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CIO - Chief Information Officer

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 Conteúdo desta página:
 Mensagens veiculadas nos Grupos de Debates WirelessBR e Cell-group e
notícias e artigos.
Clique nos links para ler o original ou role a página para ver a transcrição.


CIO (1) - O que é CIO?
             Artigo: A Insondável Língua do C                 

CIO (2) - "Mobilidade Corporativa" (1)
              Artigo: Chief Information Officer 
              Artigo: CIOs renovam as gerências de informática

CIO (3) - "TI vive era de transformação"
              Artigo: TI vive era de transformação, diz especialista

CIO (4) - "Mobilidade Corporativa" (2)
              Nota: A "motivação" de Eduardo Prado

CIO (5) - Mobilidade Corporativa (3): Ericsson aposta em mobilidade para empresas
             Notícia:
Ericsson aposta em mobilidade para empresas

CIO (6) -  "TI + NEGÓCIOS = CIO" - Artigo
             Artigo: TI + NEGÓCIOS = CIO


Artigos e Notícias

Dentro das Mentes dos Líderes de TI de Próxima Geração

Executivos querem CIO em conselho diretor

CIO está menos técnico e mais estratégico


Rumo a um novo modelo de data center

CIOs tentam atrair serviços para o País

TI + Negócios = CIO

Ericsson aposta em mobilidade para empresas

TI vive era de transformação, diz especialista

Chief Information Officer 

CIOs renovam as gerências de informática

 

A Insondável Língua do C
 
Dentro das Mentes dos Líderes de TI de Próxima Geração 
Quinta-feira, 28 julho de 2005 - 17:03
* Thornton A. May

Recentemente, tentei identificar as habilidades que os líderes de TI de próxima geração acham que vão precisar para serem bem-sucedidos quando chegar a vez deles de comandar suas empresas.

 
Compilei informações de quatro fontes: IT Leadership Academy, que tem um banco de dados de 1.500 CIOs; Berkeley CIO Institute, com uma turma composta atualmente de 50 dos maiores líderes de TI de próxima geração do país; os 56 futuros detentores de MBA da Fisher College of Business na Ohio State University; e os 1.200 diplomados pelo Managing the Information Resource Program da UCLA. Treze habilidades do futuro foram destacadas. Os líderes de TI de amanhã terão que:
 
1. Conhecer as mentes e saber mudá-las.
2. Evoluir a próxima geração de líderes de TI.
3. Inovar e criar novos produtos e serviços.
4. Gerenciar informações dos clientes com responsabilidade.
5. Gerenciar linearidades de tecnologia.
6. Implementar contabilidade de custos.
7. Ter uma consciência global.
8. Gostar de contar histórias.
9. Promover a colaboração na empresa.
10. Fornecer ferramentas que possibilitem previsão e insight.
11. Entender o que é necessário para adequação regulatória.
12. Entender o trabalho de packaging e sourcing.
13. Conhecer a fundo a segurança da informação.
 
Adequação regulatória, trabalho de packaging/sourcing e segurança da informação não chegam a ser grandes surpresas. Estes tópicos já foram abordados exaustivamente em artigos e conferências. As 10 habilidades restantes revelam muito sobre o insight das pessoas que vão estar no comando da tecnologia nos próximos cinco a 10 anos.
 
Inicialmente, fiquei surpreso por ver "Evoluir a próxima geração de líderes de TI" quase no topo da lista. Mas os líderes de próxima geração estão cansados de ter que trabalhar com desconhecimento e se virar com as habilidades disponíveis.
 
Tendo amadurecido em uma época em que o dinheiro para desenvolvimento profissional era muito limitado, esta geração tem um histórico de adquirir habilidades com custo baixo. Estes indivíduos têm aulas onde as encontram e extraem pequenas porções de liderança em seu ambiente. Os líderes atuais devem estar cientes de que suas ações estão sendo examinadas minuciosamente.
 
A próxima geração está consciente da importância de modelos mentais (como as pessoas pensam) e do processo de mudar o modo de pensar das pessoas. Uma das perguntas mais freqüentes que os CIOs com alto desempenho ouvem é: "Como você convenceu o Executivo X a apoiar a Ação Y?"
 
Os líderes de TI de próxima geração estão totalmente sintonizados com o desejo da gerência sênior de aprimorar a primeira linha com a criação de produtos e serviços habilitados para TI.
Guiados por acadêmicos como Rashi Glazer, da Haas School of Business na Universidade da Califórnia em Berkeley, os líderes de TI de próxima geração reconhecem que o cliente - e, mais especificamente, a informação sobre o cliente - é o ativo mais importante de uma empresa.
 
Considerando-se que o gerenciamento inapropriado de informações sobre o cliente ocupa as manchetes diariamente, eles vêem a necessidade de aprimoramentos e investimentos significativos nesta área.
 
Os líderes de próxima geração sabem o quanto é vital um timing correto para entradas e saídas de tecnologia. O microscópio de custos sob o qual cresceram os deixa cientes da necessidade de transparência fiscal, e a banda larga de baixo custo conectou-os a mercados globais e a concorrentes aos seus empregos. A próxima geração está muito ciente da concorrência global.
 
E os líderes de próxima geração realmente perspicazes estão deixando seus dispositivos BlackBerry, pagers e telefones celulares um pouco de lado e se dedicando a aprimorar a habilidade de contar histórias atrativas.
Depois de passar algum tempo com os líderes de TI de próxima geração, acho que o futuro será realmente luminoso. 
* Thornton A. May é um veterano observador da indústria, consultor em gerenciamento e comentarista. 

Executivos querem CIO em conselho diretor
Quinta-feira, 14 julho de 2005 - 11:46
IDG Now!

Em pesquisa com executivos de mais de 75 países, foi apontado que o conselho de diretores de uma empresa deveria contar com a presença de seu Chief Information Officer (CIO).

Os dados foram coletados pela Korn/Ferry International, empresa de soluções na procura de executivos.

Quase metade, 46% dos entrevistados, afirmam que o CIO, espécie de diretor de tecnologia de informações, "absolutamente" tem um papel a desempenhar no conselho de diretores de uma companhia.

Outros 29% afirmam que de "certa forma sim", 11% são neutros, 10% acham que "não muito" e apenas 3% responderam que "de forma alguma".

No comunicado oficial da Korn/Ferry, Richard Spitz, diretor executivo global para mercado de tecnologia da empresa, destaca como a pesquisa destoa do cenário atual apontando o baixo número de CIOs que fazem parte dos conselhos segundo firmas listadas na Fortune 1000.

"O papel de CIO tem evoluído através dos anos, atuando tanto como um impulsionador primário para a eficiência e mudança operacional, como também como um tecnologista de elite", afirma Spitz no comunicado.

Outra informação que chama atenção é a referente à previsão dos executivos de trabalharem em uma companhia de tecnologia em suas próximas posições. Uma maioria de 34% escolheu a opção "com grande probabilidade" para essa questão, enterrando possíveis temores acerca do mercado, que nos últimos anos apresentou certa volatilidade.

A pesquisa, que leva o nome de Executive Quis, abordou, entre maio e junho, mais de 2 mil executivos registrados no Centro Executivo on-line da empresa.


CIO, a especificação do cargo
Quarta-feira, 25 maio de 2005 - 12:24
COMPUTERWORLD
Empresa
A Best Practices Company, empresa global com longo histórico de atuação, está empenhada em conquistar e manter liderança do mercado por meio de uma estratégia de negócio que enfatize o diferencial competitivo e a fidelidade do cliente. A companhia sabe que seus funcionários são o ativo mais valioso e que o conhecimento e a informação são vitais para o sucesso.

Cargo
O CIO comanda o desenvolvimento e a entrega de sistemas e serviços de primeira classe, bem como da arquitetura de tecnologia que vai viabilizar a estratégia de negócio. O CIO é responsável por garantir a convergência e a integração da estratégia de tecnologia com a estratégia e as metas da corporação e de suas unidades de negócio.

Hierarquia
O CIO é membro do comitê executivo e, como tal, compartilha de todas as tarefas e responsabilidades do comitê. Além disso, deve criar um grupo de governança de TI (incluindo líderes de negócio importantes) para priorizar iniciativas de negócio que exploram a tecnologia. O comitê de governança reporta ao board de diretores para questões críticas relacionadas a vantagem competitiva, risco operacional, segurança e sujeição a regulamentações.

O CIO reporta diretamente ao CEO, mas também trabalha próximo ao executivo que comanda as operações diárias (por exemplo, o presidente ou COO). Dessa forma, tem dois "clientes" principais: seus pares executivos e os líderes de centros de lucros e perdas.

Equipe
Como convém ao tamanho e à estrutura da companhia, os funcionários de TI estão espalhados por unidades de negócio, mas reportam diretamente à organização de TI. O CIO também supervisiona um grupo central de profissionais de tecnologia que fornece serviços à empresa. O CIO define e executa uma estratégia de sourcing ágil, ao mesmo tempo em que mantém um núcleo substancial de gerentes de TI e funcionários-chave internamente.

Responsabilidades
Chefe da organização global de TI, o CIO tem responsabilidade e autoridade em relação a todos os aspectos de tecnologia da empresa. São três as categorias:

1. Questões de TI principais - infra-estrutura, arquitetura e estabelecimento de padrões, manutenção e desenvolvimento de aplicações, integração e integridade de dados.

2. Aplicações de negócio - o CIO tem de aplicar conhecimento arquitetural de aplicações nos níveis corporativo e de unidade de negócio, e demonstrar domínio de aplicações de missão crítica, sem deixar de delegar responsabilidades como convém a uma organização heterogênea e complexa.

3. Questões corporativas - processos de negócio e workflows, segurança e privacidade, gestão de risco (incluindo continuidade do negócio e aderência) e melhoria de qualidade. O CIO estabelece políticas em colaboração com outros executivos conforme necessário e fornece as ferramentas e os sistemas necessários.

A organização do CIO é responsável por selecionar, aprovar e gerenciar todos os produtos e serviços de TI importantes, incluindo tudo que se relacione a múltiplas funções e processos de negócio ou demande suporte interno significativo.

Periodicamente, o CIO analisa todos os contratos de TI firmados pela Best Practices Company.

Também é sua função gerenciar o departamento de maneira eficiente, eficaz em termos de custos e transparente, avaliando custos em comparação a fornecedores de serviços comerciais. O CIO deve aplicar best practices a gestão de projetos. Em grandes projetos, o executivo encontra um patrocinador da unidade de negócios relacionada para estabelecer um business case e compartilhar a posse e a responsabilidade da iniciativa.

O CIO supervisiona o programa formal de desenvolvimento de liderança do departamento de TI, trabalhando junto com o RH para identificar candidatos para liderança e planejamento de sucessão e elaborar um currículo que enfatize habilidades de negócio e pessoais.

Candidato
Para satisfazer as muitas demandas do cargo, o CIO precisa ter uma longa e diversificada experiência nas habilidades relacionadas a gerenciar tecnologia, negócio e pessoas.

Experiência
Candidatos bem-sucedidos terão background em tecnologia, com experiência em infra-estrutura e desenvolvimento de aplicações, complementado por conhecimento demonstrado do negócio. O conhecimento do negócio tem de ser relevante para o ambiente operacional da indústria ou mercado vertical onde atua.

O candidato terá perspicácia financeira e contábil demonstrada. O CIO também terá capacidade comprovada de priorizar demandas que concorrem umas com as outras. É preciso ter experiência substancial em gestão em três categorias: grandes ambientes de TI distribuídos; gestão global de recursos e projetos, e alternativas para formação de equipe e sourcing, incluindo profissionais remotos, temporários e terceirizados.

Habilidades
O CIO tem de ser capaz de vislumbrar e articular o papel de viabilizar e fomentar inovação, diferencial competitivo, fidelidade do cliente e eficiência para a empresa. Habilidades de comunicação e interpessoais são essenciais - incluindo capacidade de montar cases para investimentos e alternativas de TI na língua do negócio, moldar e gerenciar expectativas de TI em todos os níveis da organização, e facilidade de criar relações eficazes com parceiros de negócio e fornecedores.

Sólidas habilidades de liderança e gestão também são críticas - capacidade de motivar, habilidades pessoais cultivadas (incluindo a de perceber e sensibilizar-se com preocupações dos funcionários), capacidade de treinamento, ensino e orientação, histórico de contratar, desenvolver e reter talento crítico e montar uma equipe de gestão eficaz.

Por fim, a personalidade e os valores dos candidatos têm que condizer com a cultura e os princípios básicos da Best Practices Company.

Medidas de desempenho
O desempenho da função do CIO será medido com base em realizações estrategicamente importantes para o negócio - e os objetivos de desempenho serão determinados de acordo com isso. Excelência operacional em TI é um atributo básico. A remuneração está atrelada ao valor financeiro demonstrado para a corporação, bem como a metas de satisfação do cliente interno.

 


----- Original Message -----

From: Helio Rosa
Sent: Wednesday, May 04, 2005 3:12 PM
Subject: [Celld-group] CIO (1) - O que é CIO?
Olá,  ComUnidade WirelessBrasil !  
Helio Rosa escrevendo.
Nesta ComUnidade (Portal em  www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  

Abaixo, notícia de hoje:  CIOs estimam investir 7,9% mais em TI
Mas o que é mesmo CIO ("ci-ai-ou")  ?-  :-))
 
O jurássico "Chefe de CPD" (até eu já um fui desses!)    :-))  deu origem ao moderno CIO - Chief Information Officer.
O CIO precisa saber muito sobre TI e "business"... mas é pouco!!!
Hoje precisa também conhecer "telecom"!!!!  Ufa!!! :-)
 
O Eduardo Prado está planejando para a próxima semana um "curso online", em capítulos ("posts" do seu blog), para ambientação dos CIOs nas "novas tecnologias". 
E, claro, este curso vai dar origem à mais um site comunitário especializado... :-)
Como sempre, nós também vamos "curtir" e aprender muito.
Amanhã tem mensagem do EPrado sobre o tema.  :-)
 
Mas é bom saber também o que é CEO, COO, CFO...   Se tudo der certo... você vai ser um deles!!!  :-)

Mais abaixo ainda, vale conferir, como ambientação, este pequeno artigo que explica a "sopa de letrinhas":
A Insondável Língua do C
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
 
CIOs estimam investir 7,9% mais em TI
Terça-feira, 3 maio de 2005 - 09:54
IDG Now!
Os executivos de Tecnologia da Informação continuam otimistas com os investimentos para os próximos 12 meses.
 
Segundo a pesquisa divulgada na segunda-feira (02/05) pela CIO Magazine, conduzida com dois mil Chief Information Officers (CIOs) em abril, a expectativa é de que os investimentos em TI cresçam 7,9% durante os próximos 12 meses.
 
Este é o terceiro mês consecutivo que os CIOs prevêem alta nos investimentos. Em março o número tinha ficado em 6,4%.
 
Os entrevistados declararam também que esperam crescimento em softwares de segurança, aplicações e infra-estrutura, além de equipamentos de telecomunicação e redes.
 
Na pesquisa de abril, a maioria dos executivos (61,2%), declararam que consideram sua infra-esturtura de TI sólida e um forte diferencial frente aos concorrentes.
 
Cerca de 18,1% dos entrevistados consideraram média sua infra-estrutura, ao passo em que 9,6% deles declararam que suas tecnologias são frágeis.
 
De acordo com Ed Yardeni, Chief Investment Strategist da consultoria Oak Associates, a pesquisa de abril mostra que os negócios poderão ser aquecidos no ramo da TI principalmente durante os meses de maio e junho.
 
A pesquisa da CIO Magazine foi conduzida entre os dias 7 e 14 de abril.

 
Que cargo você preferiria exibir no cartão de visitas: CEO ou diretor-geral?? CMO ou vice-presidente de marketing? Por alguma razão inexplicável, a simples conjunção de três letrinhas parece fazer com que a primeira opção tenha mais importância senioridade e poder do que a segunda. Depois de Chief Executive Officer, a onda de executivos-chefe-de-não-sei-o-que vem se espalhando numa velocidade espantosa nos organogramas.
O resultado é muita gente perdida, sem entender o que esses profissionais fazem.
Para dar nome aos bois, ou melhor, aos cargos elaboramos uma relação dos principais chiefs que estão por ai .
E levantamos possíveis explicações para a existência deles:
 
1.Estratégia - o profissional recebe o nome de principal executivo de alguma coisa – logística, por exemplo – para indicar tanto internamente quanto para o mercado que se trata de uma área absolutamente estratégica para a empresa. "Normalmente quem é chief sendo no conselho e tem peso de voto igual ao do CEO".
2. Globalização - ter um cargo que faz parte da terminologia corporativa mundial pode facilitar a comunicação entre empresa e profissionais.
3. Sim, status. Há donos de pequenas empresas se intitulando chief executive officers. Ou diretores de finanças que depois de colocar CFO no cartão, acreditam dar uma roupagem toda nova ao charmoso carde de.......diretor financeiro.

CEO - Chief Executive Officer
Facilmente identificado, é o cara que manda em todo mundo - menos no chairmam (ou presidente do conselho) a menos que ele seja poderosíssimo e acumule as duas funções.
Pode ser chamado de principal executivo, presidente, superintendente, diretor-geral... As pessoas costumam fazer confusão quando a empresa tem os dois, CEO e presidente. Nesse caso a função do segundo é mais representativa.
 
COO - Chief Operating Officer
Seu nome é executivo-chefe de operações, mas você pode chamá-lo de braço direito do CEO. Enquanto o chefe pensa a estratégia, o COO cuida mais de perto da rotina do negócio.
 
CFO - Chief Financial Officer
Principal executivo de finanças
 
CHRO - Chief Human Resources Officer
Principal executivo de recursos humanos
 
CIO - Chief Information Officer
Era mais fácil identificá-lo quando ele era o único executivo responsável pelo planejamento e pela implementação da tecnologia no pedaço. Mas aí surgiu .....
 
CTO - Chief Technology officer
.......e hoje há muita confusão. Em linhas gerais, o CIO cuida da estratégia por trás da tecnologia – como ele pode mudar a forma como a empresa faz negócios, enquanto o CTO comanda a arquitetura e a infra-estrutura dos sistemas. Há empresas com os dois profissionais.
 
CKO - Chief Knowledge officer
Também chamado de chief learning officer (CLO), é quem administra o capital intelectual da empresa, reúne e gerencia todo o conhecimento da organização. Entende tanto de tecnologia e processos quanto de pessoas. É um sujeito-chave, por exemplo, nas consultorias.
 
CRO - Chief Risk Officer
O cargo surgiu quando empresas de todas as áreas, e não somente bancos passaram a se preocupar com a administração de riscos. Além de questões financeiras, o CRO avalia itens como estratégia do negócio, concorrência, legislação e problemas ambientais.
 
CMO - Chief Marketing Officer
Executivo-chefe de marketing certo? Na subsidiaria brasileira do BankBoston não é tão simples assim. Lá ele cuida também de novos negócios e Intenet.
 
CIO - Chief Imagination Officer
Responsável pelo planejamento e estratégia por trás da tecnologia.
Pode ser também chief imagination officer, termo criado pela fabricante americana de computadores Gateway.
É responsável por promover a criatividade entre o pessoal.


----- Original Message -----
From: Helio Rosa
Sent: Thursday, May 05, 2005 8:14 AM
Subject: [Celld-group] CIO (2) - "Mobilidade Corporativa"

Olá,  ComUnidade WirelessBrasil !  
Helio Rosa escrevendo.
Nesta ComUnidade (Portal em  www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  
 
Lembrando : CIO = Chief Information Officer
Nesta e nas próximas mensagens vamos transcrever alguns artigos que comentam a função e o perfil do profissional.
Mais abaixo, transcrevo dois artigos, sempre interessantes:
Vale conferir!
Recebi do Eduardo Prado a programação dos seus "posts" no blog Novas Tecnologias - Novos Negócios.
A série recebeu o título de "CIO & Mobilidade Corporativa".
Já estou formatando o primeiro capítulo e posso adiantar que é leitura obrigatória não somente para os CIOS mas "pra nóis tudo", simples mortais!  :-))  Os "posts" serão colecionados num novo "blog-book".

CIO & Mobilidade Corporativa
Maio
09 - Seg - (Parte 01) - O Desafio
11 - Qua - (Parte 02) - Sumário Executivo
13 - Sex - (Parte 03) - Aplicações Móveis
16 - Seg - (Parte 04) - Por que Wi-Fi?
18 - Qua - (Parte 05) - Segurança em Wi-Fi
20 - Sex - (Parte 06) - RFID
23 - Seg - (Parte 07) - Dispositivos Móveis
25 - Qua - (Parte 08) - Tutoriais
27 - Sex - (Parte 09) - A Telefonia Móvel
30 - Seg - (Parte 10) - WiMAX
Junho
01 - Qua - (Parte 11) - Exemplos de Casos
03 - Sex - (Parte 12) - Dicas de ROI para Wireless
 
Um abraço cordial
Helio Rosa

Chief Information Officer 
Março 2005

Wladinir Borgonovi

wborgonovi@terra.com.br 


Chefe de Processamento de Dados, Gerente de CPD, Gerente de Processamento de Dados, Encarregado ( como chamavam os mais antigos ) e CIO, Chief Information Officer ( como chamam os moderninhos ), todas estas denominações dão maior ou menor importância ao cartão de visitas. 
No fundo, é aquele pobre profissional que lidera um bando de técnicos que adoram siglas para resolver os problemas técnicos, é liderado por alguém que não gosta de informática e adora cobrar por redução de orçamento, e vez por outra é acossado por algum consultor externo, que ganha uma fortuna, contratado pelo chefe e que adora falar em termos importados da matriz. 

Dentro da empresa, este nosso amigo tem que trabalhar entendendo do negócio da própria empresa e ainda de parâmetros de tecnologia bastante complexos. 
Não é à toa que encontro alguns colegas com alguns neurônios se aposentando antecipadamente. 

Chega de brincadeiras. O fato é que este profissional nos primeiros tempos fazia a folha de pagamento ou processava, à noite, o sistema de contas correntes do banco. Naqueles tempos, ele tinha a missão de substituir a mão de obra e dar um certo ar de modernidade às empresas. Hoje em dia, esta posição vem passando para a parte da frente das empresas. A Internet e outras ferramentas têm permitido lançamento de produtos até então impossíveis. É o caso dos bancos que através dos anos vêm reformulando as operações totalmente baseadas em tecnologia. 

Voltando ao nosso herói, este responsável por um setor tão específico precisa estar sempre conectado às novas tecnologias. Acontece que as atualizações neste ramo têm uma freqüência incrível e fica sempre muito difícil de se acompanhar. Mais do que isto, por serem muito rápidas, muitas delas são implantadas por conta de entusiasmo e depois de um bom esforço pessoal e financeiro vai tudo por água abaixo porque se tratava de modismo. 

De fato, é uma vida emocionante. 

Mas, com tantos obstáculos, como minimizar este stress? Este profissional não tem muito com quem trocar experiências dentro da empresa, onde dificilmente ele consegue equalizar a sua linguagem com subordinados, pares ou superiores. 

Tudo bem , ele é mimado e é convidado a participar em 5 eventos por dia por fornecedores que tentam vender os conceitos e, claro, o seu produto. Acontece que a quantidade destes eventos é muito grande e acabam sendo muito previsíveis. E, dá-lhe “ Powerpoint”. Depois do vigésimo evento bate um certo cansaço. É ou não é? 

O interessante é que fórmulas antigas deixaram de ser exploradas como por exemplo, as reuniões de gerentes de tecnologia das empresas,isto é, somente usuários conversando de seus problemas e de suas vitórias, falando de fornecedores e soluções técnicas vitoriosas ou que apresentaram problemas. 

Sair do escritório e trocar experiências com outras pessoas de outras empresas não é gasto de tempo, é investimento. 


CIOs renovam as gerências de informática 


Mais do que conhecer tudo sobre computação, profissionais devem ter facilidade de relacionamento e entender a linguagem do mundo dos negócios

Patrícia Campos Mello, de São Paulo

Procura-se um "expert" em informática bem extrovertido para ocupar o posto de Chief Information Officer (CIO). Pré-requisitos: ser um fera em computação, mas com muito jogo de cintura, bom relacionamento pessoal e conhecimento de negócios. O salário chega a R$ 300 mil por ano. 

Longe de ser mais uma sigla nos altos escalões das empresas, o CIO tomou-se um dos executivos com maior demanda no mercado - e um dos mais difíceis de encontrar. "Nos Estados Unidos, os ClOs já são os executivos mais cobiçados", diz Hobson Brown, presidente mundial da recrutadora Russell Reynolds.
No Brasil cerca de 25% das grandes companhias já têm seu CIO.
E a demanda está crescendo. 
Perto do CIO, o tradicional diretor de informática é um homem de Cro-Magnon.
Os ClOs são responsáveis por todos os aspectos de TI dentro de uma empresa.
Mas estão a anos-luz daquele velho técnico de CPD, mergulhado em hardware e software e incapaz de se comunicar com os executivos leigos. 
"O enfoque do gerente de informática era automatizar as rotinas burocráticas e minimizar os custos", diz Antônio Carlos M. Mattos, professor de informática e matemática financeira da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
"Ele sempre justificava investimentos em tecnologia falando em gastar menos, ter mais eficiência no uso do computador e economizar de memória, transformando a conversa com os executivos em diálogo de surdos", diz Mattos. 
Já o CIO quer fazer com que os sistemas sejam utilizados para aumentar a competitividade e a lucratividade da empresa.
Ele é um "expert" em informática que fala a língua dos negócios e consegue visualizar o custo-benefício das inovações tecnológicas. 
"Eu funciono como um embaixador da tecnologia", diz Antônio José Rocha de Almeida, 39 anos, CIO da Klabin. Mesmo com um currículo acadêmico impressionante - engenheiro aeronáutico pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), com MBA na Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e pós-graduação na Universidade de Michigan e em Ciência da Computação na USP - ele condena a antiga postura "hermética" dos diretores de informática.
"O 'nerd' está morto, ele nunca chegará ao topo. O CIO precisa de muita habilidade para lidar e se comunicar com pessoas". 

Com salários de R$300 mil anuais, são os executivos mais procurados nos EUA.

Parte de seu trabalho é derrubar barreiras em relação à tecnologia dentro da Klabin. "Dizer que informática é para jovem é bobagem", pontua.
Prova disso é que vários coordenadores da implantação do sistema de gestão SAP, que envolve 600 pessoas na empresa, têm mais de 50 anos. "Eles começaram a lidar com isso há sete meses e estão se dando muito bem", diz Almeida. 
Tornar a tecnologia mais acessível, retirando-a do mito de coisa só para iniciados, é outra missão desse CIO.
O novo sistema de manufatura industrial da Klabin, por exemplo, está sendo projetado pelo ex-gerente de manufatura industrial, apenas com apoio de técnicos. "Ele é quem está fazendo, e não apenas explicando para os técnicos o que quer", diz Almeida. 
Para incorporar esse perfil de homem de negócios "expert" em tecnologia, Almeida se distancia do estereótipo de viciado em informática. "Em casa, procuro não mexer com computador.
Afinal, existem muitas outras coisas na vida", conta. Entre elas, mergulhar em Angra dos Reis, correr e às vezes se aventurar em boates. 
Não é nada fácil encontrar um executivo com perfil de CIO. "Normalmente, tínhamos dois pedidos para contratação de CIO por ano.
Nos últimos dois anos, houve um grande crescimento, foram dez posições", diz Carlos Alberto Diz, sócio-diretor da Spencer Stuart.
Segundo ele, existe muita procura principalmente na área de telecomunicações. "Todas as privatizadas precisam reformular uma área de informática atrasada, passar de processamento de dados para otimização do atendimento ao cliente."

Ele está tendo dificuldades para encontrar profissionais qualificados. "E difícil achar. Existe a velha geração Cobol/IBM que não soube se renovar, e jovens sem experiência suficiente", completa. 
Segundo Mattos, da FGV, a grande reviravolta ocorreu quando os executivos começaram a questionar: estamos gastando 15% com essa tal de informática, será que é um dinheiro bem gasto?
Será que, além de reduzir custos e aumentar a rapidez, a tecnologia faz com que ganhemos "market share" e competitividade?
Segundo ele, o pessoal da área de informática, normalmente oriundo de escolas de engenharia, física ou matemática, não conseguia entender direito o significado empresarial de retomo de investimento.
Isso obrigou os diretores de informática a se focarem no negócio principal da empresa, em vez de serem apenas técnicos de alta categoria. 
Tom Peters, guru americano de negócios, afirma que "reduzir custos" é uma das principais missões do CIO. "Você acabou de investir em 800 pessoas e milhões de dólares na instalação de um sistema.
Quando ele começa a funcionar, está ultrapassado em relação a um sistema instalado por seu concorrente.
O que você faz?"
Afinal, monitorar a concorrência, garantindo que a empresa não está ficando para trás, é uma das grandes atribuições do CIO. Mas, na medida em que respeite o orçamento. 

CIO não diz que o que vai fazer em termos técnicos, mas quais serão os resultados

"Isso não dá para fazer porque o computador não permite" ou "preciso disso porque a máquina exige" são frases banidas do manual do CIO. 
"O CIO não explica como vai fazer, com todas as especificações técnicas, ele diz qual será o resultado", afirma Diz, da Spencer Stuart.
"Esse profissional deve estar pronto para responder a perguntas do tipo: como a tecnologia pode nos ajudar a atingir tal meta?", diz o consultor José Roberto Saviani, autor do livro "O analista de negócios e da informação". "Não dá mais para ficar 30 anos fechado numa baia com um terminal, alheio aos negócios". 

O título ainda não é padrão no Brasil.
Muitos ClOs estão em cargos de vice-presidente de informática ou diretor de tecnologia de informação.
O que os diferencia do anacrônico gerente de informática tradicional é a atuação.
São os executivos capazes de alinhar a tecnologia com a estratégia da companhia.
No dia-a-dia, continuam responsáveis pela compra de tecnologias e implementações, mas a missão vai mais além.
Isto é, tornar a tecnologia um valor adicionado ao produto. "Eles têm uma visão mais macro, entendem como a tecnologia vai alavancar o negócio", diz Robert Wong, presidente da KornFerry, multinacional de recrutamento de executivos. 
Para convencer os diretores "leigos" da importância do investimento em Tecnologia da Informação, o primeiro passo desse profissional foi abandonar de vez o jargão. "Não falo em volume de dados, terabytes ou megabytes, falo em quanto o sistema vai aumentar a produção", diz Luís Puntel, 40 anos, CIO da Embraer. "A comunicação clara é muito importante para que a tecnologia deixe de ser vista apenas como fonte de despesas".
Antes de assumir na Embraer, este engenheiro mecânico com MBA foi CIO da Electronic Data Systems (EDS), uma das líderes mundiais em serviços de tecnologia da informação.
Agora, seu desafio é colocar a tecnologia a serviço do cliente na indústria aeronáutica.
Puntel está estabelecendo a conexão entre todos os aeroportos do mundo e todas as instalações da Embraer, de forma a agilizar os serviços de reposição de peças, renovação de frotas, contato com fornecedores e clientes. "Sem a tecnologia, seria impossível viabilizar esse negócio", diz. "Em pouco tempo, teremos uma pessoa de São José dos Campos, nossa sede, conectada a qualquer aeroporto do mundo, ou às instalações da empresa na Austrália, EUA e França". 



----- Original Message -----
From: Helio Rosa
Sent: Thursday, May 05, 2005 10:28 AM
Subject: [wireless.br] CIO (3) - "TI vive era de transformação"

Olá,  ComUnidade WirelessBrasil !  
Helio Rosa escrevendo.
Nesta ComUnidade (Portal em  www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  
 
Mais uma notícia "quentinha" relacionada aos desafios enfrentados pelo CIO (Chief Executive Officers).
Vejam a transcrição mais abaixo (origem: TI vive era de transformação, diz especialista ).

Destaques:
As mudanças arrebatadoras na maneira pela qual as companhias conseguem operar globalmente, aliadas aos investimentos notáveis em fibra óptica e outras tecnologias, pavimentaram um caminho que leva a um período de real transição na Tecnologia da Informação. (...)

(...) Ainda segundo McFarlan, as mudanças organizacionais citadas pelos participantes ainda enfrentarão vários desafios. Um deles é fazer com que os Chief Executive Officers da companhia sejam "amigáveis com a tecnologia".   (...)

"Educar" o CEO...mais uma missão do CIO?  :-))
A série "CIO & Mobilidade Corporativa" que o Eduardo Prado começa a publicar na próxima segunda, dia 09, vai ajudar...  :-)
Boa leitura!
 
Um abraço cordial
Helio Rosa
 
TI vive era de transformação, diz especialista
Quarta-feira, 4 maio de 2005 - 10:08
IDG Now!
 
As mudanças arrebatadoras na maneira pela qual as companhias conseguem operar globalmente, aliadas aos investimentos notáveis em fibra óptica e outras tecnologias, pavimentaram um caminho que leva a um período de real transição na Tecnologia da Informação.
 
Essa é a opinião de F. Warren McFarlan, professor da Harvard Business School, ao debater o tema durante o Cutter Consortium's Summit 2005, conferência da área de TI realizada em Massachusetts, na segunda-feira (03/04).
 
Na visão do especialista, enquanto algumas companhias estão abrindo agora novas oportunidades de negócios, a maior parte das organizações de TI continuam sendo atrasadas por reparos em sistemas, demandas a cumprir e outras exigências burocráticas.
 
"Nos meus quase 50 anos de TI, 2005 é provavelmente a época de mais excitante de transformação para as aplicações corporativas", declarou o professor emérito de Administração de Empresas de Harvard.
 
McFarlan notou que o processo de terceirização global dos negócios levou à morte da distância. "Tais desenvolvimentos, junto com as mudanças massivas nas atividades de TI, refletem como a indústria está se movendo (...) para um ambiente de grandes transformações", disse.
 
Outros participantes do evento declararam que as oportunidades, no entanto, não são fáceis para a maior parte das empresas. Outro problema é que várias organizações querem terceirizar operações não-estratégicas.
 
Ainda segundo McFarlan, as mudanças organizacionais citadas pelos participantes ainda enfrentarão vários desafios. Um deles é fazer com que os Chief Executive Officers da companhia sejam "amigáveis com a tecnologia".
Thomas Hoffman - Computerworld, EUA 
 
 
----- Original Message -----
Sent: Friday, May 06, 2005 9:36 AM
Subject: [Celld-group] CIO (4) - "Mobilidade Corporativa" (2)

 
Olá,  ComUnidade WirelessBrasil !  
Helio Rosa escrevendo.
Nesta ComUnidade (Portal em 
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Perguntei ao Eduardo Prado qual foi sua motivação - e inspiração  - para escrever uma série de "posts" sobre "CIO & Mobilidade Corporativa" assunto da atualidade (Série que vai virar Site...)  :-)
Recebi a resposta abaixo. Obrigado, Eduardo!
Após o texto, uma recordação do Sumário inicial (poderão vir novos capítulos) que divulgamos ontem.
Boa leitura!

Texto de EPrado:


(...) Em recente evento IT Forum 2005 promovido pelo Grupo IT Mídia fui submetido ao desafio de conduzir um debate sobre Mobilidade Corporativa com CIOs (Chief Information Officer) para desvendar os mistérios desta Mobilidade.
Este evento contou com a presença de 122 CIOs de grandes empresas de diversos Segmentos de Mercado e vários vendors.
O que você acha que é Mobilidade Corporativa?
No meu entender a Mobilidade Corporativa é a capacidade de dotar a empresa de dispositivos móveis (p. ex, Notebooks, PDAs ou Blackberrys) e conectividade sem fio que permitam que os usuários da Corporação conectem-se aos seus sistemas legados.
Isto seria uma descrição genérica mas do jeito que as coisas estão evoluindo o CIO do Mundo Moderno vai ter que tomar outras decisões senão vejamos:
(1) Quem vai decidir numa Corporação substituir uma conexão redundante que interliga 02 prédios da Corporação por um link em WiMAX?
(2) Quem vai tomar a decisão de utilizar a tecnologia ZigBee na Automação sem Fios de uma planta industrial? (3) Ou então quem tomará a decisão de utilizar a famosa etiqueta RFID para controle de ativos ou na manipulação de mercadorias no chão de fábrica?
Aparentemente estas tecnologias não estariam no “guarda chuva” de Mobilidade Corporativa mas será de responsabilidade do CIO a sua implantação.
O tema ainda complica-se ainda mais quando consideramos diferentes tipos de Corporações, por exemplo, a abrangência da Corporação no caso dela ser estadual, nacional ou mundial.
Os 03 tipos terão tratamentos diferentes de Mobilidade Corporativa.
E ainda mais quando consideramos se vamos utilizar uma Operadora de Telefonia Móvel e de qual tecnologia (família GPRS ou família CDMA).
Quer mais um complicador?
Que Dispositivo Móvel eu vou escolher e como vou gerenciá-lo?
Quer mais um?
O que fazer para acompanhar esta “sopa de letrinhas destes malucos” que não param de inventar siglas Wi-Fi, Wi-Fi “turbinando”, WiMAX Nomádico, WiMAX Móvel, WiBRO, OFDM, GPRS, EDGE, UMTS, HSDPA, 1xRtt, 1xEV-DO, ZigBee, UWB (Ultrawideband), Bluetooth, RFID, NFC, WLAN, IEEE, etc?  ...
Meu Deus, ajude-me!
Que decisão eu devo tomar?
Quando e como?
Quem vai me ajudar: um “médico”  ou um cientista? (...)

 


CIO & Mobilidade Corporativa
Maio
09 - Seg - (Parte 01) - O Desafio
11 - Qua - (Parte 02) - Sumário Executivo
13 - Sex - (Parte 03) - Aplicações Móveis
16 - Seg - (Parte 04) - Por que Wi-Fi?
18 - Qua - (Parte 05) - Segurança em Wi-Fi
20 - Sex - (Parte 06) - RFID
23 - Seg - (Parte 07) - Dispositivos Móveis
25 - Qua - (Parte 08) - Tutoriais
27 - Sex - (Parte 09) - A Telefonia Móvel
30 - Seg - (Parte 10) - WiMAX
Junho
01 - Qua - (Parte 11) - Exemplos de Casos
03 - Sex - (Parte 12) - Dicas de ROI para Wireless

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Um abraço cordial
Helio Rosa

 

----- Original Message -----
Sent: Friday, May 06, 2005 9:46 AM
Subject: [wireless.br] CIO (5) - Mobilidade Corporativa (3): Ericsson aposta em mobilidade para empresas

 
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Notícia com data de ontem recebida agora via newsletter do WordTELECOM.  :-)
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
 
Ericsson aposta em mobilidade para empresas
Quinta-feira, 5 maio de 2005 - 12:51
WorldTELECOM
André Borges

A Ericsson Brasil divulgou nesta quinta-feira (05/05) suas novas ações voltadas para o setor corporativo, cuja área passa a ser dirigida pelo vice-presidente da empresa, Eduardo Ricotta.
 
Com foco em mobilidade, a companhia passa a levar para o mercado uma série de produtos e serviços para empresas e operadoras. As soluções Enterprise, baseadas em protocolo IP e 3G, estão divididas em cinco áreas e serão vendidas via canais (Damovo e Itautec), operadoras ou diretamente pela Ericsson.
 
A área de Operator Enterprise Solutions conta com soluções de comunicação como o Móbile Centrex, que permite acessar todas as funcionalidades de um PABX convencional por meio de um smart phone ou um PDA, por exemplo.
 
Na divisão de Telecom Optimization Services, a companhia presta serviços para otimizar soluções de telecomunicações, sejam proprietárias ou não.
 
O setor de Converged Enterprise Solutions integra aplicações à tecnologia IP, enquanto o de Móbile Data Solutions oferece serviços e soluções para ampliar acesso móvel a dados e aplicativos multimídia. O EMO (Ericsson Móbile Organizer), por exemplo, permite acesso e gerenciamento de e-mail pelo celular, independente da marca do equipamento.
 
Na área de Vertical Enterprise Solutions, a Ericsson pretende atender projetos de comunicação de setores específicos como governo, saúde, transporte etc.
 
Segundo Eduardo Ricotta, o fato da empresa se voltar para ações de mobilidade e convergência está atrelado à crescente demanda do mercado por essas soluções. Citando dados do IDC, o executivo afirma que só a Europa Ocidental e os Estados Unidos possuem cerca de 180 milhões de trabalhadores móveis. "Hoje, 86% das empresas destes países afirmam que ter profissionais que passam até um dia por semana fora da empresa", comenta.
 
No mercado brasileiro, Ricotta afirma que há uma forte demanda por soluções baseadas em protocolo IP. "Temos mais de dois milhões de linhas de PABX no Brasil. Mais de 20% delas trabalham com VoIP."
A participação da área corporativa nos negócios da Ericsson Brasil ainda é pequena, hoje cerca de 3% da receita total da empresa, o equivalente à média mundial. "Nossa meta é que essa área passe a representar 12% dos negócios até 2008 no Brasil e no mundo", projeta.
 
Para 2005, a área de negócios da subsidiária brasileira deve receber investimentos de 2 milhões de reais apenas para a área de pessoal. Atualmente a Ericsson Brasil trabalha com todas as operadoras de telecomunicações e conta com mais de mil clientes, atendidos pelos seus canais.
 
O Brasil possui, ao lado de China e Suécia, o terceiro centro de desenvolvimento da companhia no mundo, localizado na cidade de Indaiatuba, interior de São Paulo, onde trabalham 250 funcionários.  

----- Original Message -----
Sent: Friday, May 06, 2005 10:51 AM
Subject: [Celld-group] CIO (6) - "TI + NEGÓCIOS = CIO" - Artigo

 
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Para quem chegou agora ou resolveu "se ligar":   :-) 
Está série de mensagens sobre CIO - e os artigos citados - estão colecionados numa página comunitária especial em http://www.wirelessbrasil.org/cio.html
 
Mais um artigo dentro do tema Chief Information Officer (CIO): TI + NEGÓCIOS = CIO.
 
Pesquisa revela que CIOs devem alinhar conhecimentos de tecnologia e negócios. E a tendência é mundial. Saiba mais sobre o novo perfil desse profissional
Escrito em 2002 mas muito atual.
Vale conferir!
Um abraço cordial
Helio Rosa
 
TI + NEGÓCIOS = CIO
11 de novembro de 2002

Pesquisa revela que CIOs devem alinhar conhecimentos de tecnologia e negócios. E a tendência é mundial. Saiba mais sobre o novo perfil desse profissional

Alexandre Carvalho

Uma pesquisa realizada recentemente pelo Giga Information Group revelou qual é o perfil de um Chief Information Officer (CIO) que o mercado busca atualmente.
Segundo o estudo, as atividades de um CIO estão cada vez mais focadas em questões relativas ao mundo dos negócios e cada vez menos na tecnologia em si.

Porém, mais do que mostrar a nova cara dos CIOs, a pesquisa revela uma realidade cada vez mais comum na área de Tecnologia da Informação: a sinergia com o mundo dos negócios. Isto é: para desenvolver uma carreira em ascensão, o profissional de TI precisa entender menos de bits e bytes e mais de assuntos estratégicos, ligados à visão e à missão das empresas.

- A maior parte das organizações pede que os CIOs tornem-se parceiros de negócios. Hoje, suas habilidades e competências são totalmente comparadas às de um gerente sênior - afirma o Diretor do Giga Information Group, Anton Hios, um dos autores do estudo.

Apesar de ter sido realizado nos Estados Unidos, o estudo aponta uma tendência já evidente no mundo todo. E no Brasil não poderia ser diferente. Hoje, o papel de um CIO é muito mais amplo.

A marca do CIO brasileiro

Um CIO, tanto aqui no Brasil quanto no restante do mundo, deve continuar a par de novas tecnologias, mas mantendo a afinidade desse conhecimento com os negócios da empresa. Mas será que o CIO made in Brazil vem atendendo a essas exigências?

- Acho que ele está bem próximo. Mas uma característica própria do CIO brasileiro é que como a tecnologia de ponta não é desenvolvida aqui, ele tem que estar cada vez mais preocupado com o que está acontecendo e surgindo lá fora, de modo que possa utilizar isso também no Brasil – afirma a diretora da Benvegnú RH, Glaucia Telles Benvegnú.

A opinião dela serve para reforçar uma das características mais marcantes no profissional moderno de hoje, especialmente o brasileiro: habilidade em lidar com as dificuldades para atingir seus objetivos.

Para a gerente de Assessoria de Gestão de Recursos Humanos da KPMG Consulting, Irene Azevedo, o atual perfil do CIO é resultado da globalização.

- Hoje, todos seguem um padrão. As multinacionais estão direcionando todo mundo para um mesmo caminho, como resultado da globalização. Por causa disso, as empresas nacionais acabam optando por isso também. É uma tendência e não vejo como diminuir isso – avalia.

Mercado exigente

Em poucas palavras: um CIO hoje tem que saber se virar e também se alinhar às políticas organizacionais das grandes empresas. Junte a isso o trabalho em conjunto com o Chief Executive Officer (CEO), a quem normalmente o CIO se reporta, e a interatividade com outros departamentos da companhia.

- A comunicação é um fator crucial para o sucesso do CIO moderno - opina Anton Hios, do Giga Information Group.

Mas além da capacidade de se relacionar com as demais áreas de uma empresa, que características um profissional deve ter para corresponder à nova realidade do mercado?

- Um CIO precisa ter um networking forte, fluência em idiomas, ampla visão de negócios e tem que ser quase um diretor de RH, já que há também a necessidade de ele recrutar bons profissionais. Sem isso, terá grandes dificuldades para tocar o negócio – observa o Diretor e sócio da ASAP, Marcelo Braga, especialista no recrutamento de executivos.

TI + NEGÓCIOS = CIO

Todas as empresas que hoje dispõem de tecnologia de ponta precisam e devem contar com o suporte de um CIO. É uma necessidade real e, segundo especialistas, quem não seguir esse caminho corre o sério risco de perder marketshare.

Vale ressaltar que, hoje, não são apenas as empresas de TI que necessitam do suporte de um CIO, principalmente com as características citadas por Marcelo Braga. Multinacionais e companhias nacionais de grande porte - principalmente das áreas de telecom, varejo e indústria - já fazem tais exigências, estando mais criteriosas na hora de designar alguém como CIO.

- Hoje, um CIO está sendo cobrado para achar soluções no meio da crise, tendo que ter muito jogo de cintura para isso. Mas há quem não se encaixe no modelo de CIO que temos hoje, sem a visão de negócios necessária, e que certamente poderá ser substituído – lembra Irene Azevedo, da KPMG.

De onde vim?

O que se vê atualmente é uma grande diversidade no que se refere à origem dos profissionais que atuam como CIO no mercado. Se antes a função era destinada apenas a profissionais de TI, pois a formação identificava quem tinha aptidão ou não para o cargo, a realidade atual é outra.

Com a necessidade cada vez mais latente que as empresas têm de possuir em seus quadros profissionais assumidamente generalistas, há CIOs oriundos de áreas como financeira, administrativa, planejamento estratégico, marketing, entre outras.

Para onde vou?

Acredita-se que nos próximos cinco anos o campo de atuação dos CIOs em todo o mundo poderá sofrer uma enorme evolução. Se ela será benéfica ou não para as empresas, só o tempo dirá.

No estudo divulgado pelo Giga Information Group, um dos cenários aponta para o CIO focando sua atuação na área de gerência de relacionamentos, deixando um pouco de lado a tecnologia, que passaria a ser responsabilidade de mão-de-obra terceirizada. Outra possibilidade é que o CIO atue somente como estrategista, deixando questões ligadas à tecnologia a cargo do Chief Technology Officer (CTO).

Gradativamente, as empresas estão migrando para um ponto em comum no que se refere à atuação dos CIOs, conciliando as atividades ligadas à tecnologia com a área de negócios. E o profissional de hoje? Está preparado para seguir o mesmo caminho?

Para Glaucia Benvegnú, sim, porque as consultorias de RH ultimamente têm recebido candidatos com grande experiência em negócios e que estão totalmente ligados às mudanças que vêm ocorrendo na área de TI. Já Marcelo Braga, da ASAP, acredita que se qualificar para ter este perfil é um dos grandes desafios atuais para um profissional.

- O maior desafio dele hoje é exatamente esse (ter o novo perfil). As empresas que querem crescer em médio ou longo prazo estão nesse perfil e quem não o segue está fadado ao fracasso – conclui.

Portanto, caro profissional, se você pretende ocupar um cargo de diretoria na área de TI, fique atento às qualificações e às habilidades que você precisa desenvolver. E boa sorte!


CIO está menos técnico e mais estratégico
Sexta-feira, 13 maio de 2005 - 14:39
Camila Fusco - IDG Now!

A missão de dar suporte à direção das corporações no processo de tomada de decisão estratégica está cada vez mais vinculada ao perfil de um Chief Information Officer (CIO) de sucesso.

Essa é a visão de Fátima Zorzato, presidente da empresa de recolocação profissional Russell Reynolds Associates no Brasil, ao comentar as tendências para a carreira na área de tecnologia.

Segundo ela, conhecimentos técnicos específicos do setor de negócios não são mais diferenciais para os CIOs, uma vez que a demanda das empresas está agora nos profissionais com potencial de auxílio eficiente na gestão empresarial.

"As habilidades vêm sendo mudadas. No passado, quanto mais técnico o CIO, melhor. Hoje, é valorizado o profissional que consegue enxergar o que é necessário para se fazer para a próxima década, que percebe o que a concorrência está fazendo e que consegue terceirizar os processos e ganhar com isso", afirma.

De acordo com a executiva, o CIO de hoje também é mais envolvido com gestão de contratos e tem atuação direta no controle de eficiência dos processos e sistemas em relação aos custos.

Esse novo perfil contrasta-se com o CIO do passado, que tinha como missão gerenciar a tecnologia mais como infra-estrutura do que como negócio.

"No passado as empresas valorizavam muito o conceito. Aquele profissional que tinha as teorias bem afiadas, que projetava a imagem da empresa, era o valorizado. Hoje, o caixa e o lucro das empresas determinam o sucesso do trabalho do CIO", alega Fátima.

No entanto, essa busca pela rentabilidade, segundo a executiva, não pode ocorrer "a qualquer preço". Competências como liderança de equipe, bom relacionamento com os subordinados e capacidade de influenciar decisões são importantes.

"É necessária uma química com o grupo, com os valores da empresa. É necessário ver se [o CIO] está em linha com essas questões. Um executivo que está em posição de liderança influencia outras pessoas", destaca.

Além de tentar buscar o diferencial que as empresas estão procurando, o CIO deve avaliar e desenvolver aspectos de liderança pensando exatamente nas impressões que passará à sua equipe, de forma que os profissionais se lembrem dele como exemplo de carreira.
 


Rumo a um novo modelo de data center
Sexta-feira, 6 maio de 2005 - 08:29
Computerworld

Só há duas maneiras de viajar: pode-se escolher um destino e fazer um roteiro detalhado a ser seguido, ou então visitar algum lugar sem muito planejamento prévio e perambular livremente por ele. Quando se trata de migrar a infra-estrutura de TI de hoje para o formato de próxima geração - o novo data center - executivos que já estão neste caminho concordam que o método de escolher o destino com um roteiro pré-definido é mais adequado.

Mesmo assim, muitos dizem que se vêem obrigados a perambular. "Quando penso em arquitetura corporativa, penso na nossa orientação geral para criar e implementar sistemas. Planejamos durante cinco anos, mas modificamos este plano praticamente todo mês para que ele permaneça responsivo ao negócio", conta Dave Cogswell, diretor de serviços técnicos da Data-Tronics, subsidiária de TI da ABF Freight System.

A agilidade permite que TI seja norteada pela necessidade do negócio, mas torna "muito discutível" a viabilidade do planejamento preciso e de longo prazo, argumenta Cogswell. Ainda assim, considerando as enormes mudanças necessárias para criar o novo data center, uma meta de arquitetura de longo prazo se torna obrigatória, alegam especialistas.

Somente com um destino em mente os CIOs podem tomar decisões inteligentes sobre as tecnologias necessárias para criar a infra-estrutura do novo data center. "Você pode recostar na cadeira e apenas seguir o rebanho. Mas é muito difícil interpretar o mundo com este tipo de abordagem reativa. Se vislumbrar uma mudança drástica, cabe a você ter um plano e uma arquitetura para onde se quer ir", explica Geoffrey Moore, diretor executivo da empresa de consultoria TCG Advisors, que defende um plano arquitetural para dez anos.

De um ano para cá, o novo data center passou da idéia conceitual para uma infra-estrutura de produção que os usuários pioneiros estão testando e implementando. À medida que evolui, todos concordam que será baseado em duas idéias: o novo data center se apóia em um novo modelo de negócio, a "empresa estendida", que é, em si, o alicerce para outro modelo de negócio emergente, o "ecossistema global", e a base para a infra-estrutura de TI da empresa estendida será a gestão de mudança.

Elaborar e suportar o modelo de negócio da empresa estendida ajuda a criar um ambiente que oferece sistemas de TI seguros, confiáveis e produtivos para todos os usuários, sejam funcionários, clientes, fornecedores ou outros. Para cumprir esta promessa, o executivo de rede enfrentará o desafio de fornecer um nível consistente de serviço e ao mesmo tempo ser extremamente adaptável - a única constante será a mudança.

Fabricantes e analistas vêm evangelizando sua visão e terminologia para esta infra-estrutura de TI: dinâmica (termo da IDC), on-demand e autonômica (IBM), tipo grid (Oracle) e adaptativa (HP). Todas essas visões têm componentes em comum. Elas encaram a infra-estrutura como um sistema de serviços componentizados e automatizados, colados um ao outro seguindo diretrizes de melhores práticas.

É um modo de pensar extremamente diferente da visão tradicional da infra-estrutura como um mix de fios, máquinas e software. Segundo o ponto de vista convencional, as estrelas da tecnologia formam a base da visão da arquitetura. Mas, tendo em vista que a tecnologia muda com mais rapidez do que uma grande empresa é capaz de examinar, testar e implementar, este ponto de vista se tornou problemático.

"TI deveria ser capacitadora, e não inibidora de mudança. O fato de não ser capacitadora é uma ironia, já que a flexibilidade mostrou ser uma expectativa-chave de TI desde o início", analisa Russ Daniels, CTO de software e da iniciativa Adaptive Enterprise da HP. "Achamos importante abordar a arquitetura de empresa adaptativa holisticamente, não como uma preocupação da tecnologia. Você se tornará adaptativo como resultado de todas as decisões sobre arquitetura que tomou em um determinado período de anos."

Daniels aprendeu isso quando fazia a reengenharia da arquitetura de TI da HP após a fusão com a Compaq. "Na época da fusão, estávamos gastando apenas 28% de nosso orçamento de tecnologia no que identificamos como inovação", conta. Para chegar ao equilíbrio entre inovação e suporte, a HP teria que identificar e automatizar as tarefas manuais em que falhas humanas estavam elevando os custos de manutenção.

Os usuários que experimentaram esta abordagem concordam. "Os sistemas eram nosso ponto fraco, com um número alto de profissionais de TI por servidor. Queríamos aumentar o número de servidores suportados por apenas uma pessoa e recorremos a ferramentas para nos ajudar a automatizar processos", conta o executivo de TI de uma companhia de seguros Fortune 500 que concluiu recentemente um projeto de 18 meses para automação do gerenciamento de servidor e aplicação. "Softwares de automação de data center como Opsware nos ajudarão a chegar onde queremos sem uma reengenharia da infra-estrutura inteira", acredita o CIO, que prefere não se identificar.

Um novo modelo

À medida que moldam suas empresas estendidas em ecossistemas globais, os CIOs aprendem que sua indústria vai ditar grande parte das necessidades de arquitetura. "Muito do que acontece em on-demand somente ganha vida em um contexto de negócios", avisa John Lutz, vice-presidente global de on-demand da IBM. Neste sentido, fornecedores como a própria big blue, além de HP e Oracle, desenvolveram mapas arquiteturais detalhados para a maior parte das grandes indústrias.

Tais mapas são pontos de partida excelentes para o planejamento de longo prazo, reconhecem os usuários.
Muitas empresas nos setores de serviços públicos e de produtos automotivos e eletrônicos já estão mudando suas arquiteturas para o modelo do novo data center e podem servir como exemplos. "Entre os indicadores-chave de até onde foi uma indústria específica está a taxa de adoção de tecnologias como virtualização, XML, Web services e arquiteturas orientadas a serviço (service-oriented architectures - SOAs)", afirma Frank Gens, vice-presidente sênior de pesquisa da IDC. Outros fatores incluem o nível de volatilidade do mercado e o quanto a vertical é centrada em informação.

Embora uma indústria específica possa ditar um mapa arquitetural específico, várias constantes estão emergindo como base para o novo data center. A infra-estrutura, por exemplo, está se transformando em uma série de serviços que podem ser criados internamente, terceirizados ou ambos. O modelo genérico abrange cinco camadas e dois elementos entre camadas:

Camada cliente - como sempre, o cliente abrange computadores, dispositivos de voz e "wares" de voz/dados combinados. Mas um tipo diferente de cliente surge no novo data center, um que terminará gerando a maior parte do tráfego. Será um dispositivo automático máquina para máquina, qualquer coisa que traga um chip de identificação por radiofreqüência (RFID), sejam appliances, automóveis ou paletes de carga.

"Diante de um número cada vez maior de clientes na rede mediana, a infra-estrutura vai lidar com um salto quantitativo de dados", adianta Gens, da IDC. Esta é uma das motivações prementes de uma migração de longo prazo para o novo data center. "Com a arquitetura cliente-servidor atual, se você acrescentar mais dados, a coisa quebra. É preciso criar uma base mais sólida."

Camada de serviços de acesso a dados na rede - inclui LANs e outras redes corporativas privadas, serviços de WAN dedicados, redes de acesso público, como a internet ou metropolitan-area networks (MANs), e redes públicas business class, como as infranets.

Camada de serviços de gerenciamento de identidade - esta camada fornece o backbone de segurança. Por meio de um serviço centralizado, usuários e máquinas vão obter acesso a serviços de negócios específicos. O provisionamento automatizado baseado em funções também terá um papel importante, cedendo e cancelando acesso rapidamente conforme a função do trabalho ou o tipo de máquina.

Camada de gerenciamento do processo de negócio - o BPM está emergindo como o "coração" da infra-estrutura, composto de três peças: gerenciamento, análise e processos de negócio. Para Daniels, da HP, os profissionais encarregados deveriam ter a sagacidade de fazer a distinção entre processos de negócio oferecidos como serviços (uma aplicação de transferência de fundos, disponível para todas as aplicações financeiras, por exemplo) e processos que garantem a disponibilidade de um serviço (ferramentas de monitoria de performance e capacidade de rede/storage/CPU).

Esta distinção permitirá entender os custos envolvidos em fornecer business services específicos. Com isso, eles podem realizar análise de retorno sobre o investimento ou criar uma estrutura de utility computing, adaptativa, complementada com charge-backs.

Camada de serviços de infra-estrutura virtualizada - é a base computacional e de acesso a dados sobre a qual todo o resto se apóia o novo data center e é a camada que a maioria das empresas está explorando ou implementando atualmente. Servidores e dispositivos de armazenamento são gerenciados como um pool único de recursos.

Com o correr do tempo, grid computing será acrescentada a muitas infra-estruturas corporativas e trará um grande crescimento da potência de CPU para tarefas que exigem computação intensiva. Na verdade, o conceito de virtualização está sendo aplicado ao modelo inteiro, tornando disponível sob demanda a capacidade de rede e permitindo que aplicações corporativas como automação da força de vendas e gerenciamento de recursos corporativos sejam adquiridas no modelo ASP - application service provider.

Para suportar essas camadas, o modelo se baseia em duas vigas arquiteturais: melhores práticas e processos padrões por indústria, como ITIL (IT Infrastructure Library), e gerenciamento de sistemas e segurança, para monitorar e executar funções de qualidade de serviços.

Obviamente, vislumbrar uma arquitetura definitiva é a parte fácil do trabalho. No entanto, tomar as atitudes necessárias para fazer a organização de TI chegar até lá é outra história. "O caminho de migração requer que o planejamento da arquitetura seja testado por períodos de tempo mais curtos e em pequenas doses", diz Scott Richert, diretor de serviços de rede para a Sisters of Mercy Health System.

Richert está reestruturando TI para padronizar e automatizar gerenciamento de servidor e aplicação e para implementar gerenciamento de identidade, entre outros projetos em análise. O executivo conta que cria road maps de tecnologia com prazo de três anos para porções individuais de sua infra-estrutura usando o que chama de fases do ciclo de vida. Tecnologias são investigadas e usadas em programas-piloto durante a fase nascente. A compra e a implementação ocorrem na fase de maturidade. Durante a fase poente, TI suporta os sistemas, mas não adquire aplicações novas. Após o poente, as tecnologias são retiradas de uso.

Pouco a pouco, Richert pretende criar um plano único de longo prazo envolvendo as fases do ciclo de vida para sua rede inteira. "Vou elaborar múltiplas tarefas desse futuro mapa. E vou incentivar minha equipe a se empenhar em fazer o mesmo, seriamente", garante. Segundo o executivo, a infra-estrutura do data center está sendo criada em torno de uma arquitetura de processo de negócios e é função dele e sua equipe planejar métricas-chave - como custo versus benefício, redundância e nível de serviço - vinculadas a processos de negócio. "Não é fácil fazer, mas é importante", reconhece. Como qualquer viajante diria, não se pode subestimar o valor de um mapa preciso.

E por aqui, em que pé estão as coisas?

Não é novidade que algumas empresas mudam os rumos de seus negócios freqüentemente e que, por isso, demandam infra-estruturas cada vez mais flexíveis. A dúvida está em como estruturar o data center para atender a estas constantes alterações de trajetos e planos. No Brasil, os players do setor já entendem a necessidade de deixar de ser simples provedores de infra-estrutura de armazenamento de dados para também se adaptar ao negócio do cliente.

O presidente da Dedalus H&C, Dario Boralli, diz que hoje, mais do que nunca, o data center é uma extensão da companhia e precisa estar preparado para suportar mudanças repentinas. "A virtualização de serviços de infra-estrutura e de servidores é fundamental neste sentido", afirma.

Mas Boralli explica que, no contexto brasileiro, a empresa que optar por implementar servidores de grande capacidade fica pouco competitiva. "É mais barato alocar um servidor", comenta, acrescentando que a Dedalus H&C oferece armazenamento sob demanda, com a oferta do que chama de "Quick upgrade".

Outra empresa de data center que já se prepara para os avanços do mercado é a Diveo. "A tendência é a união dos diversos serviços, facilitando a interação não apenas entre indivíduos dentro da corporação, mas entre os parceiros de negócios", explica Marcelo Santos Rodrigues, diretor de marketing de produto. "Temos equipes especializadas em identificar a real necessidade do cliente", garante o executivo.

Marco Américo D. Antonio, diretor nacional de vendas da Diveo, conta que a empresa já tem parceria com terceiros para oferecer ferramentas de gerenciamento de processos dentro do data center. No entanto, acredita que o mercado brasileiro ainda vá levar entre cinco e dez anos para aderir aos avanços do data center. Enquanto isso, a Diveo vai se preparando.

Já para Boralli, da Dedalus H&C, o mercado não deve esperar tanto. "Os fornecedores vão dar cabeçadas por algum tempo e em cerca de dois anos teremos um modelo mais concreto para o data center", aposta. O executivo lembra da dificuldade de fazer o mercado entender o valor dos novos serviços e aceitar suas mudanças, e diz que a aceitação desse novo conceito pelas empresas no Brasil deve começar dentro de 12 a 18 meses. (F.K.A.)
A arquitetura corporativa evoluiu. E isso exige uma infra-estrutura de data center mais dinâmica.  



CIOs tentam atrair serviços para o País  

Computerworld
Sexta-feira, 6 maio de 2005 - 18:30
Ricardo César

Antes perto era só ali defronte, diz a letra de Parabolicamará, escrita por Gilberto Gil em 1992. O CIO de qualquer multinacional que escutar a canção hoje não deixará de achá-la um pouco profética. Que as tecnologias reduziriam a importância das distâncias já era bem óbvio à época, mas nenhum executivo de TI imaginaria o impacto que isso acarretaria em suas vidas.

Considere a Rhodia, gigante do ramo químico com sede na França, por exemplo. Como resultado da expansão de suas atividades, três unidades da companhia, localizadas nos Estados Unidos, Europa e Ásia, estão mudando de endereço físico e querem aproveitar a oportunidade para adotar redes sem fio nas novas estruturas. Nos três casos, quem está definindo os padrões de wireless Lan e o escopo das implementações é uma equipe brasileira.

Isso só é possível porque a Rhodia definiu quatro centros mundiais de TI - Brasil, França, EUA e Cingapura - que atendem às demais subsidiárias. A companhia adota um modelo de colegiado para a área de informática, no qual os CIOs de todos os países opinam e suas equipes formam um verdadeiro time global, mas o grosso dos serviços acaba nas mãos de um desses centros.

A Rhodia está longe de ser um exemplo isolado. Nos últimos anos, estabelecer núcleos globais de TI constituiu-se em uma prática corrente das multinacionais, que procuram centralizar suas estruturas para padronizar tecnologias e procedimentos, facilitar o gerenciamento e até ganhar escala na negociação com fornecedores. A lógica é simples: quanto mais centralizado, mais barato de administrar.

No caso da Rhodia, o Brasil está ganhando com essa estratégia. Quando profissionais brasileiros definem padrões para redes wi-fi que serão implementadas em outras partes do mundo, isso se traduz na criação ou manutenção de postos de trabalho aqui. Mais: significa que executivos da matriz e de outras subsidiárias ao redor do mundo devem procurar o diretor de TI brasileiro e ouvi-lo, o que confere um status mais elevado para este profissional. "Se o Brasil não estivesse trazendo tantos serviços para cá, a minha condição dentro do grupo seria muito diferente", reconhece Fernando Birman, CIO da Rhodia no País.

Quem também está comemorando é a fabricante de motores automotivos Cummins. A empresa criou uma estrutura chamada de Cummins Business Services (CBS), atualmente existente apenas no Brasil, México, EUA, Inglaterra, índia e Austrália. O líder de TI da CBS na subsidiária nacional, Rubens Ferro, explica que a estrutura atende regionalmente a todas as unidades de negócio da companhia: produção de motores, equipamentos de filtragem, geração de energia elétrica e distribuição. Isso significa que o País virou um ponto de suporte e de serviços para a América Latina - com todos os benefícios atrelados a essa condição.

"Sem sombra de dúvida, a área de TI do Brasil fica fortalecida com a presença do CBS aqui", diz Lúcio Antônio Núbile, CIO da empresa no País. "Mantemos a parte de infra-estrutura e aplicativos voltados aos negócios. Quando trazemos um poder de decisão desse calibre para soluções que têm peso fora do Brasil, isso nos dá uma responsabilidade muito grande." Núbile conta que a empresa analisa caso a caso a possibilidade de trazer os data centers e a infra-estrutura que de outras localidades da América Latina - sobretudo na área de distribuidores no Chile e Argentina - para o Brasil.

Faca de dois gumes

Mas nem sempre as coisas ocorrem da forma como a subsidiária brasileira quer. Se a tendência de estabelecer centros globais de serviços abre uma oportunidade de ouro para o CIO no Brasil ganhar peso mundial, também representa um risco em igual medida. A Alcoa, por exemplo, após uma pesquisa para escolher um país onde concentrar suas funções de TI, acabou optando pela Índia em agosto do ano passado. A concorrência envolveu o Brasil - representantes da matriz estiveram no País avaliando as condições locais -, mas a alternativa indiana mostrou-se mais atraente, especialmente pelo histórico de sucesso do país na área e pelo melhor custo.

A tendência de levar os serviços de TI - e conseqüentemente postos de trabalho - para destinos fora dos EUA é causa de controvérsia no país e chegou até a figurar entre os temas da última campanha presidencial norte-americana. Mas no que isso afeta o Brasil? Há pelo menos dois aspectos a serem considerados: de um lado, perde-se a oportunidade de aumentar a estrutura e o peso da área de TI aqui; de outro, corre-se o risco de ver atividades que antes eram realizadas localmente serem transferidas para mãos estrangeiras. "De agora em diante, vamos ter que estudar alguns serviços para ver se vale a pena transferi-los para a Índia", diz Marcos Caldas, CIO da Alcoa. "Quando precisarmos fazer alguma coisa aqui, teremos de comparar com a Índia antes de aprovar."

O caso da Alcoa não é o mais grave, já que a empresa ainda mantém um centro de serviços compartilhados em São Paulo, que atende a toda a América do Sul desde 2000 - incluindo funções de RH, finanças, aquisição, logística, além de TI. A estrutura está sendo transferida para Poços de Caldas e todos os 15 funcionários de informática serão mantidos.

Mas há exemplos de companhias, como a Kodak, em que a transferência de serviços de tecnologia para fora do País reduziu o tamanho da estrutura de TI. Outro exemplo é o banco Santander, que abriu uma empresa no Chile para fazer a customização de seus sistemas. São quatro andares repletos de profissionais qualificados que poderiam estar no Brasil - e não estão.

"Se perder para outras subsidiárias, o CIO fica com uma influência pequena e a estrutura desaba: os postos de trabalho e as responsabilidades que existem na equipe são eliminados", afirma Birman. "Em uma multinacional, muitas decisões não são tomadas em âmbito local. Você já tem apenas meia cabeça; se perder também os braços e a as pernas, o que resta?"
O governo brasileiro já acordou para os riscos embutidos nessa nova lógica das empresas globais e começa a se mexer.

Em dezembro do ano passado, o ministro Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, reuniu 29 presidentes e altos executivos de companhias multinacionais para discutir a questão. O ministro perguntou o que o Brasil poderia fazer para entrar de vez no mapa dessas corporações e se tornar um destino preferencial de centros globais de serviços. Furlan ouviu mais do que falou. Escutou queixas sobre a alta carga tributária, leis trabalhistas e a burocracia tupiniquim, mas saiu de lá com a impressão de que a tarefa não é tão complicada assim: a infra-estrutura nacional foi considerada adequada, os custos competitivos e a qualidade de mão de obra, boa.

A diretora do programa para executivos do Gartner, Ione Coco, que estava presente na reunião, acredita que os CIOs brasileiros devem aproveitar a carona do governo e tentar vender o País como um porto seguro para as multinacionais ancorarem seus serviços de TI.

Disputa em família

No momento em que uma empresa decide criar centros globais que concentrarão serviços de TI, começa uma competição entre os CIOs de suas subsidiárias ao redor do mundo. Os ambiciosos querem aumentar sua influência na companhia e o tamanho dos departamentos de tecnologia que comandam, enquanto os mais defensivos não querem perder o que já têm.

"Quando você centraliza em um lugar, vai cortar em outro, sem dúvida", afirma Ione, do Gartner. Esta é uma realidade da qual os executivos brasileiros não podem fugir - e, se tentarem ignorá-la, provavelmente acabarão atropelados. "O CIO de uma multinacional que não se mexer corre o risco de ver um par mexicano mais esperto levar a estrutura de TI que está no Brasil", afirma Birman.

O que o diretor de tecnologia de uma subsidiária brasileira pode fazer para vencer esta disputa em família? Ione, do Gartner, aconselha que o CIO faça um business case enumerando as vantagens do Brasil, dos custos à qualidade técnica, sempre de forma objetiva e tão isenta quanto possível. É sempre importante "vender" a sua própria equipe, mostrando casos de sucesso, mas também destacar a maturidade do País e provar que há uma comunidade de parceiros locais pronta a terceirizar tudo o que for necessário com qualidade e preços competitivos.

Birman conhece bem este roteiro. Há cinco anos, o conceito de centralizar serviços de tecnologia tomou corpo na Rhodia e o CIO brasileiro começou um trabalho de formiga, trazendo migalhas de projetos para cá, depois iniciativas maiores, até provar que o País era uma ótima opção nesse quesito. Mesmo gradativa, a movimentação do executivo brasileiro não passou despercebida aos seus pares e houve resistência de outros países da América Latina.

Esta fase foi superada, segundo Birman, porque a predominância do Brasil é indiscutível na região. O desafio atual é mais complexo: trazer projetos da Europa e EUA. A disputa deixa de ser com Argentina ou México e envolve países como Índia e China. "É uma briga dura", admite Birman, que, no entanto, mostra-se muito otimista. "Estamos dando passos largos e importantes para concentrar as atividades no Brasil. Os meus pares em outros países preocupam-se quando vêem que estou crescendo e trazendo cada vez mais serviços de TI para cá, mas se somos a melhor opção para a empresa eles precisam aceitar."

Para a subsidiária nacional, não poderia ser melhor: o departamento de tecnologia está crescendo e contratando gente no País, o que não acontecia há muitos anos. Tudo graças ao alinhamento global. Ê, mundo da volta, camará.

Meio a meio

Nem sempre a estratégia de montar centros globais de serviços compartilhados significa uma vitória ou derrota total para o CIO. É o caso da fabricante de produtos químicos e farmacêuticos Merck. A companhia, que tem sede na Alemanha, passa por um processo chamado internamente de harmonização de dados e processos.

O projeto começou em 2004 calcado em algumas premissas, como a adoção do ERP da SAP como padrão mundial e a estruturação de data centers para Europa, Ásia, América Latina e América do Norte. Paralelamente foi aprovado um projeto de infra-estrutura, também dividido pelas mesmas quatro regiões. Com isso, funções como distribuição de software padrão, e-mail, segurança e acesso à internet passam a ser regionais e padronizadas.

O Brasil ganhou a disputa para sediar a infra-estrutura para toda a América Latina e agora está em uma queda de braço com a Alemanha para ver quem fica com o data center. Mas quem levou todo o serviço de aplicativos e controla o SAP para a América Latina foi a Argentina - onde, não por acaso, está o CIO regional da empresa. "Não tenho nenhuma preocupação com a disponibilidade dos aplicativos. O CIO da argentina assimilou isso", diz Sander Rodrigues Teixeira, gerente de TI da Merck no Brasil. "Mantemos a infra-estrutura aqui, mas a responsabilidade está na Argentina. As coisas podem estar em um país e serem gerenciadas de fora."

Com a Siemens não é muito diferente. A empresa também adota a estratégia de tornar regionais as estruturas passíveis de serem compartilhadas - e não apenas na área de TI. Esse conceito foi implantado há cerca de um ano e meio na América Latina e, com isso, o data center e a operação de infra-estrutura ficaram no Brasil, enquanto o help desk está na Argentina. Já o desenvolvimento de software é decidido projeto a projeto.

"Compartilhamos a estrutura de TI, mas não há um país que concentra tudo. A escolha é sempre baseada no melhor custo-benefício", afirma Jorge Moukarzel, CIO da Siemens para o Mercosul. "O meu objetivo é manter o nível de serviço que meus clientes internos querem pelo menor custo possível."

Vantagens do Brasil como sede de centro global de serviços

- Boa infra-estrutura de telecomunicações
- Fuso horário conveniente
- Rapidez de acesso aéreo (inúmeros vôos diretos)
- Disponibilidade de profissionais qualificados
- Histórico de relacionamento com multinacionais
- Cultura ocidental
- Grande parque de multinacionais estabelecidas no país
 


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