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SINCRONIZAÇÃO EM REDES DE TELECOMUNICAÇÕES (11) |
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Autor: JULIAN ALEXIENCO PORTILLO |
3.3. Arquitetura da rede de distribuição de relógios
Dois métodos para distribuição de relógios para a SDH são utilizados, podem
ser utilizados como referência de sincronismo o relógio recuperado do sinal
STM-N, ou utilizar como referência de sincronismo um sinal derivado de rede
de sincronização, neste caso, o sinal de referência pode ser de 2.048 Mhz ou
2.048 Mbit/s derivado da PDH.
Sinais de 2.048 Mbit/s transportados através da SDH não são recomendados
para distribuição de relógio, devido à degradação de curto prazo, jitter.
Os
ajustes de ponteiros e o mapeamento causam um aumento de jitter nesse sinal
na interface as SDH com a PDH.
Caso haja necessidade de se utilizar o sinal de 2.048 Mbit/s via SDH,
deve-se garantir que o Jitter e o Wander devido aos ajustes de ponteiro e
mapeamento sejam atenuados a limites aceitáveis, dentro das recomendações.
A distribuição da referência de sincronismo pode ser feita de dois modos:
Dentro de uma estação (intra-station):
A distribuição dentro de uma estação
é feita utilizando-se a topologia em estrela.
Todos os elementos de rede
dentro da estação utilizam como referência de sincronismo um sinal derivado
de um relógio de nível hierárquico superior contido na estação.
Somente esse
relógio irá recuperar a referência de sincronismo da rede de sincronização.
Uma vez recuperado a referência, ocorre a distribuição para os elementos de
rede da estação. Esse relógio de nível hierárquico superior pode ser um
Relógio Primário ou um Relógio Escravo (Central Local ou Trânsito).
Entre estações (inter-station):
A distribuição de relógio entre estações é
feita utilizando-se a topologia em árvore. Nessa configuração, os relógios
de nível hierárquico inferior recebem a referência de sincronismo de
relógios de mesmo nível ou de nível superior.
3.4. Modos de sincronização
Na SDH existem 4 modos possíveis de operação, síncrono, pseudo-síncrono,
plesiócrono e assíncrono, dos quais exemplificamos abaixo:
Síncrono:
No modo síncrono, todos os relógios da rede estão recebendo a referência de
sincronismo do Relógio Primário de Referência (direta ou indiretamente
através do Relógio Escravo). Nesse caso, os ajustes de ponteiro são
aleatórios e ocorrerão basicamente devido à variação de temperatura na fibra
óptica ou no laser. Este é o modo de operação normal dentro da região
sincronizada pelo PRC (BREGNI, 2002).
Pseudo-síncrono:
No modo pseudo-síncrono, existem vários Relógios de Referência Primária,
sendo que cada um tem uma estabilidade de freqüência, desta forma ocorrerão
ajustes de ponteiros nos limites das regiões de cada PRC. Esse é o modo de
operação para as redes internacionais e nacionais onde existam várias
regiões de operação com diferentes PRC’s. Esta é uma solução quando os
problemas de estabilidade de freqüência começam a ficar críticos
devido ao aumento da rede se sincronismo na região de um determinado PRC.
Plesiócrono:
O modo plesiócrono ocorre quando a referência de sincronismo e as
referências alternativas são perdidas em um ou mais relógios da rede. O
relógio entrará no modo autônomo ou no modo livre. Se a sincronização for
perdida no primeiro elemento de rede que faz conexão com a PDH, a geração do
contêiner virtual será assíncrona e as variações de freqüência causarão
ajustes de ponteiro por toda a rede SDH. Se a sincronização for perdida no
último elemento de rede que faz conexão a PDH, também existirão ajustes de
ponteiro na saída da SDH. Entretanto, se a falha de sincronização ocorrer em
um elemento de rede intermediário, isso não resultará em ajustes de ponteiro
no elemento de rede que faz a conexão da SDH com a PDH, pois os movimentos
de ponteiros causados pelo elemento de rede com falha serão filtrados pelo
próximo elemento de rede, o qual estará sincronizado.
Assíncrono:
O modo assíncrono corresponde à situação onde ocorre grande variação de
freqüência. A rede SDH não é especificada para manter o tráfego com um
relógio de precisão menor que o especificado para Relógio Escravo para
Equipamentos da SDH (livre = 4,6 partes por milhão). Uma precisão de 20
partes por milhão é necessária para evitar o sinal de indicativo de alarme
da seção multiplex (MS-SIA), aplicável para regeneradores ou qualquer outro
equipamento da SDH no qual a perda de todas as referências de sincronismo
impliquem em perda de todo o tráfego.