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SINCRONIZAÇÃO EM REDES DE TELECOMUNICAÇÕES      (10)

Autor:    JULIAN ALEXIENCO PORTILLO 

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3. SINCRONIZAÇÃO DA SDH

Segundo BREGNI (2002) os equipamentos da SDH podem operar sincronizados pois possuem entradas para sinal de sincronismo e possuem os seguintes blocos funcionais relacionados à sincronização:


3.1. Diretrizes para sincronização

Aplicação de rede da SDH: Tem-se uma aplicação de rede SDH quando, no mínimo, um dos sinais tributários trafegando pela rede é um sinal STM-N podendo requerer processamento de ponteiro de unidade administrativa (AU) e/ou unidade tributária (TU). Dois exemplos de aplicações de rede da SDH são dados a seguir:

Aplicações ponto-a-ponto da SDH: É aquela na qual todos os sinais tributários são assíncronos ou plesiócronos sem processamento de ponteiro de AU e TU.

A sincronização não é necessária nesta aplicação, mas deve se fornecida assim que a rede for ampliada além de simples aplicação ponto-a-ponto.

3.2. Método de sincronização Mestre-Escravo

A Sincronização Mestre-Escravo é baseada em uma hierarquia de relógios, apropriada para as redes da SDH. Neste método, um nó da rede contendo um relógio mais estável para referência, transmite a sua freqüência para os nós cuja estabilidade seja igual ou menor que a sua. Em cada nó que recebe o sinal de referência, o oscilador local se amarra à freqüência e à fase do sinal de referência, e provê internamente esse novo sinal de relógio, que pode servir de referência para outros nós abaixo na hierarquia, como mostra a figura 7.


Figura 7: Sincronização Mestre Escravo


Fonte: Road show Sincronismo (2001)


Recomenda-se que a sincronização tenha como base um ou mais Relógios Mestres, também denominado Relógio Primário de Referência, que deve prover sinais de referência de sincronismo com precisão de longo prazo de 1x10-11 e verificação através do Tempo Universal Coordenado.
Essa precisão é obtida a partir de padrões Césio, como o tempo de vida desses relógios é, em média, de 3 a 5 anos, deve-se introduzir relógios reserva para evitar degradações no relógio de referência primária.
O projeto também deve garantir que comutações e operações internas desses relógios não causem descontinuidades de fase na saída superior a 1/8 unidade de intervalo (UI) de 61 ns para 2,048 Mbit/s.

O Relógio Escravo é constituído basicamente por um Loop lógico de fase (PLL) que amarra a freqüência e a fase do relógio gerado localmente à referência oriunda do Relógio Mestre (BREGNI, 2002).
Esta nova referência é então distribuída aos nós de hierarquia inferior.
O Relógio Escravo também tem por função manter a estabilidade da freqüência quando o sinal de referência falhar, evitando que alterações bruscas de fase no sinal de referência sejam transferidas à saída.
Os relógios Escravos possuem quatro modos de operação, a saber:

No método de Sincronização Mestre Escravo, o sistema de controle dos relógios escravos seleciona a referência de melhor qualidade. Em caso de falha da referência original é selecionada uma alternativa.
Este esquema de controle é unilateral, quando não existem referências alternativas, o relógio entra no modo autônomo ou no modo livre (BREGNI, 2002).
Os níveis hierárquicos para a rede de sincronização Mestre-Escravo recomendados pelo ITU-T estão listados abaixo em ordem decrescente de estabilidade de longo prazo:


Os Relógios Escravos localizados nos equipamentos da SDH são as próprias funções de geração de relógios SETS. A estabilidade desses relógios no modo livre é de 4,6 partes por milhão, essa é a maior variação de freqüência que a SDH deve suportar sem perder o tráfego.

Os equipamentos de SDH podem ser sincronizados a partir das referências listadas a seguir:
Sinal STM-N;
Sinal tributário de 2,048 Mbit/s;
Sinal de 2,048 Mhz;
Sinal de 2,048 Mbit/s.
 

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