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FUST
Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações

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Notícias: Janeiro-Março 2003

 

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FUST - Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações

Telecomunicações - Questões jurídicas

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Página sobre o Fust

Conteúdo

- Governo Lula prioriza Fust com banda larga [03/01/.2003]
- Propostas para aplicação do Fust devem sair em duas semanas [10/01/2003]
- Minicom: Anatel entrega novo modelo de Internet Escolar [14.01.2003]
- Internet escolar é prioridade para Lula, diz ministro [30.01.2003]
- Walter Pinheiro quer novo projeto de lei para o Fust [06/03/2003]
- Miro Teixeira promete novo edital do Fust em 30 dias [26/03/2003]
- Governo estuda descentralização das verbas do Fust [26/03/2003]


Governo Lula prioriza Fust com banda larga   [03/01/.2003]

Computerworld

O novo ministro das comunicações, Miro Teixeira, quer o descontigenciamento ( verbas retidas pela equipe econômica para que as contas públicas apresentem superávit) dos recursos do Fundo de Universalização das Telecomunicações (Fust), estimados em R$ 2 bilhões.

Teixeira, que nesta quinta-feira, 2, foi empossado oficialmente no cargo, revelou que faz parte das suas prioridades utilizar os recursos na retomada o mais rápido possível do programa de Internet Escolar.

O novo ministro, entretanto, quer que o modelo de acesso à Internet aconteça através de conexões baseadas na banda larga.

"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já colocou a Internet em alta velocidade para as escolas na sua lista de prioridades", atestou o novo ministro das Comunicações.

Para desbloquear os recursos contigenciados pela equipe econômica do então Ministro da Fazenda, Pedro Malan, Teixeira planeja reunir-se o mais rápido possível com o novo Ministro da pasta, Antonio Palocci.

"Tenho certeza de que não haverá problemas para desbloquear os recursos do Fust já que há verbas garantidas por lei", finalizou o novo ministro.


Propostas para aplicação do Fust devem sair em duas semanas  [10/01/2003]

Sexta, 10 de janeiro de 2003, 08h28

O ministro das Comunicações, Miro Teixeira, deve começar a decidir daqui a duas semanas como vai utilizar o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) -uma das prioridades de sua gestão - quando terá acesso a um relatório com propostas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
O prazo foi definido ontem na reunião entre o ministro e o presidente da agência, Luiz Guilherme Schymura. Entre as propostas para o uso das verbas do fundo está levar a Internet às escolas públicas do país. O Fust, formado com arrecadação de 1% das receitas das empresas de telecomunicações, acumulou até 2002 cerca de 2 bilhões de reais.
Teixeira afirmou ao presidente da Anatel que o destino dos recursos do fundo é uma questão prioritária de sua gestão e que por isso tem "pressa", disse Schymura a jornalistas após a reunião.
Técnicos do Ministério e da Anatel devem se reunir nos próximos dias para a formulação das propostas a serem entregues ao ministro.
Segundo Schymura, o documento será um resumo de sugestões de tipos de serviço e regiões onde o fundo poderá ser utilizado.
Teixeira já deu declarações de que pretende usar o Fust para a instalação de computadores em escolas públicas e comunidades carentes.
Mas Schymura não quis restringir seu uso apenas para este fim. "Ele (Miro Teixeira) tem interesse na área de educação, mas não disse que vai usá-lo só na educação".
Segundo o presidente da Anatel, se o ministério quiser implementar uma política de universalização muito abrangente, os R$ dois bilhões não seriam suficientes.
"Dependendo de quão ambicioso for o programa, talvez dois bilhões (de reais) seja pouco", disse o presidente da Anatel exemplificando que 18 milhões de habitantes no Brasil ainda não possuem telefone.
"Se o governo quiser subsidiar R$ 20 para a compra de aparelhos, sem falar na infra-estrutura, só isso já daria R$ 5 bilhões por ano."
Por isso, durante a reunião não se descartou a hipótese do governo procurar recursos adicionais ao Fust para a execução das propostas. O deputado Sérgio Miranda (PCdoB-MG), presente ao encontro, se predispôs a buscar essas alternativas. Também estava presente o secretário de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, Fernando Pelegrino.
TV Digital
Nas próximas semanas Teixeira também terá acesso a informações sobre a questão da TV digital. O governo terá que escolher quais das tecnologias disponíveis - norte -americana, européia ou japonesa - irá implementar no Brasil.
Segundo Schymura, a Anatel tem um "cabedal enorme" de informações para que o ministério possa traçar sua política e até caso queira mudar as direções definidas pelo antigo governo. Recentemente, o ministro declarou que tem a intenção de incluir na discussão o fomento de uma tecnologia de TV digital desenvolvida no Brasil.
A Anatel também está interessada em discutir com o Ministério as contratações de seus funcionários, paralisada por uma Ação Declaratória de Inconstitucionalidade. Segundo Schymura, o ministro mostrou-se "sensível" à questão e se esforçará para abrir concurso para os cargos o mais rápido possível.
Sobre sua permanência na presidência da agência, Schymura brincou. "Pela cara dele (Miro Teixeira), ele quer que eu fique mais uns dez anos. Só não sei se eu vou poder ficar."


Minicom: Anatel entrega novo modelo de Internet Escolar   [14.01.2003]

Computerworld

O ministro das Comunicações, Miro Teixeira, espera receber na próxima sexta-feira, 17, uma análise que está sendo elaborada pela Anatel, para efetivar mudanças no programa da Internet escolar.

O novo esboço deverá impor a conexão de alta velocidade(banda larga) e “menos burocracia” na contratação da rede de telecomunicações.

Segundo o ministro, há a intenção de convocar os ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia para participarem do processo de definição do novo modelo de internet escolar.

“Em algum momento teremos que nos reunir para fecharmos o programa ”, afirmou Miro Teixeira.


Internet escolar é prioridade para Lula, diz ministro  [30.01.2003]

André Silveira, de Brasília

O ministro das Comunicações, Miro Teixeira, afirma que o programa internet escolar é prioridade pelo presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva. Por este motivo, reforça o ministro, que o governo vai retomar o programa o mais breve possível. Isso significa, ressalta Miro Teixeira, que o Tesouro Nacional não irá contingenciar os recursos.

“Por maior que fosse a necessidade de superávit, não ocorreria cortes neste programa”, decretou.

No que se refere ao valor atualmente disponível (cerca de R$ 120 milhões provenientes do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust)), Teixeira afirma que o governo tem a liberdade de descontingenciar mais recursos, independentemente de período. Na avaliação do ministro, a retenção dos recursos é a questão mais simples.

Até hoje, o fundo arrecadou cerca de R$ 2,2 bilhões. O primeiro passo para retomada do programa foi procurar as operadoras com o objetivo de obter informações sobre experiências e sugestões que poderão ser executadas.

“Recebemos documentos da Brasil Telecom, Telemar e Vésper. Agora, vamos entrar na fase de análise legal do problema”, afirma.

Miro Teixeira também informou que, a partir de 28 de fevereiro, as operadoras irão abrir laboratórios em algumas cidades brasileiras para avaliar as alternativas operacionais do Internet escolar. “Alguns executivos me informaram que a velocidade de 64 Kbps é suficiente para os computadores das escolas. Eu quero analisar após uma experiência”, afirma.

O ministro também quer saber se a melhor alternativa seria que as operadoras assumissem o cabeamento e a transmissão, ou se as empresas também assumissem o fornecimento de computadores.

Segundo ele, o governo tem duas opções: ou promove licitações, ou passa a responsabilidade de implantação para as operadoras, e depois as ressarce.

Teixeira prefere promover licitações. Caso isso, ocorra, o governo deverá precisar de, pelo menos, 90 dias para concluir todo o processo. Hoje, segundo ele, o deputado Sérgio Miranda (PC do B- MG), um dos maiores contestadores do modelo promovido pelo governo anterior, trabalha na elaboração de uma proposta junto com os técnicos do ministério.


Walter Pinheiro quer novo projeto de lei para o Fust  [06/03/2003]

André Silveira, de Brasília

Os programas do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) poderão ser retomados ainda este ano. A afirmação é do deputado Walter Pinheiro (PT-BA).

"A implantação dos programas é mais importante do que o superávit primário. Isto porque a base da inclusão digital está nos programas do Fust. Sem estes programas, não há como proporcionar a universalização do acesso à informática no País”, afirma.

Atualmente, cerca de R$ 100 milhões dos R$ 2,2 bilhões do fundo estão liberados para aplicação nos programas. O restante encontra-se contingenciado pela equipe econômica para auxiliar no superávit primário do governo.

Na avaliação do deputado, para se dar início aos programas, o Congresso Nacional deve rever a lei que criou o fundo. A idéia é elaborar um modelo de gestão diferente do concebido para a Internet Escolar, que foi interrompido em agosto de 2001. “Nós temos que incluir maior comprometimento das operadoras no processo”, observa.

Caso as lideranças partidárias concordem com a tramitação de urgência, a expectativa é que o novo projeto de lei seja aprovado em um prazo de três meses. O período poderia comprometer apenas o primeiro semestre.

No entanto, se o governo optar pelo cronograma estabelecido pela Anatel (nove meses) para adequação dos programas, a aplicação este ano fica totalmente comprometida.


Telexpo
Miro Teixeira promete novo edital do Fust em 30 dias  [26/03/2003]

Ana Paula Lobo

O Ministro das Comunicações, Miro Teixeira, informou nesta terça-feira, 25, que dentro de no máximo 30 dias, será publicado um novo edital para a licitação do Fundo de Universalização do Setor de Telecomunicações (Fust).

A licitação tem como objetivo levar o acesso à Internet para cerca de 13 mil escolas do ensino público fundamental. No ano passado, o edital - lançado pela Anatel - foi contestado judicialmente pelos participantes.

" Precisei vencer a minha pressa para tratar este tema com cautela. Precisamos redigir um edital que não permita as inpugnações judiciais. Para isso, é preciso trabalhar claramente nas regras. Mas, deixo claro que o edital será o mais livre possível", informou Teixeira.

Entre as modificações já previamente conhecidas estão a possibilidade de adoção do Linux - no edital da Anatel, o Windows era o sistema preferencial - e a participação de todo e qualquer provedor de acesso à Internet. No anterior, a disputa ficaria restrita às operadoras locais - Brasil Telecom, Telemar e Telefônica.

Sobre a questão do contigenciamento das verbas do Fust pela área econômica, Teixeira afirmou que o Ministro da Fazenda, Antônio Palocci, já afirmou que tem interesse na realização do projeto. O ministro das comunicações não prevê dificuldades para a liberação dos recursos.

"É claro que não vamos gastar R$ 3 bilhões de uma hora para a outra. Esse processo será conduzido dentro da realidade da economia do País. Mas, ele não ficará no papel. A intenção é que já este ano tenhamos algumas medidas de inclusão digital a partir do Fust", finalizou o Ministro das Comunicações.
Autor: Ana Paula Lobo
Data: 25/03/2003


Governo estuda descentralização das verbas do Fust   [26/03/2003]

O assessor do Ministério das Comunicações, Márcio Wohlers, admitiu ontem, dia 25, durante seminário sobre inclusão digital, na Telexpo, que o governo estuda a descentralização das verbas do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), repassando recursos para Estados e municípios.

O ministro das Comunicações, Miro Teixeira, declarou também, durante a Telexpo, que espera que o novo edital do Fust fique pronto no máximo em 30 dias. Seu assessor, no entanto, ressaltou que é preciso equacionar “a pressa com a cautela jurídica”. Mas assegurou que não vai esperar a “mudança da lei do Fust”.

O governo quer também aperfeiçoar alguns conceitos, como o Terminal de Uso Público e o Posto de Serviço de Telecomunicações, dando-lhes funções de acesso à internet. Um dos objetivos é contar com uma densidade de 6 TUPs por mil habitantes até dezembro de 2009.

Entre propostas do ministério, ligadas a inclusão digital, o governo quer propor ao setor o fim do pulso e substitui-lo pelo minuto e tirar a taxa de habilitação da cesta tarifária local. Quer também criar novas classes de usuários, como o rural.

O Fust é uma taxa cobrada das operadoras de telecomunicações, que não podem onerar suas tarifas em razão da cobrança deste valor, que é de 1%. Os recursos são usados em projetos de inclusão digital, mas devido a pendências jurídicas, as licitações de alguns projetos, como o de informatização de escolas públicas, foram paralisados.
[ Ralph Manzoni Jr. ]


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