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Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo



Leia na Fonte: WirelessBRASIL
[20/01/09]  "Anatel prepara licitação para ampliar cobertura da TV paga" + "Tudo" sobre MMDS
 
----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, January 20, 2009 10:09 AM
Subject: "Anatel prepara licitação para ampliar cobertura da TV paga" + "Tudo" sobre MMDS
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
 
01.
Abaixo estão transcritas estas duas matérias, que se complementam:
 
Fonte: Yahoo! Noticias - Origem: Estadão
[19/01/09]   Anatel prepara licitação para ampliar cobertura da TV paga
 
Fonte: Computerworld
[10/01/09]   Anatel estuda licitação de novas outorgas para TV por assinatura por Fabiana Monte

02.
O TELECO tem uma página especial com a relação de todas prestadoras de TV por assinatura:
Fonte: Teleco
Prestadoras de TV por assinatura

E também um "tutorial":
[07/05/07]   TV por Assinatura: Histórico e Evolução por Juarez Quadros do Nascimento
 
03.
As matérias citam a tecnologia MMDS (Multichannel, Multipoint Distribution System / Sistema de Distribuição Multiponto Multicanal) também conhecido como "micro ondas terrestre" ou "wireless cable".
Vai uma recordação ou ambientação?  :-)

Transcrevemos, lá no final, uma mensagem de 2006 contendo "tudo" sobre MMDS.  :-)
Com a ajuda de todos, poderemos atualizar os dados e fazer um "resumão" para ser repetido de vez em quando, como soe acontecer (uau!) com outros temas.  :-)
Vamos lá?
Obrigado!
 
Comentários?
Ao debate!  :-)
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson
 
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Fonte: Yahoo! Noticias - Origem: Estadão
[19/01/09]   Anatel prepara licitação para ampliar cobertura da TV paga
 
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) quer ampliar o mercado de TV por assinatura e prepara para este ano uma licitação de alcance nacional. A ideia é abrir a possibilidade de prestação do serviço em todos os municípios brasileiros e ampliar o número de assinantes, hoje restrito a 6,1 milhões de clientes. O planejamento de expansão do setor, primeiro passo para a licitação, deverá ser votado pelo conselho diretor da Anatel no dia 29.
 
A iniciativa pode representar o início de uma abertura para que as empresas de telefonia aumentem sua participação em um mercado dominado por grupos de televisão. Juntos, os grupos Globo/Net e Sky/Directv detêm 75% dos clientes. As teles sofrem restrições legais para participar desse mercado.
 
A prioridade, segundo uma alta fonte da Anatel ouvida pela Agência Estado, é o mercado de TV a cabo, mas também está sendo estudada licitação de licenças usando a tecnologia de micro-ondas terrestres (MMDS). Com a ampliação dos dois segmentos, a Anatel pretende estimular a oferta de serviços de banda larga, que podem ser vendidos em pacotes com internet, telefonia e TV.
 
A proposta enfrenta resistências dos grupos já consolidados. Há também divergências internas na Anatel sobre a data de início da operação. A tese que tem prevalecido é a de fazer a licitação neste ano e assinar os contratos para início da oferta dos serviços em 2010. "A ideia é abrir geral", afirma a mesma fonte, reforçando a intenção de lançar a licitação em todos os municípios brasileiros.
 
O edital de licitação não deverá estabelecer limites de licenças por município. Isso, explica um técnico da agência, permitirá a entrada de várias empresas no setor e estimulará a competição.
 
As concessionárias de telefonia, porém, continuam limitadas a uma participação de apenas 20% nas empresas de TV a cabo nas suas áreas de concessão. Outra limitação, em 49%, é a de participação de capital estrangeiro, o que atinge a maior parte das empresas de telefonia, que pertencem a grupos internacionais.
 
A extinção desses limites foi proposta no projeto de lei 29/2007, mas outras sugestões incluídas, como cotas para a produção nacional na programação da TV por assinatura, acabaram inviabilizando a aprovação do projeto. A proposta original, do deputado Paulo Bornhausen (DEM-SC), prevê a unificação de regras entre os setores de TV a cabo, MMDS e via satélite (DTH), liberando integralmente a entrada das teles. A proposta aguarda votação na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara.
 
Enquanto a lei não é modificada, as empresas de telefonia estão avançando em outros segmentos, como o de TV por satélite. Diferentemente do cabo, que precisa de licitação, para prestar serviço via satélite basta solicitar a licença à Anatel. No segmento de MMDS, as empresas de telefonia celular querem ter o direito de utilizar a frequência da TV por assinatura via micro-ondas terrestres (2,5 GHz) em serviços de telefonia móvel, como banda larga móvel.
 
As operadoras de TV por assinatura são contra, argumentando que precisam dessa frequência para competir no mercado de televisão paga e internet. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
 
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Fonte: Computerworld
[10/01/09]   Anatel estuda licitação de novas outorgas para TV por assinatura por Fabiana Monte
 
Previsão é que tema seja discutido na próxima reunião do conselho diretor da agência, que acontece em 29/01
 
Este ano a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) deverá realizar uma licitação para novas outorgas de prestação de serviços de TV por assinatura, por meio das tecnologias cabo e MMDS (Distribuição de Sinais Multiponto Multicanal).
 
A previsão é que o assunto seja avaliado na próxima reunião do conselho diretor do órgão regulador, que acontece no dia 29/01/09, em Brasília. O tema esteve na pauta do último encontro do conselho do ano passado, que aconteceu em 19/12/08, mas houve um pedido de vistas e ele acabou não sendo discutido.
 
De acordo com o texto original do "Planejamento do Serviço de TV a Cabo e Serviço de Distribuição de Sinais /Multiponto Multicanal", que permaneceu em consulta pública entre 11/01/2006 e 27/03/06, a agência pretende estabelecer os serviços em todos os municípios brasileiros, sem listas pré-definidas de localidades para as outorgas dos serviços, como acontecia anteriormente.
 
Serviço está presente em 8,4% dos municípios
 
Estatísticas da Anatel mostram que a penetração do serviço de TV por assinatura é baixa no Brasil, com cerca de metade da população (51,9%, ou 91 milhões de pessoas) com acesso a ofertas do tipo, em 8,4% dos municípios País que têm o serviço por meio das tecnologias MMDS, cabo, ou ambas.
 
As empresas de TV por assinatura somam 6,1 milhões de usuários, de acordo com estatísticas da agência de setembro do ano passado, e outros 2,4 milhões de clientes de banda larga, segundo a ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura).
 
A tecnologia de TV a cabo responde pela maior parte dos clientes, com 62,14%, seguida pelo DTH (Direct to Home), com 33,88%, e pelo MMDS, com 3,96%. Apenas a Net e a TVA oferecem serviço de banda larga por meio de suas redes de cabo.
 
A Net, que usa o cabo como tecnologia, é a líder do segmento, com market share de 48% no mercado de TV por assinatura e 18% de banda larga. Em segundo lugar, está a Sky/DirectTV, que utiliza o DTH como tecnologia, detém cerca de 31% do mercado.
 
Teles de olho no mercado
 
As operadoras de telecomunicações vêm demonstrando amplo interesse em entrar neste mercado, para oferecer os chamados pacotes triple play, que reúnem TV por assinatura, banda larga e telefonia. O grande diferencial dessas ofertas, de acordo com Julio Püschel, analista sênior do Yankee Group, é a possibilidade de reduzir o dos produtos por consumidor e, ao mesmo tempo, aumentar o ARPU (Receita Média por Usuário) de um único fornecedor.
 
"TV por assinatura ganhou grande importância quando a Net lançou seus combos triple play, porque a empresa conseguiu atrair clientes de banda larga, que têm um ARPU maior que a média", avalia.
 
Atualmente, Telefônica, Oi e Embratel oferecem serviços de TV por assinatura, utilizando as tecnologias MMDS e DTH, já que a Lei do Cabo impõe restrições à participação das teles na TV a cabo.
 
De acordo com a legislação, empresas de telefonia não podem ter participação superior a 20% no negócio de cabo em sua área de concessão. Além disso, companhias de capital estrangeiro devem respeitar o limite de 49% na participação acionária em negócios do setor.
 
A mudança neste cenário depende do andamento do Projeto de Lei 29 (PL 29), que tramita no Congresso Nacional ainda sem perspectiva real de aprovação.
 
"Mesmo com essa restrição, as teles têm encontrado alternativas diferentes para entrar neste segmento", comenta Püschel, referindo-se às ofertas DTH das operadoras de telecomunicações e a aquisições de TVs a cabo pelas teles, como aconteceu com a WayTV, adquirida pela Oi, e ao negócio envolvendo TVA e Telefônica.
 

 
MENSAGEM DE 11 DE MARÇO DE 2006 - Os links podem estar descontinuados!
 
 
MMDS (Multipoint Multichannel Distribution System) está no noticiário e precisamos fazer uma ambientação e nivelar conhecimentos. Apertem os cintos. :-))
 
No site da ANATEL encontramos esta notícia em formato pdf:
Anatel aprova regulamento que fortalece MMDS como plataforma de serviços convergentes.
O mesmo texto foi publicado no Computerworld com o título: Anatel aprova regulamento para MMDS e vai transcrito mais abaixo.
 
Nesta página a ANATEL define:
O Serviço de Distribuição de Sinais Multiponto Multicanais - MMDS é uma das modalidades de serviços especiais, regulamentados pelo decreto nº 2196, de 08 de abril de 1997, que se utiliza de faixa de microondas para transmitir sinais a serem recebidos em pontos determinados dentro da área de prestação do serviço.
 
A mídia costuma tratar MMDS como "TV por assinatura via microondas" e nos USA é chamada de "wireless cable".
 
Após a notícia, transcrevo as definições de MMDS encontradas no Google via "define:MMDS".
 
Do site TIInside anoto e transcrevo mais abaixo ainda esta notícia:
Para TVA, norma do MMDS ampliará oferta de serviços
 
Do mesmo site, transcrevo também duas notícias que informam do uso do WiMAX em freqüências de MMDS:
 
Finalmente (ufa!)   :-)  vamos inserir o MMDS no contexto da TV por assinatura (Cabo, MMDS e DTH).
No site da Associação Brasileira de Telecomunicações por Assinatura - ABTA registro e transcrevo lá em baixo um bom artigo: Tecnologias (de TV por Assinatura)
 
Alguém trabalhando com MMDS? Mais informações, principalmente técnicas?  Digitalização, mobilidade...?  Obrigado!
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
 
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Anatel aprova regulamento para MMDS  (link descontinuado)
Quinta-feira, 9 fevereiro de 2006 - 16:51 
COMPUTERWORLD 
O conselho diretor da Anatel aprovou na quarta-feira (08/02) o novo regulamento sobre condições de uso de radiofreqüências nas faixas de 2.170 a 2.182 MHz e de 2.500 a 2.690 MHz. O regulamento mantém estas faixas para uso, em caráter primário, do serviço MMDS (Serviço de Distribuição de Sinais Multiponto Multicanal) e permite o provimento de serviços multimídia e mobilidade restrita.
 
O regulamento aprovado também destaca a manutenção das faixas
-  de 2.500 a 2.690 MHz e 
-  de 2.170 a 2.182 MHz 
para o MMDS, em caráter primário; 
a destinação de 110 MHz, em caráter primário, nas faixas 
- de 2.500 a 2.530 MHz e 
- de 2.570 a 2.650 MHz para prestação do SCM (Serviço de Comunicação Multimídia); 
e o uso das faixas 
- de 2.500 a 2.530 MHz e 
- de 2.570 a 2.650 MHz para novas outorgas de MMDS utilizando a técnica digital.
 
O novo regulamento prevê ainda a prorrogação das atuais autorizações de uso das radiofreqüências, uma única vez, e somente podendo ocorrer indeferimento em três casos: se for constatado que as radiofreqüências não estão sendo utilizadas de forma racional e adequada; se a autorizada cometer infrações reiteradas em suas atividades ou então, se for considerada necessária a modificação de destinação do uso de radiofreqüências.
 
A regulamentação vem no momento em que as prestadoras devem começar a informar à Anatel o interesse na renovação das atuais outorgas de MMDS, para que possam efetivamente renová-las. De acordo com a LGT, esse interesse deve ser manifestado à Agência três anos antes do vencimento da outorga. Neste ano, dez prestadoras têm até 16 de fevereiro para informar o seu interesse, já que as outorgas vencerão em 2009.
 
Segundo a agência, o novo regulamento abre caminho para explorar de forma eficiente e moderna o uso da faixa de 2,5 GHz. Permite, no atual cenário de convergência tecnológica e de serviços, o surgimento de competidores no mercado de acesso em banda larga com fio (por exemplo: linha telefônica usando DSL) ou sem fio. Abre, também, caminho para a rápida inclusão digital de parcela significativa de brasileiros residentes em municípios onde não há alternativas para o provimento desses serviços de forma economicamente viável.
 
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Definições de mmds na web em inglês:

  • Multichannel, Multipoint Distribution System. A wireless cable system capable of being encoded for pay-per-view and subscriber services.
    www.cdtv.ca/en/glossary.htm
  • Multichannel Multipoint Distribution System. Terrestrial microwave system used to distribute high-bandwidth services to end-users at homes and offices. Advantage of MMDS over satellite-based services is in its ability to include local content programming.
    www.satelliteretailers.com/glossary.html
  • A method of delivering television signals digitally by microwave transmission to subscriber households. Can offer up to 120 channels within a 40 mile radius of the transmitting antenna.
    www.horizonmedia.com/glossary/m.htm
  • Multichannel Multipoint Distribution System (see also).
    bwcecom.belden.com/college/Cable101/wire%20glossary.HTM
  • Multi-channel Microwave Distribution System: an analogue broadcasting medium which allows distribution of a number of analogue television channels (typically ten). Used to provide 'cable television' in areas where cable-laying is not viable.
    www.forfas.ie/ncc/reports/ncctelecom/glossary.htm
  • Multichannel Multipoint Distribution Service (network) A broadband wireless technology, a form of cellular radio that operate at frequencies of 2 GHz. MMDS can be an alternative to the local loop and permits a high bandwith traffics up to 10 Mbis/s. One of the technologies used to bypass the bottleneck of "the last mile" (local loop). Others technologies to solve this problem are DSL and cable modem.
    www2.themanualpage.org/glossary/glo_m.php3
  • Multi-channel Multi-point Distribution Service, a fixed wireless service for data, voice and video which operates in the 2.5 GHz band in North America and in the 3.5 GHz bandwidth internationally.
    www.polyphonic-ringtones-ring-tones.net/mobile-phone-glossary-j-m.html
  • Multichannel Multipoint Distribution Service, wireless method of remotely sending conventional cable TV service to rural areas or over long distances using microwave radio frequencies.
    www2.aj-services.com/some_terms_that_will_be_used_and.htm
  • Multichannel multipoint distribution service, also known as MMDS or wireless cable, is a wireless telecommunications technology, used for general-purpose broadband networking or, more commonly, as an alternative method of cable television programming reception. MMDS is used in the United States and other countries, including Canada, Mexico, Ireland and Australia, usually in sparsely populated rural areas, where laying cables is not economically viable. 
    en.wikipedia.org/wiki/MMDS
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Para TVA, norma do MMDS ampliará oferta de serviços
Sexta-feira, 10 de Fevereiro de 2006, 17h29
 
A nova regulamentação da Anatel sobre a utilização do espectro de 2,5 GHz, divulgada nesta quarta-feira, 8, reconhece o enorme potencial do MMDS como plataforma de serviços convergentes. Está é a opinião Leila Loria, diretora superintendente da TVA, operadora de TV por assinatura que utiliza o MMDS.
 
A executiva diz que a norma divulgada pela Anatel está alinhada com a realidade brasileira em termos de serviços convergentes. “O país tem uma grande demanda por tecnologias sem fio, que permitem atender a sociedade a custos mais acessíveis”, explica Leila. “A nova regulamentação abre caminho para a implementação desses serviços em larga escala, tornando-se uma importante ferramenta nas ações de inclusão digital”, completa.
 
Um ponto de destaque do novo regulamento, segundo ela, é a garantia de renovação das autorizações de uso das atuais operadoras, reconhecendo o trabalho desenvolvido por essas empresas. “Ficamos muito satisfeitos com a decisão da Anatel, pois a TVA sempre apostou no MMDS como plataforma multisserviço para distribuição de conteúdo”, destaca Leila. “A garantia da renovação das outorgas dá mais segurança para os investimentos das empresas no desenvolvimento de novas tecnologias utilizando o MMDS, como a TVA já vem realizando sistematicamente, o que assegura uma posição de vanguarda tecnológica para o país”, reforça.
 
No ano passado a TVA, que possui autorização de uso do MMDS nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre, investiu na digitalização de sua rede MMDS na capital paulista, ampliando sua área de atuação e os serviços. Também em 2005 a operadora assinou parcerias com Samsung e Intel, além de participar do WiMAX Forum, entidade mundial que trabalha no desenvolvimento do padrão mundial para a nova tecnologia de banda larga sem fio.
 
Em 2006 a TVA fará os primeiros testes na cidade de São Paulo da tecnologia WiMAX versão móvel desenvolvida pela Samsung, além de trabalhar para digitalizar sua rede MMDS no Rio de Janeiro. “A TVA foi pioneira no Brasil na utilização do MMDS em TV por assinatura e continua sendo na exploração das novas possibilidades, confirmadas pela regulamentação da Anatel”, conclui Leila. Da Redação
 
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MMDS preserva banda e ganha mobilidade
Quinta-feira, 09 de Fevereiro de 2006, 16h22
 
O Conselho Diretor da Anatel aprovou nesta quarta, 8/2, o novo regulamento sobre de uso das faixas de 2.170 MHz a 2.182 MHz e de 2.500 MHz a 2.690 MHz.
 
São as faixas do serviço de MMDS. Pelo que foi decidido, estas faixas continuarão a ser ofertadas primariamente para o MMDS.
 
A novidade é que os atuais operadores tiveram preservados os seus 186 MHz de banda atual, e têm a garantia de que a situação assim permanecerá, mesmo na renovação de suas outorgas (que acontecerá uma única vez), caso o espectro esteja sendo utilizado racionalmente. Outra novidade é que os autorizados de MMDS poderão, em 110 MHz de sua faixa, prestar serviços de Serviço de Comunicação Multimídia, inclusive com mobilidade restrita.
 
A Anatel ainda não estabeleceu os limites a esta mobilidade, e pretende fazer isso apenas futuramente. Segundo Leila Loria, presidente da TVA, a agência atendeu exatamente ao que os operadores do MMDS esperavam como forma de modernizar e viabilizar o uso da faixa para serviços convergentes.
Vale lembrar que as empresas de MMDS apostam que, com o WiMax, suas redes serão plataformas de banda larga para uma variedade de serviços que vai muito além da simples transmissão de sinais de vídeo.
 
A principal mudança no uso da faixa fica para quem tem outorga de MMDS mas ainda não usa de forma eficiente o espectro, ou para os novos operadores. No primeiro caso (uso ineficiente, o que significa dizer, operações que não existem comercialmente) a Anatel não garante a renovação. No segundo caso (novas outorgas), a outorga será dada apenas a 110 MHz de banda.
Ficaram reservados 40 MHz da faixa para o UMTS, contra 90 MHz previstos originalmente.
 
Operadores de SCM que no futuro queiram a faixa de MMDS para operar também trabalharão em 110 MHz apenas, desde que disponíveis na cidade.
 
O regulamento deve sair publicado na próxima semana, e vem no momento em que a agência começa a oficiar os operadores a se manifestarem sobre o interesse na renovação de suas freqüências. Este ano, dez prestadoras terão que dizer se querem ou não renovar, já que suas licenças vencem em 2009. Além destas, outras 16 vencem em 2013, 16 em 2014, 34 em 2015, uma em 2016 e uma em 2017. Da Redação 
 
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MMDS quer demonstrar sua utilidade na inclusão digital
Segunda-feira, 09 de Janeiro de 2006, 17h30

Nas vésperas do dia de Natal, no final do ano passado, o Ministério das Comunicações assinou com as empresas ITSA (controladora das operadoras Mais TV de televisão por assinatura por MMDS) e o grupo Abril um contrato para a realização de um experimento de inclusão digital por dois anos em Belo Horizonte e Brasília.
 
O resultado do convênio será o oferecimento de Internet em banda larga, VoIP e Televisão por Assinatura em 25 escolas públicas e telecentros. 
O sistema com alta capacidade de transmissão (75 Mbp/s) utilizará a tecnologia WiMAX nas frequências do MMDS licenciadas para a ITSA. De acordo com o padrão 802.16d determinado pelo IEE para o WiMAX, a tecnologia pode ser utilizada entre as faixas de freqüência de 2 GHz a 11 GHz (o MMDS opera em 2,5 GHz).
 
Além da tecnologia wireless de alta capacidade, a proposta incorpora o conteúdo pedagógico fornecido pelo grupo Abril: Revista Escola, Superinteressante, Almanaque Abril e Veja nas Escolas, além de canais educativos como a própria TV Escola do Ministério da Educação, Canal Futura e os canais legislativos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
 
Vitrine
De acordo com Dilton Caldas, diretor geral de operações da ITSA, o projeto é uma vitrine para demonstrar ao governo a utilidade da plataforma do MMDS para a realização dos projetos de inclusão digital. "Espera-se que o governo convide as operadoras do MMDS para participar das licitações que deverão promover a inclusão digital", explicou Caldas.
 
Além da ITSA, também realizarão convênios semelhantes nas localidades onde operam, a TV Show, ACOM e TVA (totalizando cerca de 250 localidades). "A idéia é ter em dois anos pelo menos 150 escolas atendidas por cada uma destas empresas para dar volume à experiência", esclarece Dilton Caldas.
 
O projeto completo deverá custar às empresas cerca de R$ 6 milhões. Os outros parceiros que participam do projeto são a Intel (integradora), Cisco e Aperto como fornecedoras de redes e equipamentos. Carlos Eduardo Zanatta

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ABTA
Tecnologia - Cabo, MMDS e DTH
 
No Brasil, são empregadas três tecnologias de distribuição de sinais de televisão por assinatura, com características bastante diferenciadas: o cabo, o MMDS (Multipoint Multichannel Distribution System) e o DTH (Direct to Home - bandas C e Ku). Existe ainda uma quarta modalidade, em UHF codificado, com apenas um canal de programação, mas sem nenhuma expressão econômica.  
 
O cabo é o sistema de distribuição mais utilizado no Brasil. Seu custo de instalação por domicílio atingido é mais alto que o de outros sistemas, mas uma rede de cabo pode ser utilizada posteriormente para a prestação de diversos outros serviços, como comunicação de dados, acesso à Internet, telefonia, etc. No início, as redes de distribuição de sinais de TV paga foram projetadas para atender, principalmente, o público residencial, mas a rede física passa por mercados residenciais e por mercados corporativos, abrindo a possibilidade de estender os serviços ao mercado corporativo, especialmente voz, comunicação de dados e acesso á Internet em alta velocidade.

A maioria das redes de cabo segue a arquitetura HFC (Hybrid Fiber/Coaxial), que combina cabos ópticos e cabos coaxiais. Os cabos ópticos, mais caros e de maior capacidade, transportam o sinal do headend até os hubs secundários. Nos hubs os sinais ópticos são convertidos em sinais elétricos e levados pelos cabos coaxiais até os assinantes, em rede aérea ou subterrânea, tornando sua implantação bastante lenta, especialmente nos grandes centros urbanos.
 
No headend ficam localizadas as antenas que recebem os sinais das programadoras, provenientes de satélites, ou do ar, no caso das TVs abertas. Ali os sinais são processados, multiplexados e, em seguida, distribuídos por meio do cabo.
 
Por trafegarem dentro de um cabo blindado contra interferências externas, os sinais podem ocupar um espectro bastante amplo de radiofreqüências. As redes de cabo podem ter largura de banda de 450 MHz até 870 MHz, dependendo do cabo utilizado. Para se ter idéia do que isto representa em capacidade, registre-se que um canal de TV analógico utiliza 6 MHz de largura de banda. Quando se digitaliza o sinal, pode-se trafegar número muito maior de canais na mesma faixa, dependendo da qualidade da rede e da técnica de compressão utilizada, que permite multiplicar por até 10 sua capacidade.
 
Para receber os sinais em casa, o assinante precisa ter um televisor pronto para receber sinais do cabo (cable-ready) ou utilizar um conversor (converter), que recebe os sinais e os converte para uma freqüência compatível com o aparelho de televisão. Se os canais forem codificados, será necessário usar um decodificador (decoder), em vez do conversor.
 
As redes de cabo mais modernas são também bidirecionais. Ou seja, podem transportar informações da casa do assinante ao headend. Isso permite seu uso para sistemas interativos, como acesso à Internet e TV interativa, entre outros. Esses serviços também podem estar disponíveis nas redes unidirecionais, mas nesse caso o retorno do sinal é feito por um modem convencional, pela linha telefônica.
 
O serviço de TV a Cabo cobre principalmente as áreas urbanas e permite a transmissão de programação com conteúdo local, pois o headend está situado no local da prestação do serviço.  
 
O MMDS (Multipoint Multichannel Distribution System) é também chamado nos EUA de wireless cable. No MMDS, os sinais são distribuídos aos assinantes por meio de microondas terrestres, de forma semelhante aos canais da TV aberta.
 
O sistema foi regulamentado no Brasil como uma das modalidades do Serviço Especial de Telecomunicações, pelo Decreto n.º 2.196, de 1997. Os sinais do MMDS cobrem uma área com raio de até 50 quilômetros, levando a programação tanto às áreas urbanas quanto às periféricas. Permite também a transmissão de programação local, pois o headend está situado o local da prestação do serviço. Sua capacidade é de até 31 canais analógicos ou de cerca de 180 canais digitais, mas novas tecnologias demonstram a viabilidade de ampliar-se ainda mais o número de canais digitais transmitidos. Uma de suas principais vantagens é a portabilidade proporcionada pelo sinal de microondas, que permite a recepção do sinal em qualquer ponto da área de cobertura, em geral toda a cidade.
 
Desta forma, um assinante que mude de endereço não terá dificuldade em transferir o serviço para o novo endereço.
 
O headend de MMDS funciona de forma semelhante a uma emissora de televisão. Ele recebe, codifica e transmite os sinais das programadoras aos receptores por meio de microondas terrestres. Para compensar a perda de intensidade do sinal com a distância percorrida e com obstáculos, como prédios ou acidentes geográficos, são instalados amplificadores e beam benders, equipamentos que refletem o sinal e tornam possível a visada das antenas.
 
A capacidade de canais do MMDS é menor que a do cabo porque o sistema dispõe de uma faixa mais estreita do espectro de radiofreqüências. Essa capacidade pode ser aumentada, entretanto, com a digitalização dos sinais. Por outro lado, a instalação de um novo sistema de MMDS em uma cidade tem custo menor que o sistema de cabo porque não há o custo da cabeação e as antenas e receptores são colocados nas residências apenas na medida em que surgem novos assinantes.   
 
O DTH (Direct to Home) é um sistema de TV paga no qual o assinante instala em casa uma antena parabólica e um receptor/decodificador, chamado IRD (Integrated Receiver/Decoder), e recebe os canais diretamente de um satélite geoestacionário. Entre suas vantagens está a cobertura nacional ou mesmo continental, com mais de 180 canais digitais, e a rápida implantação.
 
Contrariamente às tecnologias de cabo e MMDS, o DTH não viabiliza a inserção de programas de conteúdo local, pois a programação é a mesma para todos os assinantes, em toda a área de cobertura.
 
O headend de um sistema de DTH é chamado de uplink center porque é de lá que os sinais recebidos pela operadora sobem para o satélite (uplink). O custo inicial do sistema é elevado, pois envolve o aluguel de espaço em satélites e montagem de uma rede nacional de distribuição e de venda. Em compensação, o serviço cobre praticamente todo o território nacional, variando um pouco de acordo com a pegada (footprint) de cada satélite.
 
Todos os serviços de DTH no Brasil - DirecTV, Sky e Tecsat na banda KU, e Digisat na banda C - , usam sinais digitais, o que permite, além de excelente qualidade de som e de imagem, melhor aproveitamento do caro espaço que ocupam nos satélites.
 
Os primeiros serviços de DTH no Brasil usavam a banda C, a mesma faixa de freqüências usada pelas emissoras de TV aberta para levarem seu sinal às afiliadas em todo o País, com o mesmo tipo de antena parabólica. Hoje se calcula que haja mais de 5 cinco milhões de parabólicas instaladas no País para captar estes sinais.
 
A maioria dos assinantes usa o sistema de banda KU, com antena parabólica bem menor, que pode ser instalada com facilidade mesmo dentro das residências. Serviços de acesso à Internet via satélite já existem nos EUA, mas sempre com o canal de retorno por telefone. Serviços de acesso bidirecional via satélite ainda estão em teste.