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17/10/12

• OTT ("Over The Top") - O que é? (2)

Olá, WirelessBR e Celld-group!

Obrigado pelas repercussões e informações!

Aqui estão, para nivelamento dos Grupos (com "gostinho de quero mais", de outros participantes e leitores):  :-)

01.
Um leitor informa via "pvt":
(...)
O pessoal da Broadcast costuma chamar de serviço OTT ("Over The Top") as "Apple TV", "Google TV" e similares. Elas usam a Internet para a oferta de serviços VDO e streaming, a partir de plataformas proprietárias.
Se fosse fazer uma analogia, é a antiga TV por assinatura via IP. O Now, da Net é OTT, porque usa a Internet (protocolo IP) para ser fornecido, não a estrutura do cabo.
Será que ajudei? (...)

Um precioso "resumo-resumido"!  Ajudou muito! Obrigado!

02.
Mensagem do José Smolka:
(...)
A sigla OTT, tal como usada no noticiário especializado de telecom recentemente, aparentemente ainda não foi dicionarizada. A causa da confusão de significados é que o "top" da expressão deveria vir acompanhado do substantivo "counter" (com o significado de "balcão" - especificamente um balcão de loja, sobre o qual são conduzidas operações comerciais).

A analogia correta é com a expressão "over the counter [top] medications", que significa "remédios que podem ser compradas diretamente na farmácia, sem a necessidade de receita médica". Por extensão, OTT services são aqueles serviços disponíveis para contratação direta - muitas vezes sem custo - entre o usuário e o provedor do serviço, sem necessidade de intermediários.

Trazendo para o contexto Telecom x Internet. Serviços OTT são o modo clássico de relacionamento comercial na Internet (em coerência com o "end to end principle" - veja aqui o paper clássico de Saltzer, Reed e Clark sobre o assunto), e representam uma ameaça ao modelo de negócio clássico de Telecom, onde a operadora sempre atua como intermediário (broker) obrigatório de todas as transações. Se a operadora perder as suas receitas de brokering, só restará a receita de tráfego - e esta, como sabemos, é declinante com o tempo. Daí a percepção da ameaça representada pela competição com os provedores de serviço OTT da Internet (ex.: Google, Amazon, Facebook, etc.). (...)

Como sempre, valeu muito, Smolka!

03.
Abaixo estão "abertos" os links enviados pelo Tom Jones, bom amigo virtual, participante veterano de nossos Grupos, que "pioneirou", em priscas eras, uma "Seção de TV Digital". Seu trabalho continua hoje no Blog "TV Digital.BR".
Obrigado, Tom!

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL

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Leia na Fonte: TV Digital BR
[15/03/11]  Over The Top (OTT) e o futuro dos Broadcasters

No passado:
Over the Top: uma frase militar derivada da guerra de trincheiras da Primeira Guerra Mundial .
No futuro:
Over the Top: conteúdo de vídeo entregue através de meios alternativos ; popularmente conhecido como OTT TV.

A entrega de vídeo via Internet diretamente nos dispositivos dos usuários conectados, permite acesso em qualquer lugar, a qualquer tempo ao seu programa favorito, ou noticia que esteja procurando. Muitas das barreiras à implementação massiva dos serviços OTT TV estão sendo suplantadas e com isso, abre-se o potencial de transformar a face da indústria de TV, criando novas oportunidades de negócio para os players existentes e também possibilitando novos entrantes.

Agora que muito conteúdo em vídeo está disponível online, a grande pergunta é: Sera que no futuro, a programação de TV migrara inteiramente para a Internet, deixando para trás os tradicionais provedores TV aberta, TV a cabo e TV via satélite ?

Obviamente ainda vai levar algum tempo para que os serviços OTT possam competir com os provedores tradicionais, principalmente no que tange aos padrões de programação entregues pelos broadcasters brasileiros. Porém o que parece ser um caminho sem volta, é que cada vez mais e mais aumenta a demanda por vídeos online, os provedores de serviço e desenvolvedores de hardware (fabricantes de TV , media center,HomeTheater) estão disputando o espaço nas salas dos usuários e as soluções OTT TV parecem ser a killer aplication do momento. (embora não tenham um modelo de negócio bem definido).

Podemos destacar 3 razões para que o OTT TV tenha um grande impacto na industria de midia:

Razão um:
Customização
A uma repulsa do publico jovem em não assistir TV, mas sim de “produzir” sua própria grade de programação e o OTT TV nesse sentido torna-se uma peça-chave para que conteúdos e serviços relevantes possam ser customizados para esse tipo de consumidores;

Razão dois:
Conteúdo é tudo, não importa de onde vier
Para o publico leigo, conteúdo é conteúdo não importa da onde ele vem ( por cabo, pela Internet ou por Satélite), ancorados nessa visão, novos players de dentro e de fora da indústria surgirão para desafiar os operadores existentes, oferecendo aos usuários muito mais opções de escolha, pois o novo mantra entoado pelos players de OTT TV é : “O conteúdo é tudo”;

Razão três:
Necessidade de Novos modelos de negócios para os Broadcasters e Operadoras
Ainda sobre a personalização da chamada grade de programação, veremos os usuários sendo capazes de construir portais de conteúdo personalizados ,agregando uma variedade de diferentes provedores de conteúdo, (incluindo os principais estúdios), isso fara surgir a necessidade de novos modelos de negócio que aproveitem as facilidades da integração de produtos e tecnologias, teremos então uma nova base de competição, a de consumo de conteúdo e não mais só de audiência.

Através dessa razões veremos então uma "Briga de gigantes" onde,as operadoras procurarão se consolidar ou formar alianças para competir contra esses prestadores de serviço OTT (Nomeadamente o GoogleTV e CIA) Essas Mega-operadoras devem criar serviços premium de conectividade e de conteúdo digital convergente, mas isso são puras especulações.

A única certeza até agora , como já disse antes, é que a Internet criou uma nova geração de consumidores de vídeo, com expectativas elevadas em relação a liberdade e flexibilidade da grade de programação, é através dessa nova ótica (tendência) que as operadoras devem enxergar o futuro.

Do meu ponto de vista, acho que o OTT é algo que os Broadcasters devem prestar atenção.Não só por que isso esta redefinindo o modelo de negócio de distribuição de vídeo,mas também todo o ecossistema ao redor dos dispositivos que estão se integrando aos televisores. Se antes, era impensável agregar uma placa de rede a uma TV, hoje descobrimos que Isso irá conduzir novas relações e relacionamentos e reordenar todos os outros existentes.
No passado com o surgimento do Triplo Play, onde as operadoras de cabo pareciam “ameaçar” as operadoras de telefonia com seus serviços de Voz sobre IP (VoIP). Hoje os serviços concorrem juntos. Hoje portais da Internet como o You Tube (Google) parecem ameaçar os Broadcasters, pois usam uma porta de entrada nunca antes imaginada na TV ( O IP). Mas isso deve ser momentâneo, pois o novo sempre assusta ,a saída (me parece) é tratar os serviços OTT, como é tratado a retransmissão do sinal da programação aberta para as operadoras de Cabo e Satélite. Ainda que falte uma regulamentação para os serviços OTT, os Broadcasters devem trabalhar novos negócios no ecossistema OTT com as empresas que controlam os dispositivos e interfaces dos consumidores.

Se os Broadcaster forem capazes de vincular-se aos serviços OTT com modelos de negócio próximos do utilizados hoje para cabo e satélite eles ampliaram em muito sua presença entre o publico jovem que odeia sua grade de programação .
É importante entender, o que realmente define o modelo de negocio são os dispositivos que controlam o acesso as redes de serviços, sejam eles set top box , players de stream (embutidos ou não em televisores) ou consoles.

O desafio que o OTT traz a este mercado, é que novos tipos de set-top boxes estão conectando a televisão a Internet e isso rompe o ecossistema que cresceu em torno do aparelho de televisão e isso é um mercado com o qual as operadoras de Tv por assinatura e os broadcasters ainda não sabem como lidar.
Porém ainda existem barreiras técnicas e jurídicas a serem vencidas (Principalmente para os países da América Latina ).
As principais barreiras à adoção da OTT TV são:

OTT TV precisa de dispositivos que suportem os seus novos padrões para tornar-se presente massivamente em qualquer lugar (ubiqüidade);
Limitações de banda das atuais conexões, na maioria ADSL, impactam na qualidade requerida pelos conteúdos HD.
Com exceção de determinados nichos, os custos ainda favorecem distribuidores tradicionais, no entanto com a queda de preços dos serviços IP essa diferença tende a desaparecer;

Não podemos esquecer dos provedores de backbone ,eles são a “estrada” por onde os serviços de stream do OTT correm, e logo vão querer colocar restrições ao transporte deste tipo de tráfego; caso não sejam incluídos no modelo de negócio.

É preciso lembrar que usabilidade nestes novos serviços é a palavra chave para cativar os usuários inexperientes e encantar os já “antenados” com a tecnologia. ( Lembrem-se TV não é PC).

No fim, o futuro sera IP. E cada vez mais e mais nossos televisores serão centrais de entreterimento e informação comandados por um publico livre

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Leia na Fonte: TV Digital BR
[08/10/11] TV´s Conectadas Serão o Principal Mercado dos Serviços OTT

A funcionalidade de vídeo OTT deve torna-se um padrão em TVs Conectadas ,e dessa forma tornar-se cada vez mais acessível, uma vez que a base instalada de televisores conectados continua a crescer, independentemente se os consumidores estão procurando especificamente capacidades OTT ou não. Como os consumidores gradualmente conectam suas TVs à internet ao longo do tempo, TVs "plugadas" provavelmente vão se tornar,não apenas o dispositivo OTT mais popular, mas também o mais utilizado. Diz o relatório da IMS Research.
"Apesar dos televisores, terem um preço mais elevado em comparação aos players Blu-ray e consoles de jogos, ainda assim tendem a ser os dispositivos mais amigáveis e que são comprados em maior número,além de estarem universalmente presentes em um maior número de domicílios em todo o mundo", disse PaulErickson, sênior analista da IMS Research.
"À medida que aumenta a penetração da banda larga em todo o mundo e funcionalidades OTT se tornem comuns em todas as TVs, dentro dos próximos dois anos, veremos as TVs conectadas tornarem-se o dispositivo de vídeo mais significativo para os serviços OTT ao longo do tempo."
Apesar de certos dispositivos, tais como consoles de jogos, terem taxas mais altas de conexão com a internet nos dias de hoje, uma base de crescimento instalada, mais rápida e a consciência crescente da necessidade dos consumidores por serviços OTT, são esperados para impulsionar rapidamente as TVs conectadas à frente dos consoles de videogames no uso dos serviços OTT para os próximas anos.
De acordo com a IMS Research, a base instalada mundial de TVs já deve superar o de consoles de alta definição até o final deste ano.
fonte: Broadband TV News

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Leia na Fonte: TV Digital BR
[23/05/12]  Estudo aponta 12 Milhões de Residências com DTH até 2016

O crescimento econômico em vários países tem expandido a classe média e com isso aumentado a renda disponível, como consequência a penetração da mercado de Pay Tv tem aumento diretamente proporcional. No Brasil o crescimento do IPTV deverá ser forte devido as novas regulamentações que são favoráveis a esse ecossistema. De a corco com estudo realizado pela DATAXIS(2011) esta previsto que o Brasil alcançe a marca de 11,8 milhões de residências com DTH paga até 2016. Isso representa uma taxa de penetração de 18,8%.
Essa mesma pesquisa mostra que os números de assinantes de serviços Over The Top, (OTT) deve subir de 1,25 milhões para 13 milhões, um salto de mais de 900%. O que sugere que os modelos de negócios OTT irão representar uma grande oportunidade para os provedores de conteúdo e claro seus distribuidores.
Duas categorias de operadores devem se beneficiar com este novo método de distribuição :
Aqueles que possuem e criam conteudo, mas não tem infraestrutura de rede;
Aqueles que possuem rede, mas não tem conteudo proprietário. Em ambos os cenários o OTT representa uma verdadeira mudança na oferta de soluções para multiplas telas.
Como isso deve acontecer ?
OTT permite que aqueles que não tem uma rede própria possam monetarizar seu conteúdo e atingir os usuários finais. Já para os proprietários das redes, as tecnologias de OTT podem permitir parcerias com terceiros (exatamente os donos de conteúdo) para que esses forneçam conteúdo e aplicações para seus clientes, criando assim um diferencial de seus serviços perante a concorrência.

Origem: Panorama Audiovisual /Dataxis