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Esta página contém uma coleção de links de textos do jornalista Renato Cruz


Renato Cruz é jornalista, escreve no seu Portal Inova.jor e manteve uma coluna sobre tecnologia no jornal O Estado de S. Paulo.
É graduado em Jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) desde 1995; na mesma instituição obteve os diplomas de Mestrado (2000) e de Doutorado (2006) em Ciências da Comunicação.
Publicou os livros O desafio da inovação e TV digital no Brasil (Editora Senac São Paulo) e O que as empresas podem fazer pela inclusão digital (Ethos/CDI). É professor do Centro Universitário Senac. Contato: renato@renatocruz.com 
 
Ler mais "resumo biográfico" no final desta
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Seleção de textos (com foco em telecom) do Portal Inova.jor:

03/08/2016
Oi aposta em aplicativos após pedido de recuperação judicial

03/08/2016
O que é importante para quem planeja criar uma fintech

02/08/2016
Reconhecimento de íris pode tornar o celular mais seguro

01/08/2016
Boticário vai simular órgãos humanos num chip

29/07/2016
Você está preparado para os carros autônomos?

22/07/2016
O que os dados dos clientes da TIM dizem sobre o Rio

19/07/2016
Quais são os planos da TIM para startups

30/06/2016
Como a mobilidade afeta o comportamento do consumidor

28/06/2016
Hughes lança banda larga via satélite para residências

21/06/2016
TV paga aposta no vídeo sob demanda

15/06/2016
Algar Telecom aposta em startups e inovação aberta

31/05/2016
Conheça Marea, o cabo submarino da Microsoft e do Facebook

29/05/2016
Por que precisamos de um plano de banda larga

17/05/2016
Lenovo: ‘Brasileiro se preocupa mais com a câmera do celular’

18/04/2016
Como os limites à banda larga vão atrapalhar sua vida

15/04/2016
TIM: ‘O brasileiro ama o celular, mas odeia a operadora’

07/04/2016
O futuro da TV paga é um aplicativo?

28/03/2016
Por que é difícil desligar a TV analógica

21/03/2016
Tem certeza de que seu celular é seguro?

07/03/2016
Saúde móvel pode se tornar a principal aplicação dos vestíveis

04/03/2016
Como o vídeo por streaming afeta a TV paga

02/03/2016
Você está pronto para o apagão da TV analógica?

01/03/2016
MWC2016: Quatro tendências que mostram para onde vão as comunicações

25/02/2016
WMC2016: Por que precisamos falar sobre o 5G

22/02/2016
MWC2016: Se quiser, pode pagar com o celular

21/02/2016
MWC2016: O vídeo imersivo será a próxima tecnologia de sucesso?

17/02/2016
‘Brasil precisa criar centros tecnológicos’, diz presidente da Vivo

18/01/2016
Aplicativos incentivam crescimento do celular pós-pago

16/11/2015
Pesquisa do IBGE mostra crescimento do celular no acesso à internet

08/10/2015
Para que serve um computador de pulso

02/10/2015
Estamos perdendo a capacidade de conversar por causa do smartphone?

13/08/2015
Com Galaxy Note 5 e Galaxy S6 Edge+, Samsung tem desafio de voltar a crescer
 


Seleção de textos de Renato Cruz em seu Blog no Estadão:

25/10/2015
Muitos dados

18/10/2015
Realidade misturada

11/10/2015
Censura e vigilância

04/10/2015
Manufatura aditiva

27/09/2015
Saúde monitorada

20/09/15
Ruptura contestada

13/09/2015
Entre máquinas

06/09/15
Celulares melhores

04/09/15
Ainda há vagas em tecnologia

30/08/15
Quase humanos

23/08/15
O que cria emprego

16/08/15
Somos todos taxistas

09/08/15
O Brasil no mundo

09/08/15
Indústria aposta em internet das coisas

02/08/15
Cuidado com o sócio

26/07/15
Antivírus para carro

19/07/15
Competição desigual

12/07/15
Duelo de robôs

05/07/15
Uber proibidão

28/06/15
Animais de estimação

21/06/15
A velha web

14/06/15
Luz inteligente

07/06/15
Você é o produto

31/05/15
Mais velocidade

24/05/15
Sem motorista

17/05/15
O tamanho da inovação

10/05/15
Os limites da neutralidade

03/05/15
A nova indústria

26/04/15
Menos risco na inovação

19/04/15
A previsão de Moore

17/04/15
Varejo virtual demanda armazéns

12/04/15
Quem dita tendências

05/04/15
Microsoft, 40 anos

29/03/15
O futuro da TV

22/03/15
Militância automática

15/03/15
Para manipular emoções

08/03/15
Interface imersiva

04/03/15
Alexandre Hohagen deixa o Facebook

01/03/15
Que computador vestir

22/02/15
Insegurança móvel

15/02/15
Memória digital

08/02/15
Mais promessas

02/02/15
Inteligência artificial chega às empresas

01/02/15
Inovação na crise

25/01/15
O fim do virtual

18/01/15
Do telégrafo às redes sociais

18/01/15
A TV na internet

11/01/15
A regulamentação da mídia

04/01/15
Tecnologia em risco

2014

28/12/14
O que esperar de 2015

21/12/14
Censura sem fronteiras

14/12/14
A força móvel

07/12/14
Indústria em queda
 

30/11/14
Para aparecer na rede

23/11/14
Oportunidade em biotecnologia

23/11/14
TV sob demanda

16/11/14
Internet aberta

09/11/14
Pesquisa na indústria

02/11/14
A ética da transparência

27/10/14
Por que os eletrônicos são tão caros

26/10/14
Política de telecomunicações
Quando o Sistema Telebrás foi privatizado, em 1998, o modelo desenhado para o mercado previa que, após uma onda de fusões e aquisições, sobrariam quatro grandes grupos privados que atuariam em todo o País, com telefonia fixa e móvel, internet e televisão por assinatura, e que competiriam entre si. A ideia original era que os grupos se consolidariam em torno das quatro empresas que surgiram da Telebrás: a Oi, a Brasil Telecom, a Telesp (hoje Vivo) e a Embratel.

Dez anos depois, quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que permitiu a compra da Brasil Telecom pela Oi, esse modelo foi modificado, mas somente na telefonia fixa. Hoje, existe um descasamento entre o mercado fixo (com três grandes operadoras) e o móvel (com quatro grandes).

“Na Europa, o modelo que surgiu, na maioria dos países, foi de três grandes operadoras”, afirmou Carlos López Blanco, diretor global de Assuntos Públicos e Regulatórios da Telefónica, que esteve no Brasil há duas semanas durante o evento Futurecom. A empresa espanhola é dona da Vivo. De um lado, existem dois grupos bem definidos, que são os espanhóis na Vivo e os mexicanos no controle da Claro, Embratel e Net. De outro, estão Oi e TIM, candidatas à consolidação.

A convergência do mercado móvel para três grandes atores já aconteceu na prática. Quando recentemente a Oi deixou de apresentar proposta para as novas licenças de telefonia celular de quarta geração (4G), o que se desenhou foi a divisão desse mercado em três grupos nacionais, no lugar de quatro. Compareceram ao leilão a Vivo, a Claro e a Embratel.

As telecomunicações necessitam urgentemente de um novo modelo, já que o vigente foi definido em meados da década de 1990. Para se ter uma ideia de como o modelo atual está defasado, sua base é a universalização do serviço fixo de telefonia, usando a rede de cobre. A explosão do celular e a chegada das redes ópticas já deixaram para trás essa concepção.

De lá para cá, o telefone móvel acabou sendo responsável pela universalização do serviço, presente em 92,5% das residências brasileiras, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em popularidade, o celular perde somente para a televisão, que está em 97,2% das casas do País.

O grande desafio do próximo governo é fazer avançar o acesso à internet, hoje em 42,4% das residências. O Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), lançado em 2010, não teve os resultados esperados. Nenhum dos candidatos tem um plano bem definido para as telecomunicações, insumo básico de todos os setores econômicos e ferramenta de educação e de inclusão social.

Também é preciso atualizar o desenho das empresas que atuam nesse mercado, o que passa pela situação da Oi.
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19/10/14
Engenharia da vida
"A biologia vive uma revolução comparável à que a tecnologia da informação passou nas últimas décadas. O que vem desencadeando isso é o encontro da linguagem binária dos computadores com as quatro bases que formam o material genético. Robôs nanométricos que combatem câncer, impressão de órgãos humanos e programação de bactérias e de vírus são alguns dos projetos que existem em laboratório, e podem causar grande impacto quando forem aplicados em escala comercial.
É claro que é preciso ter muito mais cuidado com os impactos de novas tecnologias em um setor como a biologia, quando comparada com a informática. A saúde das pessoas não suporta a ideia de beta permanente, de produtos e serviços que nunca estão em sua forma final, tão comum no mundo da internet.
Cada vez mais, no entanto, as empresas iniciantes capazes de mudar o mundo vão vir daí. Ferramentas e conceitos da tecnologia de informação são adaptados para o desenvolvimento de tecnologias biológicas.
Um exemplo disso é o Project Cyborg, da Autodesk, empresa conhecida principalmente pelo software de projetos Autocad. Desenvolvido pelo braço de pesquisas da empresa, o Project Cyborg serve para desenvolver projetos em nanoescala, o que inclui modelagem e simulação molecular. Enquanto o Autocad é voltado para arquitetos e engenheiros, os usuários do Project Cyborg são biólogos moleculares.
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12/10/12
O gargalo das patentes
"Empresas brasileiras têm ampliado seu esforço de inovação nos últimos anos. Criar produtos, serviços e processos novos é essencial para que o País consiga competir pelo mercado internacional. Mas existem gargalos importantes, que se tornam ainda mais críticos diante desse esforço de inovação.
Um dos principais é o sistema de registro de patentes. A espera por aqui está em 10,8 anos em média, podendo, em alguns casos, ultrapassar 14 anos. Nos Estados Unidos, o prazo médio é de 2,6 anos; na Europa, de 3 anos; na Coreia do Sul, de 1,8 ano; e, na China, de 1,9 ano."
(...)

09/10/14
Por que o comando da Oi mudou

A situação da Oi reflete o insucesso da política pública de criação de “campeões nacionais”, adotada nos últimos anos. A dívida de R$ 46,2 bilhões que a empresa tenta equacionar teve origem, em boa parte, na compra da Brasil Telecom, em 2008. A operação era proibida pela regulamentação da época, e o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto presidencial para permiti-la.
Na época, o governo chegou a anunciar que criaria uma “supertele nacional” para fazer frente a gigantes estrangeiros que atuam por aqui, como a espanhola Telefónica (dona da Vivo) e a mexicana América Móvel (dona de Claro, Embratel e Net). Falava-se até em lançar operações em outros países.
A fusão fez parte da política de criação de “campeões nacionais”, em que algumas empresas foram escolhidas para receber apoio na forma de dinheiro público e, no caso da Oi, até com mudanças na regulamentação (...)

05/10/14
Mais mobilidade
"Vivemos uma transição na maneira como usamos a tecnologia da informação, e isso tem impactos profundos na vida de pessoas e empresas. A perda da posição central que os computadores pessoais ocupavam, cedendo espaço para smartphones e tablets, mudou a maneira como consumimos software. Os aplicativos móveis têm se tornado, cada vez mais, o modelo preferido de acesso a serviços digitais.
Segundo a consultoria Gartner, em 2017, o mercado mundial de aplicativos móveis deve movimentar US$ 77 bilhões, com 268 bilhões de aplicativos baixados no ano. Em 2013, foram 102 bilhões de downloads, com um faturamento de US$ 26 bilhões. Esse crescimento coloca pressão nos departamentos de tecnologia das empresas. Além da demanda dos consumidores, os funcionários querem ter uma experiência parecida com a que têm em casa quando acessam os sistemas corporativos.
Essa tendência recebeu o nome de “consumerização” da tecnologia da informação. As companhias têm permitido (e até incentivado) que os profissionais tragam de casa seus próprios equipamentos, num modelo conhecido pela sigla “byod” (do inglês “bring your own device”).
“Estudos mostram uma diferença de três gerações de aparelho entre o que o funcionário traz de casa e o que a empresa oferece”, afirma Bruno Rossini, diretor da CA Technologies. A empresa divulgou recentemente uma pesquisa sobre a “economia dos aplicativos”, que ouviu executivos de 1.450 empresas em 13 países, incluindo o Brasil."
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28/09/14
Para onde queremos ir
"A entrega dos envelopes para o novo leilão da telefonia celular de quarta geração (4G), na semana passada, trouxe uma surpresa. A Oi – concessionária de telefonia fixa em todos Estados brasileiros menos São Paulo – não apresentou proposta. Houve muita especulação, como a de que a empresa pode se fundir com a TIM e que por isso não precisaria comprar uma licença, mas um ponto importante nessa história toda é o simbolismo do gesto.

A Oi é o campeão nacional do setor de telecomunicações, cuja criação foi apoiada fortemente pelo governo. Quando a empresa se fundiu à Brasil Telecom, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a editar um decreto presidencial para permitir a operação, que era proibida pelas regras da época. Além disso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está entre os principais acionistas da Oi.

O emblemático na recusa da Oi em ir ao novo leilão da 4G é essa falta de sintonia entre a empresa que foi criada pela política de “campeões nacionais” e a iniciativa do próprio governo de vender agora novas licenças de telefonia celular. Após o leilão, a 4G passará a ocupar o espectro que atualmente é utilizado pela TV analógica.

Existem problemas de ambos os lados. O leilão recebeu críticas da maioria das operadoras por ter sido feito neste momento, com a preocupação do governo de usar o pagamento das licenças para fechar as contas neste ano. A Oi enfrentou um problema com o acionista Portugal Telecom, que acabou reduzindo a participação na empresa e prejudicando a sua reestruturação.

A ausência da Oi no leilão é um exemplo da falta que faz ao País um projeto para as telecomunicações. As eleições presidenciais poderiam ser um bom momento para se mudar esse quadro, mas, ao que tudo indica, os principais candidatos não enxergam todo o potencial das tecnologias da informação e da comunicação como alavancas do desenvolvimento econômico e do combate à desigualdade social.

A última política abrangente de telecomunicações que o País teve foi implantada em meados da década de 1990, para a privatização do Sistema Telebrás. Ela abriu o mercado e criou regras para a universalização da telefonia fixa, um serviço que perdeu muito da sua importância diante do crescimento do celular e da internet.

O que temos hoje é uma política de telecomunicações obsoleta, adaptada de uma visão de quase duas décadas. Houve algumas atualizações, como a troca da obrigação de se criar postos de serviço de telecomunicações pela instalação de banda larga nas escolas. No entanto, apesar de várias medidas tomadas no setor, como o próprio leilão da 4G, ainda não temos definido em nenhum lugar, de forma clara, para onde queremos ir."
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14/09/14
Hora de mudança
(...) Semana passada, a Apple fez o primeiro lançamento de produto em uma categoria nova desde o iPad. O Apple Watch recebeu avaliações elogiosas de especialistas em eletrônicos de consumo e de especialistas em relógios de pulso. Foi também o primeiro produto de nova categoria a ser lançado por Tim Cook, que substituiu Steve Jobs. Assim como no caso do iPod, o Apple Watch chega num mercado com vários concorrentes. O Galaxy Gear, da Samsung, está em sua segunda geração, assim como o Pebble, relógio inteligente que foi sucesso em arrecadação de fundos no site Kickstarter. Empresas como a Motorola, a Asus e a LG lançaram recentemente seus relógios inteligentes.
A grande diferença em relação ao iPod é que o Apple Watch não traz nenhuma grande ruptura na comparação com os concorrentes. A Apple conseguiu algumas soluções elegantes, como mostrar os aplicativos diretamente na primeira tela. Mas o design é conservador, incorporando até uma “coroa” igual à dos relógios mecânicos." (...)

07/09/14
A força do algoritmo
"Quem decide o que você vê na internet? Um buscador como o Google tem um algoritmo complexo para definir o que mostra em seus resultados. Tudo começou de forma relativamente simples: o chamado PageRank analisava a quantidade de links que apontavam para determinada página, para dizer se ela era importante ou não. A importância das páginas que abrigavam esses links também era levada em conta. Com isso, garantia que os resultados mais relevantes seriam mostrados em primeiro lugar. Mas a complexidade do algoritmo tem aumentado. As pessoas começaram a criar sites que trocavam links entre si para melhorar suas posições nos resultados das buscas. O Google criou então mecanismos para evitar esse tipo de golpe. O buscador também incorporou personalização nos resultados, levando em conta coisas como a localização do usuário e o tipo de conteúdo que normalmente interessa a ele. (...)

31/08/14
A reinvenção da música
"Parte do charme retrô do filme Guardiões da Galáxia vem do walkman (daqueles antigos, de fita) que o protagonista carrega. O cassete sempre presente no tocador traz sucessos dos anos 1970 selecionados pela mãe de Peter Quill, também conhecido por Star-Lord. Ele ouve a fita em suas viagens espaciais como uma forma de se conectar com o passado terrestre. São memórias de uma época em que música era um bem escasso. As pessoas gravavam cassetes com seleções de faixas dos discos de vinil (ou de outras fitas) e repassavam para os amigos. A internet mudou isso. Legal ou ilegalmente, as pessoas passaram a ter acesso a todas as canções que quisessem, e a música perdeu um pouco desse lado social. Mas começou uma nova mudança. No ano passado, pela primeira vez, as vendas mundiais de músicas por download caíram. Apesar de ainda representarem dois terços dos US$ 6 bilhões que a música digital movimentou no ano passado, o faturamento com faixas em MP3 caiu 2%.
O modelo está se deslocando da posse para o acesso. Os serviços de streaming (em que as pessoas ouvem as músicas sem ter de baixá-las) renderam, também pela primeira vez, mais de US$ 1 bilhão, com um crescimento de 51%, segundo a Federação Internacional da Indústria Fonográfica." (...)

24/08/14
Futuro inevitável
(...) “É preciso reconhecer o futuro inevitável”, disse Paul Nunes, diretor global do Instituto Accenture para Alta Performance, que visitou o Brasil pela primeira vez na semana passada. Ele é coautor do livro Big Bang disruption, sobre o qual escrevi neste espaço há algumas semanas. O “futuro inevitável” é a mudança radical que está para acontecer, e que as pessoas que atuam na área normalmente conseguem identificar, mas muitas vezes têm dificuldade em aceitar. Segundo Nunes, não há como ter certeza de que a ruptura Big Bang (referência à explosão que deu origem ao universo) vá afetar todos os setores econômicos, mas ele não consegue apontar nenhum setor que esteja imune a ela. O subtítulo do livro fala em “inovação devastadora”, causada principalmente pelo avanço das tecnologias da informação e da comunicação. O preço da capacidade computacional cai pela metade a cada dois anos, e isso acaba afetando todas as indústrias." (...)

17/08/14
Para acreditar no ‘hype’
"A expressão “internet das coisas” foi colocada pela consultoria Gartner como o ponto mais alto do “pico das expectativas exageradas” em seu relatório Ciclo de Hype para Tecnologias Emergentes 2014, divulgado na semana passada. “Hype” significa promoção excessiva e teve origem, provavelmente, na contração da palavra “hyperbole” (hipérbole). O setor de tecnologia é cheio de “hype”. Produtos e conceitos surgem e passam a ser discutidos como se fossem resposta para todos os problemas. Esse hype acaba por direcionar a indústria, a atuação de empreendedores e a decisão de investidores. A web já foi alvo desse tipo de atenção a partir de meados dos anos 1990, o que acabou gerando a bolha de tecnologia que estourou em 2000. A internet das coisas é a tendência de que todos os produtos e equipamentos passem a ser conectados. A comunicação entre máquinas, sem intervenção humana, deve ultrapassar em muito a comunicação interpessoal ou o acesso à informação por pessoas. (...)

10/08/14
GVT, Vivo e TIM
"Em dezembro, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu que a Telefónica deveria vender sua participação na TIM ou procurar um sócio para a Vivo, empresa que controla. A participação da operadora espanhola na TIM é indireta. Atualmente, a Telefónica é a maior acionista da Telecom Italia, dona da TIM, com cerca de 14% da empresa.
O problema de a Telefónica ficar no controle da Vivo e da TIM é que elas estão, respectivamente, no primeiro e no segundo lugar na lista das maiores operadoras celulares do País. Os espanhóis têm até maio para fazer a mudança societária.(...)


03/08/14
Leilão polêmico
"O governo sente urgência em fazer o leilão de novas frequências para a quarta geração da telefonia celular (4G), previsto para o mês que vem. O edital deve receber o sinal verde do Tribunal de Contas da União (TCU) na quarta-feira e ser publicado no dia seguinte pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O dinheiro da venda da faixa de 700 MHz para uso na 4G é visto como essencial para fechar as contas públicas neste ano. “Estou contando com os R$ 8 bilhões”, disse, semana passada, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. Mas as operadoras de telecomunicações não parecem tão animadas assim. Como foi noticiado pelo Estado, a Telefônica (dona da Vivo) e a Oi defendem um adiamento. A Claro não se manifestou, mas Daniel Hajj, presidente da América Móvil (controladora da Claro), já havia dito há alguns meses, em entrevista de divulgação de resultados, que não via necessidade de mais espectro para a 4G no Brasil atualmente. Acontece, no entanto, que essa faixa de 700 MHz não é para hoje. Atualmente, ela é ocupada pelos canais analógicos de TV aberta, e o governo quer receber agora por frequências que só vai conseguir entregar a partir de 2016. (...)

27/07/14
Como virar ‘memis’
"Antônio Carlos Bernardo Gomes, o Mussum dos Trapalhões, morreu em 1994, mesmo ano que foi criada a Netscape, empresa que inventou o navegador responsável por tornar a web um sucesso mundial. Naquela época, nem havia ainda internet comercial no Brasil. Só no ano seguinte começou o movimento que levou à criação de provedores de acesso por todo o País. Apesar disso, Mussum se tornou um sucesso da internet brasileira. O último capítulo de sua recém-lançada biografia Mussum forévis: samba, mé e Trapalhões (LeYa), escrita pelo jornalista Juliano Barreto, mostra como isso aconteceu. Centenas de fãs se apropriaram de sua imagem e de suas frases, e criaram novos contextos para fazer piada no estilo do comediante. Mussum virou “memis”. Memes são ideias que se espalham de pessoa a pessoa e ganham popularidade. Em tempos de internet, conseguem alcançar um público muito grande. Como destacou Barreto em seu livro, o termo foi tirado do livro O gene egoísta, do biólogo Richard Dawkins. Meme é o equivalente cultural do gene, que se autorreplica, sofre mutações e reage às pressões seletivas do ambiente. (...)

20/07/14
Indústria conectada
"Não são somente os robôs que mudam a indústria. Recentemente, a GE divulgou a quarta edição de seu estudo anual Barômetro Global da Inovação. Um dos destaques da pesquisa, que 3.209 executivos em 26 países (incluindo o Brasil), foi a percepção dos entrevistados sobre se estamos ou não vivendo uma nova revolução industrial. As opiniões ficaram divididas. Foi pedido que os entrevistados avaliassem a seguinte afirmação: “Vivemos atualmente uma nova revolução industrial no encontro entre o hardware e o software, uma mudança histórica na era da fabricação avançada e da internet industrial”. Para 52%, a frase é verdadeira, enquanto que, para 42%, existe um exagero nela, pois estaríamos vivendo uma evolução técnica contínua, e não uma revolução. Para os 6% restantes, a afirmação é falsa, pois a nova revolução industrial não passaria de um mito." (...)

13/07/14
Dinheiro para inovação
A forma como o governo vem investindo em inovação precisa mudar. O modelo atual tem privilegiado a concessão de crédito. Isso beneficia empresas de maior porte, que conseguem provar que são capazes de pagar pelos empréstimos. Além disso, projetos de maior risco acabam sendo deixados em segundo plano, pois as empresas temem ter de pagar o financiamento de projetos que não deram certo.(...)

06/07/14
Adeus ao Orkut
"Em 2007, quando a rede social Orkut vivia o auge do sucesso, seu criador, o engenheiro de software Orkut Buyukkokten, visitou o Brasil. A popularidade do serviço era tanta que o gerente de produtos do Google chegava a ser reconhecido na rua. “Às vezes as pessoas ficam olhando. No geral, são bastante gentis e educadas”, disse Buyukkokten, numa época em que havia 43 milhões de brasileiros na rede social, o que equivalia a 56% do total de usuários no mundo. O Google anunciou que vai desativar o Orkut a partir de 30 de setembro. O caso da rede social é um ótimo exemplo de como os produtos de internet surgem e desaparecem. No fim do ano passado, eram somente 6 milhões de brasileiros que usavam o Orkut. De líder de audiência, em seis anos, o site passou a quinto lugar entre as redes sociais no País." (...)

29/06/14
Inovação na indústria

"Quando o governo anunciou a criação da Embrapii, há três anos, a ideia pareceu meio estranha. A Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial – que tinha como proposta inicial se chamar Empresa, e não Associação – foi propagandeada como a “Embrapa da Indústria”. Não fazia muito sentido." (...) "O modelo da Embrapii é bem diferente do da Embrapa. A Embrapii não toca os projetos de pesquisa diretamente, mas através de uma rede de institutos credenciados. Além dos três iniciais, existe um edital aberto para selecionar mais 10 e a ideia é que se chegue até o fim do ano com um total de 23." (...)

22/06/14
Ruptura polêmica
"O dilema da inovação, publicado em 1997 pelo professor de Harvard Clayton Christensen, é um dos livros de administração mais influentes das últimas décadas. O conceito de inovação rompedora (“disruptive innovation”, em inglês) acabou se tornando um dos mais celebrados no mundo dos negócios, dos empreendedores do Vale do Silício a gestores de áreas como saúde e educação. Na edição mais recente da revista New Yorker, a historiadora Jill Lepore critica o conceito e o autor. "(...)

15/06/14
Carro de código aberto
O que falta para o carro elétrico deixar de ser um produto de nicho? Na semana passada, Elon Musk, presidente da Tesla Motors, anunciou uma decisão importante, que pode ter um impacto importante nesse cenário. A empresa decidiu abrir mão de sua propriedade intelectual. Qualquer concorrente pode usar a tecnologia patenteada pela Tesla. A aposta é ousada. A ideia anunciada por Musk não é incomum no mercado de tecnologia da informação, onde o empresário fez fortuna. Em 2002, ele vendeu para o eBay do serviço de pagamentos via internet PayPal, do qual era o maior acionista. Além da Tesla Motors, Musk comanda a SpaceX, uma empresa que fabrica veículos espaciais. (...)

08/06/14
A invasão dos robôs
(...) "Em 2012, foram vendidos cerca de 3 milhões de robôs de uso doméstico e pessoal em todo mundo, segundo a Federação Internacional de Robótica, o que representou um faturamento de US$ 1,2 bilhão. Esse número inclui máquinas que fazem serviços domésticos, como o aspirador de pó automático Roomba. Para o período de 2013 a 2016, a previsão é de 15,5 milhões de unidades, com vendas de US$ 5,6 bilhões." (...)

06/06/14
Dinheiro não basta para inovar
(...) "Mas não é só isso. Por aqui, ainda não são comuns projetos que nascem na universidade e se transformam em empresas.O relacionamento entre setor privado e academia tem melhorado recentemente, mas ainda existem muitas incertezas. Uma delas, apontada na durante o evento Fóruns Estadão – Inovação, Infraestrutura e Competitividade, na quarta-feira, diz respeito à propriedade intelectual. As empresas fecham acordo com universidades públicas e depois o acordo acaba sendo contestado na Justiça."(...)

01/06/14
Política de tecnologia
"O Brasil está mal em tecnologia e inovação. Quando pensamos nos eletrônicos, temos uma política antiquada, que impõe barreiras ao mercado interno para atrair montagem de produtos finais no País. Existem alguns benefícios, como empregos gerados por aqui e investimento obrigatório em pesquisa, que, na prática, acaba gerando desenvolvimento de software e treinamento de mão de obra. Os resultados, porém, são ruins para o consumidor e para a própria competitividade da economia brasileira. A tecnologia da informação é hoje insumo básico para qualquer setor econômico, e os celulares e computadores brasileiros estão entre os mais caros do mundo. A indústria instalada aqui não é competitiva, principalmente por causa da carga tributária, de gargalos logísticos e da falta de produção local de componentes." (...)

25/05/14
De onde vem a inovação

18/05/14
A explosão do vídeo

11/05/14
Barreiras às startups

04/05/14
A lógica das redes sociais

27/04/14
Neutralidade polêmica


23/12/14
Os problemas do Marco Civil

20/04/14
O futuro da tecnologia

14/04/14
3G e 4G da Copa estão atrasadas

14/04/14
Leilão de 700 MHz deve melhorar cobertura do 4G

13/04/14
Alta frequência

06/04/14
Mudanças no Marco Civil

31/03/14
Adeus ao Windows XP

30/03/14
O futuro da internet

26/03/14
Por que o Marco Civil é necessário

23/03/14
A morte do telefone

20/03/14
Uma série de TV para o PlayStation

16/03/14
Inovação devastadora

09/03/14
Quem é Satoshi Nakamoto?

06/03/14
Os alienígenas do Facebook

02/03/14
Moedas perdidas

23/02/14
Aposta móvel

16/02/14
Televisão versus celular

14/02/14
Ela, do Spike Jonze

09/02/14
Segredos de negócio

02/02/14
China tecnológica

26/01/14
Máquinas que leem emoções

19/01/14
Círculo completo

12/01/14
A balcanização da internet

08/01/14
Tigela inteligente

Política pública ruim
06/01/14

05/01/14
Tecnologia de ponta

2013

29/12/13
Pouca energia

22/12/13
Dinheiro digital

15/12/13
Fim da privacidade

08/12/13
Menos inovação

01/12/13
Conversa sobre iPhone

01/12/13
Peruca inteligente

24/01/13
A reinvenção de Bill Gates

17/11/13
Tablets e smartphones

10/11/13
O nó do Marco Civil

05/11/13
Tablets & Smartphones 2013

04/11/13
Polos tecnológicos do Sul

03/11/13
Celular de montar

27/10/13
Ninguém inova sozinho

27/10/13
Saúde móvel

24/10/13
Trailer de ‘Capitão América 2′

20/10/13
Empresa e universidade

17/10/13
Morrissey escreve sobre TV

16/10/13
A disputa pelo ‘Washington Post’

14/10/13
Empreendedorismo de impacto

13/10/13
Televisão em rede

10/10/13
Os xingamentos do Jeff Bezos

08/10/13
Livro sobre comunicação

07/10/13
Steve Ballmer vira Dr. Evil

06/10/13
Buscapé versus Google

06/10/13
Ficar para trás

03/10/13
O fim da ‘supertele nacional’

02/10/13
Oi + Portugal Telecom

29/09/13
Concentração de mercado

23/09/13
Centros tecnológicos do Nordeste

23/09/13
Tecnologia em Florianópolis

23/09/13
Filme brasileiro de stop motion

22/09/13
Fiscalização em risco

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Ruptura e continuidade

14/09/13
Livraria Cultura contra Amazon

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Espionagem digital

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Oi adia pagamentos

05/09/13
Relógio estúpido

04/09/13
Microsoft + Nokia

06/09/13
A quebra da criptografia

02/09/13
Scarlett Johansson, alienígena

01/09/13
Os caminhos da inovação

25/08/13
Internet para todos

22/08/13
Teles querem que Anatel assuma papel de órgão regulador da internet

11/08/13
Jornalismo fora do eixo

04/11/13
O fim da TV analógica

28/07/13
Quandt de Oliveira

21/07/13
Tempo de mudança

14/07/13
Mais de 100 milhões

07/07/13
'A internet deve se tornar invisível'

07/07/13
Depois do mouse

30/06/13
Biotecnologia difícil

16/06/13
Quando as coisas vão mal

09/06/13
Polos de inovação

02/06/13
Paradoxo da produtividade


Renato Cruz - Resumo biográfico [Fonte]

Renato Cruz nasceu em São Paulo (SP) no dia 24 de maio de 1973.

É graduado em Jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) desde 1995; na mesma instituição obteve os diplomas de Mestrado (2000) e de Doutorado (2006) em Ciências da Comunicação.

Iniciou a carreira em 1996 como colaborador da Revista Nacional de Telecomunicações, veículo impresso e virtual da área de novas tecnologias e ali permaneceu até 2001.

Em seguida foi para o jornal O Estado de S.Paulo onde passou a trabalhar como repórter da área de tecnologia e, posteriormente, a escrever para o caderno Link e o de Economia para os quais produziu inúmeras reportagens e especiais sobre assuntos de novas tecnologias, telecomunicações em geral e negócios do setor.

No veículo, também acumulou o trabalho na reportagem impressa com a atividade de colunista do Blog Estadão, sobre os temas de sua especialidade. No grupo esteve por quase 12 anos cobrindo o gigantesco mundo corporativo das telecomunicações que abrange ainda área do varejo e os relacionamentos com os usuários de novas tecnologias.

Em março de 2006 lançou o Blog do Renato Cruz onde passou a postar os textos e matérias produzidos, além de ampliar os horizontes de cobertura do setor. Mantém o blog no ar atualizado.

No início de 2012 ingressou como professor da graduação em Audiovisual no Centro Universitário Senac. Em dezembro desse mesmo ano voltou a atuar para o jornal O Estado de S.Paulo, dessa vez, como colunista do caderno Economia onde escreve e comenta sobre negócios do setor de telecomunicações e novas tecnologias.

Em 2013 passou a acumular as atividades do impresso, do blog e as aulas no Senac com a atividade de colunista da Rádio Estadão 700 AM; aos ouvintes do veículo informa sobre as novidades do mercado das novas tecnologias.

É autor dos livros O que as empresas podem fazer pela inclusão digital (Ethos/CDI, 2004); TV digital no Brasil: tecnologia versus política (Senac São Paulo, 2008) e O desafio da inovação: a revolução do conhecimento nas empresas brasileiras (Senac São Paulo, 2011). Todas as obras na linha das perspectivas a respeito de inovações tecnológicas.

Foi um dos colaboradores do e-book Para entender as mídias sociais - vol. 2, organizado pela jornalista Ana Brambilla, e lançado pela Editora Globo em março de 2012. O livro eletrônico e gratuito foi produzido com a colaboração voluntária de 37 pesquisadores e profissionais da área. Contato: renato@renatocruz.com