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Fonte: Teletime
[23/09/09]  Canção Nova e Claro lançam simcard para católicos - por Fernando Paiva

A comunidade católica brasileira agora tem um serviço de telefonia celular criado especialmente para ela. Trata-se do "CN Chama", serviço criado a partir de uma parceria entre a TV Canção Nova, a Fundação João Paulo II e a integradora Belmobile, juntamente com a Claro. É quase como se fosse uma operadora virtual (MVNO, na sigla em inglês), com a diferença que a CN Chama não compra airtime das operadoras tradicionais. Na verdade, o serviço consiste na venda de um simcard customizado para a comunidade católica, com uma série de serviços de valor adicionado (SVAs) desenhados para esse público. A rede e os números utilizados são da Claro, responsável também pela cobrança. Como não há venda de airtime, o projeto não é caracterizado pela regulamentação como uma MVNO propriamente dita, e funciona para a operadora como uma ação de marketing de nicho.

O chip CN Chama custa R$ 25 e está sendo vendido pela internet, por um call center dedicado ao produto ou em lojas da Canção Nova. Além da compra avulsa de serviços adicionais, será possível fazer uma assinatura semanal por R$ 4,99, no qual estão inclusas mensagens diárias com salmos e notícias da comunidade católica, além do direito de realizar um determinado número downloads por semana, entre ringtones, imagens e vídeos, todos produzidos com conteúdo religioso. Por enquanto estão sendo vendidos apenas versões pré-pagas do chip, mas quem quiser poderá migrar para o modelo pós-pago.

Estima-se que haja 124 milhões de católicos no Brasil, sendo 3,8 milhões da corrente carismática. A maior parte da publicidade será feita através dos veículos de comunicação da Canção Nova. Para a Claro, a vantagem é não gastar com a aquisição desses novos clientes. A operadora "real" fica com a receita de voz e dados, enquanto a CN Chama lucra com a venda dos chips e dos SVAs.

É a primeira vez que um modelo desse é testado no Brasil, mas a expectativa é que, dando certo, esse tipo de inciativa se intensifique no próximo ano, com o uso de outras marcas capazes de congregar comunidades. Conforme adiantado por este noticiário duas semanas atrás, a Belmobile vem negociando com outras marcas para lançamentos semelhantes, já tendo alguns contratos fechados para entrar em operação no começo de 2010.
Fernando Paiva