21/08/08

Conexão WiMAX - WiMAX e web 2.0 a favor do ensino
Por Jana de Paula

E se as tecnologias de web 2.0 permitissem, em alguns anos, a todas as universidades, a todas as escolas do mundo, acesso ao conhecimento indispensável, a custo muito baixo?
Este é o mote do projeto Coselearn, que reúne uma dúzia de universidades da África francófone, através de ferramentas web 2.0.
Para Louis Naugès, owner da Revevol, que atua em projetos de empresas 2.0 e participa do projeto, a web 2.0 representa "uma oportunidade extraordinária" para o mundo da educação.
É suficiente um acesso à internet em banda larga de velocidade razoável para que todos os alunos e professores acessem às ferramentas e conteúdo de excelente qualidade.  
O especialista listou em recente apresentação na Europa, as prioridades de investimento num tipo de projeto como este.
Para Naugès, os únicos investimentos prioritários em tecnologia da informação são os necessários para implementação de redes sem fio - WiMAX ou 4G - já que, segundo ele, as atuais redes com fio existentes são pouco desenvolvidas nos países emergentes. "As vantagens das infra-estruturas de web 2.0 saltam aos olhos no caso destes países. Uma vez que as redes foram instaladas, é suficiente investir em objetos de acesso 'low cost', notebooks ou PCs portáteis, para proporcionar, imediatamente, um acesso universal à todo o conhecimento de base necessário para cobrir as necessidades pedagógicas - do maternal à universidade", afirma Naugès. 
Com o apoio de 'cloud coomputing', que permite economia de investimentos pesados em servidores, centros de cálculos e recursos de software necessários à sua gestão, as universidades inovadoras podem concentrar seus sempre limitados recursos em conteúdo pedagógico e recursos humanos necessários para melhor aproveitar-se da tecnologia.
Numa "lógica colaborativa", muito à la web 2.0, quanto maior o número de países e universidades interligados, maior a qualidade do conteúdo pedagógico à disposição de professores e alunos. 
Fica a sugestão.
Até semana que vem. 

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28/08/08
Conexão WiMAX - Os destaques da semana
Por Jana de Paula

É grande a expectativa entre os players locais quanto ao rearranjo das licenças de uso de radiofreqüências.
A perspectiva de aumento de aplicações em banda larga no país - na qual são feitos amplos investimentos em vários segmentos - leva os atores do ecossistema de 3G a desejarem acima de tudo novas regras para o uso espectro referentes à banda larga, sobretudo móvel.
Ricardo Tavares, VP sênior de Políticas Públicas da Associação GSM (GSMA), por exemplo, considera urgente a revisão por parte do governo quanto à alocação das bandas em 2,6GHz, hoje nas mãos das operadoras de MMDS.
Nos últimos 20 anos, a indústria mundial de celular  tem se contentado com seus entre 400 MHz e 700 MHz de banda de seus espectros licenciados  para prestar serviços de voz e mensagens curtas. Mas, agora, querem mais.

Diante da perspectiva de oferta de serviços que implicam transmissão de grandes volumes de dados nas novas redes HSPA e além, onde é fundamental a oferta de vídeo como diferencial competitivo, é preciso que se multiplique a quantidade de espectro disponível para esta parte da indústria móvel.
Esta é, inclusive, a recomendação da família UMTS (veja os gráficos).
O problema é que, no momento, pelo menos 50% da banda voltada para este tipo de aplicações está de posse das MMDS.
Mas, como em 2009 se inicia a agenda de renovação destas licenças (a da TVA expira em 2010 e sua revisão deve começar em 2009), os players de 3G/UMTS do país sonham com uma nova divisão destas bandas de freqüência.

O WiMAX tem seu papel neste rearranjo, sob o ponto de vista da GSMA e especificamente no caso do Brasil.
Com os novos serviços no padrão de WiMAX móvel alocados na mesma banda em que hoje as MMDS oferecem serviços de TV paga (note-se que as MMDS são players em potencial de WiMAX móvel), Tavares acredita que haja a possibilidade de maior eficiência por banda de espectro. "De fato ninguém tem 199 MHz disponíveis em 2,6 GHz, hoje, nem mesmo as operadoras de MMDS. E, já que este segmento está em fase de atualização tecnológica e muitos visam adotar redes WiMAX, este é o momento de haver uma barganha.
Afinal, as perspectivas são de 15 milhões de usuários de banda larga até 2011. E, em 2011, as redes atuais de celulares estarão saturadas, o número de sites maior, mais altos os custos e menor a disponibilidade de espectro", pondera o executivo.
A idéia é que, mais eficientes, as MMDS necessitem de menos banda de espectro. E já que, hoje - e até 2016 - os 700 MHz estão exclusivamente dedicados pelo governo à transição da TV analógica para a digital, não sobra muitas opções aos players de GSM/UMTS, que não pelejar por uma parcela das bandas de 2,5GHz. "Em três anos haverá demanda por espectro adicional", prevê Tavares.Isto porque 2010 é o ano previsto para o lançamento mundial da LTE, a tecnologia de Quarta Geração (4G) da família GSM, cujas taxas médias de transmissão estão previstas em torno dos 100 Mbps, superiores, portanto, aos entre 50 e 70 Mbps do HSPA, já adotado por várias operadoras latino-americanas.
Ora, já que apenas entre 2017 e 2018 será possível dispor dos 700 MHz, a banda em 2,6 GHz se afigura para os players de GSM como a única disponível. Barganhar mais espectro, portanto, é preciso.
A razão alegada é de que, para garantir a qualidade do serviço, o espectro tenha o uso mais harmônico possível.
Até semana que vem.

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