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SINCRONIZAÇÃO EM REDES DE TELECOMUNICAÇÕES (1) |
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Autor: JULIAN ALEXIENCO PORTILLO (*) |
Trabalho de conclusão do Curso
de Pós-Graduação Lato Sensu da Universidade São Judas Tadeu, como
requisito parcial para conclusão do Curso de Especialista em Telecomunicações,
realizado sob orientação do
professor Clovis Arlindo Ribeiro.
SINCRONIZAÇÃO EM REDES DE TELECOMUNICAÇÕES
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo mostrar a importância da sincronização das
redes Digitais de Alta Velocidade, conceituar e definir uma rede de
sincronismo.
Para isto, se faz necessário descrever algumas características básicas das
redes PDH (Plesiochronous Digital Hierarchy) e SDH (Synchronous Digital
Hierarchy), apresentando as vantagens e desvantagens, traçando um
comparativo entre ambas, para facilitar o entendimento da arquitetura de uma
rede de sincronismo e apontar as sutilezas na PDH e SDH e os processos de
justificação para identificar o que ocorre quando os problemas de
temporização começam a surgir nas redes de transmissão.
Palavras chaves: PDH, SDH, sincronismo, redes digitais, hierarquia digital
síncrona, sincronização, redes de alta velocidade.
1. INTRODUÇÃO
Até recentemente, a sincronização das redes de telecomunicações digitais era
matemática da qual apenas o pessoal de comutação se ocupava.
O único serviço afetado por problemas de sincronização era a comutação
temporal de sinais de 64 kbit/s em centrais digitais.
A introdução de redes de dados determinísticas, e mais recentemente, da
hierarquia digital síncrona (SDH) nas redes de transporte fez mudar essa
perspectiva, exigindo um enfoque integrado da arquitetura e operação das
redes de sincronização.
Sinais digitais que passam por um processo de comutação temporal ou de
multiplexação devem ser copiados em espaços de carga de quadros síncronos de
linha gerados sob o comando de um relógio local.
Como os quadros gerados localmente possuem espaços de carga de tamanho fixo
com capacidade de transportar um certo número nominal de bits por segundo, é
preciso que a carga a ser mapeada nos espaços de carga apresente a mesma
quantidade exata de bits por segundo que os espaços previstos para sua
transmissão.
Antes de serem copiados nos respectivos espaços de carga, os sinais que
chegam a um nó da rede são escritos em uma memória elástica.
A quantidade de bits que ingressam a essa memória elástica por unidade de
tempo depende do relógio com que os sinais são gerados em sua fonte remota.
Por outro lado, o relógio local é quem comanda a leitura dessas memórias
elásticas.
A quantidade de bits que saem dessa memória por unidade de tempo depende do
relógio local.
Se os dois relógios de escrita e de leitura não forem exatamente iguais,
haverá uma tendência 8 de enchimento ou de esvaziamento dessa memória,
segundo qual dos dois relógios local e remoto seja mais rápido.
Para evitar um esvaziamento ou transbordamento descontrolado da memória, com
pré-freqüências funestas para a integridade da informação contida nos
sinais, é preciso adotar mecanismos que tratem do problema.
Uma alternativa para a necessidade absoluta de sincronizar a carga à área
prevista para mapeá-la seria incluir um espaço extra nessa área e
implementar um processo de justificação adaptativa, opção adotada na
multiplexação SDH e na hierarquia digital plesiócrona (PDH).
Outra alternativa seria trabalhar com memórias elásticas grandes que
pudessem acumular uma defasagem grande, e só permitir uma destruição do
conteúdo de informação dos sinais quando limites vastos tiverem sido
alcançados.
Desta maneira, a quantidade dos eventos seria tanto mais reduzida quanto
maior fosse a memória.
Esta é a opção adotada em centrais de comutação e cross-connects de dados.
(*) Sobre o autor:
Julian Alexienco Portillo graduou-se em Tecnologia de Telecomunicações
pela UNICID em 2000 e em Engenharia Elétrica pela FESP em 2001; em
2003, conclui o Curso de Especialista em Telecomunicações em nível de
Pós-Graduação Lato Sensu na Universidade São Judas Tadeu.
Em 2000 atuou como técnico no segmento de trunking analógico como
instalação, infra-estrutura e suporte técnico. Desde então, atua na Acterna do Brasil Ltda, antiga Wandel e Golterman,
inicialmente na área de vendas
internas de instrumentos de teste.
Em 2001 foi transferido para a área de projetos
de sistema, incluindo supervisão óptica, sinalização n° 7 e sincronismo de
redes, gerenciando contratos, equipes de campo, comissionamento e suporte a
estes sistemas da mesma empresa.
Contato:
Acterna do Brasil Ltda - Fone: + 55 11 5503-3826 - Celular: + 55 11
9102-1826
E-mails:
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Pessoal:
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