BLOCO
Blog dos Coordenadores ou Blog Comunitário
da
ComUnidade WirelessBrasil

Março 2010               Índice Geral do BLOCO

O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão  Celld-group e WirelessBR. Participe!


07/03/10

• "Março com 4G" (12) - Jana de Paula: "Banda larga, Copa do Mundo, HSPA, Olimpíadas, LTE..."

de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br, wirelessbr@yahoogrupos.com.br, Jana de Paula <jana@e-thesis.inf.br>
cc goes.adriano@gmail.com, mecrodrigues@gmail.com

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!

Prosseguimos com o evento virtual "Março com 4G", uma parceria informal entre a ComUnidade e o Portal e-Thesis.

01.
Conforme combinado ontem, transcrevo mais abaixo, este interessante artigo:
Fonte: e-Thesis
[03/12/09]   Banda larga, Copa do Mundo, HSPA, Olimpíadas, LTE... - por Jana de Paula

02.
Previsão de atividades para os próximos dias.
Durante esta semana vamos "iluminar" dois trabalhos técnicos e os mais "necessitados" já podem conferir as "chamadas" no próximo item:  :-)

Vamos também iniciar a a atualização online da Cartilha Eletrônica do WiMAX publicada no e-Thesis.
Contamos com a participação de todos e, do mesmo modo, os mais "necessitados em ajudar" já podem ir lá conferir no link acima.  :-)
Animação, ComUnidade! :-)

03.
O nosso participante Márcio Rodrigues (
mecrodrigues@gmail.com) (que andava lá pelas Alemanhas no ano passado) é autor dos trabalhos técnicos:
Telefonia Celular e
Aspectos de Rádio Propagação 

Em março de 2007, durante o "Especial WiMAX", Márcio divulgou mais este trabalho:
Redes WiMAX – Aspectos de Arquitetura e Planejamento".
Foi publicado simultaneamente no Portal e-Thesis e no Site WirelessBR .
Comentário nosso: Excelente! Vale conferir!
(...) No trabalho, são estudados os principais padrões IEEE 802.16 desenvolvidos e especificados até o momento: IEEE 802.16 rev 2004 e IEEE 802.16e. São abordadas suas características técnicas, esquemas de modulação, arquiteturas de rede e tipos de equipamentos existentes atualmente.
Estuda-se os aspectos de propagação na faixa de 2 a 11 GHz e fundamentos importantes para o planejamento dos sistemas, como minimização de interferência intra-sistêmica e inter-sistêmica, planejamento de freqüências e capacidade de tráfego. (...)

04.
Em visita ao Portal Teleco encontro este trabalho:
Fonte: Teleco - Seção de Tutoriais
[14/07/08]  Redes 4G: Aplicação de Modelos de Propagação - por Adriano Almeida Goes

Este tutorial apresenta um estudo prático sobre os modelos de propagação mais usados e de sua aplicação no planejamento de cobertura em redes wireless da próxima geração.
(...) propõe o estudo de diversas situações de propagação e mobilidade. O objetivo de cada modelo é recriar através de expressões matemáticas, fenômenos comuns às transmissões sem fio e aplicá-las de forma prática em equipamentos e serviços. Este planejamento é muito importante permitindo até atribuir ganhos ao número de usuários da rede e com isso maximizar a sua capacidade trazendo assim enormes benefícios econômicos na implantação.(...)

Adriano Almeida Goes (goes.adriano@gmail.com)
Formado em Engenharia Elétrica com ênfase em Telecomunicações (2006) e mestrando em Gestão de Redes de Telecomunicações pela Pontifícia Universidade Católica Campinas, SP.
Atualmente é trabalha como engenheiro de redes na área de transmissão da VIVO S/A, possuindo mais de 10 anos de experiência trabalhando na construção de sistemas para gerência de redes e desenvolvimento de softwares.
É membro do grupo de pesquisas avançadas em comunicação wireless da PUC Campinas com trabalhos publicados em congressos nacionais e internacionais. Integrante do Grupo de Avaliação Brasileiro do IMT-2000, que coordena a pesquisa em IP-OFDMA como uma nova tecnologia 3G.
É também redator da revista Saber Eletrônica, com interesse em projetos na área de redes sem fio, processamento de sinais, gerência de redes para desenvolvimento de sistemas de telecomunicações.

Parabéns, Márcio e Adriano!
Apareçam no nosso "Março com 4G!  :-)

05.
Chegando agora?
"Posts" anteriores:

"Março com 4G" (11) - Jana de Paula: Os próximos passos rumo à LTE
"Março com 4G" (10) - Dois textos do Estadão: Operadoras investem na 4G e Banda larga móvel 4G deve movimentar US$ 70 bi em 2014
"Março com 4G" (09) - "Março com 4G" (09) - Dois textos de Jana de Paula: "Águas de Março, com 4G, por favor!" e "O que a 4G e o mundo IP podem fazer pela saúde"
"Março com 4G" (08) - Padrão "m" ou WiMAX 2
"Março com 4G" (07) - Tutorial do Portal Teleco: "Redes 3G e Evolução para as Redes 4G"
"Março com 4G" (06) - "Convergência LTE e WiMAX revisitada" + Atualização da "Cartilha Eletrônica do WiMAX"
"Março com 4G" (05) - 4G: uma nova Guerra Mundial
"Março com 4G" (04) - "WiMAX e LTE: um caso de coexistência na 4G" + "WiMax e LTE podem acabar com cobrança de chamadas de voz no celular"
"Março com 4G" (03) - Artigo da diretora de Comunicações de Marketing do WiMAX Forum: "WiMAX: abra o seu mundo"
"Março com 4G" (02) - José Smolka indica dois artigos: "Sprint and Verizon head-to-head in '4G' " e "Clearwire's Mexican alliance in doubt after regulator decision"
"Março com 4G" (01) - Início do evento virtual, fechando o verão... + Jana de Paula: "WiMAX ingressa numa nova etapa, mais complexa"
Chamada Geral (2) - Evento comunitário "Março com 4G"
Chamada Geral (1) para um Evento Comunitário sobre WiMAX, 4G, Etc...

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa

----------------------------------

Fonte: e-Thesis
[03/12/09]   Banda larga, Copa do Mundo, HSPA, Olimpíadas, LTE... - por Jana de Paula

O governo precisa dar maior atenção à infra-estrutura móvel de telecomunicações para que o país esteja apto para sediar a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. É preciso levar em conta que se dispõe de seis anos para atualizar toda esta base tendo em mente a forte demanda por conexão e transmissão de dados dos dois jogos. A formatação de um plano nacional de banda larga coerente, e que leve em conta questões regulatórias e da indústria do setor, deve ser feita imediatamente. Para que o país supere o gap de acesso à banda larga - cuja penetração hoje é de 7% do mercado total - e o governo atinja a meta de 60 milhões de assinaturas móveis até os dois eventos esportivos, será necessária a adição de 10 milhões de assinaturas móveis/ano, no período, o que se apresenta "um desafio mundo grande". Mas nada impede que o país disponha de LTE já na Copa do Mundo de 2014. A avaliação é de Erasmo Rojas, diretor da associação 3G Americas para América Latina e Caribe.

Aprove ImagemA formulação de um plano de banda larga na ótica da associação que representa o ecossistema de 3G/LTE deve implicar a oferta de equipamentos baratos - de redes e para o consumidor final - o que pode ser conseguido com uma política de redução das taxas de importação e dos impostos, além de contemplar subsídios de dispositivos de acesso à internet de baixo custo. Do lado das operadoras, Rojas (foto) disse que a quantia exata dos investimentos a serem feitos para atualização da infra-estrutura móvel de Telecom é "uma informação que vale um milhão". Mas ele recorda que as duas operadoras com atuação na América latina que já se comprometeram com 4G - América Móvil e Telefônica - prevêem investimentos de US$ 3 bilhões. Deste total, 1/3 será investido no Brasil.

"Ou seja, destas duas operadoras há previsão de investimentos de US$ 1 bilhão. O plano de banda larga deve se elaborado de tal modo que os investimentos previstos não sejam em sua maior parte destinados à aquisição de espectro, pois há os custos relativos às redes, com os equipamentos e uma série de outros gastos a serem realizados", acrescentou Rojas.

Aprove ImagemO diretor da 3G Américas imagina um plano no esquema win-win entre governo e indústria. Por exemplo, o serviço de banda larga gratuito para escolas, hospitais, postos policiais e postos de serviços públicos pode vir com a contraparte de doações de laptops e outros dispositivos de baixo custo.

LTE nas Olimpíadas de 2016

A 3G Américas já delineou as linhas gerais da realidade tecnológica de 2014 e 2016 no país. Para a Copa do Mundo, que se realizará em 12 cidades brasileiras, entre elas as principais capitais, a previsão é de plena disseminação do HSPA ++ (release 8 e 9) nas redes de comunicações móveis do país. Haverá, também, ‘ilhas' de LTE, principalmente no centro de dados do evento, onde a necessidade de transmissão e recepção de dados será intensa e crítica.

Já durante 2016, Roja prevê que a LTE esteja "mais madura" e melhor disseminada nas novas redes e acessada através de smartphones mais sofisticados. "Os primeiros dispositivos de acesso a maior volume de dados em HSPA release 8 serão os cartões de computador, entre 2010/2011", prevê Rojas. Em 2011/2012 ele imagina que já estejam no mercado modelos de iPhone e BlackBerry que trafeguem nestas novas redes. Mas, o executivo fez questão de destacar que o acesso principal será feito através de notebooks e laptops:

"Isto é um pouco da situação e no que se deve basear a competição entre as quatro grandes operadoras com atuação no país - Vivo, Claro, TIM e Oi -, além da introdução de novos negócios - e novos players - em internet fixa e TV neste cenário competitivo", analisa Rojas.

Espectro velho, espectro novo

Neste trabalho conjunto que a 3G Américas prega que deva existir entre governo e indústria do setor, há as tarefas exclusivas do governo. E três níveis de prioridade: de curto, médio e longo prazo. E neste particular a prioridade número um é o refarming do espectro. Rojas divide a necessidade de espectro em duas vertentes principais - espectro ‘velho', ou seja, o rearranjo da faixa de 1.800 MHz do SMP, onde ainda há 40 MHz a serem licenciados, e a entre 1,9 e 2,1GHz, com 20 MHz disponíveis. Estas faixas serviriam para dar maior fôlego aos serviços de 3G cujo espectro, hoje, já está próximo da saturação e tem resultado em quedas na velocidade dos serviços que muito desagradam os usuários.

Active ImageNestas faixas - 1.800 MHz e 1,9 a 2,1 GHz - a reivindicação da indústria associada à 3G Américas é que as novas ofertas de licenciamento sejam feitas pelo governo no primeiro semestre de 2010, o mais tardar. Rojas lembra que o primeiro leilão de 3G foi feito há dois anos e, naquela época, só os players já estabelecidos puderam concorrer. A Nextel, por exemplo, foi barrada na ocasião. Uma nova oferta deveria vir com novas regras e abertura à participação de novos players.

Já a faixa dos 2,5GHz - destinada pela União Internacional das Telecomunicações (UIT) às tecnologias de 4G - é considerada como o ‘novo' espectro. Rojas defende que se mantenha a proposta inicial de refarming da Anatel, de 140 MHz para as operadoras do SMP e dos 50 MHz restantes às do MMDS. Com 200 MHz de espectro em mãos, Rojas acredita que as evoluções do HSPA e a instalação da LTE estejam garantidas. Mas, após muita reclamação da parte das MMDS, não está mais clara a nova repartição do espectro de 2,5GHz no país.

Um dos objetivos da 3G Américas para obtenção de faixa tão favorável de espectro é a possibilidade de aumento dos serviços de dados, o que deve causar impacto positivo na parcela destes serviços no bolo total dos serviços móveis. Embora maior capacidade de transmitir serviços de Aprove Imagemdados não seja garantia de que o ARPU deva aumentar muito sua média - hoje em torno dos US$13 no Brasil e na América Latina em geral - certamente este movimento poderá aumentar a participação dos dados entre os serviços. Hoje, enquanto 88% dos serviços de telefonia móvel do SMP são de voz, os dados ocupam modestos 12% de participação. Para que, já em 2010, esta parcela suba para 16% será necessário mais espectro. É para dar mais espaço para o tráfego de dados que a 3G Américas reivindica os 40 MHz da faixa de 1.800 MHz e 20 da de 1,9 a 2,1 GHZ.

A 3G Américas salienta que aumentar a capacidade de tráfego de dados é aumentar a receita das operadoras já que, até 2014, o valor dos serviços de voz tende a cair ainda mais. É preciso que se promova uma base segura e veloz para o tráfego de correio eletrônico, acesso às redes sociais, novos serviços comercializados em lojas de aplicações, de música... "Já em 2010 a mensagem das operadoras será - de maneira crescente - de que o aparelho móvel no é só para se falar nele. Este conceito será inerente às campanhas de vendas de todas operadoras".

O quadro, em resumo, é este: a competição cada vez mais centrada em serviços de valor adicionado, forte necessidade de mais espectro, demanda por banda larga cada vez maior; a premência de redução da brecha digital para que os novos serviços ganhem novos segmentos de público... e duas cerejas no bolo - dois eventos de porte planetário, ou duas oportunidades ímpares para se obter financiamento de um lado e para fazer o governo se mexer, de outro.

Mais tecnologia na Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas de 2016 no Blotheco


 [Procure "posts" antigos e novos sobre este tema no Índice Geral do BLOCO]            ComUnidade WirelessBrasil