamento de valores extras por 
provedores de conteúdo (as tais ‘partes emissoras’).
Acontece que nem mesmo os países europeus concordaram com a proposta da 
associação das teles daquele continente. Com efeito, a proposta da ETNO acabou 
sendo parcialmente patrocinada pela República dos Camarões – o único país membro 
da UIT a levar a ideia adiante. E, ressalte-se, parcialmente. A ideia de cobrar 
dos provedores de conteúdo ficou de fora do que foi formalmente apresentado à 
UIT.