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2012 - TELEBRÁS E PROJETO NACIONAL DE BANDA LARGA (PNBL)

 
Telebrás e PNBL

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Índice geral dos "posts" registrados no Bloco Tecnologia do Portal WirelessBRASIL

Transcrições dos "posts"
 por períodos

2012

2011 - Primeiro semestre

2011 - Segundo semestre

2010 - Primeiro semestre

2010 - Segundo semestre

2009 - Primeiro semestre

2009 - Segundo semestre

2007 e 2008


Transcrições de matérias
de 2012 e 2013:

Artigos e notícias de 2012 e 2013


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Resumo e Acompanhamento

A Telebrás foi criada pela Lei 5.792, de 1972.
De acordo com essa lei, a estatal estava autorizada a prestar serviços de telecomunicações, desde que por empresas subsidiárias, e para tanto a companhia tinha autorização para a criação de tais companhias.

A Lei no 9.472, de 16 de Julho de 1997, conhecida como LGT - Lei Geral de Telecomunicações, determinou a reestruturação e desestatização das Empresas Federais de Telecomunicações, entre elas a Telebrás.

Em 1998 uma certa portaria 196, assinada pelo então ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros, dava 12 meses para que fossem adotadas as providências para a preparação de um Plano de Liquidação da estatal, que deveria ser aprovado pelo Conselho de Administração da empresa. Uma vez aprovado, o plano de liquidação seria executado por meio de uma Assembléia Geral Extraordinária de acionistas para dissolver a estatal. Mas o plano jamais chegou a ser elaborado.

Em 04 de junho de 2010, o ministro das Comunicações, José Arthur Filardi, extinguiu a citada portaria 196 por meio de outra portaria. O motivo alegado para a anulação do documento é que houve "perda de objeto", uma vez que a estatal ganhou novas atribuições pelo decreto nº 7.175/2010, que criou o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL).

A grande polêmica sobre a Telebrás é que, para todos os efeitos, a estatal continua em processo de liquidação e o decreto que criou o PNBL ignorou este fato e atribuiu novas funções à empresa. Ou seja, a Telebrás foi extinta por uma Lei e somente poderia ser reativada por outra Lei.

Aqui está um sequenciamento de alguns fatos a partir de 2008, com base unicamente o que foi divulgado na mídia:

• Em 25 de novembro de 2008 foi divulgado que o Secretário de Logística e Tecnologia da Informação, Rogério Santanna, assumirá vaga destinada ao Ministério do Planejamento, no Conselho de Administração da Telebrás. A decisão já tinha sido discutida no dia 28 de outubro na 320ª Reunião Ordinária deste Conselho. Santana ocupará vaga deixada por Luiz Awazu Pereira da Silva.

• Em 22 de setembro de 2009 o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, renunciou à vaga no Conselho de Administração da Telebrás. Seu substituto é o diretor do Departamento de Temas de Infraestrutura da Secretaria de Planejamento e Investimento do mesmo ministério, Denis Sant’Anna Barros.

• O decreto nº 6.948, de 25 de agosto de 2009 instituiu, no âmbito da Presidência da República, o Comitê Gestor do Programa de Inclusão Digital - CGPID.

• O Projeto Nacional de Banda Larga - PNBL - foi instituído pelo
Decreto nº 7.175, de 12 de maio de 2010.
Este "decreto do PNBL" alterou o "decreto do CGPID" em alguns pontos, bem identificados, em cor diferente, num
"post" anterior.
Pelo "decreto do PNBL" cabe ao CGPID "a gestão e o acompanhamento do PNBL".

Para a consecução dos objetivos previstos no "decreto do PNBL" caberá à TELEBRÁS:
- implementar a rede privativa de comunicação da administração pública federal;
- prestar apoio e suporte a políticas públicas de conexão à Internet em banda larga para universidades, centros de pesquisa, escolas, hospitais, postos de atendimento, telecentros comunitários e outros pontos de interesse público;
- prover infraestrutura e redes de suporte a serviços de telecomunicações prestados por empresas privadas, Estados, Distrito Federal, Municípios e entidades sem fins lucrativos; e
- prestar serviço de conexão à Internet em banda larga para usuários finais, apenas e tão somente em localidades onde inexista oferta adequada daqueles serviços.

• Em 12 de maio de 2010 o Conselho de Administração da Telebrás aprovou o nome do atual secretário de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, para presidir a companhia. Ele assume o cargo em substituição a Jorge da Motta e Silva.
Da mídia sabe-se que Santanna  continuará acumulando os dois postos (SLTI e Telebrás) até que se desligue do atual no Ministério do Planejamento.

• Em 23 de junho de 2010 o Conselho de Administração da Telebrás anunciou a redação de um novo Estatuto, em função das atribuições que terá no cumprimento do que determina o Decreto 7.175, de 12 de maio de 2010, que instituiu o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
Sobre o tema vale conferir esta matéria:
Para especialistas, novo estatuto da Telebrás beira a ilegalidade.

• Em 22 de junho de 2010 a mídia noticiou que a Anatel finalizou a análise da lista contendo 60 nomes de funcionários que deverão retornar à Telebrás.

• Em 23 de junho de 2010  foi implantado o Fórum Brasil Conectado, núcleo de debates com a sociedade civil, empresários e membros do governo sobre as diretrizes de implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). O grupo conta ao todo com 56 entidades. O Fórum é vinculado ao GGPID. O coordenador de Programas de Inclusão Digital da Presidência da República, Cezar Alvarez, preside o CGPID e o Fórum.

• Em 14 de julho de 2010 o DEM deu entrada no Supremo Tribunal Federal (STF) à um questionamento na forma de "Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental". Os advogados do partido alegam que ao menos três preceitos fundamentais da Constituição Federal foram desrespeitados pelo decreto presidencial nº 7.175, de 12 de maio de 2010, que ampliou o escopo de atuação da Telebrás, abrindo caminho para que a estatal torne-se o pilar da massificação de banda larga no país dentro do PNBL. Para o DEM, a ação governamental fere os princípios da "legalidade", da "separação de poderes" e da "livre concorrência". A íntegra está neste "post".

• Em 14 de julho de 2010 o Diário Oficial da União publicou extrato do contrato de locação assinado pela Telebrás, com dispensa de licitação,  com duração de três anos, para a instalação de sua nova sede em Brasília. O valor do contrato é de R$ 2.352.000,00.

• Em 15 de outubro de 2010 ocorreu a 343ª reunião ordinária do Conselho da Telebrás com a presença dos membros do Conselho Fiscal da Telebrás. Foi dado o primeiro passo para reduzir consideravelmente os papéis da estatal no mercado com a aprovação da proposta de grupamento de ações pelo Conselho de Administração. Pela proposta, cada 10 mil ações serão transformadas em uma, seguindo uma prática incentivada pela Bovespa. A proposta aprovada ainda precisa ser submetida à Assembleia de Acionistas. A partir daí, o plano prevê a abertura de prazo de 45 dias para que os detentores de ações ajustem suas posições em múltiplos de 10 mil.

• Em 22 de julho de 2010 a mídia noticiou que o presidente do STF, Cezar Peluso, se absteve de julgar a liminar (questionamento apresentado pelo DEM) entendendo que não havia urgência no caso para justificar sua atuação. “Submetam-se, pois, os autos a oportuna e livre distribuição, que permitirá ao relator sorteado apreciação do requerimento de liminar”, determinou o presidente em seu despacho.

Em 03 de agosto de 2010 a Telebrás realizou sua primeira Assembleia Geral Extraordinária (AGE) após a empresa ter sido revitalizada pelo governo federal. A reunião serviu, basicamente, para validar duas ações associadas com a reativação da estatal. A primeira foi a confirmação de Rogério Santanna como presidente da empresa.
Também foi aprovado na AGE o novo estatuto da companhia. Assim como a nomeação de Santanna para presidente, o documento já era público há alguns meses, mas também precisava de aprovação formal em assembleia para ser utilizado efetivamente. A principal mudança prática é a ampliação de seis para oito o número de assentos no Conselho de Administração da estatal.

• Em 24, 25 e 26 de agosto de 2010 o Fórum Brasil Conectado realizou sua segunda reunião e foram divulgadas as 100 cidades previstas para serem atendidas inicialmente pelo PNBL.

• Em 17 de setembro de 2010 a Telebrás colocou em consulta pública um Termo de Referência, documento que deverá compor uma eventual licitação para aquisição de equipamentos destinados à iluminar as fibras apagadas das estatais com solução baseada na tecnologia DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexing).

• Em 30 de setembro de 2010 a Telebrás divulgou a Consulta Pública N° 02 contendo:
- Termo de Referência para contratação de solução de rede de comunicação de dados em protocolo IP/MPLS, referente ao CORE IP e respectivo Planejamento Técnico.
- Termo de Referência para contratação de solução de rede de comunicação de dados em protocolo IP/MPLS, referente às redes de Borda e de Acesso IP.
- Termo de Referência para contratação de solução de rede de comunicação de dados em protocolo IP/MPLS, referente aos Sistemas Auxiliares da Rede IP.

• Em 01 de outubro de 2010 a Telebrás divulgou a Consulta Pública N° 03 contendo o Termo de Referência para contratação de solução de enlaces de rádios digitais. As três consultas podem ser acessadas a partir deste link.

• Em 04 de outubro de 2010 a Telebrás encaminhou para a Anatel o pedido de licença de Serviço de Comunicação Multimídia (SCM), autorização necessária para que a estatal comercialize internet banda larga para os provedores. Segundo a agência, o pedido foi encaminhado para a Gerência Geral de Serviços Privados de Telecomunicações, ligada à Superintendência de Serviços Privados, e posteriormente será enviado para análise do Conselho Diretor da Anatel. Não há prazo estabelecido para a análise do pedido.

• Em 06 de outubro de 2010 a Telebrás divulgou o Edital do Pregão Eletrônico para Registro de Preços nº 02/2010-TB com o seguinte Objeto: "Contratação, mediante Registro de Preços, de solução de infraestrutura básica, com fornecimento de contêineres, gabinetes e materiais, necessária para o funcionamento e proteção dos equipamentos ópticos, rádio e IP, a serem utilizados na rede nacional de telecomunicações, incluindo garantia e assistência técnica, instalação, treinamento e operação inicial." . A mídia explicou que o documento não passou por consulta pública porque se restringe à aquisição contêineres, gabinetes e materiais.

• Em 15 de outubro de 2010 em reunião, o Conselho de Administração da Telebrás formalizou a nomeação de mais três conselheiros. Os dois escolhidos para as novas vagas de "conselheiros independentes" são nomes conhecidos no setor de Tecnologia da Informação (TI). Trata-se de Demi Getschko, presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br); e de Carlos Afonso, diretor da Rede de Informações para o Terceiro Setor (RITS). Também foi confirmada a indicação do Procurador-Geral Federal, Marcelo Siqueira, para a vaga do Ministério do Planejamento no grupo de administração da Telebrás. Com isso, o conselho passa a funcionar com todas as vagas preenchidas.

• Em 04 de novembro de 2010 foi anunciada a decisão final do pregão eletrônico para a contratação de bens e serviços de rede com a tecnologia DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexing). Venceu a PADTEC.
Fundada em 2001, a Padtec tem 250 funcionários e neste ano deve faturar R$ 200 milhões, sem incluir na conta o contrato que pode ser fechado com a Telebrás. A empresa tem fábrica em Campinas e escritórios em São Paulo, Brasília, Rio, Argentina, Peru, México e Israel. Seu controle está nas mãos do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), que tem 65,7% da companhia. Os demais 34,3% pertencem à Ideiasnet, holding de investimentos em empresas de tecnologia. Fundação de direito privado, o CPqD era o braço tecnológico da Telebrás, antes da privatização do sistema de telefonia do país.

• Em 03 de dezembro de 2010 o conselho de acionistas da Telebras aprovou a proposta de agrupamento das mais de 1 trilhão de ações da companhia. Com isso, o valor das ações preferenciais e ordinárias vai passar a custar dez vezes mais. O grupamento aprovado foi na proporção de 10 mil ações para 1 ação da respectiva espécie, resultando em 109,6 milhões de ações, sendo 88,6 milhões de ações ordinárias e 21 milhões de ações preferenciais.

Em 22 de dezembro de 2010 a mídia começa a noticiar que O TCU (Tribunal de Contas da União) mandou a Telebrás "congelar" o contrato com duas empresas que venceram uma licitação para fornecer infraestrutura básica para o PNBL. O tribunal vai investigar denúncia de sobrepreço de até 90% nos valores contratados, além de direcionamento da licitação. Somente depois disso é que a Telebrás poderá prosseguir a contratação dos serviços com as empresas Clemar Engenharia e Zopone Engenharia. A Folha apurou que a CGU (Controladoria Geral da União) também vai investigar os contratos. A decisão cautelar do TCU está publicada aqui.

• Em 20 de janeiro de 2011 o Conselho Diretor da Anatel aprovou, por unanimidade, a liberação de uma licença de Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) para a Telebrás. "De posse da nova licença, que custa apenas R$ 9 mil, a estatal poderá ampliar bastante seu campo de atuação no mercado de telecomunicações. Isso porque, sem a autorização de SCM, a Telebrás estava restrita à oferta de capacidade de rede no atacado, seu foco principal no PNBL. A vantagem de se tornar uma operadora de SCM está na possibilidade de a Telebrás, caso haja necessidade e disposição do governo, prestar o serviço de Internet em banda larga diretamente aos consumidores finais."

• Em 11 de fevereiro de 2011 a Everest Engenharia conseguiu uma liminar suspendendo o pregão eletrônico de número 8, realizado pela Telebrás para a compra de rádios digitais e infraestrutura de torres e postes.

• Em 05 de março de 2012 a revista Exame comentou na matéria Telebrás tem prejuízo de R$ 47,9 milhões em 2011: "A companhia, que foi reativada em 2010 para implementar o Plano Nacional de Banda Larga, ainda não aufere receita suficiente para financiar sua atividade. "As receitas obtidas pela Telebrás com as aplicações financeiras, ainda são sua receita mais expressiva e tem sido utilizadas para cobrir os desembolsos decorrentes de suas atividades operacionais", informa a companhia."

• Em 18 de abril de 2011 o TCU divulgou que a Terceira Secretaria de Obras do Tribunal aponta a existência de sobrepreço (ou superfaturamento), além de erros grosseiros, pressa injustificada e diversas outras irregularidades na condução do Pregão 02/2010. A íntegra do documento do TCU está aqui.

Em 20 de abril de 2011, em nota enviada ao portal Ethevaldo Siqueira, o presidente da Telebrás, Rogerio Santanna, contesta as acusações de superfaturamento no Pregão 02/2010, para obras dos aneis Sudeste e Nordeste e faz sérias acusações à Terceira Secretaria de Obras (SECOB-3) do Tribunal de Contas da União (TCU) e, em especial, a dois engenheiros desse órgão.

• Em 25 de abril de 2011 o TCU divulga Nota de esclarecimento sobre a contestação divulgada pela Telebrás.

• Em 16 de maio de 2011 é divulgado o acordo entre a Telebrás e a Petrobrás para utilização da rede de fibras que percorre os gasodutos na região sudeste.

• Em 25 de maio de 2011 é publicado no DOU que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou os contratos de cessão do uso das fibras ópticas firmados entre Telebrás e Furnas, Chesf, Eletrosul e Eletronorte. Os documentos haviam sido assinados em fevereiro deste ano, mas ainda aguardavam a anuência da agência reguladora a respeito.

Em 25 de maio de 2011 o Tribunal de Contas da União decidiu que a Telebrás deve renegociar os valores obtidos no pregão relativo à infraestrutura básica de forma a reduzir em pelo menos R$ 53,6 milhões o que será pago às duas empresas vencedoras da disputa. O valor, segundo o relatório, agora transformado em Acórdão, representa o que o TCU entendeu como existência de sobrepreço na licitação 2/2010, realizada no fim do ano passado.
Com a decisão, a Telebrás tem 30 dias para negociar reduções nos valores com as empresas Clemar e Zopone, vencedoras do pregão. Do contrário, o tribunal vai determinar a anulação da licitação.

• Em 01 de junho de 2011, por indicação do governo e confirmação em reunião do Conselho de Administração da Telebrás, Caio Bonilha assume a presidência da estatal no lugar de Rogério Santanna.

• Em 11 de novembro de 2011, a jornalista Mariana Mazza  escreve: (...) A ascensão de Bonilha também deu o que falar no setor de telecomunicações. Levado pelo próprio Santanna para compor a equipe da nova Telebrás, Bonilha pegou muita gente de surpresa (inclusive o próprio Santanna) quando foi escolhido para comandar a estatal no lugar do, até então, amigo. A imagem de traidor ficou cristalizada na mente de muita gente dentro da estatal. Para chegar ao topo da Telebrás, Bonilha teria feito uma bem sucedida articulação no governo. Ia a reuniões falar da Telebrás sem que o chefe soubesse e suspeita-se que criticava o trabalho do comando da estatal. A estratégia deu certo. (...)

No mesmo artigo a jornalista
repercute comentários de bastidores: (...) Caio Bonilha, atual comandante da estatal, não deve passar dos quatro meses no posto. Comenta-se que o novo presidente será Maximiliano Martinhão, ex-gerente geral de Certificação e Engenharia de Espectro da Anatel e que há cinco meses responde pela Secretaria de Telecomunicações do Ministério das Comunicações.(...)

• Em 21 de junho de 2012 a mídia noticiou que a Telebrás começou o processo de contratação de um novo sistema de cabos submarinos internacionais e que disponibilizou em seu portal o termo de referência da solicitação de propostas para esses cabos devendo o texto ficar em consulta pública até 05 de julho.
Uma notícia informa que a projeção calcula o custo total do sistema de cabos em R$ 1,8 bilhão, mas a arquitetura do projeto prevê que apenas uma parcela desse investimento será feita diretamente pela Telebrás. Todo o desenho prevê parceiros privados e estatais (nesse caso, com Argentina e Uruguai). Mas a participação mínima da Telebrás deve ficar entre 10% e 15% do projeto – podendo ser maior a depender dos acertos. O sistema envolve a construção de cinco cabos submarinos – e para cada um desses trechos deve ser formatado um consórcio específico a depender dos parceiros privados e estatais interessados, com base nas necessidades de capacidade de transporte de cada um.

• Em 30 de junho de 2012 o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, anunciou oficialmente o fechamento do acordo com as operadoras de telefonia para oferta de banda larga de 1 megabit por segundo a R$ 35 no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). A oferta estará disponível em até 90 dias. Assinaram o acordo as concessionárias de telefonia fixa Oi, Telefônica, Sercomtel e CTBC.

• Em 07 de agosto de 2012 a Telebras formalizou mudanças em duas de suas diretorias, resultado dos pedidos de demissão dos diretores comercial, Rogério Catunda Boros e técnico-operacional, Vilmar José Pereira da Silva.
Os cargos foram ocupados, interinamente, pelo próprio presidente da estatal, Caio Bonilha, no caso da diretoria comercial, e pelo gerente de Tecnologia e Inovação Paulo Kapp, no caso da diretoria técnico-operacional.

A jornalista Mariana Mazza já registrado alguns dias antes: (...) Nos bastidores, comenta-se que Boros e Silva não estavam mais confortáveis dentro da empresa e frequentemente discordavam da gestão da estatal. O intrigante é que ambos foram escolhidos pelo próprio presidente Caio Bonilha, daí a expectativa geral de que a diretoria estivesse de acordo com o modelo de gestão adotado. Enquanto as vagas não são preenchidas, a diretoria da Telebrás contará apenas com Bolivar Tarragó Moura Neto. Tarragó já responde hoje por três importantes áreas da estatal no comando da Diretoria de Administração, Financeiro e de Relações com Investidores."

• Em 21 de agosto de 2012, Leonardo Araujo, autor do "Insight - Laboratório de Ideias", encerrou a atualização do blog, que permanece com o conteúdo anterior disponível no mesmo endereço. No meu entender, apesar da natural parcialidade, por ser o autor um grande investidor (cheguei a citar que o "Insight" funcionava como um "diário oficial" da Telebrás), o blog prestou um grande serviço de divulgação da reativação da estatal e do início do PNBL.

Em 03 de setembro de 2012 foi noticiado que o presidente da Telebras, Caio Bonilha, e o presidente da empresa espanhola IslaLink, Alfonso Gajate, assinaram em 30 de agosto, na sede da estatal, um MOU (Memorandum of Understanding) para a execução de ações conjuntas que viabilizem a construção de um cabo óptico submarino interligando América do Sul e Europa.
A notícia lembra que a Telebrás está trabalhando para lançar cinco cabos ópticos submarinos. Quatro farão ligações internacionais, conectando Brasil, Estados Unidos, Europa e África. O quinto cabo submarino será construído para interligar o território brasileiro, expandindo ainda mais o backbone nacional da Telebras. Ao todo, seriam 24 mil quilômetros de cabos óticos, ao custo total estimado de R$ 1,8 bilhão, e com início de operação previsto para 2014.

• Em 13 de setembro de 2012 o Conselho de Administração da Telebras aprovou o novo diretor Comercial, Francisco Ziober Filho.

Em 14 de setembro de 2012 o Banco Cruzeiro do Sul, dono de 6% das ações ordinárias da Telebras,  teve decretada sua liquidação extrajudicial pelo Banco Central, depois de fracassadas todas as tentativas de venda da instituição.
O Cruzeiro do Sul vinha "sustentando" as cotações da Telebras desde meados do ano passado, aparentemente numa tentativa de melhorar os resultados divulgados. A instituição teve ganhos contábeis de R$ 105 milhões com seu investimento nos papéis da estatal de telecomunicações entre junho do ano passado e março de 2012.
Esta matéria premonitória, de fevereiro de 2012 já antecipava: (...) Atualmente, o governo detém 72% do total das ações da Telebras (soma das ON com as PN). Com as aquisições feitas até o mês passado passado, o Banco Cruzeiro do Sul possui mais de 10% desse total e Paulo Nobre/Manitu cerca de 1,50%.
Sejam quais forem as estratégias presentes e/ou futuras que norteiam esses investimentos, uma coisa é certa: seus administradores não estariam com cerca de 300 milhões de reais investidos em ações da Telebras sem terem uma razoável certeza de que estão fazendo um bom negócio e que obterão excelentes lucros.(...)

Outra matéria, de agosto de 2012 citava: (...)
Segundo a notícia, a corretora do banco dominava a ponta de compra dos papéis da estatal nos dias que antecediam o fim dos trimestres - época de fechamento dos balanços. Por conta da baixíssima liquidez de TELB3 e TELB4, o preço das ações facilmente poderia ser jogado para cima com uma forte entrada de compradores. Com isso, o valor da participação acionária detida aumentava e melhorava os balanços trimestrais da instituição.

Em 02 de outubro de 2012 Conselho de Administração da Telebras anunciou a criação da empresa subsidiária Telebras Copa, que terá como objetivo a prestação de serviços de telecomunicações à FIFA durante a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014.
Com a inclusão das atividades de telecomunicações na Matriz de Responsabilidades feita pelo Gecopa (Grupo Executivo da Copa do Mundo FIFA 2014) em abril deste ano, a Telebras passou a ser responsável pela implantação da infraestrutura necessária para o fornecimento de redes de fibra ótica metropolitana, links satelitais nas estruturas chave e ligação via rádio nos campos base das seleções que participarão dos eventos.
A nova empresa será a responsável por essa prestação de serviços, podendo receber os benefícios fiscais concedidos pelo Governo Federal, determinados pela Lei n° 12.350, de 20 de dezembro de 2010.
A aprovação definitiva ainda dependerá do Ministério das Comunicações, seguida do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest).

Em 10 de outubro de 2012 a Telebrás anunciou a assinatura de memorando de entendimento para parceria com a TIM durante a Futurecom, feira de negócios do setor de telecomunicações realizada no Rio. As empresas compartilharão redes de fibra óptica no Norte e no Nordeste.

No mesmo dia, BM&FBovespa enviou ofício à Telebrás pedindo esclarecimentos por causa das oscilações das ações e das notícias divulgadas na imprensa.


• Em 11 de outubro de 2012, em
resposta ao ofício da Bovespa, a Telebrás emitiu um aviso informando que notícias relacionadas ao Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e ao investimento em um satélite geoestacionário já haviam sido comunicadas ao mercado em setembro do ano passado, em maio último e na quarta-feira.
Neste mesmo dia, o Globo notícia:
Telebras sobe quase 100% em apenas dois dias na Bolsa.
Creio que vale registrar este comentário contido na matéria: "
— É especulação pura. A Telebras é um defunto que reviveram. Estão agora dando algumas funções para ela. Mas não há como dizer se o plano anunciado é lucrativo. Telebras disparou e as ações da TIM chegaram a cair um pouco. É um papel perigoso —afirma Pedro Galdi, analista da SLW Corretora."

A notícia cita ainda: "
Desde 30 de dezembro de 2002, as ações ordinárias da estatal subiram 19.147%. Quem tivesse aplicado R$ 100 nessas ações, há quase dez anos, teria atualmente R$ 191,5 mil. Os papéis preferenciais avançaram 6.009%.

Um dos que mais ganhou com a ações da Telebras nesse ano foi o Banco Cruzeiro do Sul, que sofreu neste ano intervenção do Banco Central (BC) e acabou sendo liquidado. O banco chegou a ter ganhos contábeis de R$ 105 milhões na estatal entre junho do ano passado e março de 2012 com as ações da estatal brasileira.
"

• Em 15 de outubro de 2012 a revista Época publicou que o TCU arquivou
o processo que apurava um caso nebuloso do governo Lula: o pagamento de R$ 254 milhões feito em 2006 pela Telebrás ao empresário Uadji Moreira. Sua empresa, VT UM, tinha um crédito junto à estatal. Subordinada ao então ministro das Comunicações, Hélio Costa, amigo de Moreira, a Telebrás foi condenada a pagar a dívida e não recorreu da sentença. O ministro do Tribunal de Contas da União José Jorge tentou convencer a corte a continuar a investigar o caso. Seu colega Raimundo Carrero demoveu os demais integrantes do colegiado a aprovar a proposta. O caso só será reaberto se houver novas denúncias.
Mais detalhes sobre este assunto podem ser obtidos aqui: "Pobre Telebrás, saqueada"


O ministro do Tribunal de Contas da União José Jorge tentou convencer a corte a continuar a investigar o caso. Seu colega Raimundo Carrero demoveu os demais integrantes do colegiado a aprovar a proposta. O caso só será reaberto se houver novas denúncias.

• Em 29 de outubro de 2012 o Conselho da Telebrás aprovou o nome de Paulo Eduardo Henriques Kapp para o cargo de diretor Técnico-Operacional.

• Em 31 de outubro de 2012 o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a parceria entre Embraer e Telebrás na criação de empresa Visiona Tecnologia Espacial, que será responsável pela compra e desenvolvimento do satélite geoestacionário brasileiro.

O acordo entre a Embraer e Telebrás foi assinado em 29 de maio de 2012 para a criação da Visiona Tecnologia Espacial, cujo capital social será 51% da Embraer e 49% da Telebrás. A Visiona participará do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), conforme Memorando de Entendimento anunciado em novembro de 2011.
O custo do novo satélite é estimado em cerca de R$ 700 milhões. O governo federal vai financiar a sua compra, por meio da Telebrás. A previsão é que ele entre em órbita em 2014.
A intenção do governo era que o satélite geoestacionário fosse desenvolvido pela Visiona. Porém, como a indústria nacional não domina toda a tecnologia de construção desse satélite, a empresa terá que contratar uma terceira para fabricá-lo. O contrato, no entanto, vai prever a transferência de tecnologia ao país.

Em 21 de novembro de 2012 o Tele.Síntese noticiou: (...) Aumentaram muito esta semana os boatos sobre uma possível saída de Caio Bonilha da presidência da Telebras. A empresa não confirma a informação. Mas, conforme diferentes interlocutores, haveria um descontentamento do governo quanto à condução da estatal, que não teria agilidade suficiente para atender a tantas demandas do segmento. (...)

• Em 10 de dezembro de 2012 o Tele.Síntese noticiou, em boa matéria-resumo, o termino um longo imbróglio que assombrou a Telebrás por muito tempo, relacionado com os antigos funcionários da estatal: o PISP - Programa de Indenização por Serviços Prestados. Os antecedentes estão descritos também num "post" de 2010 do WirelessBRASIL.

Depois de enfrentar uma longa e intensa campanha negativa, engendrada por alguns dirigentes da Telebras, 140 empregados da estatal, remanescentes do tempo da privatização, conseguiram esta semana uma importante vitória no Tribunal de Contas da União. O plenário do TCU aprovou o parecer do ministro Raimundo Carreiro, que põe fim à interpretação de que esses funcionários não teriam mais direito ao Pisp (Programa de Indenização por Serviços Prestados). Este programa foi criado no processo de privatização da empresa, sob intenção de evitar a debandada dos empregados para a iniciativa privada e segurá-los para compor os quadros da recém-criada agência reguladora.
A Telebras não se manifestou sobre essa decisão, mas terá que reconstituir o fundo para garantir o pagamento da verba indenizatória e rescisória a esses quase 200 empregados. No acordo assinado na década de 1990, os empregados levariam para casa as seguintes vantagens: 12 salários e anuênios acrescidos de 1% por ano de serviço; 12 vezes o valor do auxílio-alimentação; 12 vezes o valor de mercado estimado mensal de plano de saúde; 12 vezes o valor mensal de contribuição ao Sistel (fundo de pensão). Como verba rescisória, receberiam o aviso prévio, a multa de 40% sobre o saldo do FGTS; férias vencidas e proporcionais e 13º salário proporcional, além do saldo de salário. No geral, o valor médio a ser recebido por cada empregado é de 18 salários, sob a forma de indenização, e de 11 salários como remuneração. Deverão ser redirecionados cerca de R$ 10 milhões para esse fundo, que será mantido à parte para arcar com as despesas.
A decisão do TCU encerra também um problema para os empregados que não eram contemplados com o Pisp: a falta de reajuste salarial. Como a indenização estava vinculada ao salário, a Telebras segurava as promoções e correções salariais para não aumentar o passivo.


• Em 28 de dezembro de 2012 é publicada a
Medida Provisória 600, em edição extra do Diário Oficial da União.
A MP altera o artigo 55 da Lei 12.663, de 5 de junho de 2012, que trata das várias medidas necessárias para a realização dos grandes eventos esportivos que ocorrerão no Brasil neste ano e em 2014.

A MP cita a Telebrás apenas em dois parágrafos:
(...) Art. 9º  A Lei no 12.663, de 5 de junho de 2012, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 55.  .......
§ 1º Observada a disposição do caput, a União, por meio da administração pública federal direta ou indireta, poderá disponibilizar, através de instrumento próprio, os serviços de telecomunicação necessários para a realização dos Eventos.
§ 2º É dispensável a licitação para a contratação, pela administração pública federal direta ou indireta, da TELEBRÁS ou de empresa por ela controlada, para realizar os serviços previstos no § 1º.” (NR) 

• Em 29 de janeiro de 2013 foi publicado no Diário Oficial da União, o primeiro contrato assinado pela Telebras com um órgão de governo, para fornecer "conexão à Internet". De acordo com o extrato, a contratação se deu por "dispensa de licitação" no último dia 28 de dezembro e será por 12 meses, ao custo de R$ 327,7 mil. Quem contratou foi a Presidência da República.
A jornalista Mariana Mazza comentou no mesmo dia: (...) O que seria mais um contrato entre órgãos públicos esconde na verdade uma grande polêmica sobre a aplicabilidade da Lei de Licitações sobre estes acordos. Isso porque a Telebrás foi contratada sem a realização de qualquer disputa pública. A falta de uma licitação deixou de fora não apenas empresas privadas, mas também órgãos públicos como o Serpro, tradicionalmente responsável pela prestação deste tipo de serviço na Esplanada dos Ministérios.(...) [Fonte]


Nota de Helio Rosa:
Por motivo de força maior, deixei de registrar o acompanhamento deste tema a partir de março de 2012.
No momento, estou reunindo as matérias posteriores a este mês e inserindo tópicos para completar este "Resumo e Acompanhamento".
O texto acima é o resultado de uma primeira pesquisa.
HR
05/02/13


Abaixo estão transcritos os "posts"
 registrados no BLOCO Tecnologia do WirelessBRASIL



2013

16/01/13
Telebrás, Eletronet e PNBL (406) - "Resumão" sobre o tema e coleção de notícias de 2012/2013

Olá, WirelessBR e Celld-group!

01.
Estou retornando ao tema "Telebrás/PNBL".
Os participantes mais novos nos Grupos e os recém-chegados, podem estranhar a numeração: esta é mesmo a mensagem/"post" de número 406, de um acompanhamento feito desde 2007!

Apesar de continuar acompanhando o assunto Telebrás/PNBL pela mídia, deixei de registrar comentários desde março de 2012, por absoluta falta de tempo.
A Thienne Johnson, coordenadora-adjunta da área de Tecnologia, continua afastada, realizando cursos no exterior, e o WirelessBRASIL, adaptando um dito popular, pode ser considerado, literalmente, "dois Blocos do eu sozinho" (Blocos Tecnologia e Resistência).  :-)

02.
"Revitalizei" o website interno do WirelessBRASIL sobre o tema, que está agora neste endereço: Telebrás e PNBL.

Estou me permitindo continuar o registro dos "posts" com o termo "Eletronet" no "Assunto". Não tenho informações recentes mas creio que a Eletronet ainda está em atividade, na situação de "massa falida", alugando "fibras" para o mercado. Qualquer informação atual sobre a Eletronet será muito bem-vinda!
A "história" da Eletronet, através de coleção de notícias do portal Teletime, está nestes links: Página inicial sobre a Eletronet - Notícias de 2009 a 2004 - Notícias de 2003 - Notícias de 1999 a 2002.

Fiz uma primeira coleta de matérias de 2012 e início de 2013, ainda não veiculadas aqui e, a partir delas, atualizei o texto "Resumo e Acompanhamento" da página inicial do website Telebrás e PNBL.
Continuo um crítico ferrenho da reativação e modo de atuação da Telebrás/PNBL mas o "resumão", por enquanto, está "meio" neutro...  :-)

Os artigos/notícias dos anos anteriores estão inseridos mas mensagens/posts, cuja relação geral pode ser obtida nesta página.

03.
Na sequência de "posts" pretendo fazer um aprofundamento em alguns tópicos do "Resumão" mas, nesta mensagem, registro apenas sua transcrição e as manchetes das notícias mais relevantes (critério meu) de 2012 e início de 2013. As transcrições podem ser lida aqui.
Desde já (e sempre!) correções, atualizações, sugestões e comentários são muito bem-vindos!

04.
Creio que é conveniente transcrever este tópico do "Resumão", que faz referência à um participante de nossos Grupos (na realidade, não sei se continua ativo):
Em 21 de agosto de 2012, Leonardo Araujo, autor do "Insight - Laboratório de Ideias", encerrou a atualização do blog, que permanece com o conteúdo anterior disponível no mesmo endereço. No meu entender, apesar da natural parcialidade, por ser o autor um grande investidor (cheguei a citar que o "Insight" funcionava como um "diário oficial" da Telebrás), o blog prestou um grande serviço de divulgação da reativação da estatal e do início do PNBL.

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2012

22/03/12
Telebrás, Eletronet e PNBL (405) - "Plano Nacional de Banda Larga é lento, caro e para poucos, acusa Idec" + "Bloco Resistência"

Olá, WirelessBR e Celld-group!

01.
O tempo está curto por aqui e tenho me dedicado um pouco mais ao Bloco Resistência (coluna da direita do Portal WirelessBRASIL).

Este Bloco foi criado em 2009 para possibilitar que os participantes dos Grupos WirelessBR e Celld-group pudessem opinar sobre "outros assuntos", para não contaminar os debates mais técnicos que são os focos dos nossos Grupos.

Pelos "pvts" que recebo - e não são poucos - identifico que até mesmo aqueles que incentivaram a criação do "Resistência" optaram por não participar, temerosos do intenso patrulhamento pelos "simpatizantes governistas". Deste modo, tenho produzido sozinho todo o conteúdo do Bloco.

No momento meu foco é a "Comissão da Verdade" e o resgate das notícias dos jornais da época, dia a dia, no mês de março de 1964, que antecedeu a "Revolução" do dia 31.
O movimento anticomunista foi gestado inicialmente, bem antes de 64, no âmbito da sociedade civil e, numa época sem celulares, internet e redes sociais é fascinante ler, neste artigo, o trabalho de bastidores realizado principalmente pelas mulheres brasileiras. Imperdível!

O domínio "wirelessbr.org" manteve uma média de 3.300 visitas diárias nos últimos 11 meses. Mas ocorrem picos inesperados, como do dia 15 de março em que critiquei a jornalista Miriam Leitão, ativista da Comissão da Verdade e, indiretamente, da revisão da Lei da Anistia, e que gerou 19.400 visitantes.

No topo da coluna do Bloco Resistência mantenho este registro:

"O BLOCO (Blog do Coordenador) RESISTÊNCIA é um exercício de cidadania contra os desmandos de toda ordem que assolam nosso BRASIL. O Coordenador da Portal, Helio Rosa, é um engenheiro de telecom aposentado e um cidadão na ativa. Com 70 anos de idade, acompanhou e vivenciou a história recente do país e é testemunha ocular e sobrevivente do "atentado do aeroporto dos Guararapes", em 1966, praticado por integrantes da "luta armada" que pretendia implantar no país uma "ditadura do proletariado", de inspiração chinesa e soviética.

Vários jornalistas, de diversas áreas, assim como alguns participantes, têm perguntado e transcrevo parte do "Quem Somos" do Portal:

"
Helio Rosa  (rosahelio@gmail.com), 70 anos, tem formação em engenharia de telecom,  análise de sistemas e programação de computadores. Está aposentado de atividades remuneradas.
Mantém com recursos próprios  e coordena em tempo integral as atividades do Portal WirelessBRASIL.  Participa, desde o ano de 2000, do Grupo de Debates WirelessBR onde atua como Moderador. Participa também do Celld-group, onde já atuou na equipe de Moderadores.
Criou o Portal WirelessBRASIL em 2003, o Blog "BLOCO Tecnologia" em 2006 e o Blog "BLOCO Cidadania/Resistência" em 2009.
Fez carreira no Exército Brasileiro onde ingressou mediante concurso em 1959. Cursou a Escola Preparatória de Porto Alegre (EsPPA), a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e o Instituto Militar de Engenharia (IME), turma de 1973. Na ativa, atuou nas áreas militares de Telecomunicações e Informática.
Está reformado ("aposentado") no posto de Coronel."

Dentro do seu foco, o "Bloco Resistência"  continua aberto à participação de todos interessados.
Por favor, agora que as informações sobre o "Bloco Resistência" estão niveladas, peço que as eventuais repercussões sobre o texto acima seja feitas em "pvt". 
Obrigado!

02.
Voltemos ao famigerado PNBL.

Transcrevo mais abaixo esta notícia:
Leia na Fonte: IDG Now!
[21/03/12]  Plano Nacional de Banda Larga é lento, caro e para poucos, acusa Idec - por Ricardo Zeef Berezin

Em complemento registro novamente mais duas matérias:

DOU nº 90 - 13/05/2010 - Íntegra do Decreto que instituiu o PNBL

Fonte: Estadão
13/05/10]   Comitê que vai coordenar o Plano Nacional de Banda Larga tem nova composição - por Gerusa Marques, da Agência Estado (sobre o CGPID - Comitê Gestor do Programa de Inclusão Digital)

03.
Devido à total falta de tempo, comento apenas:
Telebrás e PNBL - Tudo isso é uma vergonha!

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13/02/12
Telebrás, Eletronet e PNBL (404) - Cai, "oficialmente", a máscara da Telebrás

Olá, WirelessBR e Celld-group!

01.
Sou leitor assíduo do Blog "Insight - Laboratório de Ideias", de Leonardo Araújo, que já participou de nossos Grupos.
O Blog, criado com o propósito de divulgar notícias sobre a Telebrás, teve grande impulso e divulgação na época que Leonardo atuava em nossos debates.

Leonardo Araújo é forte acionista da estatal e devo registrar que já especulei aqui que, eventualmente, ele teria até influência nos destinos da Telebrás. Como disse, pura especulação, com base apenas na leitura de seu próprio blog.
O Blog "Insight" tem funcionado, não raro, como um "diário oficial oficioso" (ops!) da Telebrás e tem uma boa coleção de atas das diversas reuniões e assembleias da estatal.
Tem muito conteúdo interessante mas é bom ficar atento nas datas e nas montagens de matérias...  :-)

02.
Estava colecionado artigos e notícias e rascunhando mais um texto crítico sobre a Telebrás e o desvio das suas metas originais, propaladas pelo governo para justificar a ressurreição.
Confesso que fiquei frustrado :-) pois visitei o blog Insight e encontrei lá a crítica que gostaria de escrever, mas redigido pelo Leonardo, para exaltar a estatal. :-))
Confiram e pasmem:

Leia na Fonte: Blog "Insight - Laboratório de Ideias"
[12/02/12]   Investidor e fundo declaram ter adquirido mais de 5% das ações preferenciais da Telebras

Está transcrito mais abaixo e serve para desmascarar, definitivamente, o que se sabe em Brasília (onde estou há alguns meses): a Telebrás é mais um tortuoso instrumento de poder do PT. Poder pelo Poder. Porque governar e produzir, que é bom... nada!

03.
Lembro que em junho de 2011 eu comentava aqui:
(...)
Não tenho duvidas de que a Telebrás, sob pretexto de gerir o PNBL, foi literalmente tomada de assalto por acionistas e especuladores que, não contentes com os estratosféricos ganhos com as oscilações do preço das ações da estatal, agora estão de "olho gordo" nos bilhões prometidos para a implantação do PNBL.
O temor inicial era que a empresa se transformasse num enorme cabide de empregos; adiciona-se agora um novo temor, a de que será um enorme balcão de negócios.
E por falar em balcão, a mídia noticiou um provável mas profético ato falho: Caio Bonilha assumiu a presidência da Telebrás com uma missão do ministro Paulo Bernardo (Comunicações): transformá-la em um balcão de aluguel de infraestrutura para massificar a internet.
Resumo: tudo isso é uma vergonha! (...)

Lembro também as palavras do Caio Bonilha, amplamente divulgada pela mídia na ocasião: "A Telebrás uma empresa de capital aberto, temos que gerar valor para os acionistas".
Repito: tudo isso é uma vergonha!

03.
Na sequência transcrevo este artigo de hoje anotado no "Clipping MP" e também constante do Blog Insight, como parte de uma montagem com outros textos:

Leia na Fonte: Clipping MP - Origem: Valor Econômico
[13/02/12]  Governo dá novas missões ambiciosas para a Telebras
Trecho inicial:
(...) Reativada em 2010 para colocar de pé ambicioso plano de popularização da internet, a Telebras praticamente não saiu do lugar. Foi alvo constante de críticas das operadoras de telefonia, perdeu orçamento e sofreu com auditorias do Tribunal de Contas da União. Agora, o governo decidiu dar novo alento à estatal.
Desde que foi reativada, há exatamente dois anos, a Telebras conseguiu estar no centro de quase tudo, menos das telecomunicações. Recriada para liderar um projeto inédito de popularização da internet rápida no país, a estatal passou a ser alvo constante de críticas por parte das operadoras privadas de telefonia, sofreu esvaziamento político e financeiro, foi emparedada pelas auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU) e acabou metida em um ostracismo que transformou seus planos e metas em belas peças de ficção.
"Tudo isso passou", diz Caio Bonilha, que há nove meses assumiu a presidência da Telebras. Na semana passada, uma dúzia de fornecedores de equipamentos esteve na sede da estatal, em Brasília, para checar detalhes do que a empresa comprará ao longo de 2012. "É uma forma de todo mundo se antecipar e estar preparado para as licitações", diz o executivo. (...)

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2011

08/12/11
• Telebrás, Eletronet e PNBL (403) - Mariana Mazza pergunta: "Cadê a banda larga?"
(...)
01.
O Decreto nº 7.175, de 12 de maio de 2010 instituiu o Programa (e não "Plano") Nacional de Banda Larga - PNBL.

Nós que acompanhamos cerradamente todo este processo sabemos que o PNBL teve inspiração eleitoreira e foi "tratorado" (expressão da moda...) por Rogério Santanna que queria porque queria presidir a Telebrás, que foi ilegalmente reativada.
Muitos técnicos e órgãos do governo tentaram mas não conseguiram fazer um Programa que realmente funcionasse. Tudo não passou de um conjunto de intenções. Tanto que tudo foi sendo desvirtuado, tanto o PNBL como a própria ressurrecta Telebrás.

Se há realmente alguma vontade política de massificar a banda larga (permito-me duvidar...) há também uma total incompetência governamental para produzir e executar um Programa ou Plano que realmente funcione. Os interesses espúrios são tantos que levam à uma quase paralisação do processo, com pífios avanços.

A mídia dita especializada em TI e telecom tem feito um triste papel ao longo do tempo. Com as raras exceções de sempre, esta mídia tem sido estranhamente passiva, no limiar da conivência com as distorções e os desmandos que ocorrem nesta área. Esta mídia, de um modo geral, tem sido um "diário oficial" das pautas governamentais e dos fartos e inócuos factóides.
A Telebras, particularmente, tanto "aquela" que esteve em vida latente por mais de uma década como a "atual", é um prato cheio para um jornalismo investigativo em telecom que, infelizmente, não existe.

Entre as citadas exceções, registro o jornalista Ethevaldo Siqueira, considerado polêmico porque opina com coragem, e agora Mariana Mazza, com grande desenvoltura de opinião como colunista do Portal da Band.

A crítica e a investigação se fazem necessárias, não para derrubar o governo, mas para fazê-lo trabalhar para o povo que o elegeu e não para um partido ou um grupo de pessoas.
Fazer oposição aos desmandos que assolam o país não é golpismo, é espírito de brasilidade!

02.
Transcrevo mais abaixo estas colunas da Mariana Mazza (ordem cronológica) - com conteúdo muito atual - que tratam do PNBL, que não é plano nem projeto, que não é nacional e que não é de banda larga:
Fonte: Portal da Band - Colunas
[05/10/11]   Banda Larga: pague 10, leve 1 - por Mariana Mazza
Fonte: Portal da Band - Colunas
[07/10/11]   344 municípios com banda larga popular - por Mariana Mazza
Fonte: Portal da Band - Colunas
[18/10/11]   Cadê a banda larga? - por Mariana Mazza
Fonte: Portal da Band - Colunas
[21/10/11]   Qualidade em xeque - por Mariana Mazza
Fonte: Portal da Band - Colunas
[28/10/11]   A sociedade venceu - por Mariana Mazza
Fonte: Portal da Band - Colunas
[20/11/11]   Como é difícil ser consumidor de serviços de telecomunicações no Brasil - por Mariana Mazza
Fonte: Portal da Band - Colunas
[02/12/11]   O longo caminho para a massificação da banda larga - por Mariana Mazza
Fonte: Portal da Band
[07/11/12]  Banda Larga Popular é questionada na Justiça - por Mariana Mazza           Ler mais


07/12/11
• Telebrás, Eletronet e PNBL (402) - Cai o Bonilha ou não cai o Bonilha? + Luiz Queiroz: "Homem ao mar!" + Mariana Mazza: "Provando do próprio veneno"
(...)
01.
A Telebrás é uma excrescência, uma aberração no mercado. É uma empresa com ações na bolsa de valores que não produz absolutamente nada. É a chamada "empresa cebola": tira-se a casca e encontra-se...casca! Repete-se o processo e novamente, só casca. Até o âmago quando, diferente de uma cebola real, se encontra uma enorme equipe de administração e de funcionários trabalhando a todo vapor produzindo... factóides.

A Telebrás foi criada pela Lei 5.792, de 1972.
De acordo com essa lei, a estatal estava autorizada a prestar serviços de telecomunicações, desde que por empresas subsidiárias, e para tanto a companhia tinha autorização para a criação de tais companhias.

A Lei no 9.472, de 16 de Julho de 1997, conhecida como LGT - Lei Geral de Telecomunicações, determinou a reestruturação e desestatização das Empresas Federais de Telecomunicações, entre elas a Telebrás.

Em 1998 uma certa portaria 196, assinada pelo então ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros, dava 12 meses para que fossem adotadas as providências para a preparação de um Plano de Liquidação da estatal, que deveria ser aprovado pelo Conselho de Administração da empresa. Uma vez aprovado, o plano de liquidação seria executado por meio de uma Assembléia Geral Extraordinária de acionistas para dissolver a estatal. Mas o plano jamais chegou a ser elaborado.

Em 4 de junho de 2010, o ministro das Comunicações, José Arthur Filardi, extinguiu a citada portaria 196 por meio de outra portaria. O motivo alegado para a anulação do documento é que houve "perda de objeto", uma vez que a estatal ganhou novas atribuições pelo decreto nº 7.175/2010, que criou o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL).

O decreto nº 6.948, de 25 de agosto de 2009 instituiu, no âmbito da Presidência da República, o Comitê Gestor do Programa de Inclusão Digital - CGPID.

O Projeto Nacional de Banda Larga - PNBL - foi instituído pelo Decreto nº 7.175, de 12 de maio de 2010.
Este "decreto do PNBL" alterou o "decreto do CGPID" em alguns pontos, bem identificados, em cor diferente, num "post" anterior.
Pelo "decreto do PNBL" cabe ao CGPID "a gestão e o acompanhamento do PNBL".

Para a consecução dos objetivos previstos no "decreto do PNBL" caberá TELEBRÁS:
- implementar a rede privativa de comunicação da administração pública federal;
- prestar apoio e suporte a políticas públicas de conexão à Internet em banda larga para universidades, centros de pesquisa, escolas, hospitais, postos de atendimento, telecentros comunitários e outros pontos de interesse público;
- prover infraestrutura e redes de suporte a serviços de telecomunicações prestados por empresas privadas, Estados, Distrito Federal, Municípios e entidades sem fins lucrativos; e
- prestar serviço de conexão à Internet em banda larga para usuários finais, apenas e tão somente em localidades onde inexista oferta adequada daqueles serviços.

A reativação da Telebrás está "sub judice" no STF.
Em 14 de julho de 2010 o DEM deu entrada no Supremo Tribunal Federal (STF) à um questionamento na forma de "Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental". Os advogados do partido alegam que ao menos três preceitos fundamentais da Constituição Federal foram desrespeitados pelo decreto presidencial nº 7.175, de 12 de maio de 2010, que ampliou o escopo de atuação da Telebrás, abrindo caminho para que a estatal torne-se o pilar da massificação de banda larga no país dentro do PNBL. Para o DEM, a ação governamental fere os princípios da "legalidade", da "separação de poderes" e da "livre concorrência". A íntegra está neste "post".

Em 22 de julho de 2010 a mídia noticiou que o presidente do STF, Cezar Peluso, se absteve de julgar a liminar entendendo que não havia urgência no caso para justificar sua atuação. “Submetam-se, pois, os autos a oportuna e livre distribuição, que permitirá ao relator sorteado apreciação do requerimento de liminar”, determinou o presidente em seu despacho.

Mais de um ano depois, em 10 de outubro de 2011, estranhamente, o Ministério Público Federal encaminhou Petição 80651/2011 ao STF, apresentando parecer pelo indeferimento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) proposta pelo Democratas (DEM) em 2010.

A Telecomunicações Brasileiras S. A. – TELEBRAS é uma sociedade anônima aberta, de economia mista.  Para sobreviver dentro de um esquema nebuloso, no limiar da legalidade, sua administração age de modo pendular em relação ao mercado e à sociedade. Apela para sua situação de "empresa pública" para captar os recursos governamentais, (leia-se nossos sofridos impostos) mas alega sigilo de sua atividades e compromisso com seus acionistas para atuar no mercado.

Na cúpula de sua administração o clima é de "luta desenfreada pelo poder" e, dentro do esquema consolidado pelo governo anterior e atual, é um feudo cobiçado enormemente pelos partidos políticos.

Num ato falho, o ministro do Planejamento definiu exatamente a atuação da Telebrás, neste recorte da mídia: (...) Caio Bonilha assumiu a presidência da Telebrás com uma missão do ministro Paulo Bernardo (Comunicações): transformá-la em um balcão de aluguel de infraestrutura para massificar a internet. (...)

Hoje a atuação tentada pela Telebrás é exatamente essa: um balcão de intermediação de negócios, com ou sem conotação pejorativa.

Ah, ia esquecendo... Na minha opinião, cai o Bonilha.

Telebrás: uma vergonha!

02.
Transcrições:

Fonte: Portal da Band - Colunas

[11/11/11]   Provando do próprio veneno - por Mariana Mazza
Fonte: Convergência Digital
[11/11/11]   Entrada da Oi no projeto do satélite alimenta rumores de troca de comando na Telebras - por Luis Osvaldo Grossmann e Luiz Queiroz
Fonte: Blog Capital Digital
[11/11/11]   Homem ao mar!!! - por Luiz Queiroz
Fonte: Teletime
[17/11/11]   Caio Bonilha permanece na Telebrás, afirma Paulo Bernardo       Ler mais


06/12/11
• Telebrás, Eletronet e PNBL (401) - "Brasil Conectado": um Fórum para "inglês ver" + Coluna de Mariana Mazza: "E o diálogo acabou" + "Quarteto Fantástico"
(...)
Costumo brincar, para desespero de alguns parentes e amigos, que aos 70 anos, não sou dono da verdade mas meu índice de acertos é muito elevado.  :-)
E, nas previsões relacionadas ao governo, minha marca costuma subir mais ainda... :-)

Em junho passado fiz um pequeno "post", que transcrevo mais abaixo - o título já diz tudo:
23/06/10
Telebrás, Eletronet e PNBL (273) - "Brasil Conectado": um Fórum para "inglês ver"
Faço um recorte:
(...)
Conforme minha previsão em mensagem/"post" de ontem, o "Fórum Brasil Conectado" instalado hoje é somente para "inglês ver".
Não serve para nada e não vai produzir nada.
Tem um único mérito: vai ampliar o debate, se bem que inócuo.
Vamos acompanhar com atenção.
Os primeiros "ecos" são estes:
- Fórum Brasil Conectado não terá força para modificar PNBL - por Luís Osvaldo Grossmann
- PNBL: 100 cidades devem estar a 50 km da rede da Telebrás - por Lúcia Berbert
Sobre esta matéria, anotem mais esta "previsão" com base em minhas recentes andanças por Brasília:
Se o PNBL chegar à alguma cidade este ano será somente em "pontos isolados", como Telecentros. (...)

02.
Continuo visitando as colunas de Mariana Mazza e, na matéria de ontem, a jornalista aborda o fórum "Brasil Conectado":
Fonte: Portal da Band - Colunas
[05/12/11]  E o diálogo acabou - por Mariana Mazza

Recorto dois trechos
(...) Quando o PNBL foi criado, uma das bandeiras mais fortes era a construção social do projeto, trazendo dezenas de entidades civis para a discussão dos rumos da Internet no Brasil. A equipe responsável pelo plano criou um fórum exatamente com o propósito de estreitar o diálogo com a sociedade: o Brasil Conectado. O grupo era composto por 56 representantes de órgãos públicos, empresas, associações de defesa do consumidor e entidades civis.(...)
(...) O que se viu depois desses encontros foi o Ministério das Comunicações estreitar as negociações com as concessionárias de telefonia fixa e alijar a sociedade da discussão. Pautas importantes para as entidades civis, como o debate sobre a classificação da banda larga como um serviço público - onde existiriam obrigações de expansão e tarifas máximas para a comercialização - foram ignoradas.(...)

03.
Flávia Lefèvre já referenciou este tema num artigo de junho deste ano:
28/06/11
Termo de Compromisso para garantir política pública? - por Flávia Lefévre

04.
Permito-me atualizar um comentário já veiculado:

Da minha parte, em relação ao PNBL, registro um "voto de desconfiança" com relação à correção de rumos neste processo de difusão da banda larga.

O PNBL foi gestado pelo "Quarteto Fantástico" constituído por:
- Dilma Rousseff (ex-Casa Civil),
- Paulo Bernardo (ex-Planejamento),
- Cezar Alvarez (ex-assessor especial da Presidência) e
- Rogério Santanna (ex-SLTI do MiniPlan).

É notório que o PNBL é tudo, menos um Plano ou Projeto, e não passa de um conjunto de intenções.
O citado "Quarteto", eivado de super-poderes, com toda a retaguarda do MiniPlan e da Casa Civil, não conseguiu fazer um PNBL.

Movidas as peças do xadrez governamental, os "Quatro", em novas funções, passaram a ser os responsáveis pela execução do que não conseguiram projetar:
- Dilma Rousseff (Presidente),
- Paulo Bernardo (Minicom),
- Cezar Alvarez (secretário-executivo do MiniCom) e
- Rogério Santanna (presidente da Telebrás).

Os "fantásticos" continuam em ação, após a queda de Santanna, substituído por Bonilha:
- Dilma Rousseff (Presidente),
- Paulo Bernardo (Minicom),
- Cezar Alvarez (presidente do Conselho de Adm da Telebrás) e
- Caio Bonilha (presidente da Telebrás).

Sobre o novo "fantástico" Caio Bonilha, vou transcrever no próximo "post" a contundente coluna de Mariana Mazza:  Provando do próprio veneno


Sobre PNBL, Telebrás, etc, creio que todos já sabem o desfecho e não preciso fazer novas previsões...  :-)   Ler mais


Veja na coluna da esquerda a relação de "posts" anteriores e a relação de matérias de 2012 e 2013